Sismo de Lisboa de 1531
Sismo de Lisboa de 1531 | |
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Epicentro | Região de Lisboa |
Magnitude | 8,5 - 9,5 (est.) MW |
Data | 26 de janeiro de 1531 |
Vítimas | 30.000 mortos em Lisboa. |
O sismo de Lisboa de 1531 foi um violento terramoto que atingiu a zona de Lisboa em 26 de janeiro de 1531.[1] O terramoto e o posterior tsunami resultaram em aproximadamente 30 000 mortes.[2]
Evento
Acredita-se que a causa foi uma falha geológica na região do baixo Tejo,[3] e foi precedido por um par de choques em 2 de janeiro e 7 de janeiro. Os danos causados, especialmente na parte baixa foram severos, aproximadamente um terço das edificações da cidade foram destruídas e mil vidas se perderam no choque inicial. O Paço da Alcáçova e a Igreja de São João foram ambos quase completamente destruídos.
Comentaristas da época relataram inundações perto do rio Tejo, algumas embarcações foram atiradas contra as rochas e outras ficaram no leito seco do rio, que se retraiu por instantes, num violento tsunami.
Comparação com o Sismo de 1755
O Sismo de 1755 tendo apagado da memória o Sismo de Lisboa de 1531, não deixa de merecer que Joaquim José Moreira de Mendonça compare ambos na sua História Universal dos Terramotos (1758)ː[4]
Acrescenta ainda que
o que suporta a ideia de que o medo de novo tsunami terá levado à ideia construção em lugar alto, levando à fundação do Bairro Alto logo após 1531.
O Bairro Alto antecede a Baixa Pombalina como construção ordenada em planta quadriculada, ambos resultando do planeamento após efeitos de terramoto e tsunami.
Depois do terramoto
O terramoto foi seguido por severos choques e o medo de outro era intenso. Um rumor, aparentemente encorajado pelos freis de Santarém, de que o desastre era punição divina e que a comunidade dos marranos era a responsável. Gil Vicente responsabilizou os monges por um possível massacre.[5]
Redescoberta
O acontecimento foi esquecido pela maioria até ao século XX, quando um jornal português relatou a descoberta de um manuscrito de testemunhas coevas do desastre. Em 1919 uma carta com quatro páginas endereçada ao Marquês da Tarifa, encontrada numa livraria de Lisboa descrevia o acontecimento. Outras investigações sobre o Sismo de 1755 descobriu evidências de que o Marquês de Pombal mandou relatar os terremotos anteriores, inclusive o de 1531.
Referências
- ↑ url=http://idl.ul.pt/sites/idl.ul.pt/files/docs/PAPER_0685_THE_1531_LISBON_EARTHQUAKE_AN%20D_TSUNAMI.pdf | title=The 1531 Lisbon earthquake and tsunami | author=Miranda, J., Batlló, J., Ferreira, H., Matias, L.M., and Baptista, M.A. | journal=15 WCEE | year=2012}}
- ↑ Bharatdwaj, K. (2006). Physical Geography: Introduction To Earth. [S.l.]: Discovery Publishing House. p. 275. ISBN 9788183561631
- ↑ Justo, J. L., and Salwa, C. (1998). «The 1531 Lisbon earthquake». Seismological Society of America. Bulletin of the Seismological Society of America. 88 (2): 319
- ↑ Moreira de Mendonça, Joaquim José (1758). História Universal dos Terramotos. [S.l.: s.n.] p. 55-56
- ↑ Bandera, Cesareo (2010). Sacred Game: The Role of the Sacred in the Genesis of Modern Literary Fiction. [S.l.]: Penn State Press. 44 páginas. ISBN 9780271042053
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