Açores
Nota: Para outros significados, veja Açores (desambiguação).Esta página cita fontes confiáveis, mas que não cobrem todo o conteúdo. (Abril de 2019)
Açores
Região Autónoma dos Açores Lema: Antes morrer livres que em paz sujeitos Hino nacional: A Portuguesa
Hino dos Açores Gentílico: açoriano, açoriana
Capital Ponta Delgada¹
Angra do Heroísmo²
Horta3 Cidade mais populosa Ponta Delgada Língua oficial Português Governo Região Autónoma de Portugal - Presidente do Governo Regional Vasco Cordeiro - Representante da República Pedro Catarino - Presidente da Assembleia Legislativa Ana Luís Autonomia - Administrativa 1895 - Política 1976 Área - Total 2333 km² População - Censo 2011 246 746 [1] hab. - Densidade 106 hab./km² PIB (base PPC) - Total US$ 4 800 000 000 (2006) - Per capita US$ 19 950 (2006) IDH (2017) 0,910 – alto Moeda Euro4 (EUR
) Fuso horário (UTC-1) - Verão (DST) (UTC0) Clima Temperado oceânico ou
temperado marítimo Cód. ISO PRT Cód. Internet .pt Cód. telef. +351 292/+351 295/+351 296
Website governamental www.azores.gov.pt
¹ Presidência e Vice-Presidência do Governo Regional; Secretaria Regional da Presidência; Subsecretaria Regional dos Assuntos Europeus e Cooperação Externa; Secretaria Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos; Secretaria Regional da Economia.
² Representação da República; Secretaria Regional da Educação e Formação; Secretaria Regional do Trabalho e Solidariedade Social; Secretaria Regional da Saúde.
³ Assembleia Legislativa; Secretaria Regional da Agricultura e Florestas; Secretaria Regional do Ambiente e do Mar; Subsecretaria Regional das Pescas.
4Até 1931: Moeda Insulana, designada antes de 1911 por Real Insulano e de 1911 a 1931 por Escudo Insulano. De 1931 a 2001: Escudo português.
Os Açores, oficialmente Região Autónoma dos Açores, são um arquipélago transcontinental e um território autónomo da República Portuguesa, situado no Atlântico nordeste, dotado de autonomia política e administrativa, consubstanciada no Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores. Os Açores integram a União Europeia com o estatuto de região ultraperiférica do território da União, conforme estabelecido nos artigos 349.º e 355.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia.[2]
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Açores Região Autónoma dos Açores | |
Lema: Antes morrer livres que em paz sujeitos | |
Hino nacional: A Portuguesa Hino dos Açores | |
Gentílico: açoriano, açoriana | |
Capital | Ponta Delgada¹ Angra do Heroísmo² Horta3 |
Cidade mais populosa | Ponta Delgada |
Língua oficial | Português |
Governo | Região Autónoma de Portugal |
- Presidente do Governo Regional | Vasco Cordeiro |
- Representante da República | Pedro Catarino |
- Presidente da Assembleia Legislativa | Ana Luís |
Autonomia | |
- Administrativa | 1895 |
- Política | 1976 |
Área | |
- Total | 2333 km² |
População | |
- Censo 2011 | 246 746 [1] hab. |
- Densidade | 106 hab./km² |
PIB (base PPC) | |
- Total | US$ 4 800 000 000 (2006) |
- Per capita | US$ 19 950 (2006) |
IDH (2017) | 0,910 – alto |
Moeda | Euro4 (EUR ) |
Fuso horário | (UTC-1) |
- Verão (DST) | (UTC0) |
Clima | Temperado oceânico ou temperado marítimo |
Cód. ISO | PRT |
Cód. Internet | .pt |
Cód. telef. | +351 292/+351 295/+351 296 |
Website governamental | www.azores.gov.pt |
¹ Presidência e Vice-Presidência do Governo Regional; Secretaria Regional da Presidência; Subsecretaria Regional dos Assuntos Europeus e Cooperação Externa; Secretaria Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos; Secretaria Regional da Economia. ² Representação da República; Secretaria Regional da Educação e Formação; Secretaria Regional do Trabalho e Solidariedade Social; Secretaria Regional da Saúde. ³ Assembleia Legislativa; Secretaria Regional da Agricultura e Florestas; Secretaria Regional do Ambiente e do Mar; Subsecretaria Regional das Pescas. 4Até 1931: Moeda Insulana, designada antes de 1911 por Real Insulano e de 1911 a 1931 por Escudo Insulano. De 1931 a 2001: Escudo português. |
Os Açores, oficialmente Região Autónoma dos Açores, são um arquipélago transcontinental e um território autónomo da República Portuguesa, situado no Atlântico nordeste, dotado de autonomia política e administrativa, consubstanciada no Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores. Os Açores integram a União Europeia com o estatuto de região ultraperiférica do território da União, conforme estabelecido nos artigos 349.º e 355.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia.[2]
Índice
História
Ver artigo principal: História dos AçoresCom quase seis séculos de presença humana continuada, os Açores granjearam um lugar importante na História de Portugal e na história do Atlântico: constituíram-se em escala para as expedições dos Descobrimentos e para naus da chamada Carreira da Índia, das frotas da prata, e do Brasil; contribuíram para a conquista e manutenção das praças portuguesas do Norte de África; quando da crise de sucessão de 1580 e das Guerras Liberais (1828-1834) constituíram-se em baluartes da resistência; durante as duas Guerras Mundiais, em apoio estratégico vital para as forças Aliadas, mantendo-se, até aos nossos dias, num centro de comunicações e apoio à aviação militar e comercial.
O descobrimento do arquipélago dos Açores, tal como o da Madeira, é uma das questões mais controversas da história dos Descobrimentos. Entre as várias teorias sobre este facto, algumas assentam na apreciação de vários mapas genoveses produzidos desde 1351, os quais levam os historiadores a afirmar que já se conheciam aquelas ilhas aquando do regresso das expedições às ilhas Canárias realizadas cerca de 1340-1345, no reinado de Afonso IV de Portugal. Outras referem que o descobrimento das primeiras ilhas (São Miguel, Santa Maria, Terceira) foi efectuado por marinheiros ao serviço do Infante D. Henrique, embora não haja qualquer documento escrito que por si confirme e comprove tal facto. A apoiar esta versão existe apenas um conjunto de escritos posteriores, baseados na tradição oral, que se criou na primeira metade do século XV. Algumas teses mais arrojadas consideram, no entanto, que a descoberta das primeiras ilhas ocorreu já ao tempo de Afonso IV de Portugal e que as viagens feitas no tempo do Infante D. Henrique não passaram de meros reconhecimentos. Adicionalmente, alegadamente, foram recentemente descobertos templos escavados nas rochas datados do século IV a.C., de possível[3] autoria cartaginesa. Estas alegadas descobertas estão a ser contestadas por especialistas.[4][5][6]
O que se sabe concretamente é que Gonçalo Velho chegou à ilha de Santa Maria em 1431, decorrendo nos anos seguintes o (re)descobrimento - ou reconhecimento - das restantes ilhas do arquipélago dos Açores, no sentido de progressão de leste para oeste. Uma carta do Infante D. Henrique, datada de 2 de Julho de 1439 e dirigida ao seu irmão D. Pedro, é a primeira referência segura sobre a exploração do arquipélago. Nesta altura, as ilhas das Flores e do Corvo ainda não tinham sido descobertas, o que aconteceria apenas cerca de 1450, por obra de Diogo de Teive. Entretanto, o Infante D. Henrique, com o apoio da sua irmã D. Isabel de Portugal, Duquesa da Borgonha, mandou povoar a ilha de Santa Maria.
Os portugueses começaram a povoar as ilhas por volta 1432, oriundos principalmente do Algarve, do Alentejo, da Estremadura e do Minho, tendo-se registado, em seguida, o ingresso de flamengos, bretões e outros europeus e norte-africanos.
Desde logo e dada a necessidade de defesa das pessoas, da manutenção de uma posição estratégica portuguesa no meio do Atlântico e da imensa riqueza que por esta terra passava vinda do Império Português e mais tarde também do Império Espanhol, as ilhas açorianas foram fortemente fortificadas praticamente desde o início do povoamento. Assim encontra-se nas ilhas 161 infra-estruturas militares entre castelos, fortalezas, fortes, redutos e trincheiras, distribuídas da seguinte forma: 78 na Terceira, 26 na ilha de São Miguel, 15 na ilha de São Jorge, 12 na ilha das Flores, 12 na ilha de Santa Maria, 7 na ilha Graciosa, 7 na ilha do Faial e 4 na ilha do Pico.
Sabe-se, porém, que muitos desses imigrantes que povoaram Açores teriam sido cristãos-novos, isto é, judeus sefarditas que foram obrigados a converter-se pelas perseguições da Igreja Católica. Através das Ordenações Afonsinas, Portugal procurou atrair tanto judeus quanto flamengos para o arquipélago, mediante a distribuição de terras. Assim, longe da Europa continental, esses grupos ficariam livres das perseguições religiosas.
No processo do povoamento das restantes ilhas, principalmente do Faial, Pico, Flores e São Jorge, faz-se notar a presença de um número alargado de flamengos, cuja presença se veio a reflectir na produção artística e nos costumes e modos de exploração das terras. De recordar o nome de Joss van Hurtere, capitão flamengo, a quem foi confiado o povoamento de parte da ilha do Faial: a cidade da Horta recebeu do seu patronímico a sua designação toponímica. Existe ainda uma freguesia do concelho da Horta chamada Flamengos, para além dos moinhos e dos modelos da exploração agrária.
Tal como no arquipélago da Madeira, a administração das ilhas açorianas foi feita através do sistema de capitanias, à frente das quais estava um capitão do donatário. As primeiras capitanias constituíram-se nas ilhas de São Miguel e de Santa Maria. Em 1450, na sequência da progressão ocidental do descobrimento das ilhas, foi criada uma outra capitania na ilha Terceira: a administração desta ilha foi atribuída também a um flamengo, de seu nome Jácome de Bruges. As restantes ilhas também se encontravam sob administração de capitanias. A administração e assistência espiritual das ilhas ficou subordinada à Ordem de Cristo, que detinha também o senhorio temporal das ilhas, mas a presença de outras ordens religiosas não deixou de se fazer notar no processo de povoamento desde o início, como no caso dos Franciscanos em Santa Maria e Terceira desde a década de 1490 do século XV.
O clima do arquipélago açoriano é menos quente quando comparado com o do arquipélago da Madeira. Para que os colonos pudessem cultivar as terras foi necessário desbastar densos arvoredos que proporcionavam matéria-prima para exportação, para produção escultórica (cedro) e para a construção naval. O cultivo de cereais e a criação de gado foram as actividades predominantes, com o trigo a registar uma produção considerável. A produção de pastel e a sua industrialização para exportação destinada a tinturaria também desempenhou um papel relevante na economia do arquipélago. A exploração do pastel e da urzela, esta também para tinturaria, atingiu o seu auge precisamente quando a produção de cana-de-açúcar (tentada mas sem grandes resultados económicos) e de trigo entraram em decadência.
No século XVII, também as matérias-primas tintureiras sofreriam uma recessão, sendo substituídas pelo linho e laranjas, que, por seu lado, registaram um impulso extraordinário. Nesta altura, foi introduzida a produção de milho, sendo esta significativa para as melhorias alimentares da população e também como apoio à pecuária. A primeira exportação de laranjas surgiu no século XVIII, numa altura em que foi também introduzida a cultura da batata. Em finais de Setecentos, regista-se o início de uma das mais expressivas e emblemáticas actividades económicas açorianas: a caça ao cachalote e a outros cetáceos. Na ilha de São Miguel, tanto a produção de chá como a produção do tabaco, revelar-se-iam muito importantes para a economia da ilha.
No século XVIII, os Açores já tinham uma população suficientemente grande para que a Coroa portuguesa incentivasse a emigração de famílias açorianas para terras brasileiras, sobretudo para a parte meridional da então sua colónia na América do Sul. No século seguinte, os Açores vão ter um papel muito importante no ressurgimento da pesca do bacalhau. Os pescadores açorianos emigrados nos Estados Unidos foram quem introduziu a técnica de pesca à linha em dóris usada pelos pescadores português no Grand Bank até aos anos 1960 [7].
É de se notar que os açorianos sempre almejaram conquistar uma maior autonomia política e administrativa, o que, durante séculos, foi negado, dando ensejo a alguns movimentos em favor da emancipação do arquipélago.
As regiões autónomas foram consagradas na Constituição Portuguesa de 1976. Trata-se de um estatuto político-administrativo especial reservado aos arquipélagos dos Açores e da Madeira, devido às suas condições geográficas - e, em consequência, socioeconómicas - especiais. Nos termos da Constituição, a autonomia regional não afecta a integridade da soberania do Estado. Compete às regiões autónomas legislar em todas as matérias que não sejam da reserva dos órgãos de soberania e que constem do elenco de competências contido nos seus Estatutos Político-Administrativos; pronunciar-se nas mais diversas matérias que lhes digam respeito; e exercer poder executivo próprio, em áreas como a promoção do desenvolvimento económico e da qualidade de vida, a defesa do ambiente e do património, e a organização da administração regional.
Os órgãos de governo próprio de cada região são a Assembleia Legislativa e o Governo Regional. A primeira é eleita por sufrágio universal directo e tem poderes fundamentalmente legislativos, além de fiscalizar os actos do Governo Regional. O presidente do Governo Regional é nomeado pelo Representante da República, que para tal considera os resultados eleitorais, e é o responsável pela organização interna do órgão e por propor os seus elementos. As atribuições do Governo Regional são fundamentalmente de ordem executiva.
O representante da República é o representante do chefe do Estado em cada região autónoma. É nomeado pelo presidente da República, após consulta ao Conselho de Estado. Cabe-lhe assinar e mandar publicar os decretos da Assembleia e do Governo Regional, tendo, no entanto, o direito de veto, que pode ser ultrapassado por votação qualificada da Assembleia Legislativa. O mandato do Representante da República tem a duração do mandato do presidente da República.
Com quase seis séculos de presença humana continuada, os Açores granjearam um lugar importante na História de Portugal e na história do Atlântico: constituíram-se em escala para as expedições dos Descobrimentos e para naus da chamada Carreira da Índia, das frotas da prata, e do Brasil; contribuíram para a conquista e manutenção das praças portuguesas do Norte de África; quando da crise de sucessão de 1580 e das Guerras Liberais (1828-1834) constituíram-se em baluartes da resistência; durante as duas Guerras Mundiais, em apoio estratégico vital para as forças Aliadas, mantendo-se, até aos nossos dias, num centro de comunicações e apoio à aviação militar e comercial.
O descobrimento do arquipélago dos Açores, tal como o da Madeira, é uma das questões mais controversas da história dos Descobrimentos. Entre as várias teorias sobre este facto, algumas assentam na apreciação de vários mapas genoveses produzidos desde 1351, os quais levam os historiadores a afirmar que já se conheciam aquelas ilhas aquando do regresso das expedições às ilhas Canárias realizadas cerca de 1340-1345, no reinado de Afonso IV de Portugal. Outras referem que o descobrimento das primeiras ilhas (São Miguel, Santa Maria, Terceira) foi efectuado por marinheiros ao serviço do Infante D. Henrique, embora não haja qualquer documento escrito que por si confirme e comprove tal facto. A apoiar esta versão existe apenas um conjunto de escritos posteriores, baseados na tradição oral, que se criou na primeira metade do século XV. Algumas teses mais arrojadas consideram, no entanto, que a descoberta das primeiras ilhas ocorreu já ao tempo de Afonso IV de Portugal e que as viagens feitas no tempo do Infante D. Henrique não passaram de meros reconhecimentos. Adicionalmente, alegadamente, foram recentemente descobertos templos escavados nas rochas datados do século IV a.C., de possível[3] autoria cartaginesa. Estas alegadas descobertas estão a ser contestadas por especialistas.[4][5][6]
O que se sabe concretamente é que Gonçalo Velho chegou à ilha de Santa Maria em 1431, decorrendo nos anos seguintes o (re)descobrimento - ou reconhecimento - das restantes ilhas do arquipélago dos Açores, no sentido de progressão de leste para oeste. Uma carta do Infante D. Henrique, datada de 2 de Julho de 1439 e dirigida ao seu irmão D. Pedro, é a primeira referência segura sobre a exploração do arquipélago. Nesta altura, as ilhas das Flores e do Corvo ainda não tinham sido descobertas, o que aconteceria apenas cerca de 1450, por obra de Diogo de Teive. Entretanto, o Infante D. Henrique, com o apoio da sua irmã D. Isabel de Portugal, Duquesa da Borgonha, mandou povoar a ilha de Santa Maria.
Os portugueses começaram a povoar as ilhas por volta 1432, oriundos principalmente do Algarve, do Alentejo, da Estremadura e do Minho, tendo-se registado, em seguida, o ingresso de flamengos, bretões e outros europeus e norte-africanos.
Desde logo e dada a necessidade de defesa das pessoas, da manutenção de uma posição estratégica portuguesa no meio do Atlântico e da imensa riqueza que por esta terra passava vinda do Império Português e mais tarde também do Império Espanhol, as ilhas açorianas foram fortemente fortificadas praticamente desde o início do povoamento. Assim encontra-se nas ilhas 161 infra-estruturas militares entre castelos, fortalezas, fortes, redutos e trincheiras, distribuídas da seguinte forma: 78 na Terceira, 26 na ilha de São Miguel, 15 na ilha de São Jorge, 12 na ilha das Flores, 12 na ilha de Santa Maria, 7 na ilha Graciosa, 7 na ilha do Faial e 4 na ilha do Pico.
Sabe-se, porém, que muitos desses imigrantes que povoaram Açores teriam sido cristãos-novos, isto é, judeus sefarditas que foram obrigados a converter-se pelas perseguições da Igreja Católica. Através das Ordenações Afonsinas, Portugal procurou atrair tanto judeus quanto flamengos para o arquipélago, mediante a distribuição de terras. Assim, longe da Europa continental, esses grupos ficariam livres das perseguições religiosas.
No processo do povoamento das restantes ilhas, principalmente do Faial, Pico, Flores e São Jorge, faz-se notar a presença de um número alargado de flamengos, cuja presença se veio a reflectir na produção artística e nos costumes e modos de exploração das terras. De recordar o nome de Joss van Hurtere, capitão flamengo, a quem foi confiado o povoamento de parte da ilha do Faial: a cidade da Horta recebeu do seu patronímico a sua designação toponímica. Existe ainda uma freguesia do concelho da Horta chamada Flamengos, para além dos moinhos e dos modelos da exploração agrária.
Tal como no arquipélago da Madeira, a administração das ilhas açorianas foi feita através do sistema de capitanias, à frente das quais estava um capitão do donatário. As primeiras capitanias constituíram-se nas ilhas de São Miguel e de Santa Maria. Em 1450, na sequência da progressão ocidental do descobrimento das ilhas, foi criada uma outra capitania na ilha Terceira: a administração desta ilha foi atribuída também a um flamengo, de seu nome Jácome de Bruges. As restantes ilhas também se encontravam sob administração de capitanias. A administração e assistência espiritual das ilhas ficou subordinada à Ordem de Cristo, que detinha também o senhorio temporal das ilhas, mas a presença de outras ordens religiosas não deixou de se fazer notar no processo de povoamento desde o início, como no caso dos Franciscanos em Santa Maria e Terceira desde a década de 1490 do século XV.
O clima do arquipélago açoriano é menos quente quando comparado com o do arquipélago da Madeira. Para que os colonos pudessem cultivar as terras foi necessário desbastar densos arvoredos que proporcionavam matéria-prima para exportação, para produção escultórica (cedro) e para a construção naval. O cultivo de cereais e a criação de gado foram as actividades predominantes, com o trigo a registar uma produção considerável. A produção de pastel e a sua industrialização para exportação destinada a tinturaria também desempenhou um papel relevante na economia do arquipélago. A exploração do pastel e da urzela, esta também para tinturaria, atingiu o seu auge precisamente quando a produção de cana-de-açúcar (tentada mas sem grandes resultados económicos) e de trigo entraram em decadência.
No século XVII, também as matérias-primas tintureiras sofreriam uma recessão, sendo substituídas pelo linho e laranjas, que, por seu lado, registaram um impulso extraordinário. Nesta altura, foi introduzida a produção de milho, sendo esta significativa para as melhorias alimentares da população e também como apoio à pecuária. A primeira exportação de laranjas surgiu no século XVIII, numa altura em que foi também introduzida a cultura da batata. Em finais de Setecentos, regista-se o início de uma das mais expressivas e emblemáticas actividades económicas açorianas: a caça ao cachalote e a outros cetáceos. Na ilha de São Miguel, tanto a produção de chá como a produção do tabaco, revelar-se-iam muito importantes para a economia da ilha.
No século XVIII, os Açores já tinham uma população suficientemente grande para que a Coroa portuguesa incentivasse a emigração de famílias açorianas para terras brasileiras, sobretudo para a parte meridional da então sua colónia na América do Sul. No século seguinte, os Açores vão ter um papel muito importante no ressurgimento da pesca do bacalhau. Os pescadores açorianos emigrados nos Estados Unidos foram quem introduziu a técnica de pesca à linha em dóris usada pelos pescadores português no Grand Bank até aos anos 1960 [7].
É de se notar que os açorianos sempre almejaram conquistar uma maior autonomia política e administrativa, o que, durante séculos, foi negado, dando ensejo a alguns movimentos em favor da emancipação do arquipélago.
As regiões autónomas foram consagradas na Constituição Portuguesa de 1976. Trata-se de um estatuto político-administrativo especial reservado aos arquipélagos dos Açores e da Madeira, devido às suas condições geográficas - e, em consequência, socioeconómicas - especiais. Nos termos da Constituição, a autonomia regional não afecta a integridade da soberania do Estado. Compete às regiões autónomas legislar em todas as matérias que não sejam da reserva dos órgãos de soberania e que constem do elenco de competências contido nos seus Estatutos Político-Administrativos; pronunciar-se nas mais diversas matérias que lhes digam respeito; e exercer poder executivo próprio, em áreas como a promoção do desenvolvimento económico e da qualidade de vida, a defesa do ambiente e do património, e a organização da administração regional.
Os órgãos de governo próprio de cada região são a Assembleia Legislativa e o Governo Regional. A primeira é eleita por sufrágio universal directo e tem poderes fundamentalmente legislativos, além de fiscalizar os actos do Governo Regional. O presidente do Governo Regional é nomeado pelo Representante da República, que para tal considera os resultados eleitorais, e é o responsável pela organização interna do órgão e por propor os seus elementos. As atribuições do Governo Regional são fundamentalmente de ordem executiva.
O representante da República é o representante do chefe do Estado em cada região autónoma. É nomeado pelo presidente da República, após consulta ao Conselho de Estado. Cabe-lhe assinar e mandar publicar os decretos da Assembleia e do Governo Regional, tendo, no entanto, o direito de veto, que pode ser ultrapassado por votação qualificada da Assembleia Legislativa. O mandato do Representante da República tem a duração do mandato do presidente da República.
Localização geográfica
Os Açores são um arquipélago que, embora situado precisamente sobre a Dorsal Média Atlântica, devido à sua proximidade com o continente europeu e à sua integração política na República Portuguesa e na União Europeia é geralmente englobado na Europa.
O arquipélago situa-se no nordeste do Oceano Atlântico entre os 36º e os 43º de latitude Norte e os 25º e os 31º de longitude Oeste. Os territórios mais próximos são a Península Ibérica, a cerca de 2000 km a leste, a Madeira a 1200 km a sueste, a Nova Escócia a 2300 km a noroeste e a Bermuda a 3500 km a sudoeste. Integra a região biogeográfica da Macaronésia. As coordenadas geográficas das principais localidades dos Açores são as seguintes:
Local Lat. (N) Long. (W) Vila do Corvo 39º 40.1' 31º 06.5' Santa Cruz das Flores 39º 27.2' 31º 07.2' Lajes das Flores 39º 22.6' 31º 09.9' Santa Cruz da Graciosa 39º 05.0' 27º 59.9' Praia da Vitória 38º 43.9' 27º 03.5' Velas 38º 40.8' 28º 12.3' Angra do Heroísmo 38º 39.0' 27º 13.4' Calheta 38º 36.0' 28º 00.7' Vila do Topo 38º 32.5' 27º 45.6' Horta 38º 32.0' 28º 37.3' Cais do Pico 38º 31.7' 28º 19.2' Lajes do Pico 38º 23.9' 28º 15.4' Ponta Delgada 37º 44.1' 25º 40.3' Ilhéus das Formigas 37º 17.0' 24º 53.0' Vila do Porto 36º 56.7' 25º 08.9'
Os Açores são um arquipélago que, embora situado precisamente sobre a Dorsal Média Atlântica, devido à sua proximidade com o continente europeu e à sua integração política na República Portuguesa e na União Europeia é geralmente englobado na Europa.
O arquipélago situa-se no nordeste do Oceano Atlântico entre os 36º e os 43º de latitude Norte e os 25º e os 31º de longitude Oeste. Os territórios mais próximos são a Península Ibérica, a cerca de 2000 km a leste, a Madeira a 1200 km a sueste, a Nova Escócia a 2300 km a noroeste e a Bermuda a 3500 km a sudoeste. Integra a região biogeográfica da Macaronésia. As coordenadas geográficas das principais localidades dos Açores são as seguintes:
Local | Lat. (N) | Long. (W) |
---|---|---|
Vila do Corvo | 39º 40.1' | 31º 06.5' |
Santa Cruz das Flores | 39º 27.2' | 31º 07.2' |
Lajes das Flores | 39º 22.6' | 31º 09.9' |
Santa Cruz da Graciosa | 39º 05.0' | 27º 59.9' |
Praia da Vitória | 38º 43.9' | 27º 03.5' |
Velas | 38º 40.8' | 28º 12.3' |
Angra do Heroísmo | 38º 39.0' | 27º 13.4' |
Calheta | 38º 36.0' | 28º 00.7' |
Vila do Topo | 38º 32.5' | 27º 45.6' |
Horta | 38º 32.0' | 28º 37.3' |
Cais do Pico | 38º 31.7' | 28º 19.2' |
Lajes do Pico | 38º 23.9' | 28º 15.4' |
Ponta Delgada | 37º 44.1' | 25º 40.3' |
Ilhéus das Formigas | 37º 17.0' | 24º 53.0' |
Vila do Porto | 36º 56.7' | 25º 08.9' |
Território e clima
O arquipélago dos Açores é constituído por nove ilhas principais divididas em três grupos distintos:
- Grupo Ocidental
- Grupo Central
- Grupo Oriental
O Grupo Oriental inclui também um grupo de rochedos e recifes oceânicos, situados a nordeste de Santa Maria, chamado ilhéus das Formigas, ou simplesmente Formigas, que em conjunto com o recife do Dollabarat, constitui a Reserva Natural do Ilhéu das Formigas, um dos locais mais importantes para conservação da biosfera marinha no nordeste do Atlântico.
O ponto mais alto do arquipélago situa-se na ilha do Pico - e daí o seu nome, a Montanha do Pico - com uma altitude de 2352 metros. A orografia açoriana apresenta-se muito acidentada, com linhas de relevo orientadas na direcção leste-oeste, coincidentes com as linhas de fractura que estão na génese das ilhas. Este arquipélago faz parte da cordilheira submarina que se estende desde a Islândia para Sul e Sudoeste, com orientação sensivelmente paralela à inflexão das costas continentais.
A origem vulcânica dos Açores tem a sua expressão máxima na ilha de São Miguel, no famoso Vale das Furnas e teve a sua mais recente actividade terrestre no Vulcão dos Capelinhos, na Ilha do Faial, em 1957-1958. No mar, a última erupção verificou-se ao largo da Serreta (ilha Terceira) em 1998-2000.
Ver artigo principal: Clima dos AçoresO clima é temperado, registando-se temperaturas médias de 13 °C no Inverno e 24 °C no Verão. A Corrente do Golfo, que passa relativamente perto, mantém as águas do mar a uma temperatura média entre os 17 °C e os 23 °C. O ar é húmido com humidade relativa média de cerca de 75%.[carece de fontes]
As ilhas são visitadas com relativa frequência por tempestades tropicais, incluindo algumas com intensidade suficiente para serem consideradas furacões.[8][9].
O arquipélago dos Açores é constituído por nove ilhas principais divididas em três grupos distintos:
- Grupo Ocidental
- Grupo Central
- Grupo Oriental
O Grupo Oriental inclui também um grupo de rochedos e recifes oceânicos, situados a nordeste de Santa Maria, chamado ilhéus das Formigas, ou simplesmente Formigas, que em conjunto com o recife do Dollabarat, constitui a Reserva Natural do Ilhéu das Formigas, um dos locais mais importantes para conservação da biosfera marinha no nordeste do Atlântico.
O ponto mais alto do arquipélago situa-se na ilha do Pico - e daí o seu nome, a Montanha do Pico - com uma altitude de 2352 metros. A orografia açoriana apresenta-se muito acidentada, com linhas de relevo orientadas na direcção leste-oeste, coincidentes com as linhas de fractura que estão na génese das ilhas. Este arquipélago faz parte da cordilheira submarina que se estende desde a Islândia para Sul e Sudoeste, com orientação sensivelmente paralela à inflexão das costas continentais.
A origem vulcânica dos Açores tem a sua expressão máxima na ilha de São Miguel, no famoso Vale das Furnas e teve a sua mais recente actividade terrestre no Vulcão dos Capelinhos, na Ilha do Faial, em 1957-1958. No mar, a última erupção verificou-se ao largo da Serreta (ilha Terceira) em 1998-2000.
O clima é temperado, registando-se temperaturas médias de 13 °C no Inverno e 24 °C no Verão. A Corrente do Golfo, que passa relativamente perto, mantém as águas do mar a uma temperatura média entre os 17 °C e os 23 °C. O ar é húmido com humidade relativa média de cerca de 75%.[carece de fontes]
As ilhas são visitadas com relativa frequência por tempestades tropicais, incluindo algumas com intensidade suficiente para serem consideradas furacões.[8][9].
Geografia física
O arquipélago dos Açores foi formado por actividade vulcânica durante o final do Terciário. A primeira ilha a surgir acima da linha média da água do mar foi Santa Maria, há cerca de 8,1 milhões de anos (Ma), durante o Mioceno. Seguiram-se, por ordem cronológica, São Miguel (4,1 Ma), Terceira (3,52 Ma), Graciosa (2,5 Ma), Flores (2,16 Ma), Faial (0,7 Ma), Corvo (0,7 Ma), São Jorge (0,55 Ma) e, a mais jovem, o Pico (0,27 Ma).[10]
O arquipélago dos Açores foi formado por actividade vulcânica durante o final do Terciário. A primeira ilha a surgir acima da linha média da água do mar foi Santa Maria, há cerca de 8,1 milhões de anos (Ma), durante o Mioceno. Seguiram-se, por ordem cronológica, São Miguel (4,1 Ma), Terceira (3,52 Ma), Graciosa (2,5 Ma), Flores (2,16 Ma), Faial (0,7 Ma), Corvo (0,7 Ma), São Jorge (0,55 Ma) e, a mais jovem, o Pico (0,27 Ma).[10]
Importância geoestratégica
A sua localização na zona central do Atlântico Norte, fez com que as ilhas açorianas constituíssem durante séculos uma autêntica encruzilhada nas rotas transatlânticas.
Na fase da navegação à vela, devido ao regime de ventos e correntes que obrigava à "volta do largo", as embarcações provenientes do Atlântico Sul (da Índia, Extremo Oriente e outras partes da Ásia, de África, do Brasil e outras partes da América do Sul) e das Caraíbas (das chamadas "Índias Ocidentais") faziam uma larga rotação no sentido dos ponteiros do relógio que as trazia até às proximidades do Grupo Ocidental, cruzando depois o arquipélago em direcção à Europa. É esse o percurso que ainda hoje faz a navegação de recreio, utilizando como ponto de apoio o porto da Horta, ilha do Faial.
Com o aparecimento da navegação a vapor, os portos dos Açores, particularmente os de Ponta Delgada e Horta, os únicos com molhes de protecção e cais acostáveis de dimensão apreciável, assumiram importante papel no fornecimento de carvão.
Com o advento da aviação, os Açores cedo ganharam importância como ponto de apoio. As primeiras travessias aéreas do Atlântico escalaram os Açores, e a Horta, com a sua baía abrigada e ligações telegráficas intercontinentais via cabo submarino, foi uma importante escala nas ligações entre a Europa e a América por hidroavião (os clippers) no período imediatamente anterior à Segunda Guerra Mundial.
Terminada a guerra, a base norte-americana da ilha de Santa Maria rapidamente se transformou num aeroporto internacional e centro de escalas técnicas para as aeronaves que cruzavam o Atlântico entre as Américas, o sul da Europa, o norte de África e o Médio Oriente. Igual papel, mas para a aviação militar, teve (e continua a ter) a Base das Lajes, na ilha Terceira, onde, após a saída do contingente britânico chegado em 1943, se instalou um destacamento militar dos Estados Unidos naquela que é a Base Área n.º 4 da Força Aérea Portuguesa (ainda em pleno funcionamento).
As discussões em torno do papel geo-estratégico dos Açores e da função do arquipélago como ponto de fronteira entre as esferas de interesse norte-americana e europeia ainda assume papel relevante na discussão política açoriana e na postura da classe política face aos interesses portugueses no Atlântico. As questões em torno da alocação de contrapartidas concedidas pelos Estados Unidos pela utilização da Base Aérea das Lajes, na ilha Terceira têm ocupado, embora de forma estéril, a actividade parlamentar e são presença constante na negociação com Portugal e com os Estados Unidos.
Mais recentemente, o facto das águas da zona económica exclusiva (ZEE) dos Açores serem de longe as maiores da União Europeia, com os seus 994 000 quilómetros quadrados, e por isso constituírem o grosso das chamadas "águas ocidentais" da União, tem levado a acesos debates sobre as vantagens da integração açoriana na União Europeia. Nos termos dos tratados em vigor, e do projecto de tratado para a Constituição Europeia, a gestão dos recursos biológicos marinhos é competência exclusiva da União, o que levou já à abertura parcial da pesca (entre as 100 milhas náuticas e as 200 milhas náuticas) a embarcações comunitárias contra a vontade do governo açoriano.
Para se compreender a posição do arquipélago atente-se nas seguintes distâncias medidas ao longo da ortodrómica (grande círculo) a partir de um ponto sito no centro geográfico dos Açores (38º 35’ N; 28º 05’ W):
- Funchal, Madeira - 1206 km;
- Lisboa - 1643 km;
- Mizen Head, Irlanda - 2011 km;
- Cape Race, Terra Nova e Labrador, Canadá - 2253 km;
- Londres - 2595 km;
- Praia, Cabo Verde - 2668 km;
- Paris - 2673 km;
- Reiquejavique, Islândia - 2871 km;
- Hamilton, Bermuda - 3371 km;
- Boston, Mass, EUA - 3618 km;
- Nova Iorque, N. I, EUA - 3889 km;
- João Pessoa, PB, Brasil - 4994 km;
- Brasília - 6385 km.
A sua localização na zona central do Atlântico Norte, fez com que as ilhas açorianas constituíssem durante séculos uma autêntica encruzilhada nas rotas transatlânticas.
Na fase da navegação à vela, devido ao regime de ventos e correntes que obrigava à "volta do largo", as embarcações provenientes do Atlântico Sul (da Índia, Extremo Oriente e outras partes da Ásia, de África, do Brasil e outras partes da América do Sul) e das Caraíbas (das chamadas "Índias Ocidentais") faziam uma larga rotação no sentido dos ponteiros do relógio que as trazia até às proximidades do Grupo Ocidental, cruzando depois o arquipélago em direcção à Europa. É esse o percurso que ainda hoje faz a navegação de recreio, utilizando como ponto de apoio o porto da Horta, ilha do Faial.
Com o aparecimento da navegação a vapor, os portos dos Açores, particularmente os de Ponta Delgada e Horta, os únicos com molhes de protecção e cais acostáveis de dimensão apreciável, assumiram importante papel no fornecimento de carvão.
Com o advento da aviação, os Açores cedo ganharam importância como ponto de apoio. As primeiras travessias aéreas do Atlântico escalaram os Açores, e a Horta, com a sua baía abrigada e ligações telegráficas intercontinentais via cabo submarino, foi uma importante escala nas ligações entre a Europa e a América por hidroavião (os clippers) no período imediatamente anterior à Segunda Guerra Mundial.
Terminada a guerra, a base norte-americana da ilha de Santa Maria rapidamente se transformou num aeroporto internacional e centro de escalas técnicas para as aeronaves que cruzavam o Atlântico entre as Américas, o sul da Europa, o norte de África e o Médio Oriente. Igual papel, mas para a aviação militar, teve (e continua a ter) a Base das Lajes, na ilha Terceira, onde, após a saída do contingente britânico chegado em 1943, se instalou um destacamento militar dos Estados Unidos naquela que é a Base Área n.º 4 da Força Aérea Portuguesa (ainda em pleno funcionamento).
As discussões em torno do papel geo-estratégico dos Açores e da função do arquipélago como ponto de fronteira entre as esferas de interesse norte-americana e europeia ainda assume papel relevante na discussão política açoriana e na postura da classe política face aos interesses portugueses no Atlântico. As questões em torno da alocação de contrapartidas concedidas pelos Estados Unidos pela utilização da Base Aérea das Lajes, na ilha Terceira têm ocupado, embora de forma estéril, a actividade parlamentar e são presença constante na negociação com Portugal e com os Estados Unidos.
Mais recentemente, o facto das águas da zona económica exclusiva (ZEE) dos Açores serem de longe as maiores da União Europeia, com os seus 994 000 quilómetros quadrados, e por isso constituírem o grosso das chamadas "águas ocidentais" da União, tem levado a acesos debates sobre as vantagens da integração açoriana na União Europeia. Nos termos dos tratados em vigor, e do projecto de tratado para a Constituição Europeia, a gestão dos recursos biológicos marinhos é competência exclusiva da União, o que levou já à abertura parcial da pesca (entre as 100 milhas náuticas e as 200 milhas náuticas) a embarcações comunitárias contra a vontade do governo açoriano.
Para se compreender a posição do arquipélago atente-se nas seguintes distâncias medidas ao longo da ortodrómica (grande círculo) a partir de um ponto sito no centro geográfico dos Açores (38º 35’ N; 28º 05’ W):
- Funchal, Madeira - 1206 km;
- Lisboa - 1643 km;
- Mizen Head, Irlanda - 2011 km;
- Cape Race, Terra Nova e Labrador, Canadá - 2253 km;
- Londres - 2595 km;
- Praia, Cabo Verde - 2668 km;
- Paris - 2673 km;
- Reiquejavique, Islândia - 2871 km;
- Hamilton, Bermuda - 3371 km;
- Boston, Mass, EUA - 3618 km;
- Nova Iorque, N. I, EUA - 3889 km;
- João Pessoa, PB, Brasil - 4994 km;
- Brasília - 6385 km.
