Diretora AdjuntaTerça, 9 jun 2020
Enquanto dormia…
… António Costa esteve também a dormir sobre as informações que recebeu de manhã e à tarde de diferentes especialistas sobre o que se passa com o surto de coronavírus na região de Lisboa e Vale do Tejo antes de decidir em Conselho de Ministros se levanta dia 15 as restrições que se mantêm apenas nesta zona do país. De manhã, a reunião no Infarmed entre especialistas, elite política e parceiros sociais foi mais política do que técnica, e deixou o primeiro-ministro com tantas, mas tantas dúvidas, que à tarde decidiu encontrar-se, à porta fechada, com outros especialistas de saúde pública.
Mas o Conselho de Ministros de hoje servirá também para aprovar o Orçamento Suplementar, que terá as medidas do Programa de Estabilização Económica e Social para enfrentar a crise provocada pela pandemia do Covid-19. A Beatriz Ferreira seleccionou 11 medidas que mexem no bolso das famílias — e que vão custar quase mil milhões de euros em apoios. Vão desde o layoff com salários mais altos (e um complemento), a trabalhadores a recibos e aos abonos.
A noite televisiva ficou marcada por duas entrevistas (mais uma). Na RTP, António Guterres, secretário-geral da ONU, afirmou que as divisões entre EUA e China “têm limitado a capacidade para responder à pandemia”. Na TVI24, Rui Rio, líder do PSD, foi muito crítico dos últimos ajuntamentos que viu em Portugal, dizendo que “não teria autorizado” a manifestação contra o racismo, nem teria ido ver o espetáculo de Bruno Nogueira ao Campo Pequeno (questionando de novo os critérios do Governo — fizera-o num tweet matinal). A tal terceira foi de Pinto da Costa, reeleito para o 15.º mandato como presidente do FC Porto, ao Porto Canal, com muitas farpas ao Benfica.
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