Dia dos Fiéis Defuntos
Dia dos Fiéis Defuntos | |
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O Dia da Morte, pintura de William-Adolphe Bouguereau | |
Outro(s) nome(s) | Dia de Finados |
Celebrado por | Católicos, ortodoxos, anglicanos, luteranos |
Tipo | Cristão |
Data | |
Significado | Memória às almas de todos os amados que morreram |
Relacionado(s) | Dia das Bruxas, Dia de Todos-os-Santos |
Dia dos Fiéis Defuntos, Dia de Finados ou Dia dos Mortos é celebrado pela Igreja Católica no dia 2 de novembro.
Desde o século II, alguns cristãos rezavam pelos falecidos, visitando os túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram. No século V, a Igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém lembrava. Também o abade Odilo de Cluny, em 998, pedia aos monges que orassem pelos mortos. Desde o século XI os Papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia aos mortos. No século XIII esse dia anual passa a ser comemorado em 2 de novembro, porque 1 de novembro é a Festa de Todos os Santos. A doutrina católica evoca algumas passagens bíblicas para fundamentar sua posição (cf. Tobias 12,12; Jó 1,18-20; Mt 12,32 e II Macabeus 12,43-46) e é suportada por uma prática de quase dois mil anos.[1]
O sepultamento dos mortos nas igrejas ou nos seus imediatos arredores permitia à comunidade sentir a continuidade da presença dos seus entes queridos na proximidade das suas vidas terrenas, ajudando a cimentar o conceito da Igreja enquanto comunidade peregrina (os vivos), sofredora (as almas em purificação no Purgatório) e triunfante (as almas santas no Paraíso). Se o dia de Todos os Santos celebrava estes últimos, principalmente os santos anónimos, o dia de Fiéis Defuntos honrava as almas do Purgatório e por estas eram oferecidas orações e sacrifícios particularmente neste dia.
Tradição por religião
Cristianismo protestante
Após a Reforma Protestante, a celebração do Dia de Finados foi fundida ao da Festa de Todos os Santos na Igreja Anglicana, posteriormente desmembrada no século XIX. A observância da comemoração foi restaurada em 1980 a data como "festividade menor" intitulada "Comemoração dos Fiéis Defuntos".[2]
Para a Igreja Metodista, são santos todos os fiéis batizados, de modo que, no Dia de Todos os Santos, a congregação local honra e recorda seus membros falecidos.[3][4]
Tradição por país
México
No México é comemorada a festa do dia dos mortos, uma festa bem característica da cultura mexicana e que atrai muitos turistas de todo mundo.
Ver também
- Missas dos Fiéis Defuntos
- Purgatório
- Comunhão dos Santos
- Culto dos mortos
- Dia das bruxas
- Dia de Todos os Santos
- Bon Odori
Referências
- ↑ Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior. O purgatório é uma invenção medieval? Programa "A Resposta Católica" n.º 223, vídeo de 9 min e 6 seg. Visitado em 31 de Outubro de 2014.
- ↑ A Igreja da Inglaterra (2003). «Nossa Fé». Igreja Anglicana. Consultado em 2 de novembro de 2013
- ↑ Laura Huff Hileman (2003). «O que é o Dia de Todos os Santos?». Igreja Metodista. Consultado em 2 de novembro de 2013. Arquivado do original em 26 de janeiro de 2012.
Os santos nada mais são de que pessoas que estão tentando ouvir a palavra de Deus e viver o chamado de Deus. Esta é a "comunhão dos santos" de que falamos no Credo Apostólico - que a comunidade de crentes que ultrapassa o tempo e lugar, mesmo para além da morte. Lembrando os santos que ajudaram a ampliar e animar o Reino de Deus: eis a celebração de Todos os Santos.
- ↑ Rev. J. Richard Peck (2011). «Os metoditas crêem nos santos?». Igreja Metodista. Consultado em 2 de novembro de 2013. Arquivado do original em 18 de julho de 2012.
Nós também reconhecemos e celebramos o Dia de Todos os Santos (1° de novembro) e "inclusive daqueles que descansam de suas obras." Os metodistas consideram "santos" todos os cristãos, porque "santas" porque vivenciaram a vida cristã. Neste sentido, todo cristão pode ser chamado de santo.
Bibliografia
- DENIS, Léon. O Gênio Céltico e o Mundo Invisível. União Espiritualista Francesa e Francófona, 1927.
- KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Parte Segunda, Capítulo VI, item Comemoração dos mortos. Funerais, questões 320 à 329
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