Política
Eleições legislativas (nacionais)
Ano % D % D % D % D % D % D % D % D % D % D % D % D % D % D PPD/PSD PS CDS-PP PCP/APU/CDU MDP/CDE UDP PRD PSN B.E PAN AA L CH IL 1975 59,3 5 26,9 1 3,5 – 1,9 – 2,3 – – – 1976 49,5 4 33,6 2 10,7 – 1,5 – – – 1979 52,0 3 30,0 2 7,3 – 3,1 – APU 1,7 – 1980 57,0 4 27,3 1 4,5 – 3,1 – 1,3 – 1983 54,5 3 31,1 2 4,7 – 3,1 – 0,6 – 1985 48,3 3 20,1 1 6,5 – 4,4 – 1,2 – 15,2 1 1987 66,7 4 20,0 1 3,3 – 2,3 – 0,3 – 0,5 – 3,0 – 1991 64,1 4 25,8 1 3,4 – 1,3 – 0,4 – 0,4 – – – 1995 47,8 3 37,6 2 9,4 – 1,8 – 0,4 – – – 1999 35,8 2 53,3 3 5,6 – 1,7 – – – 1,1 – 2002 45,4 3 41,0 2 8,4 – 1,4 – 1,4 – 2005 34,4 2 53,1 3 4,0 – 1,7 – 2,9 – 2009 35,7 2 39,7 3 10,3 – 2,2 – 7,3 – 2011 47,4 3 25,7 2 12,1 – 2,5 – 4,4 – 0,8 – 2015 36,1 2 40,4 3 AA 2,5 – 7,8 – 0,9 – 3,9 – 0,4 – 2019 30,2 2 40,1 3 4,8 – 2,4 – 8,0 – 2,6 – 0,9 – 0,8 – 0,7 –
Ano | % | D | % | D | % | D | % | D | % | D | % | D | % | D | % | D | % | D | % | D | % | D | % | D | % | D | % | D |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
PPD/PSD | PS | CDS-PP | PCP/APU/CDU | MDP/CDE | UDP | PRD | PSN | B.E | PAN | AA | L | CH | IL | |||||||||||||||
1975 | 59,3 | 5 | 26,9 | 1 | 3,5 | – | 1,9 | – | 2,3 | – | – | – | ||||||||||||||||
1976 | 49,5 | 4 | 33,6 | 2 | 10,7 | – | 1,5 | – | – | – | ||||||||||||||||||
1979 | 52,0 | 3 | 30,0 | 2 | 7,3 | – | 3,1 | – | APU | 1,7 | – | |||||||||||||||||
1980 | 57,0 | 4 | 27,3 | 1 | 4,5 | – | 3,1 | – | 1,3 | – | ||||||||||||||||||
1983 | 54,5 | 3 | 31,1 | 2 | 4,7 | – | 3,1 | – | 0,6 | – | ||||||||||||||||||
1985 | 48,3 | 3 | 20,1 | 1 | 6,5 | – | 4,4 | – | 1,2 | – | 15,2 | 1 | ||||||||||||||||
1987 | 66,7 | 4 | 20,0 | 1 | 3,3 | – | 2,3 | – | 0,3 | – | 0,5 | – | 3,0 | – | ||||||||||||||
1991 | 64,1 | 4 | 25,8 | 1 | 3,4 | – | 1,3 | – | 0,4 | – | 0,4 | – | – | – | ||||||||||||||
1995 | 47,8 | 3 | 37,6 | 2 | 9,4 | – | 1,8 | – | 0,4 | – | – | – | ||||||||||||||||
1999 | 35,8 | 2 | 53,3 | 3 | 5,6 | – | 1,7 | – | – | – | 1,1 | – | ||||||||||||||||
2002 | 45,4 | 3 | 41,0 | 2 | 8,4 | – | 1,4 | – | 1,4 | – | ||||||||||||||||||
2005 | 34,4 | 2 | 53,1 | 3 | 4,0 | – | 1,7 | – | 2,9 | – | ||||||||||||||||||
2009 | 35,7 | 2 | 39,7 | 3 | 10,3 | – | 2,2 | – | 7,3 | – | ||||||||||||||||||
2011 | 47,4 | 3 | 25,7 | 2 | 12,1 | – | 2,5 | – | 4,4 | – | 0,8 | – | ||||||||||||||||
2015 | 36,1 | 2 | 40,4 | 3 | AA | 2,5 | – | 7,8 | – | 0,9 | – | 3,9 | – | 0,4 | – | |||||||||||||
2019 | 30,2 | 2 | 40,1 | 3 | 4,8 | – | 2,4 | – | 8,0 | – | 2,6 | – | 0,9 | – | 0,8 | – | 0,7 | – |
Eleições legislativas regionais
Ano % D % D % D % D % D % D % D % D % D PPD/PSD PS CDS-PP PCP/APU/CDU PPM AD-A B.E CDA CA 1976 53,8 27 32,8 14 7,5 2 2,2 – 1980 57,3 30 27,3 12 4,5 1 3,2 – 1984 56,4 28 24,2 13 7,9 2 5,3 1 0,0 – 1988 48,6 26 35,5 22 7,0 2 3,8 1 0,2 – 1992 53,6 28 36,4 21 AD-A 2,3 1 AD-A 4,6 1 1996 41,0 24 45,8 24 7,4 3 3,5 1 2000 32,5 18 49,2 30 9,6 2 4,8 2 CDA 1,4 – 0,8 – 2004 CA 57,0 31 CA 2,8 – 0,3 – 1,0 – 36,8 21 2008 30,3 18 49,9 30 8,7 5 3,1 1 0,5 1 3,3 2 2012 33,0 20 49,0 31 5,7 3 1,9 1 0,1 1 2,3 1 2016 30,9 19 46,4 30 7,2 4 2,6 1 0,9 1 3,7 2
Ano | % | D | % | D | % | D | % | D | % | D | % | D | % | D | % | D | % | D |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
PPD/PSD | PS | CDS-PP | PCP/APU/CDU | PPM | AD-A | B.E | CDA | CA | ||||||||||
1976 | 53,8 | 27 | 32,8 | 14 | 7,5 | 2 | 2,2 | – | ||||||||||
1980 | 57,3 | 30 | 27,3 | 12 | 4,5 | 1 | 3,2 | – | ||||||||||
1984 | 56,4 | 28 | 24,2 | 13 | 7,9 | 2 | 5,3 | 1 | 0,0 | – | ||||||||
1988 | 48,6 | 26 | 35,5 | 22 | 7,0 | 2 | 3,8 | 1 | 0,2 | – | ||||||||
1992 | 53,6 | 28 | 36,4 | 21 | AD-A | 2,3 | 1 | AD-A | 4,6 | 1 | ||||||||
1996 | 41,0 | 24 | 45,8 | 24 | 7,4 | 3 | 3,5 | 1 | ||||||||||
2000 | 32,5 | 18 | 49,2 | 30 | 9,6 | 2 | 4,8 | 2 | CDA | 1,4 | – | 0,8 | – | |||||
2004 | CA | 57,0 | 31 | CA | 2,8 | – | 0,3 | – | 1,0 | – | 36,8 | 21 | ||||||
2008 | 30,3 | 18 | 49,9 | 30 | 8,7 | 5 | 3,1 | 1 | 0,5 | 1 | 3,3 | 2 | ||||||
2012 | 33,0 | 20 | 49,0 | 31 | 5,7 | 3 | 1,9 | 1 | 0,1 | 1 | 2,3 | 1 | ||||||
2016 | 30,9 | 19 | 46,4 | 30 | 7,2 | 4 | 2,6 | 1 | 0,9 | 1 | 3,7 | 2 |
Divisão administrativa
Politicamente, os Açores são desde 1976 uma região autónoma integrada na República Portuguesa. A Região Autónoma dos Açores é dotada de governo próprio e de uma ampla autonomia legislativa, consubstanciada na Constituição da República Portuguesa e no Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores. Os órgãos de Governo próprio são a Assembleia Legislativa, um parlamento unicamaral composto por 57 deputados eleitos por sufrágio universal e directo cada quatro anos (última eleição a 14 de Outubro de 2012), e o Governo Regional, de legitimidade parlamentar, composto por um presidente do Governo, um vice-presidente, e por sete secretários regionais. A República Portuguesa é especialmente representada nos Açores por um representante da República, nomeado pelo presidente da República.
Este cargo foi criado pela revisão constitucional de 2004, a qual extinguiu o cargo de ministro da República, criando em sua substituição um representante da República, nomeado pelo presidente da República, por sua iniciativa, ouvido o Conselho de Estado, e com mandato coincidente ao presidencial. Este novo dispositivo constitucional produziu efeitos com o termo do mandato de Jorge Sampaio como presidente da República, em Março de 2006. O juiz conselheiro Álvaro José Brilhante Laborinho Lúcio entrou na história como o último ministro da República, sendo sucedido pelo juiz conselheiro José António Mesquita como representante da República.
As ilhas não têm existência jurídica no ordenamento territorial açoriano, excepto na lei eleitoral, na qual servem de base para os círculos eleitorais, facto que tem levantado críticas visto que promove a sobre-representação das ilhas menos populosas na Assembleia Legislativa e distorce a proporcionalidade, e na existência de um órgão consultivo denominado Conselho de Ilha. A subdivisão administrativa principal do arquipélago é, pois, feita ao nível dos seus 19 municípios.
Para além dos concelhos listados no quadro abaixo, existiram nos Açores, até à reforma administrativa do século XIX, os seguintes: concelho do Topo (hoje integrado no concelho da Calheta de São Jorge); concelho da Praia da Graciosa (hoje integrado no concelho de Santa Cruz da Graciosa); concelho de São Sebastião (hoje integrado no concelho de Angra do Heroísmo); concelho das Capelas (hoje integrado no concelho de Ponta Delgada); e concelho de Água de Pau (hoje integrado no concelho da Lagoa). As freguesias que foram sedes daqueles concelhos recuperaram, pelo Decreto Legislativo Regional n.º 29/2003/A, de 24 de Junho, da Assembleia Legislativa, a categoria de "vila". As populações de Capelas e freguesias vizinhas reivindicam a restauração daquele concelho.
Por sua vez os concelhos subdividem-se em freguesias, com excepção do concelho do Corvo onde, dada a sua pequenez, o Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores estabelece que as funções cometidas àquele nível da administração no restante território são exercidas directamente pelos correspondentes órgãos municipais. A área e a distribuição da população por cada ilha e concelho são as seguintes:
Divisão administrativa, área e população Ilha Concelho Área
km² População
(1991) População
(2001) População
(2011) Variação
1991/2001
(%) Variação
2001/2011
(%) Densidade
Pop. (2001)
(hab/km²) Densidade
Pop. (2011)
(hab/km²) Santa Maria: 97,2 5 922 5 578 5 547 - 5,8 - 0,6 57,4 57,1 Vila do Porto 97,2 5 922 5 578 5 547 - 5,8 - 0,6 57,4 57,1 São Miguel: 746,8 125 915 131 609 137 699 + 4,5 +4,6 176,2 184,4 Lagoa 45,6 12 900 14 126 14 430 + 9,5 + 2,2 311,8 316,4 Nordeste 99,9 5 490 5 291 4 920 - 3,6 - 7,0 52,1 49,2 Ponta Delgada 233,0 61 989 65 854 68 748 + 6,2 + 4,4 277,3 295,1 Povoação 108,0 7 323 6 726 6 314 - 8,2 - 6,1 61,3 58,5 Ribeira Grande 180,2 27 163 28 462 32 032 + 4,8 + 12,5 158,2 177,8 Vila Franca do Campo 78,0 11 050 11 150 11 255 + 0,9 + 0,9 140,9 144,3 Terceira: 402,2 55 706 55 833 56 062 + 0,2 + 0,4 138,6 139,4 Angra do Heroísmo 241,0 35 270 35 581 34 976 + 0,9 - 1,7 146,2 145,1 Praia da Vitória 161,3 20 436 20 252 21 086 - 0,9 + 4,1 124,4 130,7 Graciosa: 61,2 5 189 4 780 4 393 - 7,9 - 8,1 78,1 71,8 Santa Cruz da Graciosa 61,2 5 189 4 780 4 393 - 7,9 - 8,1 78,1 71,8 São Jorge: 245,8 10 219 9 674 8 998 - 5,3 - 7,0 39,4 36,6 Calheta 126,3 4 512 4 069 3 617 - 9,8 - 11,1 31,5 28,6 Velas 117,4 5 707 5 605 5 381 - 1,8 -4,0 47,2 45,8 Pico: 447,7 15 202 14 806 14 144 - 2,6 - 4,5 33,1 31,6 Lajes do Pico 155,3 5 563 5 041 4 701 - 9,4 - 6,7 31,5 30,3 Madalena 147,1 5 964 6 136 6 049 + 2,9 - 1,4 41,3 41,1 São Roque do Pico 142,4 3 675 3 629 3 394 - 1,3 - 6,5 25,3 23,8 Faial: 173,1 14 920 15 063 15 038 + 1,0 - 0,2 87,0 86,9 Horta 173,1 14 920 15 063 15 038 + 1,0 - 0,2 87,0 86,9 Flores: 141,7 4 329 3 995 3 791 - 7,7 - 5,1 28,2 25,8 Lajes das Flores 70,0 1 701 1 502 1 503 - 11,7 + 0,0 21,5 21,5 Santa Cruz das Flores 70,9 2 628 2 493 2 288 - 5,1 - 8,2 34,8 32,3 Corvo: 17,1 393 425 430 + 8,1 + 1,2 25,0 25,1 Vila do Corvo 17,1 393 425 430 + 8,1 + 1,2 25,0 25,1 Açores 2 332,74 237 795 241 763 246 102 + 1,7 + 1,8 103,6 105,5
Fonte: Serviço Regional de Estatística dos Açores (SREA).
Politicamente, os Açores são desde 1976 uma região autónoma integrada na República Portuguesa. A Região Autónoma dos Açores é dotada de governo próprio e de uma ampla autonomia legislativa, consubstanciada na Constituição da República Portuguesa e no Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores. Os órgãos de Governo próprio são a Assembleia Legislativa, um parlamento unicamaral composto por 57 deputados eleitos por sufrágio universal e directo cada quatro anos (última eleição a 14 de Outubro de 2012), e o Governo Regional, de legitimidade parlamentar, composto por um presidente do Governo, um vice-presidente, e por sete secretários regionais. A República Portuguesa é especialmente representada nos Açores por um representante da República, nomeado pelo presidente da República.
Este cargo foi criado pela revisão constitucional de 2004, a qual extinguiu o cargo de ministro da República, criando em sua substituição um representante da República, nomeado pelo presidente da República, por sua iniciativa, ouvido o Conselho de Estado, e com mandato coincidente ao presidencial. Este novo dispositivo constitucional produziu efeitos com o termo do mandato de Jorge Sampaio como presidente da República, em Março de 2006. O juiz conselheiro Álvaro José Brilhante Laborinho Lúcio entrou na história como o último ministro da República, sendo sucedido pelo juiz conselheiro José António Mesquita como representante da República.
As ilhas não têm existência jurídica no ordenamento territorial açoriano, excepto na lei eleitoral, na qual servem de base para os círculos eleitorais, facto que tem levantado críticas visto que promove a sobre-representação das ilhas menos populosas na Assembleia Legislativa e distorce a proporcionalidade, e na existência de um órgão consultivo denominado Conselho de Ilha. A subdivisão administrativa principal do arquipélago é, pois, feita ao nível dos seus 19 municípios.
Para além dos concelhos listados no quadro abaixo, existiram nos Açores, até à reforma administrativa do século XIX, os seguintes: concelho do Topo (hoje integrado no concelho da Calheta de São Jorge); concelho da Praia da Graciosa (hoje integrado no concelho de Santa Cruz da Graciosa); concelho de São Sebastião (hoje integrado no concelho de Angra do Heroísmo); concelho das Capelas (hoje integrado no concelho de Ponta Delgada); e concelho de Água de Pau (hoje integrado no concelho da Lagoa). As freguesias que foram sedes daqueles concelhos recuperaram, pelo Decreto Legislativo Regional n.º 29/2003/A, de 24 de Junho, da Assembleia Legislativa, a categoria de "vila". As populações de Capelas e freguesias vizinhas reivindicam a restauração daquele concelho.
Por sua vez os concelhos subdividem-se em freguesias, com excepção do concelho do Corvo onde, dada a sua pequenez, o Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores estabelece que as funções cometidas àquele nível da administração no restante território são exercidas directamente pelos correspondentes órgãos municipais. A área e a distribuição da população por cada ilha e concelho são as seguintes:
Divisão administrativa, área e população | |||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Ilha | Concelho | Área km² | População (1991) | População (2001) | População (2011) | Variação 1991/2001 (%) | Variação 2001/2011 (%) | Densidade Pop. (2001) (hab/km²) | Densidade Pop. (2011) (hab/km²) |
Santa Maria: | 97,2 | 5 922 | 5 578 | 5 547 | - 5,8 | - 0,6 | 57,4 | 57,1 | |
Vila do Porto | 97,2 | 5 922 | 5 578 | 5 547 | - 5,8 | - 0,6 | 57,4 | 57,1 | |
São Miguel: | 746,8 | 125 915 | 131 609 | 137 699 | + 4,5 | +4,6 | 176,2 | 184,4 | |
Lagoa | 45,6 | 12 900 | 14 126 | 14 430 | + 9,5 | + 2,2 | 311,8 | 316,4 | |
Nordeste | 99,9 | 5 490 | 5 291 | 4 920 | - 3,6 | - 7,0 | 52,1 | 49,2 | |
Ponta Delgada | 233,0 | 61 989 | 65 854 | 68 748 | + 6,2 | + 4,4 | 277,3 | 295,1 | |
Povoação | 108,0 | 7 323 | 6 726 | 6 314 | - 8,2 | - 6,1 | 61,3 | 58,5 | |
Ribeira Grande | 180,2 | 27 163 | 28 462 | 32 032 | + 4,8 | + 12,5 | 158,2 | 177,8 | |
Vila Franca do Campo | 78,0 | 11 050 | 11 150 | 11 255 | + 0,9 | + 0,9 | 140,9 | 144,3 | |
Terceira: | 402,2 | 55 706 | 55 833 | 56 062 | + 0,2 | + 0,4 | 138,6 | 139,4 | |
Angra do Heroísmo | 241,0 | 35 270 | 35 581 | 34 976 | + 0,9 | - 1,7 | 146,2 | 145,1 | |
Praia da Vitória | 161,3 | 20 436 | 20 252 | 21 086 | - 0,9 | + 4,1 | 124,4 | 130,7 | |
Graciosa: | 61,2 | 5 189 | 4 780 | 4 393 | - 7,9 | - 8,1 | 78,1 | 71,8 | |
Santa Cruz da Graciosa | 61,2 | 5 189 | 4 780 | 4 393 | - 7,9 | - 8,1 | 78,1 | 71,8 | |
São Jorge: | 245,8 | 10 219 | 9 674 | 8 998 | - 5,3 | - 7,0 | 39,4 | 36,6 | |
Calheta | 126,3 | 4 512 | 4 069 | 3 617 | - 9,8 | - 11,1 | 31,5 | 28,6 | |
Velas | 117,4 | 5 707 | 5 605 | 5 381 | - 1,8 | -4,0 | 47,2 | 45,8 | |
Pico: | 447,7 | 15 202 | 14 806 | 14 144 | - 2,6 | - 4,5 | 33,1 | 31,6 | |
Lajes do Pico | 155,3 | 5 563 | 5 041 | 4 701 | - 9,4 | - 6,7 | 31,5 | 30,3 | |
Madalena | 147,1 | 5 964 | 6 136 | 6 049 | + 2,9 | - 1,4 | 41,3 | 41,1 | |
São Roque do Pico | 142,4 | 3 675 | 3 629 | 3 394 | - 1,3 | - 6,5 | 25,3 | 23,8 | |
Faial: | 173,1 | 14 920 | 15 063 | 15 038 | + 1,0 | - 0,2 | 87,0 | 86,9 | |
Horta | 173,1 | 14 920 | 15 063 | 15 038 | + 1,0 | - 0,2 | 87,0 | 86,9 | |
Flores: | 141,7 | 4 329 | 3 995 | 3 791 | - 7,7 | - 5,1 | 28,2 | 25,8 | |
Lajes das Flores | 70,0 | 1 701 | 1 502 | 1 503 | - 11,7 | + 0,0 | 21,5 | 21,5 | |
Santa Cruz das Flores | 70,9 | 2 628 | 2 493 | 2 288 | - 5,1 | - 8,2 | 34,8 | 32,3 | |
Corvo: | 17,1 | 393 | 425 | 430 | + 8,1 | + 1,2 | 25,0 | 25,1 | |
Vila do Corvo | 17,1 | 393 | 425 | 430 | + 8,1 | + 1,2 | 25,0 | 25,1 | |
Açores | 2 332,74 | 237 795 | 241 763 | 246 102 | + 1,7 | + 1,8 | 103,6 | 105,5 |
Análise da situação socioeconómica
Evolução demográfica
População
Número de habitantes [11] 1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011 Global * 249 135 263 305 255 487 256 673 242 941 231 543 255 464 287 080 318 459 327 476 289 096 243 410 237 795 241 763 246 772 0-14 Anos ** 82 312 81 519 77 641 83 091 94 043 97 724 108 393 93 790 72 258 62 857 51 767 44 197 15-24 Anos ** 42 968 38 269 38 573 47 075 53 166 58 194 51 909 47 235 43 050 39 924 41 092 34 731 25-64 Anos ** 108 397 99 307 92 932 103 086 118 379 139 963 145 322 118 985 100 630 105 339 117 585 135 466 = ou > 65 Anos ** 22 141 23 119 22 277 20 138 20 415 21 396 21 852 25 005 27 472 29 675 31 319 32 378
* População residente; ** População presente (1900-1950)
Contrariando a tendência verificada nos decénios anteriores, a evolução demográfica das últimas década caracterizou-se pelo crescimento moderado da população residente, aumentando cerca de 1,7%, passando de 237 795 em 1991 para 241 763 habitantes em 2001, e de cerca de 1,8%, aumentando para 246 772 habitantes nos Censos de 2011[12].
Porém, o acréscimo de população não está distribuído de forma equilibrada pelas diferentes ilhas, havendo variações negativas expressivas nas ilhas Graciosa, Flores e Santa Maria, denotando uma tendência de concentração da população nas ilhas onde se localizam as principais funções administrativas e económicas. O crescimento demográfico que se tem verificado nos últimos anos poderá ser explicado, em grande medida, pelos fluxos migratórios, que têm registado valores positivos, por via do decréscimo acentuado da emigração e do aumento da imigração, dado que o saldo natural tem vindo a declinar.
O crescimento concentrou-se essencialmente na ilha de São Miguel. O crescimento no Faial é meramente conjuntural e resulta da deslocação de trabalhadores da construção civil resultante das obras de reconstrução do sismo de 9 de Julho de 1998. Qualquer que seja o cenário considerado, estima-se que a população dos Açores continuará a crescer lentamente nos próximos anos.
Em termos da evolução da estrutura da população por grandes grupos etários, e com base nos últimos recenseamentos e nas projecções existentes, observa-se que o crescimento demográfico tende a concentrar-se no grupo correspondente à população potencialmente activa (15-64 anos), por contrapartida do grupo etário relativo aos jovens, mantendo-se praticamente inalterado o peso relativo dos idosos no contexto da população residente nos Açores.
A tendência na próxima década é para se acentuar o envelhecimento da população residente, em virtude, sobretudo, da diminuição do peso relativo dos jovens resultante do efeito conjugado da diminuição das taxas de natalidade/fecundidade e do aumento da esperança de vida. Com efeito, através da análise comparada de alguns indicadores demográficos, verifica-se que a evolução destes indicadores tem sido decrescente nos últimos anos. A taxa de mortalidade geral mantém-se praticamente constante, com o valor anual na vizinhança dos 11 óbitos por mil habitantes. No que se refere à mortalidade infantil, nos Açores continua a verificar-se uma tendência decrescente tendo atingido os 2,9 por mil nascimentos em 2003. Relativamente ao número de casamentos verificados em 2003, constata-se que se verificou um aumento do número de casamentos, contrariando a tendência decrescente dos anos anteriores.
Em termos finais, as projecções demográficas apontam para uma estabilização ou decréscimo populacional, associados a um continuado envelhecimento das estruturas demográficas, resultante da diminuição das taxas de fecundidade/natalidade e do aumento da esperança de vida. Esta tendência tem vindo a ser atenuada pela inversão do comportamento migratório, que, desde meados dos anos noventa, tem registado valores positivos associado, sobretudo, a um aumento da imigração. A Região Autónoma dos Açores poderá ser uma das regiões que mais beneficiará com a entrada de estrangeiros, desde que os níveis médios de fecundidade apresentados sejam mantidos, contrariando a acentuada tendência de decréscimo de residentes.
Estas alterações na dinâmica demográfica levantam sérias questões e desafios a nível económico e social, já que a sociedade será cada vez mais diversificada e envelhecida o que, não só compromete as gerações futuras, como provoca alterações nos hábitos de consumo, nas relações sociais e na economia. O aumento da população activa exercerá pressões no mercado de trabalho, no sentido de se criarem mais postos de trabalho, e provocará uma distribuição desigual da população entre os centros urbanos e o meio rural. O aumento da imigração também acentuará a pressão sobre o mercado de trabalho, daí que seja fundamental o seguimento de políticas de formação e requalificação profissional dos activos.
Número de habitantes [11] | |||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1864 | 1878 | 1890 | 1900 | 1911 | 1920 | 1930 | 1940 | 1950 | 1960 | 1970 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 | |
Global * | 249 135 | 263 305 | 255 487 | 256 673 | 242 941 | 231 543 | 255 464 | 287 080 | 318 459 | 327 476 | 289 096 | 243 410 | 237 795 | 241 763 | 246 772 |
0-14 Anos ** | 82 312 | 81 519 | 77 641 | 83 091 | 94 043 | 97 724 | 108 393 | 93 790 | 72 258 | 62 857 | 51 767 | 44 197 | |||
15-24 Anos ** | 42 968 | 38 269 | 38 573 | 47 075 | 53 166 | 58 194 | 51 909 | 47 235 | 43 050 | 39 924 | 41 092 | 34 731 | |||
25-64 Anos ** | 108 397 | 99 307 | 92 932 | 103 086 | 118 379 | 139 963 | 145 322 | 118 985 | 100 630 | 105 339 | 117 585 | 135 466 | |||
= ou > 65 Anos ** | 22 141 | 23 119 | 22 277 | 20 138 | 20 415 | 21 396 | 21 852 | 25 005 | 27 472 | 29 675 | 31 319 | 32 378 |
* População residente; ** População presente (1900-1950)
Contrariando a tendência verificada nos decénios anteriores, a evolução demográfica das últimas década caracterizou-se pelo crescimento moderado da população residente, aumentando cerca de 1,7%, passando de 237 795 em 1991 para 241 763 habitantes em 2001, e de cerca de 1,8%, aumentando para 246 772 habitantes nos Censos de 2011[12].
Porém, o acréscimo de população não está distribuído de forma equilibrada pelas diferentes ilhas, havendo variações negativas expressivas nas ilhas Graciosa, Flores e Santa Maria, denotando uma tendência de concentração da população nas ilhas onde se localizam as principais funções administrativas e económicas. O crescimento demográfico que se tem verificado nos últimos anos poderá ser explicado, em grande medida, pelos fluxos migratórios, que têm registado valores positivos, por via do decréscimo acentuado da emigração e do aumento da imigração, dado que o saldo natural tem vindo a declinar.
O crescimento concentrou-se essencialmente na ilha de São Miguel. O crescimento no Faial é meramente conjuntural e resulta da deslocação de trabalhadores da construção civil resultante das obras de reconstrução do sismo de 9 de Julho de 1998. Qualquer que seja o cenário considerado, estima-se que a população dos Açores continuará a crescer lentamente nos próximos anos.
Em termos da evolução da estrutura da população por grandes grupos etários, e com base nos últimos recenseamentos e nas projecções existentes, observa-se que o crescimento demográfico tende a concentrar-se no grupo correspondente à população potencialmente activa (15-64 anos), por contrapartida do grupo etário relativo aos jovens, mantendo-se praticamente inalterado o peso relativo dos idosos no contexto da população residente nos Açores.
A tendência na próxima década é para se acentuar o envelhecimento da população residente, em virtude, sobretudo, da diminuição do peso relativo dos jovens resultante do efeito conjugado da diminuição das taxas de natalidade/fecundidade e do aumento da esperança de vida. Com efeito, através da análise comparada de alguns indicadores demográficos, verifica-se que a evolução destes indicadores tem sido decrescente nos últimos anos. A taxa de mortalidade geral mantém-se praticamente constante, com o valor anual na vizinhança dos 11 óbitos por mil habitantes. No que se refere à mortalidade infantil, nos Açores continua a verificar-se uma tendência decrescente tendo atingido os 2,9 por mil nascimentos em 2003. Relativamente ao número de casamentos verificados em 2003, constata-se que se verificou um aumento do número de casamentos, contrariando a tendência decrescente dos anos anteriores.
Em termos finais, as projecções demográficas apontam para uma estabilização ou decréscimo populacional, associados a um continuado envelhecimento das estruturas demográficas, resultante da diminuição das taxas de fecundidade/natalidade e do aumento da esperança de vida. Esta tendência tem vindo a ser atenuada pela inversão do comportamento migratório, que, desde meados dos anos noventa, tem registado valores positivos associado, sobretudo, a um aumento da imigração. A Região Autónoma dos Açores poderá ser uma das regiões que mais beneficiará com a entrada de estrangeiros, desde que os níveis médios de fecundidade apresentados sejam mantidos, contrariando a acentuada tendência de decréscimo de residentes.
Estas alterações na dinâmica demográfica levantam sérias questões e desafios a nível económico e social, já que a sociedade será cada vez mais diversificada e envelhecida o que, não só compromete as gerações futuras, como provoca alterações nos hábitos de consumo, nas relações sociais e na economia. O aumento da população activa exercerá pressões no mercado de trabalho, no sentido de se criarem mais postos de trabalho, e provocará uma distribuição desigual da população entre os centros urbanos e o meio rural. O aumento da imigração também acentuará a pressão sobre o mercado de trabalho, daí que seja fundamental o seguimento de políticas de formação e requalificação profissional dos activos.
Origem étnica
Do ponto de vista genético, a população dos Açores é bastante semelhante à população de Portugal continental, de onde se originou a maior parte dos seus povoadores. Foram detectadas, de forma reduzida, influências de outras populações europeias (particularmente do Norte da Europa), de populações do Oriente Próximo, do Norte da África e da África subsariana. Analisando o DNA mitocondrial de açorianos oriundos de três regiões do arquipélago (oriental, ocidental e central), 81,3% apresentavam DNA mitocondrial de origem europeia, 11,3% de origem africana e 7,5% do Oriente Próximo ou de origem judaica. O grupo que mais apresentou contribuições não europeias foi o oriental (cerca de 25%), a maior parte africanas (18,2%). No grupo central, por outro lado, as contribuições não europeias ficaram em 15%, a maior parte judaica ou do Oriente Próximo (10%), enquanto a contribuição africana ficou em 5%. O grupo ocidental foi aquele que apresentou menor grau de ascendências não europeias (6,5%), a maior parte africanas. Em relação às linhagens masculinas, também houve uma predominância de contribuições europeias, porém mais uma vez foram detectadas contribuições africanas, do Oriente Próximo/judaica e até mesmo indiana (1,1%).[13]
Os documentos históricos revelam que os Açores foram povoados sobretudo por portugueses, e as regiões do Algarve, Alentejo e Minho eram destacadas como fornecedoras de colonos. Também foi relatada a presença de povoadores oriundos do arquipélago da Madeira, assim como de indivíduos de origem judaica. A presença de pessoas oriundas de outros países da Europa também é relatada, com particular destaque para povoadores flamengos, que terão tido maior presença nas ilhas centrais, especialmente na Ilha do Faial. A presença de escravos (mouriscos e negros) também é amplamente documentada. As linhagens tipicamente africanas encontradas nos habitantes dos Açores, apesar da frequência reduzida, são as mais elevadas dentro da população portuguesa, o que denota uma possível maior integração dos escravos negros na população açoriana.[13]
Do ponto de vista genético, a população dos Açores é bastante semelhante à população de Portugal continental, de onde se originou a maior parte dos seus povoadores. Foram detectadas, de forma reduzida, influências de outras populações europeias (particularmente do Norte da Europa), de populações do Oriente Próximo, do Norte da África e da África subsariana. Analisando o DNA mitocondrial de açorianos oriundos de três regiões do arquipélago (oriental, ocidental e central), 81,3% apresentavam DNA mitocondrial de origem europeia, 11,3% de origem africana e 7,5% do Oriente Próximo ou de origem judaica. O grupo que mais apresentou contribuições não europeias foi o oriental (cerca de 25%), a maior parte africanas (18,2%). No grupo central, por outro lado, as contribuições não europeias ficaram em 15%, a maior parte judaica ou do Oriente Próximo (10%), enquanto a contribuição africana ficou em 5%. O grupo ocidental foi aquele que apresentou menor grau de ascendências não europeias (6,5%), a maior parte africanas. Em relação às linhagens masculinas, também houve uma predominância de contribuições europeias, porém mais uma vez foram detectadas contribuições africanas, do Oriente Próximo/judaica e até mesmo indiana (1,1%).[13]
Os documentos históricos revelam que os Açores foram povoados sobretudo por portugueses, e as regiões do Algarve, Alentejo e Minho eram destacadas como fornecedoras de colonos. Também foi relatada a presença de povoadores oriundos do arquipélago da Madeira, assim como de indivíduos de origem judaica. A presença de pessoas oriundas de outros países da Europa também é relatada, com particular destaque para povoadores flamengos, que terão tido maior presença nas ilhas centrais, especialmente na Ilha do Faial. A presença de escravos (mouriscos e negros) também é amplamente documentada. As linhagens tipicamente africanas encontradas nos habitantes dos Açores, apesar da frequência reduzida, são as mais elevadas dentro da população portuguesa, o que denota uma possível maior integração dos escravos negros na população açoriana.[13]
Aspectos macroeconómicos
O Produto Interno Bruto (PIB) dos Açores atingiu, em 2002, os 2,4 mil milhões de euros, segundo os dados mais recentes das contas regionais. Atendendo a que, em relação ao ano anterior, registou um crescimento nominal (8,2%) superior à média nacional (4,8%), a Região reforçou notoriamente a sua importância relativa no todo nacional. Em resultado deste comportamento da economia regional, a partir de 2002, os Açores deixam de ser a última região NUTS II do país em termos do PIB per capita. Constata-se uma convergência real do PIB per capitacom a média nacional e europeia, representando agora 82% do valor médio nacional.
Relativamente à comparação com a União Europeia, após a entrada de dois novos Estados Membros, Bulgária e Roménia, podemos verificar que a Paridade de Poder de Compra em percentagem da Europa a 27, baixou de 71,3 em 2002 para 65,9 em 2004, quebrando o ciclo de crescimento. Em comparação com a média nacional, este indicador situa-se em 88 da média nacional quando há dez anos atrás era de 77, crescendo neste período de uma forma mais ou menos constante.
Em termos da repartição sectorial do valor acrescentado bruto na produção de bens e serviços, nos últimos anos em que se dispõe de informação estatística, regista-se um certo reforço do sector terciário, por contrapartida de uma menor expressão relativa dos restantes sectores de actividade económica.
O Produto Interno Bruto (PIB) dos Açores atingiu, em 2002, os 2,4 mil milhões de euros, segundo os dados mais recentes das contas regionais. Atendendo a que, em relação ao ano anterior, registou um crescimento nominal (8,2%) superior à média nacional (4,8%), a Região reforçou notoriamente a sua importância relativa no todo nacional. Em resultado deste comportamento da economia regional, a partir de 2002, os Açores deixam de ser a última região NUTS II do país em termos do PIB per capita. Constata-se uma convergência real do PIB per capitacom a média nacional e europeia, representando agora 82% do valor médio nacional.
Relativamente à comparação com a União Europeia, após a entrada de dois novos Estados Membros, Bulgária e Roménia, podemos verificar que a Paridade de Poder de Compra em percentagem da Europa a 27, baixou de 71,3 em 2002 para 65,9 em 2004, quebrando o ciclo de crescimento. Em comparação com a média nacional, este indicador situa-se em 88 da média nacional quando há dez anos atrás era de 77, crescendo neste período de uma forma mais ou menos constante.
Em termos da repartição sectorial do valor acrescentado bruto na produção de bens e serviços, nos últimos anos em que se dispõe de informação estatística, regista-se um certo reforço do sector terciário, por contrapartida de uma menor expressão relativa dos restantes sectores de actividade económica.
Mercado de emprego
A evolução do mercado de trabalho nos Açores tem-se caracterizado por um aumento continuado da população activa, maior actividade do segmento feminino da população e a manutenção de taxas de desemprego relativamente reduzidas, indiciadoras de uma situação de quase pleno emprego.
Tomando o último ano completo em que se dispõe de informação, observa-se que, em 2003, a taxa de desemprego rondou os 2,9%. Os Açores são a segunda região da União Europeia (depois do Tirol, Áustria) que naquele período temporal apresentou a taxa de desemprego mais baixa.
Em termos de repartição sectorial da população empregada, é o sector dos serviços que absorve a maioria dos empregados, mantendo ainda algum peso relativo o sector primário da economia.
A evolução do mercado de trabalho nos Açores tem-se caracterizado por um aumento continuado da população activa, maior actividade do segmento feminino da população e a manutenção de taxas de desemprego relativamente reduzidas, indiciadoras de uma situação de quase pleno emprego.
Tomando o último ano completo em que se dispõe de informação, observa-se que, em 2003, a taxa de desemprego rondou os 2,9%. Os Açores são a segunda região da União Europeia (depois do Tirol, Áustria) que naquele período temporal apresentou a taxa de desemprego mais baixa.
Em termos de repartição sectorial da população empregada, é o sector dos serviços que absorve a maioria dos empregados, mantendo ainda algum peso relativo o sector primário da economia.
Preços
Ao nível da variação dos preços no consumo, a taxa de inflação na Região tem apresentado valores baixos e enquadrados na tendência geral do país e da Europa comunitária.
Em 2004, a taxa de variação média dos últimos doze meses, do índice de preços no consumidor, foi de 2,7% nos Açores.
Ao nível da variação dos preços no consumo, a taxa de inflação na Região tem apresentado valores baixos e enquadrados na tendência geral do país e da Europa comunitária.
Em 2004, a taxa de variação média dos últimos doze meses, do índice de preços no consumidor, foi de 2,7% nos Açores.
Finanças públicas
A execução orçamental relativa ao ano de 2004 atingiu plenamente os objectivos inicialmente traçados, na medida em que foi assegurada uma contenção efectiva nas despesas de funcionamento da administração regional (+2,1%) e, ao mesmo tempo, registou-se uma taxa de crescimento das despesas de investimento (+6,5%), superior às observadas nos últimos cinco anos.
A Conta da Região relativa a 2004, excluindo as contas de ordem, apresentará um saldo positivo da ordem dos 22 milhões de euros, fundamentalmente, em consequência de diversos ajustamentos efectuados em sede das receitas fiscais geradas na Região e, também, da contenção imprimida às despesas de funcionamento. Efectivamente, registou-se uma melhoria significativa no rácio de cobertura das despesas de funcionamento pelas receitas próprias da Região, o qual passou de 90,2% para 98,2%, entre 2003 e 2004.
No âmbito das receitas da Região, foram as receitas próprias, com um valor de 497,2 milhões de euros, que registaram uma taxa de crescimento mais significativa, +11,2%, observando, igualmente, um acréscimo do seu peso relativo no total da receita, o qual passou de 63,1%, em 2003, para 65,9%, em 2004.
No cômputo das receitas próprias, salientam-se as receitas fiscais cuja execução atingiu os 488,7 milhões de euros, mais 14,9% do que o respectivo valor de 2003.
Os dois grandes agregados da despesa pública - funcionamento e plano de investimentos - mantiveram em 2004 uma estrutura semelhante à que detinham em 2003, traduzindo uma ligeira alteração que se considera positiva, já que se registou um aumento de cerca de um ponto percentual no peso relativo das despesas de investimento por contrapartida das despesas de funcionamento.
O plano de investimentos atingiu uma execução de 226,1 milhões de euros, o que traduz uma taxa de crescimento de 6,1%, relativamente a 2003 e uma excelente taxa de realização de 97,2%, se não considerarmos as dotações do plano que estavam consignadas à receita da reprivatização da EDA (Electricidade dos Açores, SA) e ao pagamento de bonificações de juro do crédito à habitação, cuja transferência não foi efectuada em 2004.
A execução orçamental relativa ao ano de 2004 atingiu plenamente os objectivos inicialmente traçados, na medida em que foi assegurada uma contenção efectiva nas despesas de funcionamento da administração regional (+2,1%) e, ao mesmo tempo, registou-se uma taxa de crescimento das despesas de investimento (+6,5%), superior às observadas nos últimos cinco anos.
