sexta-feira, 31 de julho de 2020

RTP - O ESSENCIAL - 31 DE JULHO DE 2020

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31 Julho, 2020

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Andreia Martins
Jornalista

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A pandemia do novo coronavírus está a ter um impacto transversal e generalizado nas economias da Europa. Em Portugal, a quebra foi de 16,5 no segundo trimestre do ano. É o quarto maior recuo da zona euro, que afundou 15 por cento entre abril e junho de 2020.

Economia afunda

Os dados revelados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística mostram uma quebra histórica. A pandemia já tinha provocado um tombo de 14,1 por cento do PIB português no primeiro trimestre, mas agora o recuo intensifica-se: uma quebra 16,5 por cento entre abril e junho de 2020, em relação ao mesmo período do ano passado.

O quarto maior recuo da zona euro

Os dados de Portugal são muito semelhantes ao que se verifica no resto da Europa, tendo sido o quarto maior declínio, só ultrapassado por Espanha (-22 por cento), França (-19 por cento) e Itália (-17,3 por cento). No geral, a economia da zona euro teve uma contração homóloga de 15 por cento no segundo trimestre.

Covid-19. Atualização ao minuto

Para lá dos efeitos colaterais na economia europeia, a pandemia continua a fazer estragos no mundo. A Índia registou o recorde diário de 55 mil novos casos diários e o México tornou-se, nas últimas horas, no terceiro país com mais mortes em todo o mundo. No Brasil, o Presidente brasileiro revelou que tem uma infeção pulmonar e afirmou que está a ser tratado com antibióticos, dias depois de ter sido dado como caso recuperado.

Governo "encostado" ao Presidente?

Em entrevista à Antena 1, o chefe de Estado considerou que o sistema semipresidencial português “tem funcionado bem” e que o Governo, em momentos de crise política, fica geralmente “encostado” ao Presidente, e este, por sua vez, “tende a apagar-se” em períodos de estabilidade. Ainda sem dar como certa a sua recandidatura nas presidenciais de 2021, o Marcelo Rebelo de Sousa prometeu anunciar a sua decisão “lá para novembro”.

Novo Banco proibido de vender ativos

O Governo anunciou que a auditoria ao Novo Banco não vai estar concluída até esta sexta-feira, considerando que até à sua conclusão não deverão ser realizadas outras operações de venda de carteiras de ativos por parte da instituição bancária.

Adiar eleições? Nem pensar

Donald Trump sugeriu na quinta-feira que as eleições presidenciais agendadas para novembro fossem adiadas, opondo-se à votação por correspondência que está a ser planeada. Os democratas, incluindo o ex-Presidente Barack Obama, criticaram. Os republicanos proeminentes estão contra a proposta. Por fim, a própria Constituição não permite que o atual inquilino da Casa Branca tenha esse poder. “Nunca na história deste país, que atravessou conflitos, depressões e a Guerra Civil, deixámos de ter eleições na altura agendada. Vamos arranjar maneira de o fazer novamente a 3 de novembro”, resume Mitch McConnell, líder da maioria republicana no Senado.

O drama humano em Cabo Delgado

A recuperar dos ciclones devastadores de 2019 e a sofrer o impacto da Covid-19, Moçambique é um país assolado por outro flagelo: o conflito, sobretudo na província de Cabo Delgado. O Linha da Frente especial desta sexta-feira, para ver às 21h00, depois do Telejornal, mostra a dura realidade de milhares de deslocados. A reportagem é do correspondente da RTP em Maputo, Pedro Martins, e do repórter de imagem Gabriel dos Santos.

O fim de uma longa época

Dezasseis anos depois a final da Taça de Portugal volta a ser disputada entre Benfica e FC Porto. E ao contrário do habitual, o jogo não decorre no Jamor, mas no Estádio Municipal de Coimbra. Os dragões procuram da “dobradinha”, mas as águias querem dar “uma alegria” aos adeptos, depois do segundo lugar no campeonato. A partida tem transmissão em direto na RTP1 este sábado a partir das 20h45.

A NÃO PERDER

Recessão? Só para alguns

Esta foi a semana em que os principais executivos da Amazon, Apple, Facebook e Google foram ouvidos no Congresso norte-americano, cada vez mais sob escrutínio devido às suspeitas de práticas anti-concorrenciais. Sabe-se agora que as quatro gigantes tecnológicas apresentaram resultados trimestrais surpreendentes, tendo em conta a profunda crise económica que se vive a nível global. Em conjunto, as quatro empresas obtiveram 28 mil milhões de lucros nos últimos três meses. “Os fortes continuam a ficar mais fortes”, destaca um especialista ouvido pelo jornal The New York Times.