quinta-feira, 1 de outubro de 2020

PINA MANIQUE (DIOGO INÁCIO) - (NASCEU EM 1703) - 1 DE OUTUBRO DE 2020

 

Diogo Inácio de Pina Manique

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Diogo Inácio de Pina Manique
Nascimento3 de outubro de 1733
Lisboa
Morte1 de julho de 1805 (71 anos)
Lisboa
CidadaniaPortugal
Alma materUniversidade de Coimbra
Ocupaçãomagistradopolítico
Assento de baptismo de Diogo Inácio de Pina Manique, datado de 13 de Novembro de 1733. Paróquia de Santa CatarinaLisboa.
Retrato de Pina Manique (Oficina portuguesa do séc. XVIII), Palácio do Correio Velho, Lisboa.

Diogo Inácio de Pina Manique (LisboaSanta Catarina3 de Outubro de 1733 – LisboaAnjos1 de Julho de 1805)[1] foi um magistrado português.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho legítimo de Pedro Damião de Pina Manique (Lisboa, bap. 12 de Outubro de 1704 - LisboaSanta Engrácia, 13 de Dezembro de 1756), Cavaleiro Fidalgo da Casa Real, 3.º Senhor do Morgado de São Joaquim da Coina, Cavaleiro da Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo, etc. e de sua mulher Helena Inácia de Faria (LisboaSanta Catarina, bap. 17 de Fevereiro de 1715 - LisboaSanta Engrácia, 27 de Março de 1785), que contraíram matrimónio em Oeiras a 25 de Julho de 1731, neto paterno de Joaquim de Pina Manique, de ascendência Alemã pelos Manique, inicialmente Meineken, Escrivão da Executória das Commendas das Ordens, e de sua mulher Maria Josefa da Encarnação de Barroso é neto materno de José Soares de Andrade, Coronel do Mar, e de sua mulher Catarina Josefa de Almeida que, curiosamente, tinham um modo de vida muito humilde. Quando Pina Manique nasceu, viviam numa pequena casa tradicional no Beco do Carrasco.

Como os pais tinham algumas poupanças guardadas, enviaram-no para Coimbra, sendo aqui que adquiriu a sua forma rude de estar. Formado em Leis pela Faculdade de Leis da Universidade de Coimbra, ocupou diversos cargos, antes de ser designado Intendente-Geral da Polícia. Foi juiz do crime em diversos bairros de Lisboa, superintendente-geral de Contrabandos e Descaminhos, desembargador da Relação do Porto, desembargador dos Agravos da Casa da Suplicação.

Homem da confiança de Sebastião José de Carvalho e Melo, só foi, no entanto, nomeado Intendente-Geral da Polícia depois da queda do Marquês de Pombal. Acumulou esse cargo com os de desembargador dos Agravos da Casa da Suplicação, contador da Fazenda, superintendente-geral de Contrabandos e Descaminhos e fiscal da Junta de Administração da Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba.

Em 1781, começou a funcionar no Castelo de São Jorge, em Lisboa, a Casa Pia, fundada por Pina Manique que, a seu mando, foi destinada inicialmente a recolher ladrões, prostitutas, proxenetas, mendigos e todos aqueles que "denegriam a sociedade lisboeta" de então. Aqui, juntamente com as melhores figuras culturais da época, criava ensino e ocupação para que estas pessoas tivessem trabalho, dignidade e futuro.

Durante o reinado de D. Maria I, a sua acção como Intendente-Geral da Polícia orientou-se para a repressão das ideias oriundas da Revolução Francesa, designadamente através da proibição de circulação de livros e publicações, e da perseguição a diversos intelectuais, especialmente maçons que ele culpava de terem conspirado a favor da referida revolução.[2] A pedido de Napoleão Bonaparte, o regente D. João viu-se "obrigado" a demiti-lo em 14 de Março de 1803.

Dois anos após abandonar o cargo, faleceu depois de um atentado a caminho da sua vila de Manique do Intendente, tendo sido levado para o seu palácio da Travessa da Cruz, em Lisboa, nos Anjos. Tinha 71 anos. Foi sepultado num jazigo subterrâneo de família no Convento de Nossa Senhora da Penha de França.

Foi casado com Inácia Margarida Umbelina de Brito Nogueira de Matos (LisboaSanta Justa, bap. 31 de Julho de 1749 - LisboaAnjos, 10 de Outubro de 1808), com quem casou a 8 de Dezembro de 1773 na Igreja Paroquial de São Cristóvão, em Lisboa, filha sacriléga de Nicolau de Matos Leitão Nogueira de Andrade, Fidalgo Capelão da Casa Real, Monsenhor do Patriarcado de LisboaGovernador do Arcebispado de Évoramembro do Conselho privado do Rei D. José I, condenado pelo Tribunal da Inconfidência deportado para Angola por ordem do Marquês de Pombal, e de Ana Joaquina Teresa de Sampaio.

Teve quatro filhos e filhas:

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Commons
Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Diogo Inácio de Pina Manique
  • «Pina Manique (Diogo Inácio da), Portugal». - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico, Volume V, págs. 738-740, Edição em papel de João Romano Torres, em 1904-1915, Edição electrónica de Manuel Amaral, em 2000-2010

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