A Conta da Região relativa a 2004, excluindo as contas de ordem, apresentará um saldo positivo da ordem dos 22 milhões de euros, fundamentalmente, em consequência de diversos ajustamentos efectuados em sede das receitas fiscais geradas na Região e, também, da contenção imprimida às despesas de funcionamento. Efectivamente, registou-se uma melhoria significativa no rácio de cobertura das despesas de funcionamento pelas receitas próprias da Região, o qual passou de 90,2% para 98,2%, entre 2003 e 2004.
No âmbito das receitas da Região, foram as receitas próprias, com um valor de 497,2 milhões de euros, que registaram uma taxa de crescimento mais significativa, +11,2%, observando, igualmente, um acréscimo do seu peso relativo no total da receita, o qual passou de 63,1%, em 2003, para 65,9%, em 2004.
No cômputo das receitas próprias, salientam-se as receitas fiscais cuja execução atingiu os 488,7 milhões de euros, mais 14,9% do que o respectivo valor de 2003.
Os dois grandes agregados da despesa pública - funcionamento e plano de investimentos - mantiveram em 2004 uma estrutura semelhante à que detinham em 2003, traduzindo uma ligeira alteração que se considera positiva, já que se registou um aumento de cerca de um ponto percentual no peso relativo das despesas de investimento por contrapartida das despesas de funcionamento.
O plano de investimentos atingiu uma execução de 226,1 milhões de euros, o que traduz uma taxa de crescimento de 6,1%, relativamente a 2003 e uma excelente taxa de realização de 97,2%, se não considerarmos as dotações do plano que estavam consignadas à receita da reprivatização da EDA (Electricidade dos Açores, SA) e ao pagamento de bonificações de juro do crédito à habitação, cuja transferência não foi efectuada em 2004.
Sectores económicos
Agricultura
O volume de produção de leite recebido nas fábricas situa-se num patamar da ordem de 500 milhões de litros. O leite industrializado é consumido predominantemente na forma de UHT.
O queijo representa o produto lácteo mais significativo, registando evolução positiva, mesmo nos anos de redução de matéria-prima.
A produção de carne tem registado, nos anos mais recentes, uma evolução tendencialmente positiva. O sentido desta evolução é comum aos diversos tipos de carnes. Todavia a intensidade fica a dever-se, fundamentalmente, à carne de bovino para exportação, cujo crescimento a vem aproximando dos níveis atingidos antes da crise de 1997. A evolução no crescimento das carnes para consumo nas próprias ilhas caracteriza-se mais pela moderação e regularidade.
O volume de produção de leite recebido nas fábricas situa-se num patamar da ordem de 500 milhões de litros. O leite industrializado é consumido predominantemente na forma de UHT.
O queijo representa o produto lácteo mais significativo, registando evolução positiva, mesmo nos anos de redução de matéria-prima.
A produção de carne tem registado, nos anos mais recentes, uma evolução tendencialmente positiva. O sentido desta evolução é comum aos diversos tipos de carnes. Todavia a intensidade fica a dever-se, fundamentalmente, à carne de bovino para exportação, cujo crescimento a vem aproximando dos níveis atingidos antes da crise de 1997. A evolução no crescimento das carnes para consumo nas próprias ilhas caracteriza-se mais pela moderação e regularidade.
Pescas
A actividade piscatória, medida pelo pescado descarregado nos portos, traduz-se em volumes da ordem de 10 mil toneladas anuais, às quais correspondem valores brutos de produção na ordem de 26 milhões de euros. Anualmente, registam-se variações específicas nas condições em que se desenvolvem as actividades no sector, observando-se flutuações significativas de preços.
As diferentes variedades de pescado mais tradicional («restante pescado» no quadro abaixo) ocupam o lugar mais representativo, sendo a componente da pesca de tunídeos a que apresenta maior sensibilidade a condições de produção.
O número de pescadores matriculados situa-se na ordem de 4 milhares e o das embarcações na de 1600 unidades. Procurando observar a actual tendência de evolução destes factores produtivos, através de alguns rácios, verificar-se-á uma tendência no sentido do aumento de dimensão medida pela tonelagem média por embarcação e por pescador matriculado.
A actividade piscatória, medida pelo pescado descarregado nos portos, traduz-se em volumes da ordem de 10 mil toneladas anuais, às quais correspondem valores brutos de produção na ordem de 26 milhões de euros. Anualmente, registam-se variações específicas nas condições em que se desenvolvem as actividades no sector, observando-se flutuações significativas de preços.
As diferentes variedades de pescado mais tradicional («restante pescado» no quadro abaixo) ocupam o lugar mais representativo, sendo a componente da pesca de tunídeos a que apresenta maior sensibilidade a condições de produção.
O número de pescadores matriculados situa-se na ordem de 4 milhares e o das embarcações na de 1600 unidades. Procurando observar a actual tendência de evolução destes factores produtivos, através de alguns rácios, verificar-se-á uma tendência no sentido do aumento de dimensão medida pela tonelagem média por embarcação e por pescador matriculado.
Turismo
O conjunto da hotelaria tradicional, mais o turismo em espaço rural somaram, no ano de 2004, a capacidade de alojamento de cerca de oito mil camas, em resultado de um crescimento assinalável da oferta de alojamento turístico, que se fez sentir essencialmente nos últimos quatro anos.
A procura tem vindo a aumentar sistematicamente todos os anos, tanto em termos de dormidas, como em termos de receitas. De 1996 a 2004, o número de dormidas cresceu 124% e as receitas totais 148%.
Hoje, mais de 50% da oferta hoteleira foi construída de novo e a parte restante foi, em mais de 50%, profundamente remodelada e reestruturada.
De 1996 a 2004 houve um salto significativo no mercado da procura. Portugal, em 1996, representava 71% do volume total de dormidas, enquanto que em 2004 representava apenas 51%.
É evidente que embora a promoção turística em Portugal seja sempre uma preocupação dominante, com o aumento da oferta hoteleira e dada a forte sazonalidade do mercado nacional torna-se cada vez mais importante diversificar a procura. Em 2004 o mercado sueco representou 16% da procura, logo seguido do mercado norueguês com cerca de 8,3% e do mercado alemão com 7,1%.
Note-se que os mercados alemão, espanhol e canadiano cresceram cerca de 50%, em 2004. Prevê-se que, em 2005, se assista a um forte crescimento do mercado dinamarquês, finlandês e inglês, como consequência das medidas de promoção que têm vindo a ser desenvolvidas, particularmente no que se refere ao estabelecimento de novas ligações aéreas com estes países.
Desde 2015, e após a liberalização do espaço aéreo, que permitiu à Ryanair e Easyjet (atualmente apenas a Ryanair voa para as ilhas de São Miguel e Terceira) - transportadores aéreas lowcost - o destino Açores tornou-se mais acessível e popular. Atualmente é um dos destinos preferidos dos portugueses para férias. "A liberalização do transporte aéreo doméstico para os Açores, que ocorreu no final do primeiro trimestre de 2015, o investimento na promoção que tem sido realizado e a melhoria das acessibilidades inter-ilhas, têm vindo a contribuir efetivamente para este crescimento".
O conjunto da hotelaria tradicional, mais o turismo em espaço rural somaram, no ano de 2004, a capacidade de alojamento de cerca de oito mil camas, em resultado de um crescimento assinalável da oferta de alojamento turístico, que se fez sentir essencialmente nos últimos quatro anos.
A procura tem vindo a aumentar sistematicamente todos os anos, tanto em termos de dormidas, como em termos de receitas. De 1996 a 2004, o número de dormidas cresceu 124% e as receitas totais 148%.
Hoje, mais de 50% da oferta hoteleira foi construída de novo e a parte restante foi, em mais de 50%, profundamente remodelada e reestruturada.
De 1996 a 2004 houve um salto significativo no mercado da procura. Portugal, em 1996, representava 71% do volume total de dormidas, enquanto que em 2004 representava apenas 51%.
É evidente que embora a promoção turística em Portugal seja sempre uma preocupação dominante, com o aumento da oferta hoteleira e dada a forte sazonalidade do mercado nacional torna-se cada vez mais importante diversificar a procura. Em 2004 o mercado sueco representou 16% da procura, logo seguido do mercado norueguês com cerca de 8,3% e do mercado alemão com 7,1%.
Note-se que os mercados alemão, espanhol e canadiano cresceram cerca de 50%, em 2004. Prevê-se que, em 2005, se assista a um forte crescimento do mercado dinamarquês, finlandês e inglês, como consequência das medidas de promoção que têm vindo a ser desenvolvidas, particularmente no que se refere ao estabelecimento de novas ligações aéreas com estes países.
Desde 2015, e após a liberalização do espaço aéreo, que permitiu à Ryanair e Easyjet (atualmente apenas a Ryanair voa para as ilhas de São Miguel e Terceira) - transportadores aéreas lowcost - o destino Açores tornou-se mais acessível e popular. Atualmente é um dos destinos preferidos dos portugueses para férias. "A liberalização do transporte aéreo doméstico para os Açores, que ocorreu no final do primeiro trimestre de 2015, o investimento na promoção que tem sido realizado e a melhoria das acessibilidades inter-ilhas, têm vindo a contribuir efetivamente para este crescimento".
Indústria
A evolução das indústrias transformadoras, observável através das estatísticas das empresas, aponta no sentido de um processo de crescimento acompanhado de mudanças nas estruturas produtivas, pelo menos em termos de dimensão.
Efectivamente, ao mesmo tempo que o volume de negócios foi registando, nos últimos anos, intensidades de crescimento a níveis significativos, o número de empresas e de pessoal ao serviço, ao contrário, foi decrescendo. Atendendo que no processo de decrescimento destes elementos produtivos, o do número de pessoal foi proporcionalmente superior ao das próprias empresas, verificou-se, logicamente, um aumento na dimensão média das respectivas estruturas.
Apesar desta evolução, a dimensão média das empresas das indústrias transformadoras continua a ser inferior à média das empresas da economia portuguesa. De facto, segundo os últimos dados, a média de pessoal empregado por unidade produtiva nos Açores situou-se em 10 trabalhadores por empresa, enquanto o mesmo rácio, a nível do país, atingia 12.
A reduzida dimensão também é observável em termos de volume médio de negócios das empresas industriais, cuja rendibilidade fica mais dependente das margens que sejam possíveis em termos de redução de custos.
A evolução das indústrias transformadoras, observável através das estatísticas das empresas, aponta no sentido de um processo de crescimento acompanhado de mudanças nas estruturas produtivas, pelo menos em termos de dimensão.
Efectivamente, ao mesmo tempo que o volume de negócios foi registando, nos últimos anos, intensidades de crescimento a níveis significativos, o número de empresas e de pessoal ao serviço, ao contrário, foi decrescendo. Atendendo que no processo de decrescimento destes elementos produtivos, o do número de pessoal foi proporcionalmente superior ao das próprias empresas, verificou-se, logicamente, um aumento na dimensão média das respectivas estruturas.
Apesar desta evolução, a dimensão média das empresas das indústrias transformadoras continua a ser inferior à média das empresas da economia portuguesa. De facto, segundo os últimos dados, a média de pessoal empregado por unidade produtiva nos Açores situou-se em 10 trabalhadores por empresa, enquanto o mesmo rácio, a nível do país, atingia 12.
A reduzida dimensão também é observável em termos de volume médio de negócios das empresas industriais, cuja rendibilidade fica mais dependente das margens que sejam possíveis em termos de redução de custos.
Energia
As fontes de energia primária utilizadas continuam a basear-se nos combustíveis fósseis importados (fuel, gasóleo, gasolina). Todavia, as fontes de energia renováveis como a energia hídrica, a geotérmica e a eólica têm registado evoluções positivas, aproximando-se nos anos mais recentes de cerca de um décimo do total de energia consumida.
A produção de energia eléctrica tem crescido a ritmos significativos, situando-se as respectivas taxas médias anuais à volta de 7%.
A produção de origem térmica continua a ser dominante, porém as energias renováveis representam já uma quota próxima de um quinto do total.
No que respeita à utilização de eletricidade, o consumo doméstico representa a componente mais significativa, mas os consumos comerciais e de serviços têm-se revelado mais dinâmicos nos últimos anos. Os consumos industriais têm-se caracterizado por uma certa estabilidade, apenas acompanhando a evolução média geral dos últimos anos.
As fontes de energia primária utilizadas continuam a basear-se nos combustíveis fósseis importados (fuel, gasóleo, gasolina). Todavia, as fontes de energia renováveis como a energia hídrica, a geotérmica e a eólica têm registado evoluções positivas, aproximando-se nos anos mais recentes de cerca de um décimo do total de energia consumida.
A produção de energia eléctrica tem crescido a ritmos significativos, situando-se as respectivas taxas médias anuais à volta de 7%.
A produção de origem térmica continua a ser dominante, porém as energias renováveis representam já uma quota próxima de um quinto do total.
No que respeita à utilização de eletricidade, o consumo doméstico representa a componente mais significativa, mas os consumos comerciais e de serviços têm-se revelado mais dinâmicos nos últimos anos. Os consumos industriais têm-se caracterizado por uma certa estabilidade, apenas acompanhando a evolução média geral dos últimos anos.
Construção e habitação
Nos últimos anos, a produção local de cimento tem contribuído com cerca de 55% do total de cimento utilizado nas obras. Em anos anteriores situou-se numa quota de cerca de 60%.
As licenças de obras para habitação, representam cerca de três quartos do total de licenças concedidas para obras nos Açores.
Nos últimos anos, a produção local de cimento tem contribuído com cerca de 55% do total de cimento utilizado nas obras. Em anos anteriores situou-se numa quota de cerca de 60%.
As licenças de obras para habitação, representam cerca de três quartos do total de licenças concedidas para obras nos Açores.
Comércio
No sector comercial, registou-se uma evolução com crescimento de atividade mais baseada na criação de novas unidades de serviços do que no aumento de capacidade e modernização das existentes. Efetivamente, os dados estatísticos apontam para crescimento do volume de negócios significativo, ao mesmo tempo que crescem os números de empresas e de pessoal ao serviço.
Aliás, a intensidade de crescimento de pessoal ao serviço foi muito próxima da do crescimento do número de empresas, mantendo-se praticamente constante o rácio de pessoal por empresa. Este rácio de cerca de 5 pessoas ao serviço por empresa, confirma a forte presença de pequenas unidades empresariais e o carácter atomístico deste tipo de serviços.
Atendendo às características do sector comercial, em termos nacionais, as diferenças entre as estruturas nas diversas regiões resultarão mais de pequenas diferenças de evolução e adaptações circunstanciais, do que de factores estruturais como a dimensão que se evidenciam mais em organizações de produção material e industrial.
As vendas de automóveis novos, em 2004, tiveram um comportamento positivo, invertendo a tendência anterior. Em 2004, a venda de automóveis ligeiros nos Açores representou cerca de 77% da venda total de automóveis novos.
No sector comercial, registou-se uma evolução com crescimento de atividade mais baseada na criação de novas unidades de serviços do que no aumento de capacidade e modernização das existentes. Efetivamente, os dados estatísticos apontam para crescimento do volume de negócios significativo, ao mesmo tempo que crescem os números de empresas e de pessoal ao serviço.
Aliás, a intensidade de crescimento de pessoal ao serviço foi muito próxima da do crescimento do número de empresas, mantendo-se praticamente constante o rácio de pessoal por empresa. Este rácio de cerca de 5 pessoas ao serviço por empresa, confirma a forte presença de pequenas unidades empresariais e o carácter atomístico deste tipo de serviços.
Atendendo às características do sector comercial, em termos nacionais, as diferenças entre as estruturas nas diversas regiões resultarão mais de pequenas diferenças de evolução e adaptações circunstanciais, do que de factores estruturais como a dimensão que se evidenciam mais em organizações de produção material e industrial.
As vendas de automóveis novos, em 2004, tiveram um comportamento positivo, invertendo a tendência anterior. Em 2004, a venda de automóveis ligeiros nos Açores representou cerca de 77% da venda total de automóveis novos.
Transportes e comunicações
Os dados disponíveis sobre os movimentos de passageiros apontam no sentido de uma tendência de redução de tráfego nos transportes colectivos terrestres e de aumento nos transportes marítimos e aéreos. Os movimentos de passageiros nos aeroportos vêm revelando alterações na sua composição segundo os diversos tipos de tráfego.
O tráfego de passageiros interno (na prática inter-ilhas) é ainda o que regista maior número de frequências, mas já não tem o predomínio que registava habitualmente e nos anos de 2002 e de 2003, representou percentagens inferiores a metade do tráfego total.
Por outro lado, os tráfegos com o exterior (territorial e internacional), apesar de continuarem mais sensíveis a influências de conjuntura, apresentam tendências de crescimento superiores em média. Será particularmente o caso do tráfego internacional, o que se mostra consistente com a evolução da procura turística.
Observando-se a frequência de movimentos de passageiros nos aeroportos em relação ao número de habitantes residentes, verifica-se que nos Açores há uma elevada intensidade no uso do modo de transporte aéreo, quando se faz a comparação com o Continente através do mesmo indicador. Esta diferença de intensidade estará logicamente relacionada com as características diferentes da geografia física em ambos os territórios.
As cargas movimentadas nos portos, atingem cerca de 2,7 milhões de toneladas, todavia o volume das movimentadas nos aeroportos não chega a representar 1% daquelas.
O tráfego postal situa-se num patamar de cerca de 10 milhões de objetos, enquanto o número de postos telefónicos existentes continua a crescer de forma mais intensa.
Os dados disponíveis sobre os movimentos de passageiros apontam no sentido de uma tendência de redução de tráfego nos transportes colectivos terrestres e de aumento nos transportes marítimos e aéreos. Os movimentos de passageiros nos aeroportos vêm revelando alterações na sua composição segundo os diversos tipos de tráfego.
O tráfego de passageiros interno (na prática inter-ilhas) é ainda o que regista maior número de frequências, mas já não tem o predomínio que registava habitualmente e nos anos de 2002 e de 2003, representou percentagens inferiores a metade do tráfego total.
Por outro lado, os tráfegos com o exterior (territorial e internacional), apesar de continuarem mais sensíveis a influências de conjuntura, apresentam tendências de crescimento superiores em média. Será particularmente o caso do tráfego internacional, o que se mostra consistente com a evolução da procura turística.
Observando-se a frequência de movimentos de passageiros nos aeroportos em relação ao número de habitantes residentes, verifica-se que nos Açores há uma elevada intensidade no uso do modo de transporte aéreo, quando se faz a comparação com o Continente através do mesmo indicador. Esta diferença de intensidade estará logicamente relacionada com as características diferentes da geografia física em ambos os territórios.
As cargas movimentadas nos portos, atingem cerca de 2,7 milhões de toneladas, todavia o volume das movimentadas nos aeroportos não chega a representar 1% daquelas.
O tráfego postal situa-se num patamar de cerca de 10 milhões de objetos, enquanto o número de postos telefónicos existentes continua a crescer de forma mais intensa.
Sectores sociais
Educação
No ano letivo de 2002/03 registou-se um forte crescimento no número de inscrições na Educação Pré-Escolar e uma continuada preferência pelo Ensino Profissional, que originou uma inversão da tendência negativa que se vinha a verificar no volume de inscrições/matrículas a nível global. Na generalidade, o volume de matrículas nos níveis do Ensino Básico e no Ensino Secundário continuam a tendência descendente que se tem vindo a verificar ultimamente, registando, no nível do Ensino Secundário, um valor superior a menos 5,5% dos valores verificados no ano anterior.
A taxa de escolarização apresenta valores crescentes em todas as idades, apesar da população escolar ter vindo a diminuir. Este aumento é mais significativo nas idades da Educação Pré-Escolar e a partir dos 14 anos. Da observação da evolução destas taxas, verifica-se um alargamento do leque de idades com taxas dos 100%, presentemente representativas das idades de escolaridade obrigatória.
O aproveitamento escolar, medido através da taxa de transição/aprovação oscila entre os 82,8% no 4.º ano de escolaridade e os 45,5% no 12.º ano, confirmando um maior aproveitamento escolar nos ciclos do ensino geral e obrigatório do que no secundário.
No ano letivo de 2002/03 registou-se um forte crescimento no número de inscrições na Educação Pré-Escolar e uma continuada preferência pelo Ensino Profissional, que originou uma inversão da tendência negativa que se vinha a verificar no volume de inscrições/matrículas a nível global. Na generalidade, o volume de matrículas nos níveis do Ensino Básico e no Ensino Secundário continuam a tendência descendente que se tem vindo a verificar ultimamente, registando, no nível do Ensino Secundário, um valor superior a menos 5,5% dos valores verificados no ano anterior.
A taxa de escolarização apresenta valores crescentes em todas as idades, apesar da população escolar ter vindo a diminuir. Este aumento é mais significativo nas idades da Educação Pré-Escolar e a partir dos 14 anos. Da observação da evolução destas taxas, verifica-se um alargamento do leque de idades com taxas dos 100%, presentemente representativas das idades de escolaridade obrigatória.
O aproveitamento escolar, medido através da taxa de transição/aprovação oscila entre os 82,8% no 4.º ano de escolaridade e os 45,5% no 12.º ano, confirmando um maior aproveitamento escolar nos ciclos do ensino geral e obrigatório do que no secundário.
Saúde
Os dados sobre os serviços prestados nos hospitais e centros de saúde apontam no sentido de evoluções consideráveis. Nos atos clínicos regista-se uma participação significativa de recursos humanos e uma utilização crescente de meios complementares de diagnóstico e terapêutica.
Os actos registados em profilaxia/inoculações globais correspondem a vacinações praticadas nos centros de saúde. O volume de atos situa-se na ordem de oitenta milhares mas, embora seja aplicado predominantemente com preocupações de prevenção de doenças em crianças com idade inferior a um ano, é fortemente condicionado por particularidades e campanhas específicas a nível local.
Os serviços de urgência têm registado, nos últimos anos, uma procura mais expressiva do que os de consulta. Esta evolução terá sido mais significativa no âmbito dos centros de saúde do que no dos hospitais.
Os movimentos de internamento nos hospitais e centros de saúde têm mantido características de certa estabilidade, situando-se a demora média em 7 ou 8 dias e a taxa de ocupação à volta de 62%. Os meios complementares de diagnóstico ultrapassam os dois milhões de exames e análises, enquanto os meios complementares de terapêutica correspondem a mais de trezentos mil atos. A evolução destes meios tem registado crescimentos médios significativos. Todavia, é possível observar uma ligeira tendência para à realização do ato terapêutico corresponder, em média, uma menor utilização de exames e análises.
O pessoal em atividade nos serviços dos hospitais e dos centros de saúde situa-se na ordem de quatro milhares de profissionais. A evolução geral tem registado um alargamento efetivo de quadros, destacando-se um certo reforço de médicos, enfermeiros e técnicos de diagnóstico e terapêutica.
Os dados sobre os serviços prestados nos hospitais e centros de saúde apontam no sentido de evoluções consideráveis. Nos atos clínicos regista-se uma participação significativa de recursos humanos e uma utilização crescente de meios complementares de diagnóstico e terapêutica.
Os actos registados em profilaxia/inoculações globais correspondem a vacinações praticadas nos centros de saúde. O volume de atos situa-se na ordem de oitenta milhares mas, embora seja aplicado predominantemente com preocupações de prevenção de doenças em crianças com idade inferior a um ano, é fortemente condicionado por particularidades e campanhas específicas a nível local.
Os serviços de urgência têm registado, nos últimos anos, uma procura mais expressiva do que os de consulta. Esta evolução terá sido mais significativa no âmbito dos centros de saúde do que no dos hospitais.
Os movimentos de internamento nos hospitais e centros de saúde têm mantido características de certa estabilidade, situando-se a demora média em 7 ou 8 dias e a taxa de ocupação à volta de 62%. Os meios complementares de diagnóstico ultrapassam os dois milhões de exames e análises, enquanto os meios complementares de terapêutica correspondem a mais de trezentos mil atos. A evolução destes meios tem registado crescimentos médios significativos. Todavia, é possível observar uma ligeira tendência para à realização do ato terapêutico corresponder, em média, uma menor utilização de exames e análises.
O pessoal em atividade nos serviços dos hospitais e dos centros de saúde situa-se na ordem de quatro milhares de profissionais. A evolução geral tem registado um alargamento efetivo de quadros, destacando-se um certo reforço de médicos, enfermeiros e técnicos de diagnóstico e terapêutica.
Segurança social
O número de pensionistas da Segurança Social nos Açores situa-se na ordem dos 47 milhares de indivíduos. Os beneficiários em vida por velhice, que recebem pensões em substituição de retribuições do trabalho, representam cerca de 52% do total; os beneficiários em vida, mas inválidos por acidente ou doença antes da idade da reforma por velhice, representam cerca de 30% do total; e, finalmente, as famílias de beneficiários por morte destes representam cerca de 18%.
O número de pensionistas da Segurança Social nos Açores situa-se na ordem dos 47 milhares de indivíduos. Os beneficiários em vida por velhice, que recebem pensões em substituição de retribuições do trabalho, representam cerca de 52% do total; os beneficiários em vida, mas inválidos por acidente ou doença antes da idade da reforma por velhice, representam cerca de 30% do total; e, finalmente, as famílias de beneficiários por morte destes representam cerca de 18%.
Cultura
Os museus e as bibliotecas públicas representam meios privilegiados de desenvolvimento de ações culturais, seja pelas capacidades patrimoniais e funcionais existentes, seja pelos diversos públicos que podem atrair.
Observando as evoluções das procuras sobre aqueles equipamentos culturais, por parte de visitantes nos museus e de utilizadores nas bibliotecas, verifica-se que existe atualmente uma tendência de crescimento em qualquer uma delas. Todavia, se a tendência da procura de visitantes aos museus prossegue a um ritmo mais regular e dentro de um mesmo padrão das estruturas existentes, já a procura de utilizadores nas bibliotecas revela, depois de uma ligeira quebra nos finais da década de noventa, uma intensificação do crescimento nos anos mais recentes, refletindo, pelo menos em parte, a transição do funcionamento da biblioteca pública de Ponta Delgada das antigas para as novas instalações, no histórico Colégio dos Jesuítas.
Observando agora a evolução intra-anual para os mesmos tipos de equipamentos culturais, verifica-se que a procura nos museus intensifica-se nos meses de Verão, enquanto a procura nas bibliotecas, ao contrário, é maior nas outras estações. Para esta diferença entre as distribuições ao longo do ano contribuirá significativamente a componente de turistas que visitam os museus, enquanto nas bibliotecas será mais a componente de estudantes para leituras integradas na sua formação académica ao longo do ano escolar.
Durante o ano de 2003, os apoios financeiros às atividades culturais, enquadrados juridicamente pelo Decreto Legislativo Regional n.º 22/97/A, de 4 de Novembro, atingiram um montante na ordem de 480 mil euros.
Os museus e as bibliotecas públicas representam meios privilegiados de desenvolvimento de ações culturais, seja pelas capacidades patrimoniais e funcionais existentes, seja pelos diversos públicos que podem atrair.
Observando as evoluções das procuras sobre aqueles equipamentos culturais, por parte de visitantes nos museus e de utilizadores nas bibliotecas, verifica-se que existe atualmente uma tendência de crescimento em qualquer uma delas. Todavia, se a tendência da procura de visitantes aos museus prossegue a um ritmo mais regular e dentro de um mesmo padrão das estruturas existentes, já a procura de utilizadores nas bibliotecas revela, depois de uma ligeira quebra nos finais da década de noventa, uma intensificação do crescimento nos anos mais recentes, refletindo, pelo menos em parte, a transição do funcionamento da biblioteca pública de Ponta Delgada das antigas para as novas instalações, no histórico Colégio dos Jesuítas.
Observando agora a evolução intra-anual para os mesmos tipos de equipamentos culturais, verifica-se que a procura nos museus intensifica-se nos meses de Verão, enquanto a procura nas bibliotecas, ao contrário, é maior nas outras estações. Para esta diferença entre as distribuições ao longo do ano contribuirá significativamente a componente de turistas que visitam os museus, enquanto nas bibliotecas será mais a componente de estudantes para leituras integradas na sua formação académica ao longo do ano escolar.
Durante o ano de 2003, os apoios financeiros às atividades culturais, enquadrados juridicamente pelo Decreto Legislativo Regional n.º 22/97/A, de 4 de Novembro, atingiram um montante na ordem de 480 mil euros.
Património
O arquipélago dos Açores tem um rico e diversificado património edificado, os elementos mais representativos do qual se encontram classificados e constam da lista de património edificado nos Açores.
Está em curso a realização pelo Instituto Açoriano de Cultura[14], por contrato com o Governo Regional dos Açores, do inventário completo do património cultural imóvel das ilhas[15], o qual, à medida que vai sendo concluído em cada concelho, é editado em volume próprio. Nos termos de decreto do parlamento açoriano, funciona na Direção Regional da Cultura[16] um Registo Regional de Bens Classificados[17], o qual pode ser consultado via Internet.
Pela Resolução n.º 126/2004, de 9 de Setembro[18] foi publicada a listagem global dos imóveis que se encontravam classificados à data de entrada em vigor do diploma que nos Açores ctualmente enquadra o regime jurídico dos bens classificados, o Decreto Legislativo Regional n.º 29/2004/A, de 24 de Agosto[19].
O arquipélago dos Açores tem um rico e diversificado património edificado, os elementos mais representativos do qual se encontram classificados e constam da lista de património edificado nos Açores.
Está em curso a realização pelo Instituto Açoriano de Cultura[14], por contrato com o Governo Regional dos Açores, do inventário completo do património cultural imóvel das ilhas[15], o qual, à medida que vai sendo concluído em cada concelho, é editado em volume próprio. Nos termos de decreto do parlamento açoriano, funciona na Direção Regional da Cultura[16] um Registo Regional de Bens Classificados[17], o qual pode ser consultado via Internet.
Pela Resolução n.º 126/2004, de 9 de Setembro[18] foi publicada a listagem global dos imóveis que se encontravam classificados à data de entrada em vigor do diploma que nos Açores ctualmente enquadra o regime jurídico dos bens classificados, o Decreto Legislativo Regional n.º 29/2004/A, de 24 de Agosto[19].
Desporto
As atividades desportivas nos Açores, enquadradas pelas federações associativas das diversas modalidades, vêm movimentando um número significativo de atletas e agentes responsáveis.
O número de inscritos na época de 2002/2003 aproximou-se de cerca de 20 milhares de atletas praticantes e de 800 treinadores.
Os dados anteriores resultam de um processo de crescimento assinalável já que, nos últimos dez anos, o número de atletas praticamente duplicou e as condições de enquadramento técnico poderão traduzir-se pelo rácio de 24 atletas por cada treinador, por contrapartida a um rácio inicial de 46 atletas.
Em termos de representatividade das diversas modalidades poderão agrupar-se dois conjuntos segundo as características:
- Desportivas mais individuais, que atraem largas centenas ou mesmo à volta de um milhar de praticantes, como os 606 de xadrez, 613 de natação, 614 de "karaté", 808 de ténis, 873 de judo, 1050 de atletismo e 1208 de ténis de mesa;
- Ou de jogo em equipa envolvendo praticantes em número superior ou na ordem dos milhares, como os 1142 de andebol, 1267 de basquetebol, 2332 de voleibol e os 5584 de futebol.
As atividades desportivas nos Açores, enquadradas pelas federações associativas das diversas modalidades, vêm movimentando um número significativo de atletas e agentes responsáveis.
O número de inscritos na época de 2002/2003 aproximou-se de cerca de 20 milhares de atletas praticantes e de 800 treinadores.
Os dados anteriores resultam de um processo de crescimento assinalável já que, nos últimos dez anos, o número de atletas praticamente duplicou e as condições de enquadramento técnico poderão traduzir-se pelo rácio de 24 atletas por cada treinador, por contrapartida a um rácio inicial de 46 atletas.
Em termos de representatividade das diversas modalidades poderão agrupar-se dois conjuntos segundo as características:
- Desportivas mais individuais, que atraem largas centenas ou mesmo à volta de um milhar de praticantes, como os 606 de xadrez, 613 de natação, 614 de "karaté", 808 de ténis, 873 de judo, 1050 de atletismo e 1208 de ténis de mesa;
- Ou de jogo em equipa envolvendo praticantes em número superior ou na ordem dos milhares, como os 1142 de andebol, 1267 de basquetebol, 2332 de voleibol e os 5584 de futebol.
Situação ambiental
A análise sucinta que a seguir se apresenta foi preparada a partir do documento "Relatório do Estado do Ambiente - 2003", produzido em Setembro de 2004, da responsabilidade da então Secretaria Regional do Ambiente.
A análise sucinta que a seguir se apresenta foi preparada a partir do documento "Relatório do Estado do Ambiente - 2003", produzido em Setembro de 2004, da responsabilidade da então Secretaria Regional do Ambiente.
Recursos hídricos
Nos Açores, as necessidades de água para uso urbanos são as mais significativas, representando cerca de 56% das necessidades totais, seguindo-se a indústria e a agropecuária, com um peso de cerca de 20%. O turismo, a energia e os restantes usos representam ainda um valor pouco significativo, cerca de 3%. As águas subterrâneas constituem a principal origem de água, satisfazendo, mais de 97% das diferentes utilizações.
As disponibilidades existentes estão estimadas em cerca de 1520 milhões de metros cúbicos, considerando-se 10% deste valor como disponibilidade útil. As maiores disponibilidades situam-se nas ilhas do Pico e de São Miguel e as menores no Corvo, Graciosa e Santa Maria. Relacionando as necessidades com as disponibilidades, regista-se maior pressão sobre os recursos disponíveis nas ilhas Graciosa, Terceira e São Miguel.
A nível das águas superficiais, designadamente as lagoas, para além do valor paisagístico, turístico e ecológico, constituem-se como reservas estratégicas de água, sendo a garantia da sua qualidade um dos desafios da gestão dos recursos hídricos. De acordo com análise e classificações efetuadas a 17 lagoas, a maioria regista situações de poluição mais ou menos acentuada, derivada de contaminação difusa por atividades agro-pecuárias e de fertilização pouco racional, donde a importância dos projetos em curso e a iniciar relativos à construção de açudes, reflorestação das faixas adjacentes às linhas de água, entre outras ações, no sentido de se reverter esta situação.
Quanto às águas subterrâneas, estas não apresentam problemas acentuados de qualidade, embora, pontualmente, possam advir alguns problemas derivados da sobre-exploração de aquíferos, com a consequente intrusão salina, do excesso de nitratos e da contaminação microbiológica relacionados com a poluição difusa, proporcionada pela exploração agropecuária.
No caso particular das águas balneares, de um modo geral a maioria das zonas balneares apresenta uma qualidade de água bastante razoável, o que tem originado uma classificação adequada para ostentação de bandeira azul.
No que diz respeito ao abastecimento de água às populações, o nível de atendimento é próximo dos 100%, em termos de infra-estruturas de abastecimento. Todavia, pontualmente, por via de factores aleatórios e de perda de águas nas redes, existe cerca de 13% da população com abastecimento irregular durante o ano. A qualidade da água fornecida nem sempre satisfaz os parâmetros de qualidade exigidos: se, por um lado, mais de 84% da população servida se encontrava servida por sistemas de tratamento, por outro, cerca de 80% da água distribuída era apenas sujeita a desinfecção por cloragem, sem um controle significativo. No que concerne à existência de sistemas de drenagem de águas residuais, o nível do atendimento era de cerca de 38% correspondendo os restantes 62% a fossas sépticas individuais. O nível de atendimento relativamente ao tratamento de águas residuais correspondia apenas a 24% da população, valor relativamente reduzido face às metas fixadas.
Nos Açores, as necessidades de água para uso urbanos são as mais significativas, representando cerca de 56% das necessidades totais, seguindo-se a indústria e a agropecuária, com um peso de cerca de 20%. O turismo, a energia e os restantes usos representam ainda um valor pouco significativo, cerca de 3%. As águas subterrâneas constituem a principal origem de água, satisfazendo, mais de 97% das diferentes utilizações.
As disponibilidades existentes estão estimadas em cerca de 1520 milhões de metros cúbicos, considerando-se 10% deste valor como disponibilidade útil. As maiores disponibilidades situam-se nas ilhas do Pico e de São Miguel e as menores no Corvo, Graciosa e Santa Maria. Relacionando as necessidades com as disponibilidades, regista-se maior pressão sobre os recursos disponíveis nas ilhas Graciosa, Terceira e São Miguel.
A nível das águas superficiais, designadamente as lagoas, para além do valor paisagístico, turístico e ecológico, constituem-se como reservas estratégicas de água, sendo a garantia da sua qualidade um dos desafios da gestão dos recursos hídricos. De acordo com análise e classificações efetuadas a 17 lagoas, a maioria regista situações de poluição mais ou menos acentuada, derivada de contaminação difusa por atividades agro-pecuárias e de fertilização pouco racional, donde a importância dos projetos em curso e a iniciar relativos à construção de açudes, reflorestação das faixas adjacentes às linhas de água, entre outras ações, no sentido de se reverter esta situação.
Quanto às águas subterrâneas, estas não apresentam problemas acentuados de qualidade, embora, pontualmente, possam advir alguns problemas derivados da sobre-exploração de aquíferos, com a consequente intrusão salina, do excesso de nitratos e da contaminação microbiológica relacionados com a poluição difusa, proporcionada pela exploração agropecuária.
No caso particular das águas balneares, de um modo geral a maioria das zonas balneares apresenta uma qualidade de água bastante razoável, o que tem originado uma classificação adequada para ostentação de bandeira azul.
No que diz respeito ao abastecimento de água às populações, o nível de atendimento é próximo dos 100%, em termos de infra-estruturas de abastecimento. Todavia, pontualmente, por via de factores aleatórios e de perda de águas nas redes, existe cerca de 13% da população com abastecimento irregular durante o ano. A qualidade da água fornecida nem sempre satisfaz os parâmetros de qualidade exigidos: se, por um lado, mais de 84% da população servida se encontrava servida por sistemas de tratamento, por outro, cerca de 80% da água distribuída era apenas sujeita a desinfecção por cloragem, sem um controle significativo. No que concerne à existência de sistemas de drenagem de águas residuais, o nível do atendimento era de cerca de 38% correspondendo os restantes 62% a fossas sépticas individuais. O nível de atendimento relativamente ao tratamento de águas residuais correspondia apenas a 24% da população, valor relativamente reduzido face às metas fixadas.
Resíduos sólidos urbanos (RSU)
A produção de RSU tem vindo a aumentar, tendo atingido cerca de 118,5 mil toneladas, em 2003, sendo cerca de 50% produzido em São Miguel, 20% na Terceira e o restante nas outras ilhas. A produção diária de RSU por habitante atinge já os 1,37 kg, sendo a maior parte constituída por matéria orgânica, seguida de material de embalagem, reforçando a necessidade de recolha seletiva, com o objectivo de reciclar e valorizar estes materiais.
Em termos de tratamento e destino final, pese embora a construção de aterros controlados e a implementação da recolha seletiva, em 2003 verificou-se ainda que cerca de 6% dos resíduos foram depositados em vazadouros sem controlo e 13% em vazadouros controlados.
A produção de RSU tem vindo a aumentar, tendo atingido cerca de 118,5 mil toneladas, em 2003, sendo cerca de 50% produzido em São Miguel, 20% na Terceira e o restante nas outras ilhas. A produção diária de RSU por habitante atinge já os 1,37 kg, sendo a maior parte constituída por matéria orgânica, seguida de material de embalagem, reforçando a necessidade de recolha seletiva, com o objectivo de reciclar e valorizar estes materiais.
Em termos de tratamento e destino final, pese embora a construção de aterros controlados e a implementação da recolha seletiva, em 2003 verificou-se ainda que cerca de 6% dos resíduos foram depositados em vazadouros sem controlo e 13% em vazadouros controlados.
Resíduos industriais e hospitalares
Observa-se ainda a inexistência de destino final adequado para os resíduos industriais, verificando-se uma fraca adesão por parte dos industriais de entrega de mapas de registo das quantidades produzidas. Em relação aos resíduos hospitalares, têm tido o tratamento adequado, designadamente os considerados perigosos, que são objecto de incineração e/ou tratamento químico.
Observa-se ainda a inexistência de destino final adequado para os resíduos industriais, verificando-se uma fraca adesão por parte dos industriais de entrega de mapas de registo das quantidades produzidas. Em relação aos resíduos hospitalares, têm tido o tratamento adequado, designadamente os considerados perigosos, que são objecto de incineração e/ou tratamento químico.
Ambiente sonoro
Das diversas formas de poluição existentes, o ruído é uma das que assumem uma expressão nos Açores. Todavia, a existência de algumas reclamações de particulares indicia a possibilidade de situações pontuais de um nível sonoro ambiente acima do desejado. A elaboração de um conjunto significativo de mapas de ruído, a aquisição de equipamentos de medição, permite dispor no futuro próximo de instrumentos de monitorização e de apoio ao ordenamento do território.
Das diversas formas de poluição existentes, o ruído é uma das que assumem uma expressão nos Açores. Todavia, a existência de algumas reclamações de particulares indicia a possibilidade de situações pontuais de um nível sonoro ambiente acima do desejado. A elaboração de um conjunto significativo de mapas de ruído, a aquisição de equipamentos de medição, permite dispor no futuro próximo de instrumentos de monitorização e de apoio ao ordenamento do território.
Qualidade do ar
Os indicadores normalmente utilizados para a caracterização da qualidade do ar são o dióxido de enxofre (SO2), óxidos de azoto (NOx), Monóxido de carbono (CO) e partículas em suspensão. Existem outros poluentes, como o Ozono troposférico (O3), que resultam de reações químicas entre poluentes primários. Estudos realizados indicam que as concentrações são inferiores aos limites estabelecidos na legislação.
Os indicadores normalmente utilizados para a caracterização da qualidade do ar são o dióxido de enxofre (SO2), óxidos de azoto (NOx), Monóxido de carbono (CO) e partículas em suspensão. Existem outros poluentes, como o Ozono troposférico (O3), que resultam de reações químicas entre poluentes primários. Estudos realizados indicam que as concentrações são inferiores aos limites estabelecidos na legislação.
Conservação da natureza
Em termos da biodiversidade, estão identificadas 702 espécies exóticas de flora, das quais 36 com carácter invasor. Em termos de fauna, estão inventariadas 47 espécies exóticas, distinguindo-se 5 espécies invasoras, destacando-se nestas últimas o designado escaravelho japonês. No conjunto do arquipélago estão protegidas 115 espécies, verificando-se, no entanto, 215 espécies ameaçadas.
Em termos da biodiversidade, estão identificadas 702 espécies exóticas de flora, das quais 36 com carácter invasor. Em termos de fauna, estão inventariadas 47 espécies exóticas, distinguindo-se 5 espécies invasoras, destacando-se nestas últimas o designado escaravelho japonês. No conjunto do arquipélago estão protegidas 115 espécies, verificando-se, no entanto, 215 espécies ameaçadas.
Áreas classificadas e protegidas
A rede Natura 2000 engloba 38 locais, com uma área aproximada de 45,5 mil ha, enquanto as áreas protegidas distribuem-se por 31 locais, ocupando uma área de 68,4 mil ha. Estão definidos 23 Sítios de Importância Comunitária (SIC), que abrangem uma área total de 11,8 mil hectares, 15 Zonas de Proteção Especial (ZPE), com uma área de 11,8 mil ha e está a ser ultimado o Plano Sectorial para a Rede Natura 2000.
A rede Natura 2000 engloba 38 locais, com uma área aproximada de 45,5 mil ha, enquanto as áreas protegidas distribuem-se por 31 locais, ocupando uma área de 68,4 mil ha. Estão definidos 23 Sítios de Importância Comunitária (SIC), que abrangem uma área total de 11,8 mil hectares, 15 Zonas de Proteção Especial (ZPE), com uma área de 11,8 mil ha e está a ser ultimado o Plano Sectorial para a Rede Natura 2000.
Rede de Áreas Protegidas dos Açores
As áreas protegidas incluem áreas terrestres, águas interiores e marinhas em que a fauna, a flora, a paisagem, os ecossistemas ou outras ocorrências naturais apresentam, pela sua raridade, valor ecológico ou paisagístico, importância científica, cultural e social.
As condições climatéricas associadas ao isolamento geográfico, ao relevo e às características geológicas das ilhas deram origem a uma grande variedade de biótopos, ecossistemas e paisagens, que propiciam a existência de um elevado número de habitats que albergam uma grande diversidade de espécies.
A vegetação natural das ilhas açorianas compreende um vasto número de espécies originárias do Período Terciário, na sua maioria endémicas e com estatuto de proteção. A laurissilva, cuja origem está relacionada com as florestas húmidas do Terciário existentes no Sul da Europa e desaparecidas há milhões de anos aquando das últimas glaciações, é uma floresta com um índice de endemismos muito elevado.
Para além das espécies de maior porte, possui uma camada sub-arbustiva, geralmente muito densa, de grandes fetos e arbustos, alguns dos quais também endémicos.
As ilhas foram colonizadas pelo homem nos finais do século XV e o coberto vegetal foi consideravelmente alterado desde então. Das espécies de plantas vasculares existentes, conhecem-se presentemente 66 endémicas, encontrando-se ainda um elevado número de endemismos noutros grupos. A diversidade de comunidades vegetais permite que comunidades de aves terrestres endémicas se distribuam ao longo de toda a área.
Encontram-se também em todas as ilhas cerca de 300 espécies endémicas de artrópodes, distribuídas em habitais muito diversificados, tais como cavidades vulcânicas, campos de lava, florestas naturais, etc.
Este grupo taxonómico encontra-se sujeito a algumas pressões por parte de atividades humanas, uma vez que não encontra protegido. A pouca proteção de que beneficia resulta directamente da classificação das áreas protegidas nas várias ilhas da Região.
Em relação aos mamíferos, ocorrem nos Açores, de forma natural, 25 espécies, maioritariamente marinhas, 24 das quais correspondem a cetáceos (baleias e golfinhos) e a outra consiste numa espécie endémica terrestre, que é o único mamífero autóctone do arquipélago: o Morcego-dos-Açores (Nyctalus azoreum).
Como forma de salvaguarda do património natural existente, foi criada uma rede regional de áreas protegidas, ocupando uma área de 53 700 ha. A primeira área protegida data de 1972 (Caldeira, ilha do Faial). Desde então, foram criadas mais áreas protegidas, abrangendo cerca de 13 % da área total da Região.
As áreas protegidas dos Açores - Rede de Áreas Protegidas dos Açores - têm vindo a ser objecto de desenvolvimento de Planos de Ordenamento e Gestão, com o objectivo de definir a política de salvaguarda e conservação do património.
Os planos pretendem constituir um instrumento de apoio e promoção ao ordenamento e gestão das áreas protegidas, com vistas à salvaguarda dos recursos naturais à conservação da qualidade paisagística e à conciliação das atividades humanas.
As áreas protegidas incluem áreas terrestres, águas interiores e marinhas em que a fauna, a flora, a paisagem, os ecossistemas ou outras ocorrências naturais apresentam, pela sua raridade, valor ecológico ou paisagístico, importância científica, cultural e social.
As condições climatéricas associadas ao isolamento geográfico, ao relevo e às características geológicas das ilhas deram origem a uma grande variedade de biótopos, ecossistemas e paisagens, que propiciam a existência de um elevado número de habitats que albergam uma grande diversidade de espécies.
A vegetação natural das ilhas açorianas compreende um vasto número de espécies originárias do Período Terciário, na sua maioria endémicas e com estatuto de proteção. A laurissilva, cuja origem está relacionada com as florestas húmidas do Terciário existentes no Sul da Europa e desaparecidas há milhões de anos aquando das últimas glaciações, é uma floresta com um índice de endemismos muito elevado.
Para além das espécies de maior porte, possui uma camada sub-arbustiva, geralmente muito densa, de grandes fetos e arbustos, alguns dos quais também endémicos.
As ilhas foram colonizadas pelo homem nos finais do século XV e o coberto vegetal foi consideravelmente alterado desde então. Das espécies de plantas vasculares existentes, conhecem-se presentemente 66 endémicas, encontrando-se ainda um elevado número de endemismos noutros grupos. A diversidade de comunidades vegetais permite que comunidades de aves terrestres endémicas se distribuam ao longo de toda a área.
Encontram-se também em todas as ilhas cerca de 300 espécies endémicas de artrópodes, distribuídas em habitais muito diversificados, tais como cavidades vulcânicas, campos de lava, florestas naturais, etc.
Este grupo taxonómico encontra-se sujeito a algumas pressões por parte de atividades humanas, uma vez que não encontra protegido. A pouca proteção de que beneficia resulta directamente da classificação das áreas protegidas nas várias ilhas da Região.
Em relação aos mamíferos, ocorrem nos Açores, de forma natural, 25 espécies, maioritariamente marinhas, 24 das quais correspondem a cetáceos (baleias e golfinhos) e a outra consiste numa espécie endémica terrestre, que é o único mamífero autóctone do arquipélago: o Morcego-dos-Açores (Nyctalus azoreum).
Como forma de salvaguarda do património natural existente, foi criada uma rede regional de áreas protegidas, ocupando uma área de 53 700 ha. A primeira área protegida data de 1972 (Caldeira, ilha do Faial). Desde então, foram criadas mais áreas protegidas, abrangendo cerca de 13 % da área total da Região.
As áreas protegidas dos Açores - Rede de Áreas Protegidas dos Açores - têm vindo a ser objecto de desenvolvimento de Planos de Ordenamento e Gestão, com o objectivo de definir a política de salvaguarda e conservação do património.
Os planos pretendem constituir um instrumento de apoio e promoção ao ordenamento e gestão das áreas protegidas, com vistas à salvaguarda dos recursos naturais à conservação da qualidade paisagística e à conciliação das atividades humanas.
Açorianos ilustres
- Alfredo Bensaúde (1856 - 1941) - professor universitário, reformador do ensino tecnológico em Portugal, foi o fundador e primeiro diretor do Instituto Superior Técnico (IST)
- Antero de Quental (1842 - 1891) - poeta.
- Augusto de Almeida Monjardino (1871 - 1941) - médico e político, fundador e primeiro diretor da Maternidade Alfredo da Costa (MAC).
- Aurélio Quintanilha (1892 - 1987) - professor universitário e cientista de renome internacional nas áreas da genética, da biologia dos fungos e da cultura do algodoeiro.
- Carlos César (1956) - presidente do Governo Regional dos Açores.
- Eliseu Pereira dos Santos (jogador de futebol (1983) - campeão europeu de futebol por Portugal em 2016.
- Francisco de Lacerda (1869 - 1934) - musicólogo, compositor e maestro.
- Hélder Fragueiro Antunes (1963) - empresário, engenheiro e ex-piloto de corridas.
- Jaime Gama (1947) - político, deputado e Presidente da Assembleia da República (2005-2011).
- Azevedo Neves (1877 - 1955) - médico e político.
- Curry Cabral (1844 - 1920) - médico, investigador e professor.
- Jorge Ferreira (1955) - cantor popular português internacional, radicado nos Estados Unidos.
- José do Canto (1820 - 1898) - grande proprietário, intelectual e bibliófilo.
- Manuel de Arriaga (1840 - 1917) - primeiro Presidente eleito da República Portuguesa (1911-1915).
- Mota Amaral (1943) - presidente do Governo da Região Autónoma dos Açores (1976-1995), e Presidente da Assembleia da República (9.ª legislatura).
- Natália Correia (1923 - 1993) - poeta, intelectual e ativista social e deputada (1980-1991). Autora da letra do Hino dos Açores.
- Nicolau Anastácio de Bettencourt (1872-1941) - médico e investigador.
- Nuno Bettencourt (1966) - guitarrista, membro da banda Extreme,
- Pedro da Silveira (1922 - 2003) - poeta, crítico literário e investigador, membro da Seara Nova.
- Pedro Resendes (Pauleta) (1973) - jogador de futebol.
- Raul Bensaúde (1866 - 1938) - médico gastroenterologista em Paris que se destacou como iniciador da Proctologia. O seu nome ficou associado ao de Pierre-Emile Launois ao propor uma explicação para a adenolipomatose simétrica, atualmente conhecida como de Launois-Bensaúde.
- Roberto Ivens (1850 - 1898) - oficial da armada, administrador colonial e explorador do continente africano.
- Teles Palhinha (1871 - 1957) - botânico e professor universitário a quem se deve a exploração sistemática da flora açoriana.
- Teófilo Braga (1843 - 1924) - escritor e 2.º Presidente da República Portuguesa.
- Vitorino Nemésio (1901 - 1978) - escritor e professor universitário.
- As Três Ilhoas: Antônia da Graça, Júlia Maria da Caridade, Helena Maria de Jesus são três irmãs açorianas que embarcaram no Brasil por volta de 1723 e fundaram importantes e nobres famílias.
- Alfredo Bensaúde (1856 - 1941) - professor universitário, reformador do ensino tecnológico em Portugal, foi o fundador e primeiro diretor do Instituto Superior Técnico (IST)
- Antero de Quental (1842 - 1891) - poeta.
- Augusto de Almeida Monjardino (1871 - 1941) - médico e político, fundador e primeiro diretor da Maternidade Alfredo da Costa (MAC).
- Aurélio Quintanilha (1892 - 1987) - professor universitário e cientista de renome internacional nas áreas da genética, da biologia dos fungos e da cultura do algodoeiro.
- Carlos César (1956) - presidente do Governo Regional dos Açores.
- Eliseu Pereira dos Santos (jogador de futebol (1983) - campeão europeu de futebol por Portugal em 2016.
- Francisco de Lacerda (1869 - 1934) - musicólogo, compositor e maestro.
- Hélder Fragueiro Antunes (1963) - empresário, engenheiro e ex-piloto de corridas.
- Jaime Gama (1947) - político, deputado e Presidente da Assembleia da República (2005-2011).
- Azevedo Neves (1877 - 1955) - médico e político.
- Curry Cabral (1844 - 1920) - médico, investigador e professor.
- Jorge Ferreira (1955) - cantor popular português internacional, radicado nos Estados Unidos.
- José do Canto (1820 - 1898) - grande proprietário, intelectual e bibliófilo.
- Manuel de Arriaga (1840 - 1917) - primeiro Presidente eleito da República Portuguesa (1911-1915).
- Mota Amaral (1943) - presidente do Governo da Região Autónoma dos Açores (1976-1995), e Presidente da Assembleia da República (9.ª legislatura).
- Natália Correia (1923 - 1993) - poeta, intelectual e ativista social e deputada (1980-1991). Autora da letra do Hino dos Açores.
- Nicolau Anastácio de Bettencourt (1872-1941) - médico e investigador.
- Nuno Bettencourt (1966) - guitarrista, membro da banda Extreme,
- Pedro da Silveira (1922 - 2003) - poeta, crítico literário e investigador, membro da Seara Nova.
- Pedro Resendes (Pauleta) (1973) - jogador de futebol.
- Raul Bensaúde (1866 - 1938) - médico gastroenterologista em Paris que se destacou como iniciador da Proctologia. O seu nome ficou associado ao de Pierre-Emile Launois ao propor uma explicação para a adenolipomatose simétrica, atualmente conhecida como de Launois-Bensaúde.
- Roberto Ivens (1850 - 1898) - oficial da armada, administrador colonial e explorador do continente africano.
- Teles Palhinha (1871 - 1957) - botânico e professor universitário a quem se deve a exploração sistemática da flora açoriana.
- Teófilo Braga (1843 - 1924) - escritor e 2.º Presidente da República Portuguesa.
- Vitorino Nemésio (1901 - 1978) - escritor e professor universitário.
- As Três Ilhoas: Antônia da Graça, Júlia Maria da Caridade, Helena Maria de Jesus são três irmãs açorianas que embarcaram no Brasil por volta de 1723 e fundaram importantes e nobres famílias.
Ilustres descendentes
- Katy Perry (1984) - cantora norte-americana, com três trisavós açorianos.
- Nelly Furtado (1978) - cantora, compositora e atriz canadiana, filha de açorianos.
- Tom Hanks (1956) - ator norte-americano, bisneto de açoriano.
- Daniel Silva (1956) - escritor norte-americano, filho de açorianos.
- Lília Cabral (1957) - atriz brasileira, filha de açoriana.
- Katy Perry (1984) - cantora norte-americana, com três trisavós açorianos.
- Nelly Furtado (1978) - cantora, compositora e atriz canadiana, filha de açorianos.
- Tom Hanks (1956) - ator norte-americano, bisneto de açoriano.
- Daniel Silva (1956) - escritor norte-americano, filho de açorianos.
- Lília Cabral (1957) - atriz brasileira, filha de açoriana.
Símbolos heráldicos
A Região Autónoma dos Açores dispõe de brasão de armas, bandeira, selo e hino próprios. São os seguintes os diplomas legais que regulam a heráldica açoriana:
- Decreto Regional n.º 4/79/A, de 10 de Abril[20] - Aprova os símbolos heráldicos da Região Autónoma dos Açores.
- Decreto Regulamentar Regional n.º 13/79/A, de 18 de Maio[21] - Aprova a Bandeira dos Açores e a música do Hino dos Açores, regulando o uso da bandeira e a forma como deve ser hasteada.
- Alterado pelo Decreto Regulamentar Regional n.º 15/2002/A, de 31 de Maio[22]
- Decreto Regulamentar Regional n.º 47/80/A, de 15 de Outubro[23] - Aprova a versão oficial do selo da Região Autónoma dos Açores.
- Decreto Regulamentar Regional n.º 49/80/A, de 21 de Outubro[24] - Aprova a letra do Hino dos Açores. Regulamenta o Decreto Regional n.º 4/79/A, de 10 de Abril.
- Decreto Regulamentar Regional n.º 51/80/A, de 31 de Outubro[25] - Aprova a versão oficial da descrição completa do brasão de armas dos Açores.
- Decreto Legislativo Regional n.º 21/2006/A, de 7 de Julho[26] - Aprova o regime jurídico da utilização dos símbolos heráldicos da Região Autónoma dos Açores, proibindo a sua utilização para fins comerciais.
A utilização dos símbolos heráldicos rege-se pelas mesmas normas que regem a utilização dos símbolos nacionais, devendo contudo ser dada precedência a estes.
A Região Autónoma dos Açores dispõe de brasão de armas, bandeira, selo e hino próprios. São os seguintes os diplomas legais que regulam a heráldica açoriana:
- Decreto Regional n.º 4/79/A, de 10 de Abril[20] - Aprova os símbolos heráldicos da Região Autónoma dos Açores.
- Decreto Regulamentar Regional n.º 13/79/A, de 18 de Maio[21] - Aprova a Bandeira dos Açores e a música do Hino dos Açores, regulando o uso da bandeira e a forma como deve ser hasteada.
- Alterado pelo Decreto Regulamentar Regional n.º 15/2002/A, de 31 de Maio[22]
- Decreto Regulamentar Regional n.º 47/80/A, de 15 de Outubro[23] - Aprova a versão oficial do selo da Região Autónoma dos Açores.
- Decreto Regulamentar Regional n.º 49/80/A, de 21 de Outubro[24] - Aprova a letra do Hino dos Açores. Regulamenta o Decreto Regional n.º 4/79/A, de 10 de Abril.
- Decreto Regulamentar Regional n.º 51/80/A, de 31 de Outubro[25] - Aprova a versão oficial da descrição completa do brasão de armas dos Açores.
- Decreto Regulamentar Regional n.º 13/79/A, de 18 de Maio[21] - Aprova a Bandeira dos Açores e a música do Hino dos Açores, regulando o uso da bandeira e a forma como deve ser hasteada.
- Decreto Legislativo Regional n.º 21/2006/A, de 7 de Julho[26] - Aprova o regime jurídico da utilização dos símbolos heráldicos da Região Autónoma dos Açores, proibindo a sua utilização para fins comerciais.
A utilização dos símbolos heráldicos rege-se pelas mesmas normas que regem a utilização dos símbolos nacionais, devendo contudo ser dada precedência a estes.
Insígnias honoríficas açorianas
Ver artigo principal: Insígnias Honoríficas AçorianasAs Insígnias Honoríficas Açorianas visam distinguir, em vida ou a título póstumo, os cidadãos ou as pessoas coletivas que se notabilizarem por méritos pessoais ou institucionais, atos, feitos cívicos ou por serviços prestados à Região Autónoma dos Açores.
A atribuição das Insígnias Honoríficas Açorianas têm lugar no Dia dos Açores, em sessão solene presidida pelos Presidentes da Assembleia Legislativa e do Governo Regional.
As Insígnias Honoríficas Açorianas visam distinguir, em vida ou a título póstumo, os cidadãos ou as pessoas coletivas que se notabilizarem por méritos pessoais ou institucionais, atos, feitos cívicos ou por serviços prestados à Região Autónoma dos Açores.
A atribuição das Insígnias Honoríficas Açorianas têm lugar no Dia dos Açores, em sessão solene presidida pelos Presidentes da Assembleia Legislativa e do Governo Regional.
Galeria
Cidades fundadas por emigrantes dos Açores no Brasil
Referências
- ↑ «Censos 2011». Consultado em 13 de fevereiro de 2012
- ↑ «Versão consolidada do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia.»
- ↑ Agência Lusa (8 de julho de 2011). «Descobertos nos Açores prováveis templos dedicados a deusa doséculo IV a.C.». Público. Consultado em 15 de abril de 2014. Cópia arquivada em 8 de julho de 2011
- ↑ Paulo Faustino (12 de julho de 2011). «Descoberta de 'templos' gera polémica nos Açores». Diário de Notícias. Consultado em 15 de abril de 2014
- ↑ Agência Lusa (12 de julho de 2011). «Achados arqueológicos nos Açores são "sensacionalismo à Indiana Jones"». Expresso. Consultado em 15 de abril de 2014
- ↑ Agência Lusa (19 de outubro de 2013). «Especialistas garantem que achados arqueológicos na Terceira não são anteriores ao povoamento português». Açoriano Oriental. Consultado em 15 de abril de 2014
- ↑ SILVA, A. J. M. (2015), The fable of the cod and the promised sea. About portuguese traditions of bacalhau, in BARATA, F. T- and ROCHA, J. M. (eds.), Heritages and Memories from the Sea, Proceedings of the 1st International Conference of the UNESCO Chair in Intangible Heritage and Traditional Know-How: Linking Heritage, 14-16 January 2015. University of Evora, Évora, pp. 130-143. PDF version
- ↑ Artigo NASA sobre a passagem do furacão Gordon nos Açores em 2006
- ↑ Artigo NASA sobre a passagem do furacão Gordon nos Açores em 2012
- ↑ Carine,M e H. Schaefer. 2010. The Azores diversity enigma: why are there so few Azorean endemic flowering plants and why are they so widespread? (em inglês) Journal of Biogeography 37:77-89.
- ↑ Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
- ↑ Instituto Nacional de Estatística. «População residente (N.º) por Local de residência e Sexo; Decenal (2011)». Consultado em 1 de setembro de 2011
- ↑ ab Manuela Lima (2008). «Povoamento e história demográfica dos Açores: o contributo da genética.» (pdf). Boletim do Núcleo Cultural da Horta 17. Núcleo Cultural da Horta. pp. 227–241. Consultado em 15 de abril de 2014
- ↑ Instituto Açoriano de Cultura
- ↑ Património cultural imóvel das ilhas
- ↑ Direcção Regional da Cultura
- ↑ Registo Regional de Bens Classificados
- ↑ Resolução n.º 126/2004, de 9 de Setembro
- ↑ Decreto Legislativo Regional n.º 29/2004/A, de 24 de Agosto
- ↑ Decreto Regional n.º 4/79/A, de 10 de Abril
- ↑ Decreto Regulamentar Regional n.º 13/79/A, de 18 de Maio
- ↑ Decreto Regulamentar Regional n.º 15/2002/A, de 31 de Maio
- ↑ Decreto Regulamentar Regional n.º 47/80/A, de 15 de Outubro
- ↑ Decreto Regulamentar Regional n.º 49/80/A, de 21 de Outubro
- ↑ Decreto Regulamentar Regional n.º 51/80/A, de 31 de Outubro
- ↑ Decreto Legislativo Regional n.º 21/2006/A, de 7 de Julho
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- ↑ Decreto Regulamentar Regional n.º 47/80/A, de 15 de Outubro
- ↑ Decreto Regulamentar Regional n.º 49/80/A, de 21 de Outubro
- ↑ Decreto Regulamentar Regional n.º 51/80/A, de 31 de Outubro
- ↑ Decreto Legislativo Regional n.º 21/2006/A, de 7 de Julho
Ver também
Ligações externas
- Sítio oficial do Governo da Região Autónoma dos Açores
- Turismo dos Açores
- Jornais dos Açores
- Literatura Açoriana - Plataforma de apoio ao estudo da Literatura Açoriana
- Galeria de fotos
- Motor de Busca Açores - Motor de Busca e Portal dos Açores
- Guia Turístico dos Açores
- Projecto CLIMAAT - Clima e Meteorologia das Ilhas Atlânticas
- [Sítio de vídeos do Arquipélago dos Açores mostrando lugares, sua cultura, usos, costumes e tradições https://www.youtube.com/user/malgatodemateus
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Lisboa
Nota: Para outros significados, veja Lisboa (desambiguação).Lisboa GCTE • ComTE é a capital de Portugal e a cidade mais populosa do país. Tem uma população de 506 892 habitantes,[2] dentro dos seus limites administrativos. Na Área Metropolitana de Lisboa, residem 2 821 697 pessoas (2011), sendo por isso a maior e mais populosa área metropolitana do país. Lisboa é o centro político de Portugal, sede do Governo e da residência do chefe de Estado. É o "farol da lusofonia" (Daus): a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) tem a sua sede na cidade. É ainda a capital mais a ocidente do continente europeu na costa atlântica.
O estatuto administrativo da cidade foi originalmente concedido pelo ditador Júlio César enquanto município romano. O imperador acrescentou orgulhosamente à palavra “Olisipo”, que deu origem ao nome de Lisboa, a designação "Felicidade Júlia" (Felicitas Julia), em sua memória.
Lisboa é considerada como cidade global devido à sua importância em aspectos financeiros, comerciais, mediáticos, artísticos, educacionais e turísticos.[3][4] É um dos principais centros económicos do continente europeu, graças a um progresso financeiro crescente favorecido pelo maior porto de contentores da costa atlântica da Europa[5] e mais recentemente pelo Aeroporto Humberto Delgado, que recebe mais de 20 milhões de passageiros anualmente (2015). Lisboa conta com uma rede de auto-estradas e um sistema de ferrovias de alta velocidade (Alfa Pendular), que liga as principais cidades portuguesas à capital.[6] A cidade é a sétima mais visitada do sul da Europa, depois de Istambul, Roma, Barcelona, Madrid, Atenas e Milão, com 1 740 000 de turistas em 2009, tendo em 2014 ultrapassado a marca dos 3,35 milhões. A nível global, Lisboa foi a 35.ª cidade com maior destino turístico em 2015, cerca de 4 milhões de visitantes.[7] Em 2015, foi considerada a 11.ª cidade turística mais popular, à frente de Madrid, Rio de Janeiro, Berlim e Barcelona.[8] Em 2018 conquistou nos World Travel Awards os galardões de “Melhor Cidade Destino” e “Melhor Destino City Break” a nível mundial.[9]
A região de Lisboa é a mais rica do país, com um PIB PPC per capita de 26 100 euros (4,7% maior do que o PIB per capita médio da União Europeia). A sua área metropolitana é a vigésima mais rica do continente, com um PIB-PPC no valor de 58 mil milhões de euros, o que equivale a cerca de 35% do PIB-PPC total do país.[10] Lisboa ocupa o 122.º lugar entre as cidades com maiores receitas brutas do mundo.[11] A maioria das sedes das multinacionais instaladas em Portugal encontram-se na região de Lisboa, a nona cidade do mundo com maior número de conferências internacionais.[12]
Lisboa GCTE • ComTE é a capital de Portugal e a cidade mais populosa do país. Tem uma população de 506 892 habitantes,[2] dentro dos seus limites administrativos. Na Área Metropolitana de Lisboa, residem 2 821 697 pessoas (2011), sendo por isso a maior e mais populosa área metropolitana do país. Lisboa é o centro político de Portugal, sede do Governo e da residência do chefe de Estado. É o "farol da lusofonia" (Daus): a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) tem a sua sede na cidade. É ainda a capital mais a ocidente do continente europeu na costa atlântica.
O estatuto administrativo da cidade foi originalmente concedido pelo ditador Júlio César enquanto município romano. O imperador acrescentou orgulhosamente à palavra “Olisipo”, que deu origem ao nome de Lisboa, a designação "Felicidade Júlia" (Felicitas Julia), em sua memória.
Lisboa é considerada como cidade global devido à sua importância em aspectos financeiros, comerciais, mediáticos, artísticos, educacionais e turísticos.[3][4] É um dos principais centros económicos do continente europeu, graças a um progresso financeiro crescente favorecido pelo maior porto de contentores da costa atlântica da Europa[5] e mais recentemente pelo Aeroporto Humberto Delgado, que recebe mais de 20 milhões de passageiros anualmente (2015). Lisboa conta com uma rede de auto-estradas e um sistema de ferrovias de alta velocidade (Alfa Pendular), que liga as principais cidades portuguesas à capital.[6] A cidade é a sétima mais visitada do sul da Europa, depois de Istambul, Roma, Barcelona, Madrid, Atenas e Milão, com 1 740 000 de turistas em 2009, tendo em 2014 ultrapassado a marca dos 3,35 milhões. A nível global, Lisboa foi a 35.ª cidade com maior destino turístico em 2015, cerca de 4 milhões de visitantes.[7] Em 2015, foi considerada a 11.ª cidade turística mais popular, à frente de Madrid, Rio de Janeiro, Berlim e Barcelona.[8] Em 2018 conquistou nos World Travel Awards os galardões de “Melhor Cidade Destino” e “Melhor Destino City Break” a nível mundial.[9]
A região de Lisboa é a mais rica do país, com um PIB PPC per capita de 26 100 euros (4,7% maior do que o PIB per capita médio da União Europeia). A sua área metropolitana é a vigésima mais rica do continente, com um PIB-PPC no valor de 58 mil milhões de euros, o que equivale a cerca de 35% do PIB-PPC total do país.[10] Lisboa ocupa o 122.º lugar entre as cidades com maiores receitas brutas do mundo.[11] A maioria das sedes das multinacionais instaladas em Portugal encontram-se na região de Lisboa, a nona cidade do mundo com maior número de conferências internacionais.[12]
Índice
Etimologia e gentílico
Para Samuel Bochart, um francês do século XVII que se dedicou ao estudo da Bíblia, o nome Olisipo é uma designação pré-romana de "Lisboa" que remontaria aos Fenícios.[13] Segundo ele, a palavra “Olisipo” deriva de "Allis Ubbo" ou "Porto Seguro" em fenício, porto esse situado no Estuário do Tejo.[14] Não existe nenhum registo que possa comprovar tal teoria. Segundo Francisco Villar,[15][16] “Olisipo” seria uma palavra de origem tartessa sendo o sufixo ipo usado em territórios de influência Turdetano-Tartessica.[17] O prefixo "Oli(s)" não seria único visto estar associado a outra cidade lusitana de localização desconhecida, que Pomponius Mela dizia chamar-se "Olitingi".[18]
Os autores da Antiguidade conheciam uma lenda que atribuía a fundação de Olisipo ao herói grego Ulisses,[19] provavelmente baseando-se em Estrabão[20]: Ulisses teria fundado em local incerto da Península Ibérica uma cidade chamada Olisipo (Ibi oppidum Olisipone Ulixi conditum: ibi Tagus flumen).[21][22] Posteriormente, o nome latino teria sido corrompido para "Olissipona". Ptolomeu deu a Lisboa o nome de "Oliosipon". Os Visigodos chamaram-na Ulishbon.[23] e os mouros, que conquistaram Lisboa no ano 714, deram-lhe em árabe este nome اليكسبونا (al-Lixbûnâ) ou ainda لشبونة (al-Ushbuna).
Na gíria popular, os naturais ou habitantes de Lisboa são chamados "alfacinhas". A origem da palavra é desconhecida. Supõe-se que o termo se explica pelo facto de existirem hortas nas colinas da primitiva cidade de Lisboa, onde verdejavam "plantas hortenses utilizadas na culinária, na perfumaria e na medicina", vendidas na cidade. A palavra alface provem do árabe e poderá indicar que o cultivo da planta começou aquando da ocupação da Península Ibérica pelos Muçulmanos. Há também quem sustente que, num dos cercos de que a cidade foi alvo, os habitantes da capital portuguesa tinham como alimento quase exclusivo as alfaces das suas hortas. O certo é que a palavra ficou consagrada e que os grandes da literatura portuguesa convencionaram tomar por alfacinha um lisboeta.[24]
Para Samuel Bochart, um francês do século XVII que se dedicou ao estudo da Bíblia, o nome Olisipo é uma designação pré-romana de "Lisboa" que remontaria aos Fenícios.[13] Segundo ele, a palavra “Olisipo” deriva de "Allis Ubbo" ou "Porto Seguro" em fenício, porto esse situado no Estuário do Tejo.[14] Não existe nenhum registo que possa comprovar tal teoria. Segundo Francisco Villar,[15][16] “Olisipo” seria uma palavra de origem tartessa sendo o sufixo ipo usado em territórios de influência Turdetano-Tartessica.[17] O prefixo "Oli(s)" não seria único visto estar associado a outra cidade lusitana de localização desconhecida, que Pomponius Mela dizia chamar-se "Olitingi".[18]
Os autores da Antiguidade conheciam uma lenda que atribuía a fundação de Olisipo ao herói grego Ulisses,[19] provavelmente baseando-se em Estrabão[20]: Ulisses teria fundado em local incerto da Península Ibérica uma cidade chamada Olisipo (Ibi oppidum Olisipone Ulixi conditum: ibi Tagus flumen).[21][22] Posteriormente, o nome latino teria sido corrompido para "Olissipona". Ptolomeu deu a Lisboa o nome de "Oliosipon". Os Visigodos chamaram-na Ulishbon.[23] e os mouros, que conquistaram Lisboa no ano 714, deram-lhe em árabe este nome اليكسبونا (al-Lixbûnâ) ou ainda لشبونة (al-Ushbuna).
Na gíria popular, os naturais ou habitantes de Lisboa são chamados "alfacinhas". A origem da palavra é desconhecida. Supõe-se que o termo se explica pelo facto de existirem hortas nas colinas da primitiva cidade de Lisboa, onde verdejavam "plantas hortenses utilizadas na culinária, na perfumaria e na medicina", vendidas na cidade. A palavra alface provem do árabe e poderá indicar que o cultivo da planta começou aquando da ocupação da Península Ibérica pelos Muçulmanos. Há também quem sustente que, num dos cercos de que a cidade foi alvo, os habitantes da capital portuguesa tinham como alimento quase exclusivo as alfaces das suas hortas. O certo é que a palavra ficou consagrada e que os grandes da literatura portuguesa convencionaram tomar por alfacinha um lisboeta.[24]
História
Ver artigo principal: História de Lisboa
Neolítico e fundação
Em Lisboa encontram-se vestígios do Neolítico, Eneolítico e Neo-neolitico.[25] Durante o Neolítico, a região de Lisboa foi habitada por povos que também viveram neste período noutros espaços da Europa atlântica. Estes povos construíram vários monumentos megalíticos.[26] É ainda possível encontrar alguns dólmens[27] e menires[28] nos campos em redor da cidade. Situado no estuário do rio Tejo, o excelente porto de Lisboa tornou-a cidade ideal para abastecer de alimentos os navios que rumavam para as Ilhas do Estanho (actuais Ilhas Scilly) e para a Cornualha. O povo celta invadiu a Península no primeiro milénio a.C..[29] Graças a casamentos tribais com os povos ibéricos pré-romanos, aumentou significativamente na região o número de falantes da língua celta. O povoado pré-romano de Olisipo, com origem nos séculos VIII-VII a.C., assentava no morro e na encosta do Castelo. A Olisipo pré-romana foi o maior povoado orientalizante de Portugal. Estima-se que a sua população rondasse entre 2 500 e 5 000 pessoas.[30] Olisipo seria um bom fundeadouro para o tráfego marítimo e para o comércio com os fenícios.[31][32]
Achados arqueológicos sugerem que já havia trocas comerciais com os fenícios na região de Lisboa em 1 200 a.C.,[33] levando alguns historiadores a admitir que teriam habitado o que é hoje o centro da cidade, na parte sul da colina do castelo. Na praça de D. Luís, em Lisboa, foram localizados vestígios de um fundeadouro com mais de 2000 anos, remontando ao século I a.C. e ao V d.C., onde os navios ancoravam para fazer descargas e reparações e também para o trânsito de passageiros e carga.[34] Além de viajarem daí para o Norte, os fenícios também aproveitaram o facto de estarem na desembocadura do maior rio da Península Ibérica para fazerem comércio de metais preciosos com as tribos locais.[35] Outros importantes produtos aí comercializados eram o sal, o peixe salgado e os cavalos puros-sangue lusitanos, bem conhecidos na Antiguidade.[36]
Recentemente (1990/94)[37] vestígios fenícios do século VIII a.C. foram encontrados sob a Sé de Lisboa. Não obstante, alguns historiadores modernos[38] consideram que a ideia da fundação fenícia é irreal, convictos que Lisboa era uma antiga civilização autóctone (chamada pelos romanos de ópido) que se limitava a estabelecer relações comerciais com os fenícios, o que explicaria a presença de cerâmicas e de outros artefactos com tal origem. Uma velha lenda refere que a cidade de Lisboa foi fundada pelo herói grego Odisseu (Ulisses),[carece de fontes] e que, tal como Roma, o seu povoado original era rodeado por sete colinas. Se todas as viagens de Ulisses através do Atlântico tivessem ocorrido como Théophile Cailleux as descreveu,[39] isso significaria que Ulisses fundou a cidade vindo do Norte, antes de dar a volta ao Cabo Malea, (que Cailleux diz ser o Cabo de São Vicente), na sua viagem para Sudeste, rumo a Ítaca. No entanto, a presença dos fenícios, mesmo ocasional, é anterior à presença helénica neste território. Posteriormente, o nome grego da cidade teria sido corrompido em latim para Olissipona. Outros deuses pré-romanos da Lusitânia[carece de fontes] são Araco, Carióceco, Bandua e Trebaruna.[40]
Em Lisboa encontram-se vestígios do Neolítico, Eneolítico e Neo-neolitico.[25] Durante o Neolítico, a região de Lisboa foi habitada por povos que também viveram neste período noutros espaços da Europa atlântica. Estes povos construíram vários monumentos megalíticos.[26] É ainda possível encontrar alguns dólmens[27] e menires[28] nos campos em redor da cidade. Situado no estuário do rio Tejo, o excelente porto de Lisboa tornou-a cidade ideal para abastecer de alimentos os navios que rumavam para as Ilhas do Estanho (actuais Ilhas Scilly) e para a Cornualha. O povo celta invadiu a Península no primeiro milénio a.C..[29] Graças a casamentos tribais com os povos ibéricos pré-romanos, aumentou significativamente na região o número de falantes da língua celta. O povoado pré-romano de Olisipo, com origem nos séculos VIII-VII a.C., assentava no morro e na encosta do Castelo. A Olisipo pré-romana foi o maior povoado orientalizante de Portugal. Estima-se que a sua população rondasse entre 2 500 e 5 000 pessoas.[30] Olisipo seria um bom fundeadouro para o tráfego marítimo e para o comércio com os fenícios.[31][32]
Achados arqueológicos sugerem que já havia trocas comerciais com os fenícios na região de Lisboa em 1 200 a.C.,[33] levando alguns historiadores a admitir que teriam habitado o que é hoje o centro da cidade, na parte sul da colina do castelo. Na praça de D. Luís, em Lisboa, foram localizados vestígios de um fundeadouro com mais de 2000 anos, remontando ao século I a.C. e ao V d.C., onde os navios ancoravam para fazer descargas e reparações e também para o trânsito de passageiros e carga.[34] Além de viajarem daí para o Norte, os fenícios também aproveitaram o facto de estarem na desembocadura do maior rio da Península Ibérica para fazerem comércio de metais preciosos com as tribos locais.[35] Outros importantes produtos aí comercializados eram o sal, o peixe salgado e os cavalos puros-sangue lusitanos, bem conhecidos na Antiguidade.[36]
Recentemente (1990/94)[37] vestígios fenícios do século VIII a.C. foram encontrados sob a Sé de Lisboa. Não obstante, alguns historiadores modernos[38] consideram que a ideia da fundação fenícia é irreal, convictos que Lisboa era uma antiga civilização autóctone (chamada pelos romanos de ópido) que se limitava a estabelecer relações comerciais com os fenícios, o que explicaria a presença de cerâmicas e de outros artefactos com tal origem. Uma velha lenda refere que a cidade de Lisboa foi fundada pelo herói grego Odisseu (Ulisses),[carece de fontes] e que, tal como Roma, o seu povoado original era rodeado por sete colinas. Se todas as viagens de Ulisses através do Atlântico tivessem ocorrido como Théophile Cailleux as descreveu,[39] isso significaria que Ulisses fundou a cidade vindo do Norte, antes de dar a volta ao Cabo Malea, (que Cailleux diz ser o Cabo de São Vicente), na sua viagem para Sudeste, rumo a Ítaca. No entanto, a presença dos fenícios, mesmo ocasional, é anterior à presença helénica neste território. Posteriormente, o nome grego da cidade teria sido corrompido em latim para Olissipona. Outros deuses pré-romanos da Lusitânia[carece de fontes] são Araco, Carióceco, Bandua e Trebaruna.[40]
Período romano
Ver artigo principal: OlisipoPresume-se que os gregos antigos tiveram na foz do rio Tejo um posto de comércio durante algum tempo,[carece de fontes] mas os conflitos que grassavam por todo o Mediterrâneo levaram sem dúvida ao seu abandono, devido sobretudo ao poderio de Cartago nessa época. Parece certo no entanto que o território de Lisboa é primordialmente ocupado por populações mediterrânicas organizadas em torno de uma família nuclear. As influências civilizacionais desta região saloia da Estremadura é fenícia, púnica e, sobretudo, em termos estruturais, berbere-moura e latino-romana.[41] Esta última, exógena, mais requintada, dominará enquanto cultura de poder, nas estruturas administrativas e do ensino, quando os legados do Império Romano são apropriados pela Igreja Católica.[42][43]
Após a conquista de Cartago, os romanos iniciam as guerras de pacificação do ocidente. Cerca de 139/138 a.C., conquistaram Olisipo, durante a campanha de Décimo Júnio Bruto Galaico, que reforçou as muralhas da cidade para se defender das tribos hostis. A Lisboa de então foi depois anexada ao império e recompensada com a atribuição de cidadania romana, privilégio então raríssimo para povos não romanos.[carece de fontes] Felicitas Julia beneficia assim do estatuto de município, juntamente com os territórios em seu redor, num raio de 50 km, não pagando impostos a Roma, ao contrário do que se passava com quase todos os outros castros e povoados autóctones conquistados. A cidade foi por fim integrada, com larga autonomia, na província da Lusitânia, cuja capital era Emeritas Augusta, a actual Mérida, situada na Estremadura espanhola. A Olisipo romana dispunha-se em anfiteatro desde a colina do Castelo de São Jorge até ao Terreiro do Trigo, o Campo das Cebolas, a antiga Ribeira Velha e a Rua Augusta.[44] Um dos mais antigos e importantes vestígios da presença romana em Lisboa são as ruínas de um magnífico teatro (século I) então construído no local que hoje corresponde ao nº 3A da Rua de São Mamede, em Alfama, muito frequentado pelas elites da época.[45][46][47][48]
No tempo dos romanos, a cidade era famosa pelo fabrico de garum, alimento de luxo feito de pasta de peixe, conservado em ânforas e exportado para Roma e todo o império. Outros produtos comercializados eram o vinho e o sal. Ptolomeu designava essa primordial Lisboa como sendo a cidade de Ulisses. No seu tempo, para além exploração das minas de ouro e prata, a maior receita provinha de tributos, impostos, resgates e saques, que incluíam ouro e prata dos tesouros públicos dos povos da Lusitânia e de outras feitorias peninsulares.[49][50][51][52] No finais do império romano, Olisipo seria um dos primeiros agregados que espontaneamente acolheram o cristianismo. O primeiro bispo da cidade foi São Gens. Em consequência da queda do império, Lisboa foi vítima de invasões bárbaras, dos Alanos, dos Vândalos e dos suevos, tendo sido parte do seu reino. Foi tomada pelos visigodos de Toledo, que lhe chamavam “Ulishbona”.[53]
Presume-se que os gregos antigos tiveram na foz do rio Tejo um posto de comércio durante algum tempo,[carece de fontes] mas os conflitos que grassavam por todo o Mediterrâneo levaram sem dúvida ao seu abandono, devido sobretudo ao poderio de Cartago nessa época. Parece certo no entanto que o território de Lisboa é primordialmente ocupado por populações mediterrânicas organizadas em torno de uma família nuclear. As influências civilizacionais desta região saloia da Estremadura é fenícia, púnica e, sobretudo, em termos estruturais, berbere-moura e latino-romana.[41] Esta última, exógena, mais requintada, dominará enquanto cultura de poder, nas estruturas administrativas e do ensino, quando os legados do Império Romano são apropriados pela Igreja Católica.[42][43]
Após a conquista de Cartago, os romanos iniciam as guerras de pacificação do ocidente. Cerca de 139/138 a.C., conquistaram Olisipo, durante a campanha de Décimo Júnio Bruto Galaico, que reforçou as muralhas da cidade para se defender das tribos hostis. A Lisboa de então foi depois anexada ao império e recompensada com a atribuição de cidadania romana, privilégio então raríssimo para povos não romanos.[carece de fontes] Felicitas Julia beneficia assim do estatuto de município, juntamente com os territórios em seu redor, num raio de 50 km, não pagando impostos a Roma, ao contrário do que se passava com quase todos os outros castros e povoados autóctones conquistados. A cidade foi por fim integrada, com larga autonomia, na província da Lusitânia, cuja capital era Emeritas Augusta, a actual Mérida, situada na Estremadura espanhola. A Olisipo romana dispunha-se em anfiteatro desde a colina do Castelo de São Jorge até ao Terreiro do Trigo, o Campo das Cebolas, a antiga Ribeira Velha e a Rua Augusta.[44] Um dos mais antigos e importantes vestígios da presença romana em Lisboa são as ruínas de um magnífico teatro (século I) então construído no local que hoje corresponde ao nº 3A da Rua de São Mamede, em Alfama, muito frequentado pelas elites da época.[45][46][47][48]
No tempo dos romanos, a cidade era famosa pelo fabrico de garum, alimento de luxo feito de pasta de peixe, conservado em ânforas e exportado para Roma e todo o império. Outros produtos comercializados eram o vinho e o sal. Ptolomeu designava essa primordial Lisboa como sendo a cidade de Ulisses. No seu tempo, para além exploração das minas de ouro e prata, a maior receita provinha de tributos, impostos, resgates e saques, que incluíam ouro e prata dos tesouros públicos dos povos da Lusitânia e de outras feitorias peninsulares.[49][50][51][52] No finais do império romano, Olisipo seria um dos primeiros agregados que espontaneamente acolheram o cristianismo. O primeiro bispo da cidade foi São Gens. Em consequência da queda do império, Lisboa foi vítima de invasões bárbaras, dos Alanos, dos Vândalos e dos suevos, tendo sido parte do seu reino. Foi tomada pelos visigodos de Toledo, que lhe chamavam “Ulishbona”.[53]
Presença muçulmana
Ver artigos principais: Invasão muçulmana da Península Ibérica e Al-AndalusApós três séculos de saques, pilhagens e perda de dinâmica comercial, “Ulishbuna” pouco mais seria que uma vila como muitas outras do início do século VII. Em 711, aproveitando uma guerra civil dos visigodos, tropas mouriscas lideradas por Tárique invadem a Península Ibérica. O que sobra do ocidente peninsular romano é conquistado por Abdalazize ibne Muça, um dos filhos de Tárique. Segundo velhos historiadores, “Olishbuna” não lhe escapa. Investigadores modernos desmentem essa versão afirmando que não existiu invasão muçulmana de Lisboa. Eram berberes os autóctones lisboetas, detentores de uma cultura profundamente enraizada.[54][55][56]
Na versão da conquista, ano de 714, Lisboa é tomada por mouros do norte de África, chamados Aluxbuna (al-Lixbûnâ) em árabe, cujo antigo nome teria sido Cudia (Kudia ou ainda Kudiya).[57] Construiu-se neste período a cerca moura.
Lisboa pertenceu à primeira Taifa de Badajoz no ano de 1013, criada pelo eslavo liberto Sabur Al-Amiri (1013-1022), um saqaliba, antigo súbdito de Aláqueme II.[58][59]
Enquanto se fragmentavam as Taifas islâmicas do Sul, no Norte o Condado Portucalense separava-se do Reino de Leão, já em plena Reconquista da Península Ibérica. Apesar de estabelecida em Guimarães, a força económica e a autonomia do Condado Portucalense residia no Porto, i.e. em Portucale, no porto da cidade de Cale, em Gaia. Bem podemos imaginar como seria o novo reino, movido pelo dinamismo comercial da jovem cidade de mercadores que, na foz do segundo maior rio da Península Ibérica, o rio Douro, usufruía então de importância semelhante à de Lisboa no rio Tejo, e que acabaria também por ser conquistada.
Diz o geógrafo árabe Edrisi que em Lisboa
- "o mar lança palhetas de ouro pela praia fora". No Inverno " os habitantes da cidade vão até ao rio em busca desse metal e a isso se dedicam enquanto o frio dura".
Almunime Al-Himiar descreve Lisboa com mais requinte :
- "É uma cidade à beira-mar, com ondas que se quebram de encontro às muralhas, admiráveis e de boa construção. A parte ocidental da cidade é encimada por arcos sobrepostos assentes em colunas de mármore apoiadas em envasamentos de mármore. Por natureza, a cidade é belíssima".[60]
O geógrafo Yâqût al-Hamâwî revela outras coisas ainda :
- "É uma velha cidade perto do mar, a oeste de Córdova. Nos montes à sua volta há lindos falcões e nela se produz o melhor mel de todo o al-Andalus, conhecido como al-ladharnî. Parece açúcar e conserva-se embrulhado em pano para não se estragar. A cidade é junto do rio Tejo e perto do mar. Tem no solo jazidas de ouro puro e nas encostas excelente âmbar."[61]
Ibne Saíde, no século XIII, diz, por seu lado, que Lisboa "é noiva em alcova nupcial."
Após três séculos de saques, pilhagens e perda de dinâmica comercial, “Ulishbuna” pouco mais seria que uma vila como muitas outras do início do século VII. Em 711, aproveitando uma guerra civil dos visigodos, tropas mouriscas lideradas por Tárique invadem a Península Ibérica. O que sobra do ocidente peninsular romano é conquistado por Abdalazize ibne Muça, um dos filhos de Tárique. Segundo velhos historiadores, “Olishbuna” não lhe escapa. Investigadores modernos desmentem essa versão afirmando que não existiu invasão muçulmana de Lisboa. Eram berberes os autóctones lisboetas, detentores de uma cultura profundamente enraizada.[54][55][56]
Na versão da conquista, ano de 714, Lisboa é tomada por mouros do norte de África, chamados Aluxbuna (al-Lixbûnâ) em árabe, cujo antigo nome teria sido Cudia (Kudia ou ainda Kudiya).[57] Construiu-se neste período a cerca moura.
Lisboa pertenceu à primeira Taifa de Badajoz no ano de 1013, criada pelo eslavo liberto Sabur Al-Amiri (1013-1022), um saqaliba, antigo súbdito de Aláqueme II.[58][59]
Enquanto se fragmentavam as Taifas islâmicas do Sul, no Norte o Condado Portucalense separava-se do Reino de Leão, já em plena Reconquista da Península Ibérica. Apesar de estabelecida em Guimarães, a força económica e a autonomia do Condado Portucalense residia no Porto, i.e. em Portucale, no porto da cidade de Cale, em Gaia. Bem podemos imaginar como seria o novo reino, movido pelo dinamismo comercial da jovem cidade de mercadores que, na foz do segundo maior rio da Península Ibérica, o rio Douro, usufruía então de importância semelhante à de Lisboa no rio Tejo, e que acabaria também por ser conquistada.
Diz o geógrafo árabe Edrisi que em Lisboa
- "o mar lança palhetas de ouro pela praia fora". No Inverno " os habitantes da cidade vão até ao rio em busca desse metal e a isso se dedicam enquanto o frio dura".
Almunime Al-Himiar descreve Lisboa com mais requinte :
- "É uma cidade à beira-mar, com ondas que se quebram de encontro às muralhas, admiráveis e de boa construção. A parte ocidental da cidade é encimada por arcos sobrepostos assentes em colunas de mármore apoiadas em envasamentos de mármore. Por natureza, a cidade é belíssima".[60]
O geógrafo Yâqût al-Hamâwî revela outras coisas ainda :
- "É uma velha cidade perto do mar, a oeste de Córdova. Nos montes à sua volta há lindos falcões e nela se produz o melhor mel de todo o al-Andalus, conhecido como al-ladharnî. Parece açúcar e conserva-se embrulhado em pano para não se estragar. A cidade é junto do rio Tejo e perto do mar. Tem no solo jazidas de ouro puro e nas encostas excelente âmbar."[61]
Ibne Saíde, no século XIII, diz, por seu lado, que Lisboa "é noiva em alcova nupcial."
Reconquista
Ver artigo principal: ReconquistaDiz-nos a historiografia tradicional portuguesa que al-Ushbuna foi conquistada aos mouros por Afonso Henriques. Sabe-se hoje que foram as classes senhoriais marranas do Entre Douro e Minho, cujo patrono era São Tiago, os obreiros da conquista e que Afonso Henriques pertence ao grupo desses noroestinos cristãos de língua portuguesa que dominarão o Centro e o Sul pagão de Portugal e se perpetuarão deixando descendência.[62]
A primeira tentativa de reconquista de Lisboa ocorre em 1137. Fracassa frente às muralhas da cidade. Em 1140, acorrem aos sediantes cruzados em trânsito por Portugal. Juntos, empreendem novo ataque, que também falha. Só sete anos depois, os cristãos reconquistariam a povoação dando graças ao primeiro rei de Portugal, Dom Afonso Henriques. O rei concede-lhe foral em 1179. Em 1255, graças à sua localização estratégica, Lisboa torna-se a capital do reino. Terminada a reconquista, consolidada a religião cristã e instituída a língua portuguesa, é criada a diocese de Lisboa que, no século XIV, será elevada a metrópole (arquidiocese).
Nos últimos séculos da Idade Média a cidade expandiu-se e tornou-se um importante porto, com comércio estabelecido com o norte da Europa e com as cidades costeiras do Mar Mediterrâneo. Em 1290 o rei Dom Dinis criou a primeira universidade portuguesa em Lisboa que, por causa de um incêndio, foi transferida para Coimbra em (1308), quando a cidade já dispunha de grandes edifícios religiosos e conventuais.
Dom Fernando I, o Formoso, construiu a famosa Muralha Fernandina,[63] já que a cidade crescia rapidamente para fora do perímetro inicial. Começando pelo lado dos bairros mais pobres e acabando nos bairros da burguesia, a maior parte do dinheiro utilizado na execução do projeto veio desta última. Esta estratégia mostrou-se conveniente, já que de outra forma a burguesia deixaria de financiar a obra.
O novo capítulo da história de Lisboa é iniciado com a revolução motivada pela Crise de 1383-85. Após a morte de Fernando de Portugal, o Reino deveria passar a ter como soberano nominal o Rei de Castela, João I de Castela, e ser regido por Leonor Teles de Menezes. Porém o rei castelhano quis ser soberano efectivo ou, como se costuma dizer, "rei e senhor", persuadindo a sogra e rainha regente a renunciar ao governo e a ceder-lho. Isto, sem o consentimento das Cortes, constituía uma usurpação de poder, o que deu guerra. Depois de cerca de ano e meio de luta, a burguesia da cidade, com as suas ligações inglesas e capitais avultados, seria um dos vencedores: o Mestre de Avis é aclamado João I de Portugal, depois de levar a bom termo o cerco de Lisboa de 1384 e antes de ganhar, em 1385, a Batalha de Aljubarrota, sob a liderança de Nun'Álvares Pereira, contra as forças castelhanas reforçadas com miltares franceses e apoiadas pelos fidalgos portugueses que prestavam vassalagem ao rei de Castela.
Diz-nos a historiografia tradicional portuguesa que al-Ushbuna foi conquistada aos mouros por Afonso Henriques. Sabe-se hoje que foram as classes senhoriais marranas do Entre Douro e Minho, cujo patrono era São Tiago, os obreiros da conquista e que Afonso Henriques pertence ao grupo desses noroestinos cristãos de língua portuguesa que dominarão o Centro e o Sul pagão de Portugal e se perpetuarão deixando descendência.[62]
A primeira tentativa de reconquista de Lisboa ocorre em 1137. Fracassa frente às muralhas da cidade. Em 1140, acorrem aos sediantes cruzados em trânsito por Portugal. Juntos, empreendem novo ataque, que também falha. Só sete anos depois, os cristãos reconquistariam a povoação dando graças ao primeiro rei de Portugal, Dom Afonso Henriques. O rei concede-lhe foral em 1179. Em 1255, graças à sua localização estratégica, Lisboa torna-se a capital do reino. Terminada a reconquista, consolidada a religião cristã e instituída a língua portuguesa, é criada a diocese de Lisboa que, no século XIV, será elevada a metrópole (arquidiocese).
Nos últimos séculos da Idade Média a cidade expandiu-se e tornou-se um importante porto, com comércio estabelecido com o norte da Europa e com as cidades costeiras do Mar Mediterrâneo. Em 1290 o rei Dom Dinis criou a primeira universidade portuguesa em Lisboa que, por causa de um incêndio, foi transferida para Coimbra em (1308), quando a cidade já dispunha de grandes edifícios religiosos e conventuais.
Dom Fernando I, o Formoso, construiu a famosa Muralha Fernandina,[63] já que a cidade crescia rapidamente para fora do perímetro inicial. Começando pelo lado dos bairros mais pobres e acabando nos bairros da burguesia, a maior parte do dinheiro utilizado na execução do projeto veio desta última. Esta estratégia mostrou-se conveniente, já que de outra forma a burguesia deixaria de financiar a obra.
O novo capítulo da história de Lisboa é iniciado com a revolução motivada pela Crise de 1383-85. Após a morte de Fernando de Portugal, o Reino deveria passar a ter como soberano nominal o Rei de Castela, João I de Castela, e ser regido por Leonor Teles de Menezes. Porém o rei castelhano quis ser soberano efectivo ou, como se costuma dizer, "rei e senhor", persuadindo a sogra e rainha regente a renunciar ao governo e a ceder-lho. Isto, sem o consentimento das Cortes, constituía uma usurpação de poder, o que deu guerra. Depois de cerca de ano e meio de luta, a burguesia da cidade, com as suas ligações inglesas e capitais avultados, seria um dos vencedores: o Mestre de Avis é aclamado João I de Portugal, depois de levar a bom termo o cerco de Lisboa de 1384 e antes de ganhar, em 1385, a Batalha de Aljubarrota, sob a liderança de Nun'Álvares Pereira, contra as forças castelhanas reforçadas com miltares franceses e apoiadas pelos fidalgos portugueses que prestavam vassalagem ao rei de Castela.
Ver artigos principais: Era dos descobrimentos e Descobrimentos portuguesesOs descobrimentos marítimos portugueses eram, nos finais do século XV, uma das prioridades estratégicas de D.João II, que ascendeu ao trono em 1481 e que mudou a sua residência do Castelo de São Jorge para o Terreiro do Paço (Paço da Ribeira) que, por esse motivo, assim ficou conhecido: o grande “terreiro” onde e em redor do qual se concentravam os grandes estaleiros de construção naval de Lisboa e onde ficou instalado o paço real, no lado ocidental da “praça do comércio”. Seria esse o melhor local para o jovem soberano vigiar o Tejo, lá do alto de uma fina torre, ali mesmo a dois passos das ruelas de fama duvidosa por ele preferidas em escapadelas nocturnas.
Portugal fica na vanguarda dos países seus contemporâneos ao ser o primeiro a transformar a pesquisa tecnológica e científica em política de Estado e ao abrir as portas a especialistas aragoneses, catalães, italianos e alemães com o objectivo de aumentar e enriquecer os conhecimentos náuticos de oficiais e simples marinheiros. Esta política seria incrementada com o saber de pilotos orientais.[65][66][67][68]
Várias expedições se fazem com tripulações portuguesas integrando expatriados de outros reinos que levarão à descoberta dos arquipélagos dos Açores, Madeira e Canárias. Com sérios argumentos, afirmam alguns historiadores que caravelas portuguesas terão entretanto alcançado o Brasil. Relacionam-se tais argumentos com projectos secretos de João II que, antes do Tratado de Tordesilhas contratou navegantes e cartógrafos. Um destes, alemão, chamava-se Martin Behaim. Num dos seus mapas, desenhado pouco antes da descoberta "oficial" da América, destaca-se a sul um vasto território no prolongamento da Ásia. Seria intenção do rei ocultar a sua existência com vista a garantir, perante as ambições de Castela, o predomínio de uma área colonial de vital importância para Portugal.[carece de fontes]
Permite o povoamento das ilhas atlânticas a oeste e sudoeste de Portugal fundar cidades-portos necessários para a exploração de novos mercados. De Lisboa partem inúmeras expedições nessa época dos descobrimentos (séculos XV a XVII), como a de Vasco da Gama, em 1497-1498, fazendo melhorar o porto de Lisboa, centro mercantil da Europa, ávida por ouro e especiarias.[69]
Na alta da expansão colonial portuguesa, as casas ribeirinhas de Lisboa tinham entre três a cinco andares: uma loja e, acima dela, instalações comerciais. Duas gravuras da Rua Nova dos Mercadores no século XVI descobertas em Londres ilustram essa realidade e o importante papel da presença negra na cidade.[70] Lisboa passou a ocupar o lugar de Génova no comércio de escravos[71] provenientes de África, da Península Ibérica[72] e resto da Europa[73] Tornou-se um porto em que circulavam cativos que depois eram vendidos para diversos pontos da Europa.[74][75] Lisboa era então frequentada por muitos comerciantes estrangeiros.
A maior riqueza de Lisboa desde o fim do século XVI era o ouro e o monopólio dos produtos do Brasil. Findos os conflitos e guerras entre conservadores e liberais, foi perdido o monopólio e do ouro só uma pequena parte chegava aos cofres reais devido ao contrabando e à pirataria.[76][77]
Encontrava-se o país numa situação económica difícil quando as nações da Europa, iniciando a industrialização, enriqueciam com o comércio das Américas (a Inglaterra viria a dominar o comércio brasileiro) e da Ásia. É entretanto em Lisboa, em 1640, que terá lugar a principal revolta na Restauração da Independência.
Os problemas do comércio aumentam quando, em 1636, os Catalães se revoltam, povo mercador como o de Lisboa também oprimido pelas taxas castelhanas. É a Portugal que Madrid vem reclamar homens e fundos para submeter a Catalunha. É então que os mercadores da cidade se aliam à pequena e média nobreza. Tentam convencer o Duque de Bragança, Dom João, a aceitar o trono, mas este, como o resto alta nobreza, é favorecido por Madrid e só a intenção de o tornar rei o convence. Os conspiradores assaltam o Palácio do Governador e aclamam o novo rei (D. João IV), primeiramente com o apoio do Cardeal Richelieu, francês, e depois recorrendo à velha aliança com a Inglaterra, processo este designado como Restauração da Independência (1640).
A Lisboa da pós-Restauração será uma cidade cada vez mais dominada pelas ordens religiosas católicas. Mais de quarenta conventos são fundados na cidade, para além dos trinta já existentes. Religiosos ociosos, cujo sustento é assegurado por esmolas e expropriações, contam-se aos milhares, somando mais de 5% da população da cidade. O clima político torna-se cada vez mais conservador, mais autoritário. Reprimindo a classe mercadora, concentra-se a Inquisição no controlo das mentalidades, vigiando ideias e a criatividade, que suprime em nome da “pureza” da fé. Filhos indignos da herança paterna, que antes se dedicavam ao comércio e às empresas de além-mar, refugiam-se nas ordens religiosas e passam a viver à conta de outrem, na maioria dos casos sem convicção religiosa.
Lisboa seria então o grande palco de autos-de-fé movidos pela Igreja contra apóstatas, heréticos, cristãos-novos, judeus em particular, acusados de desvios do cristianismo.[78] Além destes, qualquer cidadão podia ser sacrificado por “pecados” irrisórios denunciados por vinganças mesquinhas. A delação era elevada a virtude. Na maior parte dos casos por falsas razões ou por motivos fúteis, as vítimas eram queimadas vivas em aparatosas fogueiras acendidas em locais como o Rossio e a Praça do Comércio, perante multidões excitadas que à vezes apaziguavam a vergonha com churrascadas e vinho.[79][80] Tais espectáculos, animados por hábeis carrascos da Coroa, em que participavam representantes das autoridades eclesiástica e secular, duraram até 1821. Eram regularmente honrados com a presença do rei D. João V, que se empenhava em não ficar aquém da vizinha Espanha e de outros países europeus em obras grandiosas, notáveis feitos e grandes medidas como as do Santo Ofício. Tais práticas repressivas, cultivando o medo, suscitando um estigma na alma de um povo, serviriam de modelo a governantes vindouros, que delas souberam tirar bom partido.[81][82] Foi ele quem ordenou em 1731 a construção do Aqueduto das Águas Livres.
Os descobrimentos marítimos portugueses eram, nos finais do século XV, uma das prioridades estratégicas de D.João II, que ascendeu ao trono em 1481 e que mudou a sua residência do Castelo de São Jorge para o Terreiro do Paço (Paço da Ribeira) que, por esse motivo, assim ficou conhecido: o grande “terreiro” onde e em redor do qual se concentravam os grandes estaleiros de construção naval de Lisboa e onde ficou instalado o paço real, no lado ocidental da “praça do comércio”. Seria esse o melhor local para o jovem soberano vigiar o Tejo, lá do alto de uma fina torre, ali mesmo a dois passos das ruelas de fama duvidosa por ele preferidas em escapadelas nocturnas.
Portugal fica na vanguarda dos países seus contemporâneos ao ser o primeiro a transformar a pesquisa tecnológica e científica em política de Estado e ao abrir as portas a especialistas aragoneses, catalães, italianos e alemães com o objectivo de aumentar e enriquecer os conhecimentos náuticos de oficiais e simples marinheiros. Esta política seria incrementada com o saber de pilotos orientais.[65][66][67][68]
Várias expedições se fazem com tripulações portuguesas integrando expatriados de outros reinos que levarão à descoberta dos arquipélagos dos Açores, Madeira e Canárias. Com sérios argumentos, afirmam alguns historiadores que caravelas portuguesas terão entretanto alcançado o Brasil. Relacionam-se tais argumentos com projectos secretos de João II que, antes do Tratado de Tordesilhas contratou navegantes e cartógrafos. Um destes, alemão, chamava-se Martin Behaim. Num dos seus mapas, desenhado pouco antes da descoberta "oficial" da América, destaca-se a sul um vasto território no prolongamento da Ásia. Seria intenção do rei ocultar a sua existência com vista a garantir, perante as ambições de Castela, o predomínio de uma área colonial de vital importância para Portugal.[carece de fontes]
Permite o povoamento das ilhas atlânticas a oeste e sudoeste de Portugal fundar cidades-portos necessários para a exploração de novos mercados. De Lisboa partem inúmeras expedições nessa época dos descobrimentos (séculos XV a XVII), como a de Vasco da Gama, em 1497-1498, fazendo melhorar o porto de Lisboa, centro mercantil da Europa, ávida por ouro e especiarias.[69]
Na alta da expansão colonial portuguesa, as casas ribeirinhas de Lisboa tinham entre três a cinco andares: uma loja e, acima dela, instalações comerciais. Duas gravuras da Rua Nova dos Mercadores no século XVI descobertas em Londres ilustram essa realidade e o importante papel da presença negra na cidade.[70] Lisboa passou a ocupar o lugar de Génova no comércio de escravos[71] provenientes de África, da Península Ibérica[72] e resto da Europa[73] Tornou-se um porto em que circulavam cativos que depois eram vendidos para diversos pontos da Europa.[74][75] Lisboa era então frequentada por muitos comerciantes estrangeiros.
A maior riqueza de Lisboa desde o fim do século XVI era o ouro e o monopólio dos produtos do Brasil. Findos os conflitos e guerras entre conservadores e liberais, foi perdido o monopólio e do ouro só uma pequena parte chegava aos cofres reais devido ao contrabando e à pirataria.[76][77]
Encontrava-se o país numa situação económica difícil quando as nações da Europa, iniciando a industrialização, enriqueciam com o comércio das Américas (a Inglaterra viria a dominar o comércio brasileiro) e da Ásia. É entretanto em Lisboa, em 1640, que terá lugar a principal revolta na Restauração da Independência.
Os problemas do comércio aumentam quando, em 1636, os Catalães se revoltam, povo mercador como o de Lisboa também oprimido pelas taxas castelhanas. É a Portugal que Madrid vem reclamar homens e fundos para submeter a Catalunha. É então que os mercadores da cidade se aliam à pequena e média nobreza. Tentam convencer o Duque de Bragança, Dom João, a aceitar o trono, mas este, como o resto alta nobreza, é favorecido por Madrid e só a intenção de o tornar rei o convence. Os conspiradores assaltam o Palácio do Governador e aclamam o novo rei (D. João IV), primeiramente com o apoio do Cardeal Richelieu, francês, e depois recorrendo à velha aliança com a Inglaterra, processo este designado como Restauração da Independência (1640).
A Lisboa da pós-Restauração será uma cidade cada vez mais dominada pelas ordens religiosas católicas. Mais de quarenta conventos são fundados na cidade, para além dos trinta já existentes. Religiosos ociosos, cujo sustento é assegurado por esmolas e expropriações, contam-se aos milhares, somando mais de 5% da população da cidade. O clima político torna-se cada vez mais conservador, mais autoritário. Reprimindo a classe mercadora, concentra-se a Inquisição no controlo das mentalidades, vigiando ideias e a criatividade, que suprime em nome da “pureza” da fé. Filhos indignos da herança paterna, que antes se dedicavam ao comércio e às empresas de além-mar, refugiam-se nas ordens religiosas e passam a viver à conta de outrem, na maioria dos casos sem convicção religiosa.
Lisboa seria então o grande palco de autos-de-fé movidos pela Igreja contra apóstatas, heréticos, cristãos-novos, judeus em particular, acusados de desvios do cristianismo.[78] Além destes, qualquer cidadão podia ser sacrificado por “pecados” irrisórios denunciados por vinganças mesquinhas. A delação era elevada a virtude. Na maior parte dos casos por falsas razões ou por motivos fúteis, as vítimas eram queimadas vivas em aparatosas fogueiras acendidas em locais como o Rossio e a Praça do Comércio, perante multidões excitadas que à vezes apaziguavam a vergonha com churrascadas e vinho.[79][80] Tais espectáculos, animados por hábeis carrascos da Coroa, em que participavam representantes das autoridades eclesiástica e secular, duraram até 1821. Eram regularmente honrados com a presença do rei D. João V, que se empenhava em não ficar aquém da vizinha Espanha e de outros países europeus em obras grandiosas, notáveis feitos e grandes medidas como as do Santo Ofício. Tais práticas repressivas, cultivando o medo, suscitando um estigma na alma de um povo, serviriam de modelo a governantes vindouros, que delas souberam tirar bom partido.[81][82] Foi ele quem ordenou em 1731 a construção do Aqueduto das Águas Livres.
Terramoto de 1755 e a Lisboa Pombalina
Ver artigos principais: Sismo de Lisboa de 1755 e Terramoto de LisboaLisboa foi quase na totalidade destruída a 1 de Novembro de 1755 por um terrível terramoto. Foi reconstruída segundo os planos traçados pelo Marquês de Pombal (Sebastião José de Carvalho e Melo), Ministro da Guerra e Negócios Estrangeiros. Oriundo da baixa Nobreza, depressa reagiu perante as ruínas do terramoto logo depois de ter dito ser necessário enterrar os mortos, cuidar dos vivos e reconstruir a cidade. A parte central reconstruida terá o nome de Baixa Pombalina. A quadrícula adoptada nos planos de reconstrução permitiria desenhar as praças do Rossio e Terreiro do Paço, esta com uma belíssima arcada aberta em frente do rio Tejo.[83]
Ainda no século XVIII e a instâncias de D. João V, o Papa concederá ao arcebispo da cidade o título honorífico de Patriarca e a nomeação automática como Cardeal (daí o título de "Cardeal Patriarca de Lisboa"). Nos primeiros anos do século XIX Portugal foi invadido pelas tropas de Napoleão Bonaparte, obrigando o rei Dom João VI a deslocar-se temporariamente para o Brasil. Lisboa ressentiu-se. Muitos bens foram saqueados pelos invasores.[83]
A cidade viveu intensamente as lutas liberais. Teve início uma época de florescimento dos cafés e teatros. Mais tarde, em 1879, foi aberta a Avenida da Liberdade que iniciou a expansão citadina para além da Baixa.[83]
O centro cultural e comercial da cidade passou para o Chiado durante o século XIX (cerca de 1880). Com as velhas ruas da Baixa já ocupadas, os donos de novas lojas e clubes estabeleceram-se na colina anexa, que rapidamente se transformou. Aqui são fundados clubes célebres, como o Grémio Literário, afamado pelas histórias de Eça de Queiróz, frequentado por Almeida Garrett, Ramalho Ortigão, Guerra Junqueiro, Oliveira Martins e Alexandre Herculano. Surgiram no Chiado lojas de roupas da moda, em particular de Paris, e outros produtos de luxo, grandes armazéns no estilo do Harrods de Londres ou das Galerias Lafayette de Paris, novos cafés de luso-Italianos, como O Tavares e o Café do Chiado.[83]
Lisboa foi quase na totalidade destruída a 1 de Novembro de 1755 por um terrível terramoto. Foi reconstruída segundo os planos traçados pelo Marquês de Pombal (Sebastião José de Carvalho e Melo), Ministro da Guerra e Negócios Estrangeiros. Oriundo da baixa Nobreza, depressa reagiu perante as ruínas do terramoto logo depois de ter dito ser necessário enterrar os mortos, cuidar dos vivos e reconstruir a cidade. A parte central reconstruida terá o nome de Baixa Pombalina. A quadrícula adoptada nos planos de reconstrução permitiria desenhar as praças do Rossio e Terreiro do Paço, esta com uma belíssima arcada aberta em frente do rio Tejo.[83]
Ainda no século XVIII e a instâncias de D. João V, o Papa concederá ao arcebispo da cidade o título honorífico de Patriarca e a nomeação automática como Cardeal (daí o título de "Cardeal Patriarca de Lisboa"). Nos primeiros anos do século XIX Portugal foi invadido pelas tropas de Napoleão Bonaparte, obrigando o rei Dom João VI a deslocar-se temporariamente para o Brasil. Lisboa ressentiu-se. Muitos bens foram saqueados pelos invasores.[83]
A cidade viveu intensamente as lutas liberais. Teve início uma época de florescimento dos cafés e teatros. Mais tarde, em 1879, foi aberta a Avenida da Liberdade que iniciou a expansão citadina para além da Baixa.[83]
O centro cultural e comercial da cidade passou para o Chiado durante o século XIX (cerca de 1880). Com as velhas ruas da Baixa já ocupadas, os donos de novas lojas e clubes estabeleceram-se na colina anexa, que rapidamente se transformou. Aqui são fundados clubes célebres, como o Grémio Literário, afamado pelas histórias de Eça de Queiróz, frequentado por Almeida Garrett, Ramalho Ortigão, Guerra Junqueiro, Oliveira Martins e Alexandre Herculano. Surgiram no Chiado lojas de roupas da moda, em particular de Paris, e outros produtos de luxo, grandes armazéns no estilo do Harrods de Londres ou das Galerias Lafayette de Paris, novos cafés de luso-Italianos, como O Tavares e o Café do Chiado.[83]
Século XX
Espectáculo típico de tavernas e pequenos recintos dos bairros populares de Lisboa, o fado,[84][85] a partir do início do século, «… conhece uma gradual divulgação e consagração popular, através da publicação de periódicos que se consagram ao tema e da consolidação de novos espaços performativos numa vasta rede de recintos …».[86]
Ao mesmo tempo, em espaços amplos como a Praça de Touros do Campo Pequeno, a tourada torna-se um dos divertimentos populares preferidos. O teatro popular ou teatro de revista, pegando em temas de velhas comédias e dramas eruditos, ocupa novas salas da capital. Outro passatempo, tipicamente português, é a Oratória, praticada por actores que, comentando temas em moda, imitam o Padre António Vieira com uma retórica cheia de floreados, com argumentos superficiais, por vezes cantando, em espetáculos onde se disputa prémios. Matam ainda os alfacinhas os seus ócios em grandes jardins públicos que surgem em Lisboa imitando o Hyde Park de Londres e jardins das cidades alemãs. O primeiro é o Jardim da Estrela.
É então, em 1907, que, alarmadas, as elites impõem a ditadura com João Franco, mas é tarde de mais. Em 1908 a família real sofre um atentado (no Terreiro do Paço) em que morrem El-Rei Dom Carlos de Portugal e o herdeiro do trono, o Príncipe Real Dom Luís Filipe de Bragança, numa acção provavelmente executada pelos anarquistas (que neste período atacam figuras públicas em toda a Europa). Em 1909, os operários de Lisboa organizam greves frequentes. Em 1910, em Lisboa, dá-se a revolta que implantaria a república em Portugal. Uma grande quantidade de habitantes da cidade, incitados pelo Partido Republicano Português, formam barricadas nas ruas e são distribuídas armas. Os exércitos ordenados a reprimir a revolução são desmembrados pelas deserções. O resto do país é obrigado a seguir a capital, apesar de continuar profundamente rural, católico e conservador. É proclamada a Primeira República. Em 1912 os monárquicos do norte aproveitam o descontentamento com as leis liberais dos republicanos e tentam um golpe de estado, que falha.
Em 1916 Portugal entra, por via da Aliança, na Primeira Guerra Mundial. Em plena crise nacional, mobiliza homens e recursos consideráveis. São muitas as baixas. Perante o desastre do Corpo Expedicionário Português, Sidónio Pais é um dos que se opõem ao Governo do Partido Democrático acabando por liderar novo golpe em dezembro de 1917, protagonizado pela Junta Militar Revolucionária, de que era Presidente. No dia oito é demitido o Governo da União Sagrada chefiado por Afonso Costa e o poder transferido para a Junta. Destituído Bernardino Machado, Afonso Costa assume provisoriamente o cargo de Presidente da República. Emite uma série de decretos ditatoriais que mudam a Constituição e lhe dão poderes acumulados de Presidente e chefe do Governo, fundando uma República Nova que antecipará o Estado Novo. A política torna-se mais tensa. Há fome no país.[carece de fontes]
Sidónio será morto a tiro em dezembro de 1918. O fim da Primeira República tem lugar em 1926, quando a direita conservadora antidemocrática (largamente liderada pelos descendentes da antiga Nobreza do norte do país e pela Igreja Católica) toma por fim o poder, após duas outras tentativas em 1925. Alega pretender acabar com a anarquia, que ela própria tinha criado. Liderado pelo General Gomes da Costa, o novo governo adota uma ideologia fascista, sob a liderança do ditador Salazar. O novo regime governaria impunemente o país durante quatro décadas. Essa impunidade seria justificada pelas muitas e generosas ‘’ofertas” de Salazar ao “bom povo português”, alardeadas pelos meios de comunicação e ilustradas em cerimónias solenes frequentadas pelas elites da época. A maior delas foi a Ponte Salazar (hoje Ponte 25 de Abril), inaugurada em 1966 com toda a pompa e circunstância : tornava real um velho sonho, unia o Norte e o Sul através da capital, era a maior do continente.[carece de fontes]
O Estado Novo foi derrubado pela Revolução dos Cravos, a 25 de Abril de 1974. Ao golpe militar seguiu-se o período conturbado do PREC, marcado particularmente em Lisboa pela propaganda e acção da esquerda, da mais moderada à mais radical. O Comício da Fonte Luminosa seria evento decisivo para o futuro político do país[87][88][89] A agitação é ao mesmo tempo agravada por grupos de extrema direita que chegam ao ponto de bloquear os acessos à cidade e de levar a cabo acções terroristas no norte do país com o intuito de travar os progressos da revolução. Durante dois anos, em 1974 e 1975, Lisboa foi invadida por jornalistas estrangeiros e esteve nas luzes da ribalta dos principais meios de comunicação internacionais. O repórter Horst Hano da televisão alemã ARD foi um dos mais importantes, dando cobertura particularmente completa aos principais eventos políticos em Portugal e em Espanha entre 1975 e 1979.[90]
Dez anos após a queda do regime fascista, já longe dos dramas do Processo Revolucionário em Curso, é assinado em Lisboa em 1985 o Tratado de Adesão à Comunidade Económica Europeia, no Mosteiro dos Jerónimos pelo então Presidente da República, Mário Soares. Desde então Lisboa e o país têm sido governados, em alternância partidária, por um regime democrático.[91] Lisboa continua a desenvolver-se ao ritmo das mais importantes capitais europeias, melhorando as suas infraestruturas e construindo novas, remodelando o sistema de transportes urbanos, de segurança e saúde. Em 1994 é Capital Europeia da Cultura. Em 1998 inaugura a sua segunda ponte, na altura a mais longa de toda a Europa e a quarta maior do mundo, a Ponte Vasco da Gama. Nesse mesmo ano organiza a EXPO 98, no Parque das Nações, com o tema Oceanos. O actual Presidente da Câmara de Lisboa (C.M.L), é Fernando Medina, do Partido Socialista (PS).
Espectáculo típico de tavernas e pequenos recintos dos bairros populares de Lisboa, o fado,[84][85] a partir do início do século, «… conhece uma gradual divulgação e consagração popular, através da publicação de periódicos que se consagram ao tema e da consolidação de novos espaços performativos numa vasta rede de recintos …».[86]
Ao mesmo tempo, em espaços amplos como a Praça de Touros do Campo Pequeno, a tourada torna-se um dos divertimentos populares preferidos. O teatro popular ou teatro de revista, pegando em temas de velhas comédias e dramas eruditos, ocupa novas salas da capital. Outro passatempo, tipicamente português, é a Oratória, praticada por actores que, comentando temas em moda, imitam o Padre António Vieira com uma retórica cheia de floreados, com argumentos superficiais, por vezes cantando, em espetáculos onde se disputa prémios. Matam ainda os alfacinhas os seus ócios em grandes jardins públicos que surgem em Lisboa imitando o Hyde Park de Londres e jardins das cidades alemãs. O primeiro é o Jardim da Estrela.
É então, em 1907, que, alarmadas, as elites impõem a ditadura com João Franco, mas é tarde de mais. Em 1908 a família real sofre um atentado (no Terreiro do Paço) em que morrem El-Rei Dom Carlos de Portugal e o herdeiro do trono, o Príncipe Real Dom Luís Filipe de Bragança, numa acção provavelmente executada pelos anarquistas (que neste período atacam figuras públicas em toda a Europa). Em 1909, os operários de Lisboa organizam greves frequentes. Em 1910, em Lisboa, dá-se a revolta que implantaria a república em Portugal. Uma grande quantidade de habitantes da cidade, incitados pelo Partido Republicano Português, formam barricadas nas ruas e são distribuídas armas. Os exércitos ordenados a reprimir a revolução são desmembrados pelas deserções. O resto do país é obrigado a seguir a capital, apesar de continuar profundamente rural, católico e conservador. É proclamada a Primeira República. Em 1912 os monárquicos do norte aproveitam o descontentamento com as leis liberais dos republicanos e tentam um golpe de estado, que falha.
Em 1916 Portugal entra, por via da Aliança, na Primeira Guerra Mundial. Em plena crise nacional, mobiliza homens e recursos consideráveis. São muitas as baixas. Perante o desastre do Corpo Expedicionário Português, Sidónio Pais é um dos que se opõem ao Governo do Partido Democrático acabando por liderar novo golpe em dezembro de 1917, protagonizado pela Junta Militar Revolucionária, de que era Presidente. No dia oito é demitido o Governo da União Sagrada chefiado por Afonso Costa e o poder transferido para a Junta. Destituído Bernardino Machado, Afonso Costa assume provisoriamente o cargo de Presidente da República. Emite uma série de decretos ditatoriais que mudam a Constituição e lhe dão poderes acumulados de Presidente e chefe do Governo, fundando uma República Nova que antecipará o Estado Novo. A política torna-se mais tensa. Há fome no país.[carece de fontes]
Sidónio será morto a tiro em dezembro de 1918. O fim da Primeira República tem lugar em 1926, quando a direita conservadora antidemocrática (largamente liderada pelos descendentes da antiga Nobreza do norte do país e pela Igreja Católica) toma por fim o poder, após duas outras tentativas em 1925. Alega pretender acabar com a anarquia, que ela própria tinha criado. Liderado pelo General Gomes da Costa, o novo governo adota uma ideologia fascista, sob a liderança do ditador Salazar. O novo regime governaria impunemente o país durante quatro décadas. Essa impunidade seria justificada pelas muitas e generosas ‘’ofertas” de Salazar ao “bom povo português”, alardeadas pelos meios de comunicação e ilustradas em cerimónias solenes frequentadas pelas elites da época. A maior delas foi a Ponte Salazar (hoje Ponte 25 de Abril), inaugurada em 1966 com toda a pompa e circunstância : tornava real um velho sonho, unia o Norte e o Sul através da capital, era a maior do continente.[carece de fontes]
O Estado Novo foi derrubado pela Revolução dos Cravos, a 25 de Abril de 1974. Ao golpe militar seguiu-se o período conturbado do PREC, marcado particularmente em Lisboa pela propaganda e acção da esquerda, da mais moderada à mais radical. O Comício da Fonte Luminosa seria evento decisivo para o futuro político do país[87][88][89] A agitação é ao mesmo tempo agravada por grupos de extrema direita que chegam ao ponto de bloquear os acessos à cidade e de levar a cabo acções terroristas no norte do país com o intuito de travar os progressos da revolução. Durante dois anos, em 1974 e 1975, Lisboa foi invadida por jornalistas estrangeiros e esteve nas luzes da ribalta dos principais meios de comunicação internacionais. O repórter Horst Hano da televisão alemã ARD foi um dos mais importantes, dando cobertura particularmente completa aos principais eventos políticos em Portugal e em Espanha entre 1975 e 1979.[90]
Dez anos após a queda do regime fascista, já longe dos dramas do Processo Revolucionário em Curso, é assinado em Lisboa em 1985 o Tratado de Adesão à Comunidade Económica Europeia, no Mosteiro dos Jerónimos pelo então Presidente da República, Mário Soares. Desde então Lisboa e o país têm sido governados, em alternância partidária, por um regime democrático.[91] Lisboa continua a desenvolver-se ao ritmo das mais importantes capitais europeias, melhorando as suas infraestruturas e construindo novas, remodelando o sistema de transportes urbanos, de segurança e saúde. Em 1994 é Capital Europeia da Cultura. Em 1998 inaugura a sua segunda ponte, na altura a mais longa de toda a Europa e a quarta maior do mundo, a Ponte Vasco da Gama. Nesse mesmo ano organiza a EXPO 98, no Parque das Nações, com o tema Oceanos. O actual Presidente da Câmara de Lisboa (C.M.L), é Fernando Medina, do Partido Socialista (PS).
Geografia
Ver artigo principal: Geografia de LisboaLocalizada na margem direita do estuário do Tejo, a 38º42' N e a 9º00' W, com altitude máxima na Serra de Monsanto (226 metros de altitude), Lisboa é a capital mais ocidental da Europa. Fica situada a oeste de Portugal, na costa do Oceano Atlântico.[92] Os limites da cidade, ao contrário do que ocorre em grandes cidades, encontram-se bem delimitados dentro dos limites do perímetro histórico. Isto levou à criação de várias cidades ao redor de Lisboa, como Loures, Odivelas, Amadora e Oeiras, que são de facto parte do perímetro metropolitano de Lisboa. Mais recentemente, a sul do Tejo, mas pertencentes já ao distrito de Setúbal, Almada, Seixal e Barreiro são também casa para a expansão urbanística de Lisboa em particular após 1974, beneficiando da proximidade ao centro nevrálgico de Lisboa, embora com uma identidade claramente distinta da existente a norte do Tejo.[93][94]
O centro histórico da cidade é composto por sete colinas, sendo algumas das ruas demasiado estreitas para permitir a passagem de veículos. A cidade serve-se de três funiculares e um elevador (Elevador de Santa Justa). A parte ocidental da cidade é ocupada pelo Parque Florestal de Monsanto, um dos maiores parques urbanos da Europa, com uma área de quase 10 km². Lisboa tem ganho terreno ao rio com sucessivos aterros, sobretudo a partir do século XIX. Esses aterros permitiram a criação de avenidas, a implantação de linhas de caminho-de-ferro e a construção de instalações portuárias e mesmo de novas urbanizações como o Parque das Nações e equipamentos como o Centro Cultural de Belém.[carece de fontes]
Localizada na margem direita do estuário do Tejo, a 38º42' N e a 9º00' W, com altitude máxima na Serra de Monsanto (226 metros de altitude), Lisboa é a capital mais ocidental da Europa. Fica situada a oeste de Portugal, na costa do Oceano Atlântico.[92] Os limites da cidade, ao contrário do que ocorre em grandes cidades, encontram-se bem delimitados dentro dos limites do perímetro histórico. Isto levou à criação de várias cidades ao redor de Lisboa, como Loures, Odivelas, Amadora e Oeiras, que são de facto parte do perímetro metropolitano de Lisboa. Mais recentemente, a sul do Tejo, mas pertencentes já ao distrito de Setúbal, Almada, Seixal e Barreiro são também casa para a expansão urbanística de Lisboa em particular após 1974, beneficiando da proximidade ao centro nevrálgico de Lisboa, embora com uma identidade claramente distinta da existente a norte do Tejo.[93][94]
O centro histórico da cidade é composto por sete colinas, sendo algumas das ruas demasiado estreitas para permitir a passagem de veículos. A cidade serve-se de três funiculares e um elevador (Elevador de Santa Justa). A parte ocidental da cidade é ocupada pelo Parque Florestal de Monsanto, um dos maiores parques urbanos da Europa, com uma área de quase 10 km². Lisboa tem ganho terreno ao rio com sucessivos aterros, sobretudo a partir do século XIX. Esses aterros permitiram a criação de avenidas, a implantação de linhas de caminho-de-ferro e a construção de instalações portuárias e mesmo de novas urbanizações como o Parque das Nações e equipamentos como o Centro Cultural de Belém.[carece de fontes]
Meio ambiente e áreas verdes
Lisboa é uma cidade repleta de espaços verdes, de variadas dimensões. Foi nesta cidade que surgiu o primeiro jardim botânico português: Jardim Botânico da Ajuda. Alguns dos jardins da cidade estão em processo de recuperação, no intuito da criação de um corredor verde na cidade, enquanto outras áreas, anteriormente concentrando elevados níveis de tráfego e poluição, estão a ser requalificadas, sendo o caso mais recente o da CRIL – 2ª Circular.[95]
Em temos de qualidade do ar, apresenta níveis progressivamente descendentes de poluição atmosférica, embora ainda com partículas NO2 claramente superiores ao limite legal.[96] Estes valores de partículas decorrem da utilização acima da média europeia de tráfego automóvel, por contraponto à utilização de transportes públicos, o que distingue Lisboa de outras capitais europeias. Em anos recentes, têm sido feitas melhorias dentro e fora de Lisboa no planeamento da rede de transportes públicos ferroviária[97] e rodoviária,[98] permitindo uma utilização mais eficiente e eficaz e, por consequência, menos poluição emitida.
Existem em Lisboa mais de uma centena de parques, jardins, quintas e tapadas, entre eles o Parque Eduardo VII, o Parque Florestal de Monsanto, o Jardim Botânico da Ajuda, o Jardim Botânico de Lisboa, o Jardim da Estrela, a Tapada da Ajuda, entre muitos outros. O Parque Florestal de Monsanto é o maior e mais importante parque da cidade, chamado o seu "Pulmão Verde",[99] ao ser a única grande floresta em Lisboa (as outras mais próximas são a Tapada de Mafra, a Tapada da Ajuda e a Serra de Sintra). Por sua vez, destacam-se entre os jardins o Parque Eduardo VII, o Jardim Botânico da Ajuda e o Jardim Botânico de Lisboa. O primeiro por ser a maior zona verde no centro antigo de Lisboa, e os outros dois por possuírem uma variadíssima colecção de espécies arborícolas. Possui um aquário: o Aquário Vasco da Gama; e um oceanário: o Oceanário de Lisboa. A cidade também possui diversos jardins, sendo de destacar o Jardim Zoológico de Lisboa, o Jardim da Estrela, o Jardim Botânico da Ajuda e o Campo de Santana. Existem ainda importantes parques urbanos como o Parque Eduardo VII, o Parque da Bela Vista e o Parque José Gomes Ferreira.
Lisboa é uma cidade repleta de espaços verdes, de variadas dimensões. Foi nesta cidade que surgiu o primeiro jardim botânico português: Jardim Botânico da Ajuda. Alguns dos jardins da cidade estão em processo de recuperação, no intuito da criação de um corredor verde na cidade, enquanto outras áreas, anteriormente concentrando elevados níveis de tráfego e poluição, estão a ser requalificadas, sendo o caso mais recente o da CRIL – 2ª Circular.[95]
Em temos de qualidade do ar, apresenta níveis progressivamente descendentes de poluição atmosférica, embora ainda com partículas NO2 claramente superiores ao limite legal.[96] Estes valores de partículas decorrem da utilização acima da média europeia de tráfego automóvel, por contraponto à utilização de transportes públicos, o que distingue Lisboa de outras capitais europeias. Em anos recentes, têm sido feitas melhorias dentro e fora de Lisboa no planeamento da rede de transportes públicos ferroviária[97] e rodoviária,[98] permitindo uma utilização mais eficiente e eficaz e, por consequência, menos poluição emitida.
Existem em Lisboa mais de uma centena de parques, jardins, quintas e tapadas, entre eles o Parque Eduardo VII, o Parque Florestal de Monsanto, o Jardim Botânico da Ajuda, o Jardim Botânico de Lisboa, o Jardim da Estrela, a Tapada da Ajuda, entre muitos outros. O Parque Florestal de Monsanto é o maior e mais importante parque da cidade, chamado o seu "Pulmão Verde",[99] ao ser a única grande floresta em Lisboa (as outras mais próximas são a Tapada de Mafra, a Tapada da Ajuda e a Serra de Sintra). Por sua vez, destacam-se entre os jardins o Parque Eduardo VII, o Jardim Botânico da Ajuda e o Jardim Botânico de Lisboa. O primeiro por ser a maior zona verde no centro antigo de Lisboa, e os outros dois por possuírem uma variadíssima colecção de espécies arborícolas. Possui um aquário: o Aquário Vasco da Gama; e um oceanário: o Oceanário de Lisboa. A cidade também possui diversos jardins, sendo de destacar o Jardim Zoológico de Lisboa, o Jardim da Estrela, o Jardim Botânico da Ajuda e o Campo de Santana. Existem ainda importantes parques urbanos como o Parque Eduardo VII, o Parque da Bela Vista e o Parque José Gomes Ferreira.
Clima
Lisboa é uma das capitais mais amenas da Europa, com um clima mediterrânico (Csa segundo a classificação climática de Köppen)[100][101] fortemente influenciado pela Corrente do Golfo. A Primavera é fresca a quente (de 8 °C a 26 °C) com sol e alguns aguaceiros. O Verão é, em geral, quente e seco e temperaturas entre 16 °C a 35 °C. O Outono é ameno e instável, com temperaturas entre 12 °C e 27 °C e o Inverno é tipicamente chuvoso e fresco, também com algum sol). A temperatura mais baixa registada foi de -1.2 °C em 11 de fevereiro de 1956[102] e a mais elevada foi de 44.0 °C, em 4 de agosto de 2018.[103]
[Esconder]Dados climatológicos para Lisboa (1981-2010) Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano Temperatura máxima recorde (°C) 22,6 24,8 29,4 32,2 34,8 41,5 40,6 44,0 37,3 32,6 25,3 23,2 42 Temperatura máxima média (°C) 14,8 16,2 18,8 19,8 22,1 25,7 27,9 28,3 26,5 22,5 18,2 15,3 21,5 Temperatura média (°C) 11,6 12,7 14,9 15,9 18,0 21,2 23,1 23,5 22,1 18,8 15,0 12,4 17,5 Temperatura mínima média (°C) 8,3 9,1 11,0 11,9 13,9 16,6 18,2 18,6 17,6 15,1 11,8 9,4 13,5 Temperatura mínima recorde (°C) 1,0 -1,2 0,2 5,5 6,8 10,4 14,1 14,7 12,1 9,2 4,3 2,1 -1,2 Chuva (mm) 99,9 84,9 53,2 68,1 53,6 15,9 4,2 6,2 32,9 100,8 127,6 126,7 774 Fonte: Instituto Português do Mar e da Atmosfera[104]
Lisboa é uma das capitais mais amenas da Europa, com um clima mediterrânico (Csa segundo a classificação climática de Köppen)[100][101] fortemente influenciado pela Corrente do Golfo. A Primavera é fresca a quente (de 8 °C a 26 °C) com sol e alguns aguaceiros. O Verão é, em geral, quente e seco e temperaturas entre 16 °C a 35 °C. O Outono é ameno e instável, com temperaturas entre 12 °C e 27 °C e o Inverno é tipicamente chuvoso e fresco, também com algum sol). A temperatura mais baixa registada foi de -1.2 °C em 11 de fevereiro de 1956[102] e a mais elevada foi de 44.0 °C, em 4 de agosto de 2018.[103]
[Esconder]Dados climatológicos para Lisboa (1981-2010) | |||||||||||||
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Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima recorde (°C) | 22,6 | 24,8 | 29,4 | 32,2 | 34,8 | 41,5 | 40,6 | 44,0 | 37,3 | 32,6 | 25,3 | 23,2 | 42 |
Temperatura máxima média (°C) | 14,8 | 16,2 | 18,8 | 19,8 | 22,1 | 25,7 | 27,9 | 28,3 | 26,5 | 22,5 | 18,2 | 15,3 | 21,5 |
Temperatura média (°C) | 11,6 | 12,7 | 14,9 | 15,9 | 18,0 | 21,2 | 23,1 | 23,5 | 22,1 | 18,8 | 15,0 | 12,4 | 17,5 |
Temperatura mínima média (°C) | 8,3 | 9,1 | 11,0 | 11,9 | 13,9 | 16,6 | 18,2 | 18,6 | 17,6 | 15,1 | 11,8 | 9,4 | 13,5 |
Temperatura mínima recorde (°C) | 1,0 | -1,2 | 0,2 | 5,5 | 6,8 | 10,4 | 14,1 | 14,7 | 12,1 | 9,2 | 4,3 | 2,1 | -1,2 |
Chuva (mm) | 99,9 | 84,9 | 53,2 | 68,1 | 53,6 | 15,9 | 4,2 | 6,2 | 32,9 | 100,8 | 127,6 | 126,7 | 774 |
Fonte: Instituto Português do Mar e da Atmosfera[104] |
Demografia
A população de Lisboa é caracterizada por vários altos e baixos ao longo da sua história. Actualmente, a população de Lisboa está em queda.[105] Já a área metropolitana de Lisboa está em crescimento populacional, em decorrência da migração dos habitantes da cidade para as cidades vizinhas.[106] Na actual estrutura demográfica de Lisboa , as mulheres representam mais de metade da população (54%) e os homens 46%.[107] A cidade apresenta uma estrutura etária envelhecida, com 23% de idosos (65 anos ou mais),[108] quando a média portuguesa é de 16%.[109] Entre os mais novos, 13% da população tem menos de 15 anos, 9% está entre os 15 e os 24 anos e 53% dos 25 aos 64 anos de idade.[107]
A população de Lisboa é caracterizada por vários altos e baixos ao longo da sua história. Actualmente, a população de Lisboa está em queda.[105] Já a área metropolitana de Lisboa está em crescimento populacional, em decorrência da migração dos habitantes da cidade para as cidades vizinhas.[106] Na actual estrutura demográfica de Lisboa , as mulheres representam mais de metade da população (54%) e os homens 46%.[107] A cidade apresenta uma estrutura etária envelhecida, com 23% de idosos (65 anos ou mais),[108] quando a média portuguesa é de 16%.[109] Entre os mais novos, 13% da população tem menos de 15 anos, 9% está entre os 15 e os 24 anos e 53% dos 25 aos 64 anos de idade.[107]
População
Número de habitantes[110] 1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011 190 311 240 740 300 964 351 210 431 738 484 664 591 939 694 389 783 226 802 230 769 044 807 937 663 394 564 657 547 733
(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)
Número de habitantes por Grupo Etário[111] 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011 0-14 Anos 92 086 110 179 111 796 131 141 146 734 149 140 144 249 152 000 153 020 94 306 65 548 70 494 15-24 Anos 69 283 89 061 102 443 122 513 132 144 150 165 124 969 110 620 120 527 99 116 71 634 53 507 25-64 Anos 176 499 213 166 243 399 307 772 383 704 434 947 458 124 410 645 418 870 345 407 294 171 292 772 = ou > 65 Anos 16 795 20 607 23 108 32 420 43 578 56 182 74 888 86 885 115 520 124 565 133 304 130 960 > Id. desconh 1 346 2 346 5 626 544 2 959
(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no concelho à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)
Número de habitantes[110] | ||||||||||||||
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1864 | 1878 | 1890 | 1900 | 1911 | 1920 | 1930 | 1940 | 1950 | 1960 | 1970 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 |
190 311 | 240 740 | 300 964 | 351 210 | 431 738 | 484 664 | 591 939 | 694 389 | 783 226 | 802 230 | 769 044 | 807 937 | 663 394 | 564 657 | 547 733 |
(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)
Número de habitantes por Grupo Etário[111] | ||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1900 | 1911 | 1920 | 1930 | 1940 | 1950 | 1960 | 1970 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 | |
0-14 Anos | 92 086 | 110 179 | 111 796 | 131 141 | 146 734 | 149 140 | 144 249 | 152 000 | 153 020 | 94 306 | 65 548 | 70 494 |
15-24 Anos | 69 283 | 89 061 | 102 443 | 122 513 | 132 144 | 150 165 | 124 969 | 110 620 | 120 527 | 99 116 | 71 634 | 53 507 |
25-64 Anos | 176 499 | 213 166 | 243 399 | 307 772 | 383 704 | 434 947 | 458 124 | 410 645 | 418 870 | 345 407 | 294 171 | 292 772 |
= ou > 65 Anos | 16 795 | 20 607 | 23 108 | 32 420 | 43 578 | 56 182 | 74 888 | 86 885 | 115 520 | 124 565 | 133 304 | 130 960 |
> Id. desconh | 1 346 | 2 346 | 5 626 | 544 | 2 959 |
(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no concelho à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)
Religiões
Segundo pesquisa de 2018, pouco mais da metade da população de Lisboa afirmou ser católica (54,9%) e 35% declarou não ter religião (13,1% crentes sem religião, 10% ateus e 6,9% agnósticos). As minorias religiosas somavam 10% da população, sendo metade (5%) pertencentes a igrejas protestantes e os outros 5% divididos entre testemunhas de Jeová, muçulmanos, budistas, ortodoxos e outros. Apenas 11,4% da população de Lisboa declarou frequentar a igreja ou outros locais de culto semanalmente.[113]
Segundo pesquisa de 2018, pouco mais da metade da população de Lisboa afirmou ser católica (54,9%) e 35% declarou não ter religião (13,1% crentes sem religião, 10% ateus e 6,9% agnósticos). As minorias religiosas somavam 10% da população, sendo metade (5%) pertencentes a igrejas protestantes e os outros 5% divididos entre testemunhas de Jeová, muçulmanos, budistas, ortodoxos e outros. Apenas 11,4% da população de Lisboa declarou frequentar a igreja ou outros locais de culto semanalmente.[113]
Administração municipal
Ver artigo principal: Governo de LisboaÉ em Lisboa que se localizam os principais órgãos políticos do país (ministérios, tribunais, etc).[114][115] O município de Lisboa é administrado por uma Câmara Municipal composta por 17 vereadores. Existe uma Assembleia Municipal que é o órgão legislativo do município, constituída por 75 deputados municipais, 51 dos quais eleitos directamente mais os presidentes das 24 juntas de freguesia do município.
O cargo de Presidente da Câmara Municipal ficou vago desde 15 de Maio de 2007, após a demissão de António Carmona Rodrigues que tinha sido eleito pelo PSD. Nas eleições de 15 de Julho de 2007 foi eleito António Costa, pelo PS. Após a renúncia deste ao mandato, em 2015, o vice-presidente Fernando Medina assumiu o cargo, tendo sido posteriormente eleito presidente como resultado das eleições autárquicas de 2017, apesar de o PS ter perdido a maioria absoluta, recebendo 42% dos votos.[116]
É em Lisboa que se localizam os principais órgãos políticos do país (ministérios, tribunais, etc).[114][115] O município de Lisboa é administrado por uma Câmara Municipal composta por 17 vereadores. Existe uma Assembleia Municipal que é o órgão legislativo do município, constituída por 75 deputados municipais, 51 dos quais eleitos directamente mais os presidentes das 24 juntas de freguesia do município.
O cargo de Presidente da Câmara Municipal ficou vago desde 15 de Maio de 2007, após a demissão de António Carmona Rodrigues que tinha sido eleito pelo PSD. Nas eleições de 15 de Julho de 2007 foi eleito António Costa, pelo PS. Após a renúncia deste ao mandato, em 2015, o vice-presidente Fernando Medina assumiu o cargo, tendo sido posteriormente eleito presidente como resultado das eleições autárquicas de 2017, apesar de o PS ter perdido a maioria absoluta, recebendo 42% dos votos.[116]
Subdivisões administrativas
Ver também: Bairros de LisboaDesde a reorganização administrativa de 2012, Lisboa conta 24 freguesias agrupadas em cinco Zonas (ou Unidades de Intervenção Territorial - UIT).[117]
Desde a reorganização administrativa de 2012, Lisboa conta 24 freguesias agrupadas em cinco Zonas (ou Unidades de Intervenção Territorial - UIT).[117]
Relações internacionais
A cidade de Lisboa é uma das 7 CIdades Fundadoras da UCCLA, União das Cidades Capitais Luso-Afro-Américo-Asiáticas. A cidade de Lisboa faz parte da União de Cidades Capitais Ibero-americanas.[118][119] Abaixo está uma lista das cidades-irmãs de Lisboa e aquelas com as quais o governo da cidade estabeleceu um acordo de cooperação e amizade:
- Cidades-irmãs
- Bissau, Guiné-Bissau[118][119]
- Brasília, Brasil[118]
- Budapeste, Hungria[118][119]
- Cacheu, Guiné-Bissau[118][119]
- Fortaleza, Brasil[120]
- Guimarães, Portugal[118][119]
- Luanda, Angola[118][119]
- Macau, China[118][119]
- Madrid, Espanha[118][119]
- Malaca, Malásia[118][119]
- Maputo, Moçambique[118][119]
- Natal, Brasil[121]
- Praia, Cabo Verde[118][119]
- Rabat, Marrocos[118][119]
- Rio de Janeiro, Brasil[118][119]
- Salvador, Brasil[118][119]
- São Paulo, Brasil[122]
- São Tomé, São Tomé e Príncipe[118][119]
- Acordo de cooperação e amizade
- Água Grande, São Tomé e Príncipe[118]
- Argel, Argélia[118][119]
- Belém, Palestina[118][119]
- Buenos Aires, Argentina[118][119][123]
- Curitiba, Brasil[119]
- Kiev, Ucrânia[119]
- Miami, Estados Unidos[118][119]
- Montevidéu, Uruguai[118][119]
- Moscovo, Rússia[118][119]
- Pangim (Goa), Índia[119]
- Paris, França[118][119]
- Pequim, China[119]
- Qingdao, China[119]
- Santa Catarina, Cabo Verde[118][119]
- Sófia, Bulgária[119]
- Toronto, Canadá[118][119]
- Tunes, Tunísia[118][119]
- Zagrebe, Croácia[118][119]
A cidade de Lisboa é uma das 7 CIdades Fundadoras da UCCLA, União das Cidades Capitais Luso-Afro-Américo-Asiáticas. A cidade de Lisboa faz parte da União de Cidades Capitais Ibero-americanas.[118][119] Abaixo está uma lista das cidades-irmãs de Lisboa e aquelas com as quais o governo da cidade estabeleceu um acordo de cooperação e amizade:
- Cidades-irmãs
- Bissau, Guiné-Bissau[118][119]
- Brasília, Brasil[118]
- Budapeste, Hungria[118][119]
- Cacheu, Guiné-Bissau[118][119]
- Fortaleza, Brasil[120]
- Guimarães, Portugal[118][119]
- Luanda, Angola[118][119]
- Macau, China[118][119]
- Madrid, Espanha[118][119]
- Malaca, Malásia[118][119]
- Maputo, Moçambique[118][119]
- Natal, Brasil[121]
- Praia, Cabo Verde[118][119]
- Rabat, Marrocos[118][119]
- Rio de Janeiro, Brasil[118][119]
- Salvador, Brasil[118][119]
- São Paulo, Brasil[122]
- São Tomé, São Tomé e Príncipe[118][119]
- Acordo de cooperação e amizade
- Água Grande, São Tomé e Príncipe[118]
- Argel, Argélia[118][119]
- Belém, Palestina[118][119]
- Buenos Aires, Argentina[118][119][123]
- Curitiba, Brasil[119]
- Kiev, Ucrânia[119]
- Miami, Estados Unidos[118][119]
- Montevidéu, Uruguai[118][119]
- Moscovo, Rússia[118][119]
- Pangim (Goa), Índia[119]
- Paris, França[118][119]
- Pequim, China[119]
- Qingdao, China[119]
- Santa Catarina, Cabo Verde[118][119]
- Sófia, Bulgária[119]
- Toronto, Canadá[118][119]
- Tunes, Tunísia[118][119]
- Zagrebe, Croácia[118][119]
Economia
A região de Lisboa é a mais rica de Portugal e produz um produto interno bruto (PIB) per capita acima da média da União Europeia, além de ser responsável pela produção de 45% do PIB português. A economia da cidade baseia-se principalmente no sector terciário. A maioria das sedes das empresas multinacionais que operam em Portugal estão concentradas na Grande Lisboa, especialmente no município de Oeiras. A Área Metropolitana de Lisboa é altamente industrializada, especialmente na margem sul do rio Tejo.
A região de Lisboa teve um rápido crescimento económico durante grande parte dos anos 2000 e aumentou seu PIB PPC per capita de 22 745 euros em 2004,[124] para 26 100 em 2007.[125] Em 2011, a região metropolitana de Lisboa registou um PIB no valor de 95,2 mil milhões de dólares e 31 454 dólares per capita.[126]
O principal porto do país, com uma das maiores e mais sofisticados mercados regionais da Península Ibérica, Lisboa e seus populosos arredores também estão a se desenvolver como um importante centro financeiro e um polo tecnológico e dinâmico. Os fabricantes de automóveis têm construído fábricas nos subúrbios como, por exemplo, a AutoEuropa.
A cidade tem o maior e mais desenvolvido sector de meios de comunicação em massa do país e é a sede de várias empresas relacionadas, que vão desde principais redes de televisão e estações de rádio até grandes jornais nacionais e internacionais.
A bolsa de valores Euronext Lisboa, que faz parte do sistema financeiro pan-europeu Euronext, juntamente com as bolsas de Amesterdão, Bruxelas e Paris, está associada com a Bolsa de Valores de Nova York desde 2007, quando o grupo multinacional de bolsa de valores NYSE Euronext foi criado. A indústria da cidade tem muito grandes sectores, como refinarias de petróleo, fábricas de produtos têxteis, estaleiros e indústrias de pesca que são encontradas ao longo do Tejo.
Próximo de Lisboa existe um dos maiores centros comerciais da Península Ibérica, o Dolce Vita Tejo (Amadora), já dentro da cidade estão o Centro Colombo, Amoreiras Shopping Center e o Centro Vasco da Gama. Para compras mais típicas, a Baixa de Lisboa. Existem muitos outros centros comerciais nas periferia de Lisboa, como o Almada Forum (Almada), o Allegro Shopping, o Oeiras Parque (Oeiras), o Rio Sul Shopping (Seixal), o Freeport Alcochete (Alcochete) e outras áreas como no Montijo, em Cascais, em Loures e em Odivelas.
Antes da crise da dívida pública da Zona Euro estourar e um plano de resgate financeiro ser implementado pela UE e pelo FMI na década de 2010, a cidade de Lisboa estava prestes a receber muitos investimentos financiados pelo Estado, incluindo a construção de um novo aeroporto, uma nova ponte, uma expansão de 30 km do sistema do metropolitano da cidade, o construção de um hospital central, a criação de duas linhas de TGV para conectar a capital portuguesa à Madrid, Porto, Vigo e ao resto da Europa, a restauração da parte histórica da cidade, a criação de um grande número de ciclovias, além da modernização e reforma de várias instalações.[53]
A região de Lisboa é a mais rica de Portugal e produz um produto interno bruto (PIB) per capita acima da média da União Europeia, além de ser responsável pela produção de 45% do PIB português. A economia da cidade baseia-se principalmente no sector terciário. A maioria das sedes das empresas multinacionais que operam em Portugal estão concentradas na Grande Lisboa, especialmente no município de Oeiras. A Área Metropolitana de Lisboa é altamente industrializada, especialmente na margem sul do rio Tejo.
A região de Lisboa teve um rápido crescimento económico durante grande parte dos anos 2000 e aumentou seu PIB PPC per capita de 22 745 euros em 2004,[124] para 26 100 em 2007.[125] Em 2011, a região metropolitana de Lisboa registou um PIB no valor de 95,2 mil milhões de dólares e 31 454 dólares per capita.[126]
O principal porto do país, com uma das maiores e mais sofisticados mercados regionais da Península Ibérica, Lisboa e seus populosos arredores também estão a se desenvolver como um importante centro financeiro e um polo tecnológico e dinâmico. Os fabricantes de automóveis têm construído fábricas nos subúrbios como, por exemplo, a AutoEuropa.
A cidade tem o maior e mais desenvolvido sector de meios de comunicação em massa do país e é a sede de várias empresas relacionadas, que vão desde principais redes de televisão e estações de rádio até grandes jornais nacionais e internacionais.
A bolsa de valores Euronext Lisboa, que faz parte do sistema financeiro pan-europeu Euronext, juntamente com as bolsas de Amesterdão, Bruxelas e Paris, está associada com a Bolsa de Valores de Nova York desde 2007, quando o grupo multinacional de bolsa de valores NYSE Euronext foi criado. A indústria da cidade tem muito grandes sectores, como refinarias de petróleo, fábricas de produtos têxteis, estaleiros e indústrias de pesca que são encontradas ao longo do Tejo.
Próximo de Lisboa existe um dos maiores centros comerciais da Península Ibérica, o Dolce Vita Tejo (Amadora), já dentro da cidade estão o Centro Colombo, Amoreiras Shopping Center e o Centro Vasco da Gama. Para compras mais típicas, a Baixa de Lisboa. Existem muitos outros centros comerciais nas periferia de Lisboa, como o Almada Forum (Almada), o Allegro Shopping, o Oeiras Parque (Oeiras), o Rio Sul Shopping (Seixal), o Freeport Alcochete (Alcochete) e outras áreas como no Montijo, em Cascais, em Loures e em Odivelas.
Antes da crise da dívida pública da Zona Euro estourar e um plano de resgate financeiro ser implementado pela UE e pelo FMI na década de 2010, a cidade de Lisboa estava prestes a receber muitos investimentos financiados pelo Estado, incluindo a construção de um novo aeroporto, uma nova ponte, uma expansão de 30 km do sistema do metropolitano da cidade, o construção de um hospital central, a criação de duas linhas de TGV para conectar a capital portuguesa à Madrid, Porto, Vigo e ao resto da Europa, a restauração da parte histórica da cidade, a criação de um grande número de ciclovias, além da modernização e reforma de várias instalações.[53]
Infraestruturas
Saúde
Em Lisboa existem vários hospitais (quer públicos quer privados), clínicas, centros de saúde, etc. Existe também um projecto em curso, que prevê a construção de um Hospital Central, no Parque da Bela Vista. O Hospital intitulado Hospital de Lisboa Oriental,[127] englobará alguns hospitais existentes no centro de Lisboa (como por exemplo, o Hospital de Dona Estefânia, o Hospital de Santa Marta, etc. A inauguração está prevista para 2019.
Em Lisboa existem vários hospitais públicos (do Serviço Nacional de Saúde), hospitais militares, centros de saúde, hospitais privados e clínicas. Existe também um projecto em curso, que prevê a construção de um Centro Hospitalar Oriental, no Parque da Bela Vista. Os hospitais de Santa Marta e Santa Cruz começaram por ser especializados em Cardiologia, posteriormente englobaram outras especialidades.
Os hospitais públicos da Cidade de Lisboa estão agrupados em centros: Centro Hospitalar Lisboa Norte; Centro Hospitalar Lisboa Central; Centro Hospitalar Lisboa Ocidental; Centros Especializados; e hospitais militares.
Em Lisboa existem vários hospitais (quer públicos quer privados), clínicas, centros de saúde, etc. Existe também um projecto em curso, que prevê a construção de um Hospital Central, no Parque da Bela Vista. O Hospital intitulado Hospital de Lisboa Oriental,[127] englobará alguns hospitais existentes no centro de Lisboa (como por exemplo, o Hospital de Dona Estefânia, o Hospital de Santa Marta, etc. A inauguração está prevista para 2019.
Em Lisboa existem vários hospitais públicos (do Serviço Nacional de Saúde), hospitais militares, centros de saúde, hospitais privados e clínicas. Existe também um projecto em curso, que prevê a construção de um Centro Hospitalar Oriental, no Parque da Bela Vista. Os hospitais de Santa Marta e Santa Cruz começaram por ser especializados em Cardiologia, posteriormente englobaram outras especialidades.
Os hospitais públicos da Cidade de Lisboa estão agrupados em centros: Centro Hospitalar Lisboa Norte; Centro Hospitalar Lisboa Central; Centro Hospitalar Lisboa Ocidental; Centros Especializados; e hospitais militares.
Educação
A cidade de Lisboa possui escolas e jardins-de-infância, públicas e privadas, de ensino primário, básico e secundário, num total de 312. Na área da Grande Lisboa existem escolas internacionais como a Saint Julian's School, o Carlucci American International School of Lisbon, a St Dominic's International School, a Deutsche Schule Lissabon e o Lycée Français Charles Lepierre.
Lisboa dispõe actualmente de duas universidades públicas, a Universidade de Lisboa, criada em 2013 pela junção da Universidade Clássica de Lisboa (também chamada só de Universidade de Lisboa) com a Universidade Técnica de Lisboa, formando assim a maior universidade a nível nacional, e a Universidade Nova de Lisboa, fundada em 1957, Universidade Aberta, assim como diversas universidades privadas, que oferecem cursos superiores em todas as áreas académicas. Existe também o ISCTE-IUL, ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, e o Instituto Politécnico de Lisboa. Neste local, junto ao Hospital de Sta. Maria, destaca-se ainda a existência da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa, a maior escola de enfermagem do país.
As maiores instituições privadas de ensino superior, incluem a Universidade Católica Portuguesa, a Universidade Lusíada, a Universidade Lusófona e a Universidade Autónoma de Lisboa, entre outras. O total de inscritos nas instituições de ensino superior público e privado foi, no ano lectivo de 2007-2008, de 125.867 alunos, dos quais 81.507 em instituições públicas.[128]
A cidade está equipada com diversas bibliotecas e arquivos, sendo a mais importante a Biblioteca Nacional. A merecer destaque como um dos mais importantes arquivos do mundo, com mais de 600 anos, está o Arquivo Nacional da Torre do Tombo, arquivo central do Estado Português desde a Idade Média e uma das mais antigas instituições portuguesas activas. Há ainda, entre outros, o Arquivo Histórico Militar e Arquivo Histórico Ultramarino.
A cidade de Lisboa possui escolas e jardins-de-infância, públicas e privadas, de ensino primário, básico e secundário, num total de 312. Na área da Grande Lisboa existem escolas internacionais como a Saint Julian's School, o Carlucci American International School of Lisbon, a St Dominic's International School, a Deutsche Schule Lissabon e o Lycée Français Charles Lepierre.
Lisboa dispõe actualmente de duas universidades públicas, a Universidade de Lisboa, criada em 2013 pela junção da Universidade Clássica de Lisboa (também chamada só de Universidade de Lisboa) com a Universidade Técnica de Lisboa, formando assim a maior universidade a nível nacional, e a Universidade Nova de Lisboa, fundada em 1957, Universidade Aberta, assim como diversas universidades privadas, que oferecem cursos superiores em todas as áreas académicas. Existe também o ISCTE-IUL, ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, e o Instituto Politécnico de Lisboa. Neste local, junto ao Hospital de Sta. Maria, destaca-se ainda a existência da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa, a maior escola de enfermagem do país.
As maiores instituições privadas de ensino superior, incluem a Universidade Católica Portuguesa, a Universidade Lusíada, a Universidade Lusófona e a Universidade Autónoma de Lisboa, entre outras. O total de inscritos nas instituições de ensino superior público e privado foi, no ano lectivo de 2007-2008, de 125.867 alunos, dos quais 81.507 em instituições públicas.[128]
A cidade está equipada com diversas bibliotecas e arquivos, sendo a mais importante a Biblioteca Nacional. A merecer destaque como um dos mais importantes arquivos do mundo, com mais de 600 anos, está o Arquivo Nacional da Torre do Tombo, arquivo central do Estado Português desde a Idade Média e uma das mais antigas instituições portuguesas activas. Há ainda, entre outros, o Arquivo Histórico Militar e Arquivo Histórico Ultramarino.
Transportes
Duas pontes unem Lisboa à margem sul do rio Tejo: a Ponte 25 de Abril que liga Lisboa a Almada,[130] inaugurada em 1966 com o nome de Ponte Salazar e posteriormente rebaptizada com a data da Revolução dos Cravos,[131] e a Ponte Vasco da Gama, com 17.2 km de comprimento,[131] a mais longa da Europa e a quinta mais longa ponte do Mundo, que liga a zona Oriental e Sacavém ao Montijo.[130] Inaugurada em 1998 no âmbito da Expo 98, comemora também os 500 anos da chegada de Vasco da Gama à Índia.[132] Existe já um projecto aprovado para a construção de uma terceira ponte sobre o Rio Tejo, prevista para 2013.[133][134]
O aeroporto de Lisboa, Aeroporto Humberto Delgado, situa-se a 7 km do centro, na zona nordeste da cidade. O Aeroporto Humberto Delgado é o maior aeroporto em Portugal,[135] com um volume de tráfego de cerca de 20 milhões de passageiros por ano.[136][137] Aberto ao tráfego em 1942,[138] o Aeroporto Humberto Delgado é servido por duas pistas e possuí dois terminais: o Terminal 1 para voos internacionais, o Terminal 2 para voos nacionais, incluindo as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.[138] Em 2008 foi aprovada a construção de um novo aeroporto na zona do Campo de Tiro de Alcochete,[139] na margem sul, a cerca de 40 km da cidade. A sua conclusão prevê-se para 2017,[140] entretanto o Aeroporto Humberto Delgado permanecerá.
O Porto de Lisboa é um dos principais portos turísticos europeus,[141] paragem de numerosos cruzeiros. Está equipado com três cais para navios-cruzeiro: Alcântara, Rocha Conde Óbidos e Santa Apolónia.[142] A cidade tem ainda várias marinas para barcos de recreio,[143] nas docas de Belém, Santo Amaro, Bom Sucesso, Alcântara Mar e Olivais.[144] Existe ainda uma rede de transportes fluviais, a Transtejo, que liga as duas margens do Tejo, com estações em Cais do Sodré, Belém, Terreiro do Paço e Parque das Nações, na margem norte, e Cacilhas, Barreiro, Montijo, Trafaria, Porto Brandão e Seixal, na margem sul.[145]
A cidade dispõe de uma rede ferroviária urbana e suburbana com nove linhas (4 de metropolitano[146] e 5 de comboio suburbano)[147][148] e 123 estações (56 de metropolitano e 67 de comboio suburbano). A exploração da rede de metro é efectuada pela Metropolitano de Lisboa[149][150] e a rede ferroviária suburbana pela Comboios de Portugal[151] (linhas de Azambuja, Cascais, Sintra e Sado) e pela Fertagus (linha do eixo Norte–Sul, entre Roma-Areeiro e Setúbal).[148] As principais estações do caminho de ferro são: Oriente, Rossio, Cais do Sodré, Entrecampos e Santa Apolónia.
Construída por altura da Expo'98, a Gare do Oriente é uma das principais estações terminais e interfaces de transportes de Lisboa.[152] Por ela passam comboios, o metropolitano, autocarros e táxis. A estação, com uma notável arquitectura de vidro e colunas aço a lembrar palmeiras, foi desenhada pelo arquitecto Santiago Calatrava.[152] Mesmo em frente, situa-se o Parque das Nações, e a estação possui ligação ao Centro Comercial Vasco da Gama. Com a sua cor amarela característica, os Elétricos de Lisboa são o transporte tradicional no centro da cidade.[153][154] São explorados pela Carris, assim como os vários elevadores que galgam as colinas de Lisboa: elevador da Bica,[155] elevador da Glória,[156] elevador do Lavra[157] e elevador de Santa Justa.[158]
A rede de eléctricos é composta actualmente por seis carreiras e percorre um total de 48 km de linhas em bitola de 900 mm, sendo 13 km em faixa reservada. Emprega 165 guarda-freios (condutores de eléctricos, funiculares e elevador) e uma frota de 58 veículos (40 históricos, 10 articulados e 8 ligeiros[159]), baseados numa única estação — Santo Amaro.
A exploração dos autocarros está também a cargo da empresa Carris.[160] Existe ainda o Terminal Rodoviário de Lisboa, um dos mais importantes do país, onde partem e chegam todos os dias dezenas de autocarros[161] com os mais variados destinos nacionais e internacionais.[162] Os táxis também são muito comuns na cidade, sendo actualmente de cor creme, muitos mantêm ainda as cores emblemáticas dos táxis antigos: preto e verde. Existem várias praças de táxis e circulam centenas de táxis por toda a cidade. Apesar da rede de transportes, todos os dias se deslocam para Lisboa mais de 3 milhões de automóveis.[163] Lisboa e a sua área metropolitana são atravessadas por duas auto-estradas circulares, uma exterior e outra interior – a CRIL, Circular Regional Interior de Lisboa e a CREL,Circular Regional Exterior de Lisboa, ou A9. As principais auto-estradas que ligam a cidade à envolvente são as A1 (em direcção a norte, por Vila Franca de Xira), A8 (também para norte, via Loures), A5 (em direcção a oeste, até Cascais), A2 (para sul, por Almada) e A12 (para leste, por Montijo).[carece de fontes]
Segundo dados de 2000, da Câmara Municipal de Lisboa,[164] e segundo a tipologia de percursos cicláveis, existiam e estavam em projecto 84 km de percursos de bicicleta, 50 km de pistas cicláveis, 73 km de faixas circuláveis e 74 km de tipologia de coexistência com veículos. Em 2008, dava-se a informação[165] que Lisboa iria fazer um investimento de 5 milhões de euros (parte dele com fundo do Quadro de Referência Estratégico Nacional) com o intuito de serem executados mais 40 km de novas vias cicláveis, havendo também a intenção de fazer recuperação de outras já existentes. Na área ribeirinha da cidade, existe já uma pista entre Belém e Cais do Sodré, que irá mais tarde ligar também a Santa Apolónia e posteriormente até ao Parque das Nações. Estava também previsto a instalação de uma rede de 2500 bicicletas, 250 postos de bicicletas e 65 estacionamentos. Em 2009, a informação era a de que já era possível pedalar entre Benfica e Campolide. Em dois anos, a cidade teria 90 km de pistas cicláveis e poderia estar equipada com cerca de 90nbsp;km de pistas cicláveis. Nesse mesmo ano, estaria previsto o funcionamento do anel "Palácio da Justiça – Campolide – Benfica – Carnide – Telheiras – Lumiar – Campo Grande" e a entrada em obras do percurso que uniria, em vários troços, Telheiras ao Parque das Nações. Actualmente, existem também a ciclovia de Monsanto, de 6 km de extensão.[carece de fontes]
Duas pontes unem Lisboa à margem sul do rio Tejo: a Ponte 25 de Abril que liga Lisboa a Almada,[130] inaugurada em 1966 com o nome de Ponte Salazar e posteriormente rebaptizada com a data da Revolução dos Cravos,[131] e a Ponte Vasco da Gama, com 17.2 km de comprimento,[131] a mais longa da Europa e a quinta mais longa ponte do Mundo, que liga a zona Oriental e Sacavém ao Montijo.[130] Inaugurada em 1998 no âmbito da Expo 98, comemora também os 500 anos da chegada de Vasco da Gama à Índia.[132] Existe já um projecto aprovado para a construção de uma terceira ponte sobre o Rio Tejo, prevista para 2013.[133][134]
O aeroporto de Lisboa, Aeroporto Humberto Delgado, situa-se a 7 km do centro, na zona nordeste da cidade. O Aeroporto Humberto Delgado é o maior aeroporto em Portugal,[135] com um volume de tráfego de cerca de 20 milhões de passageiros por ano.[136][137] Aberto ao tráfego em 1942,[138] o Aeroporto Humberto Delgado é servido por duas pistas e possuí dois terminais: o Terminal 1 para voos internacionais, o Terminal 2 para voos nacionais, incluindo as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.[138] Em 2008 foi aprovada a construção de um novo aeroporto na zona do Campo de Tiro de Alcochete,[139] na margem sul, a cerca de 40 km da cidade. A sua conclusão prevê-se para 2017,[140] entretanto o Aeroporto Humberto Delgado permanecerá.
O Porto de Lisboa é um dos principais portos turísticos europeus,[141] paragem de numerosos cruzeiros. Está equipado com três cais para navios-cruzeiro: Alcântara, Rocha Conde Óbidos e Santa Apolónia.[142] A cidade tem ainda várias marinas para barcos de recreio,[143] nas docas de Belém, Santo Amaro, Bom Sucesso, Alcântara Mar e Olivais.[144] Existe ainda uma rede de transportes fluviais, a Transtejo, que liga as duas margens do Tejo, com estações em Cais do Sodré, Belém, Terreiro do Paço e Parque das Nações, na margem norte, e Cacilhas, Barreiro, Montijo, Trafaria, Porto Brandão e Seixal, na margem sul.[145]
A cidade dispõe de uma rede ferroviária urbana e suburbana com nove linhas (4 de metropolitano[146] e 5 de comboio suburbano)[147][148] e 123 estações (56 de metropolitano e 67 de comboio suburbano). A exploração da rede de metro é efectuada pela Metropolitano de Lisboa[149][150] e a rede ferroviária suburbana pela Comboios de Portugal[151] (linhas de Azambuja, Cascais, Sintra e Sado) e pela Fertagus (linha do eixo Norte–Sul, entre Roma-Areeiro e Setúbal).[148] As principais estações do caminho de ferro são: Oriente, Rossio, Cais do Sodré, Entrecampos e Santa Apolónia.
Construída por altura da Expo'98, a Gare do Oriente é uma das principais estações terminais e interfaces de transportes de Lisboa.[152] Por ela passam comboios, o metropolitano, autocarros e táxis. A estação, com uma notável arquitectura de vidro e colunas aço a lembrar palmeiras, foi desenhada pelo arquitecto Santiago Calatrava.[152] Mesmo em frente, situa-se o Parque das Nações, e a estação possui ligação ao Centro Comercial Vasco da Gama. Com a sua cor amarela característica, os Elétricos de Lisboa são o transporte tradicional no centro da cidade.[153][154] São explorados pela Carris, assim como os vários elevadores que galgam as colinas de Lisboa: elevador da Bica,[155] elevador da Glória,[156] elevador do Lavra[157] e elevador de Santa Justa.[158]
A rede de eléctricos é composta actualmente por seis carreiras e percorre um total de 48 km de linhas em bitola de 900 mm, sendo 13 km em faixa reservada. Emprega 165 guarda-freios (condutores de eléctricos, funiculares e elevador) e uma frota de 58 veículos (40 históricos, 10 articulados e 8 ligeiros[159]), baseados numa única estação — Santo Amaro.
A exploração dos autocarros está também a cargo da empresa Carris.[160] Existe ainda o Terminal Rodoviário de Lisboa, um dos mais importantes do país, onde partem e chegam todos os dias dezenas de autocarros[161] com os mais variados destinos nacionais e internacionais.[162] Os táxis também são muito comuns na cidade, sendo actualmente de cor creme, muitos mantêm ainda as cores emblemáticas dos táxis antigos: preto e verde. Existem várias praças de táxis e circulam centenas de táxis por toda a cidade. Apesar da rede de transportes, todos os dias se deslocam para Lisboa mais de 3 milhões de automóveis.[163] Lisboa e a sua área metropolitana são atravessadas por duas auto-estradas circulares, uma exterior e outra interior – a CRIL, Circular Regional Interior de Lisboa e a CREL,Circular Regional Exterior de Lisboa, ou A9. As principais auto-estradas que ligam a cidade à envolvente são as A1 (em direcção a norte, por Vila Franca de Xira), A8 (também para norte, via Loures), A5 (em direcção a oeste, até Cascais), A2 (para sul, por Almada) e A12 (para leste, por Montijo).[carece de fontes]
Segundo dados de 2000, da Câmara Municipal de Lisboa,[164] e segundo a tipologia de percursos cicláveis, existiam e estavam em projecto 84 km de percursos de bicicleta, 50 km de pistas cicláveis, 73 km de faixas circuláveis e 74 km de tipologia de coexistência com veículos. Em 2008, dava-se a informação[165] que Lisboa iria fazer um investimento de 5 milhões de euros (parte dele com fundo do Quadro de Referência Estratégico Nacional) com o intuito de serem executados mais 40 km de novas vias cicláveis, havendo também a intenção de fazer recuperação de outras já existentes. Na área ribeirinha da cidade, existe já uma pista entre Belém e Cais do Sodré, que irá mais tarde ligar também a Santa Apolónia e posteriormente até ao Parque das Nações. Estava também previsto a instalação de uma rede de 2500 bicicletas, 250 postos de bicicletas e 65 estacionamentos. Em 2009, a informação era a de que já era possível pedalar entre Benfica e Campolide. Em dois anos, a cidade teria 90 km de pistas cicláveis e poderia estar equipada com cerca de 90nbsp;km de pistas cicláveis. Nesse mesmo ano, estaria previsto o funcionamento do anel "Palácio da Justiça – Campolide – Benfica – Carnide – Telheiras – Lumiar – Campo Grande" e a entrada em obras do percurso que uniria, em vários troços, Telheiras ao Parque das Nações. Actualmente, existem também a ciclovia de Monsanto, de 6 km de extensão.[carece de fontes]
Cultura
Lisboa é uma cidade com uma intensa vida cultural. Epicentro dos descobrimentos desde o século XV, a cidade é o ponto de encontro das mais diversas culturas, o primeiro lugar em que Oriente, Índias, Áfricas e Américas se encontraram. Mantendo estreitas ligações com as antigas colónias portuguesas e hoje países independentes, Lisboa é uma das cidades mais cosmopolitas da Europa. É possível, numa só viagem de metro ouvir falar línguas como o cantonês, o crioulo cabo-verdiano, o gujarati, o ucraniano, o italiano ou o português com pronúncia moçambicana ou brasileira. E nenhuma delas falada por turistas, mas sim por habitantes da cidade.[carece de fontes]
Lisboa é uma cidade com uma intensa vida cultural. Epicentro dos descobrimentos desde o século XV, a cidade é o ponto de encontro das mais diversas culturas, o primeiro lugar em que Oriente, Índias, Áfricas e Américas se encontraram. Mantendo estreitas ligações com as antigas colónias portuguesas e hoje países independentes, Lisboa é uma das cidades mais cosmopolitas da Europa. É possível, numa só viagem de metro ouvir falar línguas como o cantonês, o crioulo cabo-verdiano, o gujarati, o ucraniano, o italiano ou o português com pronúncia moçambicana ou brasileira. E nenhuma delas falada por turistas, mas sim por habitantes da cidade.[carece de fontes]
Música e teatro
A música tradicional de Lisboa é o fado,[84][85][166][167] canção nostálgica acompanhada à guitarra portuguesa. Uma explicação popular da sua origem remete para os cânticos dos mouros, que permaneceram no bairro da Mouraria, após a reconquista cristã. Mais plausivelmente, a origem do fado parece despontar da popularidade nos séculos XVIII e XIX da Modinha, e da sua síntese popular com outros géneros afins, como o lundu, no rico caldo de culturas presentes em Lisboa.[carece de fontes]
Lisboa acolhe a Companhia Nacional de Bailado, a companhia estatal criada em 1977, com vasto reportório de programação de dança clássica e contemporânea. Após a Expo'98, a CNB tornou-se residente do Teatro Camões, no Parque das Nações. Conta com a Fundação EDP como mecenas exclusivo. A Companhia de Dança de Lisboa, CDL, fundada em 1984, tem como objectivo divulgar e descentralizar a dança, ensinando as diferentes técnicas de dança em aulas abertas à população a partir dos 3 anos de idade. Cria e apresenta espectáculos com particular atenção aos temas da cultura portuguesa, a nível nacional e internacional..[168]
A música tradicional de Lisboa é o fado,[84][85][166][167] canção nostálgica acompanhada à guitarra portuguesa. Uma explicação popular da sua origem remete para os cânticos dos mouros, que permaneceram no bairro da Mouraria, após a reconquista cristã. Mais plausivelmente, a origem do fado parece despontar da popularidade nos séculos XVIII e XIX da Modinha, e da sua síntese popular com outros géneros afins, como o lundu, no rico caldo de culturas presentes em Lisboa.[carece de fontes]
Lisboa acolhe a Companhia Nacional de Bailado, a companhia estatal criada em 1977, com vasto reportório de programação de dança clássica e contemporânea. Após a Expo'98, a CNB tornou-se residente do Teatro Camões, no Parque das Nações. Conta com a Fundação EDP como mecenas exclusivo. A Companhia de Dança de Lisboa, CDL, fundada em 1984, tem como objectivo divulgar e descentralizar a dança, ensinando as diferentes técnicas de dança em aulas abertas à população a partir dos 3 anos de idade. Cria e apresenta espectáculos com particular atenção aos temas da cultura portuguesa, a nível nacional e internacional..[168]
Eventos
- Música e dança
Desde 1994, ano em que foi Capital europeia da cultura, Lisboa tem vindo a acolher uma série de eventos internacionais, da Expo 98 ao Tenis World Master 2001, Euro 2004, Gymnaestrada, MTV Europe Music Awards, Rali Dakar, Rock in Rio ou os 50 anos da Tall Ships' Races (Regata Internacional dos Grandes Veleiros). Em 2005, Lisboa foi considerada pela International Congress & Convention Association como a oitava cidade do mundo mais procurada para a realização de eventos e congressos internacionais.[carece de fontes]
O eixo Alfama-Baixa/Chiado-Bairro Alto é palco para a cultura erudita como para a popular. Na noite lisboeta a oferta é variada: a um jantar com fado ao vivo no Bairro Alto pode seguir-se um espectáculo de ópera no São Carlos, ou um concerto no Coliseu dos Recreios. Pode continuar-se com música alternativa na ZDB, ou com uma viagem pelos muitos bares e discotecas do Bairro Alto ou de toda a zona ribeirinha da cidade. Quando o Sol nasce é tempo de ver os habitantes locais e os turistas que enchem os miradouros históricos, como os do castelo, do bairro típico de Alfama do Bairro Alto.[carece de fontes]
O Festival Jazz em Agosto, realiza-se todos os anos em Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian. Aqui, músicos nacionais e internacionais dão concertos para públicos de todas as idades. Lisboa recebe ainda o Festival Internacional de Órgão de Lisboa desde 1998 em órgãos históricos restaurados. Alguns dos locais onde o festival ocorre são a Sé Patriarcal de Lisboa e a Basílica da Estrela. Outro evento relevante no mundo da música é o Super Bock Super Rock, um festival de música de Verão realizado anualmente no Parque do Tejo, na foz do rio Trancão, junto ao Parque das Nações). Organizado desde 1995, é actualmente um dos mais importantes festivais portugueses. Para além destes, existe também o Hype@Tejo, um festival de música electrónica, que ocorre todos os anos perto da Torre de Belém.[carece de fontes]
O Rock in Rio é um festival de música originalmente organizado no Rio de Janeiro, de onde vem o nome, que rapidamente se tornou um evento de repercussão mundial e, em 2004, teve a sua primeira edição internacional em Lisboa. Ao longo da sua história, teve 7 edições, três no Brasil, três em Portugal e uma em Espanha. Em 2008, foi realizado pela primeira vez em dois locais diferentes, Lisboa e Madrid, e há intenções em organizar uma edição simultânea em três continentes diferentes.[169] Em 2014, Lisboa voltará a receber o Festival.[170]
A cidade de Lisboa é palco de alguns festivais, como o IndieLisboa, um festival internacional de cinema alternativo e independente. O festival é organizado pela associação cultural Zero em comportamento, e conta já com cinco edições desde 2003. Ao longo do Outono volta o cinema com o DocLisboa (festival internacional de documentário), o Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa além do Festival "Temps d'Images".[carece de fontes]
- Datas comemorativas
Lisboa possuí um feriado municipal, o 13 de Junho, Dia de Santo António.[171] Porém, o padroeiro da capital é São Vicente. As festas em honra de Santo António de Lisboa, acontecem em toda a cidade e os bairros típicos, como Alfama, Madragoa, Mouraria, Castelo e outros, são enfeitados com balões e arcos decorativos. Neles há arraiais populares, locais engalanados onde se comem sardinhas assadas na brasa, Caldo Verde (uma sopa de couve cortada aos fiapos) e se bebe vinho tinto. A Noite de Santo António, como é popularmente designada, é a festa que começa logo na noite do dia 12. Todos os anos a cidade organiza nesta noite as marchas populares,[172] grande desfile alegórico que desce a Avenida da Liberdade (principal artéria da cidade), no qual competem os diferentes bairros, um pouco à maneira das escolas de samba, numa espécie de carnaval português. Um grande fogo de artifício costuma encerrar o desfile. Os rapazes compram um manjerico (planta aromática) num pequeno vaso, para oferecer à namorada, o qual traz uma bandeirinha com uma quadra popular, por vezes brejeira ou jocosa.[173]
Santo António é conhecido como santo casamenteiro, por isso a Câmara Municipal de Lisboa costuma organizar, na Sé Patriarcal de Lisboa, o casamento de jovens noivos de origem modesta, todos os anos no dia 13 de Junho.[173] São conhecidos por 'noivos de Santo António', recebem ofertas do município e também de diversas empresas, como forma de auxiliar a nova família. Esta tradição dos casamentos de Santo António, começou em 1958.[173] Já as marchas surgiram em 1932.[174]
Todos os anos, de 25 de Novembro a 7 de Janeiro, Lisboa é iluminada por milhões de pequenas luzes. Em 2004, ergueu a Maior Árvore de Natal da Europa. Inicialmente colocada em Belém, passou para o Terreiro do Paço em 2005 e 2006, então com 76 metros de altura, equivalentes a um prédio de 30 andares. Pelas ruas da Baixa, é normal ver-se várias atracções natalícias, como espectáculos de música, animadores disfarçados de Pai Natal, etc (animação de rua).[175][176]
No Ano Novo, são comuns as festas por toda a cidade. A televisão costuma exibir vários programas em directo, e a festa principal da cidade realiza-se no Terreiro do Paço, com vários concertos e um mega-espectáculo pirotécnico à meia-noite em ponto (além do Terreiro do Paço, existem vários pontos de lançamento de engenhos pirotécnicos espalhados por Lisboa e pela margem sul do rio Tejo em frente à capital).[177][178]
O Carnaval em Lisboa é festejado principalmente nas escolas. Algumas escolas organizam desfiles, que percorrem algumas ruas da cidade (principalmente a Rua Augusta). O mais antigo é o desfile da Escola de Artes Decorativas António Arroio. Nas instituições recreativas e, no Bairro Alto também se pode admirar festas relacionadas com o Carnaval.[179]
- Outros
A Moda Lisboa aquece o Inverno mais suave de todas as capitais europeias com vários desfiles de moda, onde vários criadores portugueses e estrangeiros mostram as suas tendências.[180]
Lisboa, é também palco de outros inúmeros eventos culturais. O Lisbonarte, consiste em várias exposições de artes plásticas nas galerias de arte lisboetas. Vários artistas expõem os seus trabalhos ao público.[181] No teatro, a Mostra de Teatro Jovem consiste na representação de várias peças teatrais, pelos futuros artistas.[carece de fontes]
Na literatura, a Feira do Livro de Lisboa, um certame que se realiza anualmente desde Maio de 1930 em Lisboa. A Feira decorre, em geral, nos últimos dias de Maio. A sua localização actual é o Parque Eduardo VII. Nesta feira são, geralmente, convidados vários autores de diversos livros para sessões de autógrafos. São óptimas ocasiões para comprar livros a preços mais baixos.
Outros eventos incluem o Festival dos Oceanos, que ocorre todos os anos em Agosto, no Parque das Nações; o Experimentadesign, um mega-festival de design realizado de dois em dois anos em Setembro; e a LisboaPhoto, uma exposição, onde vários fotógrafos podem expor as suas fotos ao público. Desde 2006 que se realiza em Lisboa um evento dedicado exclusivamente à Luz (um evento bianual), o Luzboa. Pela cidade são espalhados várias instalações criadas por artistas plásticos centradas no tema Luz. Bairro Alto, Baixa, Avenida, são alguns dos locais que recebem este espectáculo.[182]
Há vários anos que, no dia 1 de Dezembro, é organizado na Praça dos Restauradores uma grande cerimónia que envolvem várias entidades, políticas, civis e militares, para homenagear a Restauração da Independência de Portugal. Durante 44 anos, Lisboa foi na maior parte das vezes a sede do Festival RTP da Canção. Este festival serve para eleger um representante, que irá representar o país, noutro país europeu, vencedor da edição anterior do Festival Eurovisão da Canção.[carece de fontes]
- Música e dança
Desde 1994, ano em que foi Capital europeia da cultura, Lisboa tem vindo a acolher uma série de eventos internacionais, da Expo 98 ao Tenis World Master 2001, Euro 2004, Gymnaestrada, MTV Europe Music Awards, Rali Dakar, Rock in Rio ou os 50 anos da Tall Ships' Races (Regata Internacional dos Grandes Veleiros). Em 2005, Lisboa foi considerada pela International Congress & Convention Association como a oitava cidade do mundo mais procurada para a realização de eventos e congressos internacionais.[carece de fontes]
O eixo Alfama-Baixa/Chiado-Bairro Alto é palco para a cultura erudita como para a popular. Na noite lisboeta a oferta é variada: a um jantar com fado ao vivo no Bairro Alto pode seguir-se um espectáculo de ópera no São Carlos, ou um concerto no Coliseu dos Recreios. Pode continuar-se com música alternativa na ZDB, ou com uma viagem pelos muitos bares e discotecas do Bairro Alto ou de toda a zona ribeirinha da cidade. Quando o Sol nasce é tempo de ver os habitantes locais e os turistas que enchem os miradouros históricos, como os do castelo, do bairro típico de Alfama do Bairro Alto.[carece de fontes]
O Festival Jazz em Agosto, realiza-se todos os anos em Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian. Aqui, músicos nacionais e internacionais dão concertos para públicos de todas as idades. Lisboa recebe ainda o Festival Internacional de Órgão de Lisboa desde 1998 em órgãos históricos restaurados. Alguns dos locais onde o festival ocorre são a Sé Patriarcal de Lisboa e a Basílica da Estrela. Outro evento relevante no mundo da música é o Super Bock Super Rock, um festival de música de Verão realizado anualmente no Parque do Tejo, na foz do rio Trancão, junto ao Parque das Nações). Organizado desde 1995, é actualmente um dos mais importantes festivais portugueses. Para além destes, existe também o Hype@Tejo, um festival de música electrónica, que ocorre todos os anos perto da Torre de Belém.[carece de fontes]
O Rock in Rio é um festival de música originalmente organizado no Rio de Janeiro, de onde vem o nome, que rapidamente se tornou um evento de repercussão mundial e, em 2004, teve a sua primeira edição internacional em Lisboa. Ao longo da sua história, teve 7 edições, três no Brasil, três em Portugal e uma em Espanha. Em 2008, foi realizado pela primeira vez em dois locais diferentes, Lisboa e Madrid, e há intenções em organizar uma edição simultânea em três continentes diferentes.[169] Em 2014, Lisboa voltará a receber o Festival.[170]
A cidade de Lisboa é palco de alguns festivais, como o IndieLisboa, um festival internacional de cinema alternativo e independente. O festival é organizado pela associação cultural Zero em comportamento, e conta já com cinco edições desde 2003. Ao longo do Outono volta o cinema com o DocLisboa (festival internacional de documentário), o Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa além do Festival "Temps d'Images".[carece de fontes]
- Datas comemorativas
Lisboa possuí um feriado municipal, o 13 de Junho, Dia de Santo António.[171] Porém, o padroeiro da capital é São Vicente. As festas em honra de Santo António de Lisboa, acontecem em toda a cidade e os bairros típicos, como Alfama, Madragoa, Mouraria, Castelo e outros, são enfeitados com balões e arcos decorativos. Neles há arraiais populares, locais engalanados onde se comem sardinhas assadas na brasa, Caldo Verde (uma sopa de couve cortada aos fiapos) e se bebe vinho tinto. A Noite de Santo António, como é popularmente designada, é a festa que começa logo na noite do dia 12. Todos os anos a cidade organiza nesta noite as marchas populares,[172] grande desfile alegórico que desce a Avenida da Liberdade (principal artéria da cidade), no qual competem os diferentes bairros, um pouco à maneira das escolas de samba, numa espécie de carnaval português. Um grande fogo de artifício costuma encerrar o desfile. Os rapazes compram um manjerico (planta aromática) num pequeno vaso, para oferecer à namorada, o qual traz uma bandeirinha com uma quadra popular, por vezes brejeira ou jocosa.[173]
Santo António é conhecido como santo casamenteiro, por isso a Câmara Municipal de Lisboa costuma organizar, na Sé Patriarcal de Lisboa, o casamento de jovens noivos de origem modesta, todos os anos no dia 13 de Junho.[173] São conhecidos por 'noivos de Santo António', recebem ofertas do município e também de diversas empresas, como forma de auxiliar a nova família. Esta tradição dos casamentos de Santo António, começou em 1958.[173] Já as marchas surgiram em 1932.[174]
Todos os anos, de 25 de Novembro a 7 de Janeiro, Lisboa é iluminada por milhões de pequenas luzes. Em 2004, ergueu a Maior Árvore de Natal da Europa. Inicialmente colocada em Belém, passou para o Terreiro do Paço em 2005 e 2006, então com 76 metros de altura, equivalentes a um prédio de 30 andares. Pelas ruas da Baixa, é normal ver-se várias atracções natalícias, como espectáculos de música, animadores disfarçados de Pai Natal, etc (animação de rua).[175][176]
No Ano Novo, são comuns as festas por toda a cidade. A televisão costuma exibir vários programas em directo, e a festa principal da cidade realiza-se no Terreiro do Paço, com vários concertos e um mega-espectáculo pirotécnico à meia-noite em ponto (além do Terreiro do Paço, existem vários pontos de lançamento de engenhos pirotécnicos espalhados por Lisboa e pela margem sul do rio Tejo em frente à capital).[177][178]
O Carnaval em Lisboa é festejado principalmente nas escolas. Algumas escolas organizam desfiles, que percorrem algumas ruas da cidade (principalmente a Rua Augusta). O mais antigo é o desfile da Escola de Artes Decorativas António Arroio. Nas instituições recreativas e, no Bairro Alto também se pode admirar festas relacionadas com o Carnaval.[179]
- Outros
A Moda Lisboa aquece o Inverno mais suave de todas as capitais europeias com vários desfiles de moda, onde vários criadores portugueses e estrangeiros mostram as suas tendências.[180]
Lisboa, é também palco de outros inúmeros eventos culturais. O Lisbonarte, consiste em várias exposições de artes plásticas nas galerias de arte lisboetas. Vários artistas expõem os seus trabalhos ao público.[181] No teatro, a Mostra de Teatro Jovem consiste na representação de várias peças teatrais, pelos futuros artistas.[carece de fontes]
Na literatura, a Feira do Livro de Lisboa, um certame que se realiza anualmente desde Maio de 1930 em Lisboa. A Feira decorre, em geral, nos últimos dias de Maio. A sua localização actual é o Parque Eduardo VII. Nesta feira são, geralmente, convidados vários autores de diversos livros para sessões de autógrafos. São óptimas ocasiões para comprar livros a preços mais baixos.
Outros eventos incluem o Festival dos Oceanos, que ocorre todos os anos em Agosto, no Parque das Nações; o Experimentadesign, um mega-festival de design realizado de dois em dois anos em Setembro; e a LisboaPhoto, uma exposição, onde vários fotógrafos podem expor as suas fotos ao público. Desde 2006 que se realiza em Lisboa um evento dedicado exclusivamente à Luz (um evento bianual), o Luzboa. Pela cidade são espalhados várias instalações criadas por artistas plásticos centradas no tema Luz. Bairro Alto, Baixa, Avenida, são alguns dos locais que recebem este espectáculo.[182]
Há vários anos que, no dia 1 de Dezembro, é organizado na Praça dos Restauradores uma grande cerimónia que envolvem várias entidades, políticas, civis e militares, para homenagear a Restauração da Independência de Portugal. Durante 44 anos, Lisboa foi na maior parte das vezes a sede do Festival RTP da Canção. Este festival serve para eleger um representante, que irá representar o país, noutro país europeu, vencedor da edição anterior do Festival Eurovisão da Canção.[carece de fontes]
Espaços públicos e museus
Lisboa dispõe de três universidades públicas, a Universidade de Lisboa, a Universidade Técnica de Lisboa e a Universidade Nova de Lisboa e diversas universidades privadas. A cidade está equipada com diversas bibliotecas, sendo a mais importante a Biblioteca Nacional, e arquivos, nomeadamente o Arquivo Histórico Militar e o Arquivo Histórico Ultramarino entre outros, no entanto o que merece maior destaque, por ser um dos mais importantes arquivos do mundo, é a Torre do Tombo.[carece de fontes]
Entre os museus destacam-se: Museu Nacional de Arte Antiga, com a mais importante colecção nacional de pintura antiga; Museu Calouste Gulbenkian, cuja colecção diversificada inclui seis mil peças de arte de vários períodos históricos; Museu do Chiado, com uma colecção de arte portuguesa a partir do século XIX; Museu-Colecção Berardo, onde é apresentada uma colecção de arte moderna e contemporânea internacional em paralelo com mostras de arte contemporânea; Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão onde, a par de exposições temporárias se expõe um núcleo permanente de arte portuguesa dos séculos XX e XXI; Museu Nacional dos Coches, o mais visitado do país, com a maior colecção de coches do mundo; Museu da Electricidade com uma exposição permanente onde se mostra a produção de energia e a maquinaria da antiga Central Tejo misturando ciência e diversão; Oceanário de Lisboa, com a sua impressionante colecção de espécies vivas; Museu Militar de Lisboa, com uma exposição permanente de armamento de diversas épocas.[carece de fontes]
Outros museus e centros culturais: Museu Arpad Szenes - Vieira da Silva; Museu Rafael Bordalo Pinheiro; Museu do Design e da Moda; Museu de Artes Decorativas; Museu Nacional de Arqueologia; Museu Nacional do Traje; Museu do Oriente; Museu Nacional do Azulejo; Museu da Farmácia; Museu de Marinha; Museu da Água; Museu da Companhia Carris de Ferro de Lisboa; Casa-Museu de Fernando Pessoa; Fundação José Saramago.[carece de fontes]
Nas salas de espectáculos destacam-se o Coliseu dos Recreios, a Aula Magna da Universidade de Lisboa, o Fórum Lisboa, os auditórios da Fundação Calouste Gulbenkian, do Centro Cultural de Belém e da Culturgest, o Pavilhão Atlântico e a Praça de Touros do Campo Pequeno, para além dos diversos teatros e cinemas existentes.[carece de fontes]
Lisboa dispõe de três universidades públicas, a Universidade de Lisboa, a Universidade Técnica de Lisboa e a Universidade Nova de Lisboa e diversas universidades privadas. A cidade está equipada com diversas bibliotecas, sendo a mais importante a Biblioteca Nacional, e arquivos, nomeadamente o Arquivo Histórico Militar e o Arquivo Histórico Ultramarino entre outros, no entanto o que merece maior destaque, por ser um dos mais importantes arquivos do mundo, é a Torre do Tombo.[carece de fontes]
Entre os museus destacam-se: Museu Nacional de Arte Antiga, com a mais importante colecção nacional de pintura antiga; Museu Calouste Gulbenkian, cuja colecção diversificada inclui seis mil peças de arte de vários períodos históricos; Museu do Chiado, com uma colecção de arte portuguesa a partir do século XIX; Museu-Colecção Berardo, onde é apresentada uma colecção de arte moderna e contemporânea internacional em paralelo com mostras de arte contemporânea; Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão onde, a par de exposições temporárias se expõe um núcleo permanente de arte portuguesa dos séculos XX e XXI; Museu Nacional dos Coches, o mais visitado do país, com a maior colecção de coches do mundo; Museu da Electricidade com uma exposição permanente onde se mostra a produção de energia e a maquinaria da antiga Central Tejo misturando ciência e diversão; Oceanário de Lisboa, com a sua impressionante colecção de espécies vivas; Museu Militar de Lisboa, com uma exposição permanente de armamento de diversas épocas.[carece de fontes]
Outros museus e centros culturais: Museu Arpad Szenes - Vieira da Silva; Museu Rafael Bordalo Pinheiro; Museu do Design e da Moda; Museu de Artes Decorativas; Museu Nacional de Arqueologia; Museu Nacional do Traje; Museu do Oriente; Museu Nacional do Azulejo; Museu da Farmácia; Museu de Marinha; Museu da Água; Museu da Companhia Carris de Ferro de Lisboa; Casa-Museu de Fernando Pessoa; Fundação José Saramago.[carece de fontes]
Nas salas de espectáculos destacam-se o Coliseu dos Recreios, a Aula Magna da Universidade de Lisboa, o Fórum Lisboa, os auditórios da Fundação Calouste Gulbenkian, do Centro Cultural de Belém e da Culturgest, o Pavilhão Atlântico e a Praça de Touros do Campo Pequeno, para além dos diversos teatros e cinemas existentes.[carece de fontes]
Monumentos e bairros históricos
Ver artigo principal: Lista de património edificado em LisboaA Baixa Pombalina e Chiado são o "coração" da cidade. Foi edificada sobre as ruínas da antiga cidade de Lisboa, destruída pelo grande Terramoto de 1755. A sua edificação obedeceu a um rigoroso plano urbanístico, segundo um modelo reticular de rua/quarteirão, obedecendo à filosofia do Iluminismo. A reedificação da baixa de Lisboa após o terramoto constituiu o primeiro caso de construção tipificada, normalizada e em "série" da humanidade. Os seus autores foram Manuel da Maia e Eugénio dos Santos e a decisão política deve-se ao Marquês de Pombal, ministro d'El Rei D. José I. A Baixa é também a maior zona comercial da cidade de Lisboa. Nas proximidades e com interesse histórico são ainda a Praça dos Restauradores e o Elevador de Santa Justa, projectado em finais do século XIX por Mesnier du Ponsard. Na baixa também se localiza a Praça do Comércio, também conhecida como Terreiro do Paço, o Rossio, ou Praça Dom Pedro V, Chiado, o Convento do Carmo e a Praça dos Restauradores.[carece de fontes]
Alfama é um dos bairros mais típicos de Lisboa, com sua arquitectura típica cidade árabe e medieval com ruas estreitas, sendo um dos poucos sítios de Lisboa que sobreviveu ao Terremoto de Lisboa de 1755. É em Alfama que se encontram a maioria das casas de Fado, onde se pode desfrutar de vários espectáculos ao vivo. Em Alfama, distinguem-se o Castelo de São Jorge, na colina mais alta do centro da cidade, a Sé de Lisboa, o Panteão Nacional e a Feira da Ladra e o Miradouro de Santa Luzia.[carece de fontes]
O Bairro Alto é um bairros típicos de Lisboa, situado no centro da cidade, acima da baixa pombalina. É uma zona de comércio, entretenimento e habitacional. Actualmente, o Bairro Alto é um lugar de "reunião" entre os jovens da cidade, e uma das principais zonas de divertimento nocturno da capital. Aqui concentram-se tribos urbanas, que possuem os seus lugares de reunião próprios. O fado, ainda sobrevive nas noites do bairro. As pessoas que visitam o Bairro Alto durante a noite são uma miscelânea de locais e de turistas.[carece de fontes]
Junto à zona ribeirinha do Tejo, a Poente do centro da cidade, encontra-se a freguesia de Belém, representante da cidade da época dos Descobrimentos. Podemos ver nesta zona duas construções classificadas pela UNESCO como Património da Humanidade: o Mosteiro dos Jerónimos, mandado construir pelo Rei D. Manuel I em 1501 e o melhor exemplo do denominado Estilo Manuelino, cuja inspiração provém dos descobrimentos, estando também associado ao estilo gótico e algumas influências renascentistas. O mosteiro custou o equivalente a 70 kg de ouro por ano, suportados pelo comércio de especiarias. Os restos mortais de Luís Vaz de Camões, autor de Os Lusíadas, repousam no Mosteiro, e também o grande descobridor Vasco da Gama.[carece de fontes]
Muito perto do Mosteiro dos Jerónimos, encontra-se a Torre de Belém, construção militar de vigia na barra do Tejo, o grande "ex-libris" da cidade de Lisboa e uma preciosidade arquitectónica. Para além disto, é em Bélem que se encontram o Padrão dos Descobrimentos, o Palácio de Belém, residência oficial do Presidente da República, o Museu Nacional dos Coches, o Museu da Electricidade, a Igreja da Memória e o Centro Cultural de Belém.[carece de fontes]
A freguesia da Estrela inclui um dos parques mais famosos e antigos da capital, o Jardim da Estrela, que foi criado há mais de 100 anos, e foi inspirado pelo Hyde Park, em Londres. A Basílica da Estrela, com um estilo Barroco-Neoclássico, é a principal atracção desta zona da cidade. A Assembleia da República e o Cemitério dos Prazeres, são também outros dois pontos importantes da cidade, que se localizam neste zona da cidade.[carece de fontes]
Representante da Lisboa moderna, o Parque das Nações nasceu em 1998, para acolher a exposição mundial Expo 98 subordinada ao tema dos Oceanos. A exposição abriu a 22 de Maio de 1998, dia em que se celebraram os 500 anos da descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama. Com tudo isto, a zona oriental da cidade chamada Parque das Nações tornou-se na zona mais moderna de Lisboa e mesmo de Portugal, e Lisboa ganhou imensas estruturas, como a Torre São Rafael e Torre São Gabriel, ambas com 110 metros de altura, as mais altas estruturas de Lisboa e de Portugal). As principais atracções do bairro são: o Oceanário de Lisboa, o Pavilhão Atlântico, o Pavilhão de Portugal, a Torre Vasco da Gama, a Ponte Vasco da Gama e o Gare do Oriente, do arquitecto Santiago Calatrava.[carece de fontes]
A freguesia do Beato (Lisboa) destaca-se pela nova dinâmica cultural que tem vindo a conhecer no século XXI. Os bairros de manufatura e as instalações industriais à beira-rio são o palco de eleição para galerias de arte contemporânea, vida noturna, mercados, restaurantes e museus, como o Museu Nacional do Azulejo ou o Palácio do Grilo.[183][184][185]
Do início do século XVIII o monumento mais significativo é o Aqueduto das Águas Livres.[186] De referir ainda os palácios reais das Necessidades e da Ajuda, na parte Oeste da cidade. Em finais do século XIX os planos urbanísticos permitiram estender a cidade além da Baixa para o vale da actual Avenida da Liberdade. Em 1934 é construída a Praça do Marquês de Pombal,[187] remate superior da avenida. No século XX sobressaem os extensos planos urbanísticos das Avenidas Novas, da envolvente da Universidade de Lisboa (Cidade Universitária), e da zona dos Olivais, e os mais recentes do Parque das Nações e da Alta de Lisboa, ainda em construção.[carece de fontes]
A Baixa Pombalina e Chiado são o "coração" da cidade. Foi edificada sobre as ruínas da antiga cidade de Lisboa, destruída pelo grande Terramoto de 1755. A sua edificação obedeceu a um rigoroso plano urbanístico, segundo um modelo reticular de rua/quarteirão, obedecendo à filosofia do Iluminismo. A reedificação da baixa de Lisboa após o terramoto constituiu o primeiro caso de construção tipificada, normalizada e em "série" da humanidade. Os seus autores foram Manuel da Maia e Eugénio dos Santos e a decisão política deve-se ao Marquês de Pombal, ministro d'El Rei D. José I. A Baixa é também a maior zona comercial da cidade de Lisboa. Nas proximidades e com interesse histórico são ainda a Praça dos Restauradores e o Elevador de Santa Justa, projectado em finais do século XIX por Mesnier du Ponsard. Na baixa também se localiza a Praça do Comércio, também conhecida como Terreiro do Paço, o Rossio, ou Praça Dom Pedro V, Chiado, o Convento do Carmo e a Praça dos Restauradores.[carece de fontes]
Alfama é um dos bairros mais típicos de Lisboa, com sua arquitectura típica cidade árabe e medieval com ruas estreitas, sendo um dos poucos sítios de Lisboa que sobreviveu ao Terremoto de Lisboa de 1755. É em Alfama que se encontram a maioria das casas de Fado, onde se pode desfrutar de vários espectáculos ao vivo. Em Alfama, distinguem-se o Castelo de São Jorge, na colina mais alta do centro da cidade, a Sé de Lisboa, o Panteão Nacional e a Feira da Ladra e o Miradouro de Santa Luzia.[carece de fontes]
O Bairro Alto é um bairros típicos de Lisboa, situado no centro da cidade, acima da baixa pombalina. É uma zona de comércio, entretenimento e habitacional. Actualmente, o Bairro Alto é um lugar de "reunião" entre os jovens da cidade, e uma das principais zonas de divertimento nocturno da capital. Aqui concentram-se tribos urbanas, que possuem os seus lugares de reunião próprios. O fado, ainda sobrevive nas noites do bairro. As pessoas que visitam o Bairro Alto durante a noite são uma miscelânea de locais e de turistas.[carece de fontes]
Junto à zona ribeirinha do Tejo, a Poente do centro da cidade, encontra-se a freguesia de Belém, representante da cidade da época dos Descobrimentos. Podemos ver nesta zona duas construções classificadas pela UNESCO como Património da Humanidade: o Mosteiro dos Jerónimos, mandado construir pelo Rei D. Manuel I em 1501 e o melhor exemplo do denominado Estilo Manuelino, cuja inspiração provém dos descobrimentos, estando também associado ao estilo gótico e algumas influências renascentistas. O mosteiro custou o equivalente a 70 kg de ouro por ano, suportados pelo comércio de especiarias. Os restos mortais de Luís Vaz de Camões, autor de Os Lusíadas, repousam no Mosteiro, e também o grande descobridor Vasco da Gama.[carece de fontes]
Muito perto do Mosteiro dos Jerónimos, encontra-se a Torre de Belém, construção militar de vigia na barra do Tejo, o grande "ex-libris" da cidade de Lisboa e uma preciosidade arquitectónica. Para além disto, é em Bélem que se encontram o Padrão dos Descobrimentos, o Palácio de Belém, residência oficial do Presidente da República, o Museu Nacional dos Coches, o Museu da Electricidade, a Igreja da Memória e o Centro Cultural de Belém.[carece de fontes]
A freguesia da Estrela inclui um dos parques mais famosos e antigos da capital, o Jardim da Estrela, que foi criado há mais de 100 anos, e foi inspirado pelo Hyde Park, em Londres. A Basílica da Estrela, com um estilo Barroco-Neoclássico, é a principal atracção desta zona da cidade. A Assembleia da República e o Cemitério dos Prazeres, são também outros dois pontos importantes da cidade, que se localizam neste zona da cidade.[carece de fontes]
Representante da Lisboa moderna, o Parque das Nações nasceu em 1998, para acolher a exposição mundial Expo 98 subordinada ao tema dos Oceanos. A exposição abriu a 22 de Maio de 1998, dia em que se celebraram os 500 anos da descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama. Com tudo isto, a zona oriental da cidade chamada Parque das Nações tornou-se na zona mais moderna de Lisboa e mesmo de Portugal, e Lisboa ganhou imensas estruturas, como a Torre São Rafael e Torre São Gabriel, ambas com 110 metros de altura, as mais altas estruturas de Lisboa e de Portugal). As principais atracções do bairro são: o Oceanário de Lisboa, o Pavilhão Atlântico, o Pavilhão de Portugal, a Torre Vasco da Gama, a Ponte Vasco da Gama e o Gare do Oriente, do arquitecto Santiago Calatrava.[carece de fontes]
A freguesia do Beato (Lisboa) destaca-se pela nova dinâmica cultural que tem vindo a conhecer no século XXI. Os bairros de manufatura e as instalações industriais à beira-rio são o palco de eleição para galerias de arte contemporânea, vida noturna, mercados, restaurantes e museus, como o Museu Nacional do Azulejo ou o Palácio do Grilo.[183][184][185]
Do início do século XVIII o monumento mais significativo é o Aqueduto das Águas Livres.[186] De referir ainda os palácios reais das Necessidades e da Ajuda, na parte Oeste da cidade. Em finais do século XIX os planos urbanísticos permitiram estender a cidade além da Baixa para o vale da actual Avenida da Liberdade. Em 1934 é construída a Praça do Marquês de Pombal,[187] remate superior da avenida. No século XX sobressaem os extensos planos urbanísticos das Avenidas Novas, da envolvente da Universidade de Lisboa (Cidade Universitária), e da zona dos Olivais, e os mais recentes do Parque das Nações e da Alta de Lisboa, ainda em construção.[carece de fontes]
Gastronomia
A gastronomia de Lisboa está influenciada pela sua proximidade do mar. Especialidades tipicamente lisboetas são as pataniscas de bacalhau e os peixinhos da horta. Também se pode desfrutar das saborosas sardinhas (principalmente nas épocas festivas, como no Santo António). O famoso Bife à Café, é outro ex-libris alimentar da capital. O doce mais famoso de Lisboa, é o Pastel de Nata, cujos mais famosos são os de Belém, que são feitos numa antiga fabrica na Freguesia de Belém. Reza a lenda, que há mais de 500 anos, uma cozinheira, não tinha ingredientes suficientes para fazer um doce, e que resolveu inventar, ai nasceram os Pastéis de Belém. Foram fabricados durante anos no Mosteiro dos Jerónimos, em Belém, só há poucos anos é que mudaram o seu local de fabricação. Nas salas de espectáculos destacam-se o Coliseu dos Recreios, a Aula Magna da Universidade de Lisboa, o Fórum Lisboa, os auditórios da Fundação Calouste Gulbenkian, do Centro Cultural de Belém e da Culturgest, o Pavilhão Atlântico e a Praça de Touros do Campo Pequeno, para além dos diversos teatros e cinemas.[carece de fontes]
A gastronomia de Lisboa está influenciada pela sua proximidade do mar. Especialidades tipicamente lisboetas são as pataniscas de bacalhau e os peixinhos da horta. Também se pode desfrutar das saborosas sardinhas (principalmente nas épocas festivas, como no Santo António). O famoso Bife à Café, é outro ex-libris alimentar da capital. O doce mais famoso de Lisboa, é o Pastel de Nata, cujos mais famosos são os de Belém, que são feitos numa antiga fabrica na Freguesia de Belém. Reza a lenda, que há mais de 500 anos, uma cozinheira, não tinha ingredientes suficientes para fazer um doce, e que resolveu inventar, ai nasceram os Pastéis de Belém. Foram fabricados durante anos no Mosteiro dos Jerónimos, em Belém, só há poucos anos é que mudaram o seu local de fabricação. Nas salas de espectáculos destacam-se o Coliseu dos Recreios, a Aula Magna da Universidade de Lisboa, o Fórum Lisboa, os auditórios da Fundação Calouste Gulbenkian, do Centro Cultural de Belém e da Culturgest, o Pavilhão Atlântico e a Praça de Touros do Campo Pequeno, para além dos diversos teatros e cinemas.[carece de fontes]
Desportos
Ver artigo principal: Lista das instalações desportivas do Município de LisboaO futebol é o desporto mais popular de Lisboa. Os clubes de futebol mais destacados são o Sport Lisboa e Benfica (SLB) e o Sporting Clube de Portugal (SCP), conhecidos apenas por Benfica e Sporting respectivamente. Estes clubes jogam nas mais altas modalidades desportivas nacionais e internacionais: o Benfica joga no Estádio da Luz, com 65 mil lugares sentados e com a distinção de 5 estrelas pela UEFA. Já ganhou duas vezes a Liga dos Campeões da UEFA, tendo já chegado um total de 7 vezes à final. Os seus jogadores mais famosos são Eusébio (Bola de Ouro, Bota de Ouro por 2 vezes), Rui Costa (FIFA 100), Nuno Gomes e Simão Sabrosa. O Sporting joga no Estádio José Alvalade, com uma capacidade para 50 mil pessoas com a distinção de 5 estrelas pela UEFA. Vencedor da Taça dos Clubes Vencedores de Taças e finalista, por uma ocasião, da Taça UEFA, é o segundo clube na Europa com mais títulos no conjunto de todas as modalidades, apenas suplantado pelo FC Barcelona, e o terceiro clube europeu com mais taças europeias conquistadas (25).[188] Os jogadores mais famosos que surgiram no Sporting são Luís Figo e Cristiano Ronaldo, ambos distinguidos como "Melhor Jogador do Mundo" pela FIFA (FIFA World Player) e ambos vencedores da "Bola de Ouro". Outro clube desportivo importante é o Belenenses, com uma grande tradição no desporto português. O Belenenses é a terceira equipa de futebol da cidade, jogando no Estádio do Restelo e competindo na Primeira Liga. Porém, atrás dos clubes anteriores, com um número de sócios muito inferior.[carece de fontes]
O Futsal é, provavelmente, o segundo desporto mais popular da capital, havendo três equipas profissionais na Liga Sport Zone sediadas na cidade: Sporting CP, SL Benfica e Belenenses. O Basquetebol profissional tem cada vez mais seguidores. Belenenses e Benfica possuem equipas profissionais, jogando na primeira divisão, e Lisboa foi a sede do Mundial Masculino de Basquetebol de 2003, disputado no Pavilhão Atlântico. Outro desporto popular é o hóquei: a Selecção Portuguesa de Hóquei ganhou 15 títulos de campeão do mundo e obteve um grande apoio dos cidadãos. Na cidade, praticam-se muitos outros desportos, com destaque para os desportos náuticos, como vela e remo, mas também golfe, ciclismo, etc. As principais instituições desportivas lisboetas além das referidas são: Ginásio Clube Português, Associação Naval de Lisboa, Clube Naval de Lisboa, Casa Pia Atlético Clube, Atlético Clube de Portugal, CDUL – Rugby, Grupo Desportivo de Direito.[carece de fontes]
A Meia Maratona de Lisboa realiza-se todos os anos no mês de Março, e conta com a participação de milhares de concorrentes de vários países, profissionais e amadores. Existem sempre dois estilos de provas, uma curta para amadores que não se sintam muito preparados, e uma mais longa para profissionais, e quem quiser arriscar.[189][190] A parte principal da corrida/maratona é quando os participantes atravessam a Ponte 25 de Abril. Em 2014, Lisboa sediou a Final da Liga dos Campeões da UEFA de 2013–14 e a Final da Liga dos Campeões da UEFA de Futebol Feminino de 2013–14.[carece de fontes]
O futebol é o desporto mais popular de Lisboa. Os clubes de futebol mais destacados são o Sport Lisboa e Benfica (SLB) e o Sporting Clube de Portugal (SCP), conhecidos apenas por Benfica e Sporting respectivamente. Estes clubes jogam nas mais altas modalidades desportivas nacionais e internacionais: o Benfica joga no Estádio da Luz, com 65 mil lugares sentados e com a distinção de 5 estrelas pela UEFA. Já ganhou duas vezes a Liga dos Campeões da UEFA, tendo já chegado um total de 7 vezes à final. Os seus jogadores mais famosos são Eusébio (Bola de Ouro, Bota de Ouro por 2 vezes), Rui Costa (FIFA 100), Nuno Gomes e Simão Sabrosa. O Sporting joga no Estádio José Alvalade, com uma capacidade para 50 mil pessoas com a distinção de 5 estrelas pela UEFA. Vencedor da Taça dos Clubes Vencedores de Taças e finalista, por uma ocasião, da Taça UEFA, é o segundo clube na Europa com mais títulos no conjunto de todas as modalidades, apenas suplantado pelo FC Barcelona, e o terceiro clube europeu com mais taças europeias conquistadas (25).[188] Os jogadores mais famosos que surgiram no Sporting são Luís Figo e Cristiano Ronaldo, ambos distinguidos como "Melhor Jogador do Mundo" pela FIFA (FIFA World Player) e ambos vencedores da "Bola de Ouro". Outro clube desportivo importante é o Belenenses, com uma grande tradição no desporto português. O Belenenses é a terceira equipa de futebol da cidade, jogando no Estádio do Restelo e competindo na Primeira Liga. Porém, atrás dos clubes anteriores, com um número de sócios muito inferior.[carece de fontes]
O Futsal é, provavelmente, o segundo desporto mais popular da capital, havendo três equipas profissionais na Liga Sport Zone sediadas na cidade: Sporting CP, SL Benfica e Belenenses. O Basquetebol profissional tem cada vez mais seguidores. Belenenses e Benfica possuem equipas profissionais, jogando na primeira divisão, e Lisboa foi a sede do Mundial Masculino de Basquetebol de 2003, disputado no Pavilhão Atlântico. Outro desporto popular é o hóquei: a Selecção Portuguesa de Hóquei ganhou 15 títulos de campeão do mundo e obteve um grande apoio dos cidadãos. Na cidade, praticam-se muitos outros desportos, com destaque para os desportos náuticos, como vela e remo, mas também golfe, ciclismo, etc. As principais instituições desportivas lisboetas além das referidas são: Ginásio Clube Português, Associação Naval de Lisboa, Clube Naval de Lisboa, Casa Pia Atlético Clube, Atlético Clube de Portugal, CDUL – Rugby, Grupo Desportivo de Direito.[carece de fontes]
A Meia Maratona de Lisboa realiza-se todos os anos no mês de Março, e conta com a participação de milhares de concorrentes de vários países, profissionais e amadores. Existem sempre dois estilos de provas, uma curta para amadores que não se sintam muito preparados, e uma mais longa para profissionais, e quem quiser arriscar.[189][190] A parte principal da corrida/maratona é quando os participantes atravessam a Ponte 25 de Abril. Em 2014, Lisboa sediou a Final da Liga dos Campeões da UEFA de 2013–14 e a Final da Liga dos Campeões da UEFA de Futebol Feminino de 2013–14.[carece de fontes]
Ver também
Terra Nova
(Redirecionado de Newfoundland)Esta página cita fontes confiáveis, mas que não cobrem todo o conteúdo. (Setembro de 2012)
Nota: Este artigo é sobre a ilha canadense. Para a província, veja Terra Nova e Labrador. Para outros significados, veja Terra Nova (desambiguação).Terra Nova Localização no Canadá Coordenadas: 49º N 56º O Geografia física País Canadá Localização Oceano Atlântico Ponto culminante Lewis Hills, 814 m Área 111 390 km² Perímetro 9 656 km Geografia humana População 479538[1] ((2016))
Mapa da ilha da Terra Nova.
A ilha da Terra Nova (em inglês Newfoundland, em francês Terre-Neuve, em mi'kmaq Taqamkuk, em irlandês Talamh an Éisc, em inuttitut Kallunasillik / Ikkarumikluak[2]) encontra-se no noroeste do Oceano Atlântico. Juntamente com Labrador, forma a província canadense da Terra Nova e Labrador, e onde se encontra a maior parte da sua população.
A ilha está separada do continente americano pelo Estreito de Belle Isle e da Ilha do Cabo Bretão pelo Estreito de Cabot. Obstrui a foz do Rio de São Lourenço e dá origem ao golfo homónimo e maior estuário mundial. O território mais próximo é a coletividade ultramarina francesa de São Pedro e Miguelão.
Conta com uma área de 108.860 km², é a 16.ª maior do mundo, a 4.ª maior do Canadá e a 1.ª maior excluindo as ilhas do Norte. A capital provincial, São João da Terra Nova, está localizada na costa sudoeste da ilha e o Cabo da Esperança, a sul, é o ponto mais oriental da América do Norte, excluindo a Gronelândia.
De acordo com o censo de 2006, 57% dos inquiridos declaram ter ascendência britânica ou irlandesa. 43,2% declara ter pelo menos um parente inglês, 21,5% pelo menos um parente irlandês e 7% um parente de origem escocesa. Além do mais, 6,1% têm pelo menos um parente francês. A população total da ilha de acordo com o censo é de 479,105 habitantes.
Na área conhecida como Iceberg Alley, ao largo da costa da ilha, situa-se o ponto exato do afundamento do transatlântico RMS Titanic, em 1912. Entre 1882 e 1890, foi palco de 14 acidentes semelhantes. Após este acidente, um acordo internacional levou à formação da Patrulha Internacional do Gelo.[3]
Esta página cita fontes confiáveis, mas que não cobrem todo o conteúdo. (Setembro de 2012) |
Terra Nova | |
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Localização no Canadá | |
Coordenadas: | |
49º N 56º O | |
Geografia física | |
País | Canadá |
Localização | Oceano Atlântico |
Ponto culminante | Lewis Hills, 814 m |
Área | 111 390 km² |
Perímetro | 9 656 km |
Geografia humana | |
População | 479538[1] ((2016)) |
Mapa da ilha da Terra Nova. |
A ilha da Terra Nova (em inglês Newfoundland, em francês Terre-Neuve, em mi'kmaq Taqamkuk, em irlandês Talamh an Éisc, em inuttitut Kallunasillik / Ikkarumikluak[2]) encontra-se no noroeste do Oceano Atlântico. Juntamente com Labrador, forma a província canadense da Terra Nova e Labrador, e onde se encontra a maior parte da sua população.
A ilha está separada do continente americano pelo Estreito de Belle Isle e da Ilha do Cabo Bretão pelo Estreito de Cabot. Obstrui a foz do Rio de São Lourenço e dá origem ao golfo homónimo e maior estuário mundial. O território mais próximo é a coletividade ultramarina francesa de São Pedro e Miguelão.
Conta com uma área de 108.860 km², é a 16.ª maior do mundo, a 4.ª maior do Canadá e a 1.ª maior excluindo as ilhas do Norte. A capital provincial, São João da Terra Nova, está localizada na costa sudoeste da ilha e o Cabo da Esperança, a sul, é o ponto mais oriental da América do Norte, excluindo a Gronelândia.
De acordo com o censo de 2006, 57% dos inquiridos declaram ter ascendência britânica ou irlandesa. 43,2% declara ter pelo menos um parente inglês, 21,5% pelo menos um parente irlandês e 7% um parente de origem escocesa. Além do mais, 6,1% têm pelo menos um parente francês. A população total da ilha de acordo com o censo é de 479,105 habitantes.
Na área conhecida como Iceberg Alley, ao largo da costa da ilha, situa-se o ponto exato do afundamento do transatlântico RMS Titanic, em 1912. Entre 1882 e 1890, foi palco de 14 acidentes semelhantes. Após este acidente, um acordo internacional levou à formação da Patrulha Internacional do Gelo.[3]
Índice
História[editar | editar código-fonte]
A história da Terra Nova antes da sua colonização é algo obscura. Crê-se que os primeiros humanos tenham visitado a região há cerca de 10.000 anos, no sul de Labrador.[4][5] Sabe-se que estavam inseridos na cultura Arcaica Marítima, subsistindo da caça e pesca no subártico[6] e que deram lugar a grupos paleoesquimós (povos Dorset e Groswater;[7][8] posteriormente Índios Recentes — índios de Little Passage Complex[9]), antecessores dos Beothuk.[10] Provas arqueológicas da sua presença encontram-se em L'Anse Amour, no estreito de Belle Isle, por onde se crê que há 4000 anos tenham cruzado em direção à ilha da Terra Nova.[4] No entanto, a partir desse perídodo torna-se difícil certificar a presença dos povos índios e nórdicos na zona. Os vestígios dos primeiros são escassos,[11] e só com a chegada das primeiras expedições se pode reafirmar com convicção a sua presença.[12][13][14] Quanto aos segundos, a natureza dos relatos, de teor literário — sagas da Gronelândia e de Erik, o Vermelho — tornam complicado definir com precisão qual foi o primeiro ponto de contacto dos europeus com o continente americano. A hipótese de que a Terra Nova tenha sido o terceiro local avistado por Leif Ericson, Vinlândia,[15] foi contestada, sendo provável que este nome se referisse a uma área geográfica mais abrangente, de Anse-aux-Meadows para sul até ao Rio São Lourenço e Novo Brunswick.[16][17] A certeza existe, porém, de que o lugar de Anse-aux-Meadows foi estabelecido por viquingues,[18] e que quando os primeiros exploradores chegaram à ilha, os Beothuk eram os seus únicos habitantes.[13][14]
É em finais do século XV que se intensifica o contato com os europeus, que se deve sobretudo à corrida por encontrar um novo caminho marítimo para o Oriente, dando aso a várias expedições de ingleses, portugueses e franceses. A primeira visita do seu tipo à ilha pode ser atribuída a Giovanni Caboto, navegador genovês a serviço do rei Henrique VII de Inglaterra. A expedição parte de Bristol em 1497, apesar de não existir um consenso sobre o local exato por ele avistado.[19] Qualquer que seja o caso, o Reino de Portugal assevera à coroa inglesa o nulo direito desta à colonização da área, de acordo com o estipulado no Tratado de Tordesilhas.[20] Em resposta, acaba por patrocinar as expedições de João Álvares Fagundes e dos irmãos Gaspar e Miguel Corte Real em 1501 e 1502.[19][21] Estes mapearam a costa da então chamada Terra Nova dos Bacalhaos[22] numa tentativa malfadada de encontrar a Passagem do Noroeste.[23] Do ponto de vista português, isto traduziu-se numa hipótese futura de expansão do seu império para noroeste do Atlântico.[19] No entanto, a principal vantagem a ser obtida da potencial colonização, a pesca do bacalhau, poderia facilmente ser contornada através de trocas comerciais por outros recursos mais valiosos provenientes da Ásia e América. Assim, Portugal faz pouca questão de concretizar essa expansão. No entanto, e até à primeira metade do século XVI, ainda mantinha alguma influência na pesca do bacalhau.[23] Pela mesma altura, embarcações inglesas começam a frequentar os bancos de pesca da Terra Nova. A 5 de agosto de 1583, Sir Humphrey Gilbert reivindica a Terra Nova como a primeira colónia ultramarina inglesa, por Decreto Régio da rainha Isabel I de Inglaterra, estabelecendo oficialmente as bases daquilo que mais tarde seria o Império Britânico[4].[24] É portanto considerada a mais antiga colónia britânica.[25]
Os emigrantes europeus deram origem a vários dialetos associados ao estabelecimento de povoados na ilha, nomeadamente às variedades de inglês e francês autóctonas. Até o século XIX, era também lar das variedades próprias de gaélico escocês (particularmente pela área do Vale de Codroy) e, até ao século XX, de gaélico irlandês. Os topónimos das duas línguas são indicativas da ligação à pesca por parte dos imigrantes, com Eilean a' Trosg[26] (Ilha do Bacalhau) e Talamh an Éisc (Terra do Peixe) como nomes escoceses e irlandeses, respetivamente.
A história da Terra Nova antes da sua colonização é algo obscura. Crê-se que os primeiros humanos tenham visitado a região há cerca de 10.000 anos, no sul de Labrador.[4][5] Sabe-se que estavam inseridos na cultura Arcaica Marítima, subsistindo da caça e pesca no subártico[6] e que deram lugar a grupos paleoesquimós (povos Dorset e Groswater;[7][8] posteriormente Índios Recentes — índios de Little Passage Complex[9]), antecessores dos Beothuk.[10] Provas arqueológicas da sua presença encontram-se em L'Anse Amour, no estreito de Belle Isle, por onde se crê que há 4000 anos tenham cruzado em direção à ilha da Terra Nova.[4] No entanto, a partir desse perídodo torna-se difícil certificar a presença dos povos índios e nórdicos na zona. Os vestígios dos primeiros são escassos,[11] e só com a chegada das primeiras expedições se pode reafirmar com convicção a sua presença.[12][13][14] Quanto aos segundos, a natureza dos relatos, de teor literário — sagas da Gronelândia e de Erik, o Vermelho — tornam complicado definir com precisão qual foi o primeiro ponto de contacto dos europeus com o continente americano. A hipótese de que a Terra Nova tenha sido o terceiro local avistado por Leif Ericson, Vinlândia,[15] foi contestada, sendo provável que este nome se referisse a uma área geográfica mais abrangente, de Anse-aux-Meadows para sul até ao Rio São Lourenço e Novo Brunswick.[16][17] A certeza existe, porém, de que o lugar de Anse-aux-Meadows foi estabelecido por viquingues,[18] e que quando os primeiros exploradores chegaram à ilha, os Beothuk eram os seus únicos habitantes.[13][14]
É em finais do século XV que se intensifica o contato com os europeus, que se deve sobretudo à corrida por encontrar um novo caminho marítimo para o Oriente, dando aso a várias expedições de ingleses, portugueses e franceses. A primeira visita do seu tipo à ilha pode ser atribuída a Giovanni Caboto, navegador genovês a serviço do rei Henrique VII de Inglaterra. A expedição parte de Bristol em 1497, apesar de não existir um consenso sobre o local exato por ele avistado.[19] Qualquer que seja o caso, o Reino de Portugal assevera à coroa inglesa o nulo direito desta à colonização da área, de acordo com o estipulado no Tratado de Tordesilhas.[20] Em resposta, acaba por patrocinar as expedições de João Álvares Fagundes e dos irmãos Gaspar e Miguel Corte Real em 1501 e 1502.[19][21] Estes mapearam a costa da então chamada Terra Nova dos Bacalhaos[22] numa tentativa malfadada de encontrar a Passagem do Noroeste.[23] Do ponto de vista português, isto traduziu-se numa hipótese futura de expansão do seu império para noroeste do Atlântico.[19] No entanto, a principal vantagem a ser obtida da potencial colonização, a pesca do bacalhau, poderia facilmente ser contornada através de trocas comerciais por outros recursos mais valiosos provenientes da Ásia e América. Assim, Portugal faz pouca questão de concretizar essa expansão. No entanto, e até à primeira metade do século XVI, ainda mantinha alguma influência na pesca do bacalhau.[23] Pela mesma altura, embarcações inglesas começam a frequentar os bancos de pesca da Terra Nova. A 5 de agosto de 1583, Sir Humphrey Gilbert reivindica a Terra Nova como a primeira colónia ultramarina inglesa, por Decreto Régio da rainha Isabel I de Inglaterra, estabelecendo oficialmente as bases daquilo que mais tarde seria o Império Britânico[4].[24] É portanto considerada a mais antiga colónia britânica.[25]
Os emigrantes europeus deram origem a vários dialetos associados ao estabelecimento de povoados na ilha, nomeadamente às variedades de inglês e francês autóctonas. Até o século XIX, era também lar das variedades próprias de gaélico escocês (particularmente pela área do Vale de Codroy) e, até ao século XX, de gaélico irlandês. Os topónimos das duas línguas são indicativas da ligação à pesca por parte dos imigrantes, com Eilean a' Trosg[26] (Ilha do Bacalhau) e Talamh an Éisc (Terra do Peixe) como nomes escoceses e irlandeses, respetivamente.
Vexilologia[editar | editar código-fonte]
Pensa-se que a primeira bandeira representativa da Terra Nova, em uso no início do século XIX, incluía a imagem de um abeto verde sobre fundo rosado.[27] A primeira bandeira oficial da Terra Nova, arvorada por embarcações ao serviço do governo colonial, foi o Estandarte Azul da Terra Nova, adotado em 1870 e em uso até 1904, altura em que foi ligeiramente modificado. Em 1904, a coroa do Estandarte Azul foi substituída pelo Grande Selo da Terra Nova (tendo a real aprovação sido concedida em 1827) e o Parlamento Britânico designa os Estandartes Vermelhos e Azuis como as insígnias oficiais da ilha. Os estandartes com o Grande Selo da Terra Nova foram içadas oficialmente de 1904 até 1965, com o Estandarte Vermelho representativo da marinha mercante, e o Azul içado em navios governamentais (segundo a tradição britânica do uso de diferentes bandeiras para a marinha mercante e naval e para os navios governamentais).
A 26 de setembro de 1907, o rei Eduardo VII do Reino Unido declara a Colónia da Terra Nova como um Domínio independente dentro do Império Britânico, e até 1965, o Estandarte Vermelho foi usado como a insígnia civil do Domínio da Terra Nova, com o Azul reservado novamente para a identificação de navios governamentais. Em 1931, a Assembleia Nacional adota oficialmente a Bandeira da União como bandeira oficial do território, mantendo no entanto o uso oficial dos estandartes navais.[28]
A 31 de março de 1949, com a integração da Terra Nova na administração federal canadense, a Bandeira da União manteve o seu estatuto legal, com a designação de bandeira "nacional", o que foi mais tarde reafirmado com a Lei de Revisão Estatutária de 1952. A situação manteve-se até 1980, quando foi introduzida a atual bandeira provincial.
Existe também uma bandeira não oficial, conhecida coloquialmente como a Tricolor da Terra Nova, representativa de uma fraternidade católica em São João, na década de 1880. É uma das raras e possivelmente mais antigas bandeiras a fazer uso da cor de rosa.[29][30][31]
Pensa-se que a primeira bandeira representativa da Terra Nova, em uso no início do século XIX, incluía a imagem de um abeto verde sobre fundo rosado.[27] A primeira bandeira oficial da Terra Nova, arvorada por embarcações ao serviço do governo colonial, foi o Estandarte Azul da Terra Nova, adotado em 1870 e em uso até 1904, altura em que foi ligeiramente modificado. Em 1904, a coroa do Estandarte Azul foi substituída pelo Grande Selo da Terra Nova (tendo a real aprovação sido concedida em 1827) e o Parlamento Britânico designa os Estandartes Vermelhos e Azuis como as insígnias oficiais da ilha. Os estandartes com o Grande Selo da Terra Nova foram içadas oficialmente de 1904 até 1965, com o Estandarte Vermelho representativo da marinha mercante, e o Azul içado em navios governamentais (segundo a tradição britânica do uso de diferentes bandeiras para a marinha mercante e naval e para os navios governamentais).
A 26 de setembro de 1907, o rei Eduardo VII do Reino Unido declara a Colónia da Terra Nova como um Domínio independente dentro do Império Britânico, e até 1965, o Estandarte Vermelho foi usado como a insígnia civil do Domínio da Terra Nova, com o Azul reservado novamente para a identificação de navios governamentais. Em 1931, a Assembleia Nacional adota oficialmente a Bandeira da União como bandeira oficial do território, mantendo no entanto o uso oficial dos estandartes navais.[28]
A 31 de março de 1949, com a integração da Terra Nova na administração federal canadense, a Bandeira da União manteve o seu estatuto legal, com a designação de bandeira "nacional", o que foi mais tarde reafirmado com a Lei de Revisão Estatutária de 1952. A situação manteve-se até 1980, quando foi introduzida a atual bandeira provincial.
Existe também uma bandeira não oficial, conhecida coloquialmente como a Tricolor da Terra Nova, representativa de uma fraternidade católica em São João, na década de 1880. É uma das raras e possivelmente mais antigas bandeiras a fazer uso da cor de rosa.[29][30][31]
Geografia[editar | editar código-fonte]
- Ver também: Geografia de Terra Nova e Labrador
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A Terra Nova tem um litoral de formato irregular, com numerosos cabos, baías e penínsulas. Entre as principais penínsulas incluem-se a Península de Avalon, onde se encontra a capital São João da Terra Nova, a Península de Cinzel, ao largo da qual se encontram São Pedro e Miguelão, a Península do Norte, situada na costa do estreito de Belle-Isle, e na extremidade da qual se encontra o sítio arqueológico viquingue do Anse-aux-Meadows. O nordeste da ilha é batido pelos fortes ventos do Atlântico. A norte e noroeste encontra-se uma vegetação baixa e muito rústica. Afastando-se da costa, entra-se numa floresta boreal constituída principalmente por coníferas entre os lagos, pântanos e turfeiras. O terreno é úmido e pouco propício à agricultura, excepto nos vales de alguns rios que têm melhores solos e um clima ligeiramente mais quente. A costa ocidental de Terra Nova é notável pelo seu terreno escarpado, seus fiordes e seus lagos cercados de elevados penhascos, onde se encontra o parque nacional de Gordos Sombrio, um dos principais sítios turísticos da província.
Na costa sudeste existem pequenas aldeias de pesca, ligadas entre si somente por embarcação. As principais comunidades da costa sul são Burgeo e Porto Bretão, que são os pontos de partida dos navios costeiros que asseguram o serviço das comunidades privadas de estrada. A principal estrada da Terra Nova é uma extensão da Estrada Transcanadense. A sua extremidade ocidental encontra-se em Channel-Port aux Basques|Port-aux-Basques e termina em São João da Terra Nova. A partir de Port-aux-Basques, a estrada ruma para o norte, seguidamente volta para o leste para contornar a costa nordeste em direção à península de Avalon. As principais localidades da Terra Nova servidas pela Estrada Transcanadense são: Port-aux-Basques, Stephenville, Corner Brook, Deer Lake, Grand Falls-Windsor, Gander, Clarenville, e St. Jean.
- Ver também: Geografia de Terra Nova e Labrador
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A Terra Nova tem um litoral de formato irregular, com numerosos cabos, baías e penínsulas. Entre as principais penínsulas incluem-se a Península de Avalon, onde se encontra a capital São João da Terra Nova, a Península de Cinzel, ao largo da qual se encontram São Pedro e Miguelão, a Península do Norte, situada na costa do estreito de Belle-Isle, e na extremidade da qual se encontra o sítio arqueológico viquingue do Anse-aux-Meadows. O nordeste da ilha é batido pelos fortes ventos do Atlântico. A norte e noroeste encontra-se uma vegetação baixa e muito rústica. Afastando-se da costa, entra-se numa floresta boreal constituída principalmente por coníferas entre os lagos, pântanos e turfeiras. O terreno é úmido e pouco propício à agricultura, excepto nos vales de alguns rios que têm melhores solos e um clima ligeiramente mais quente. A costa ocidental de Terra Nova é notável pelo seu terreno escarpado, seus fiordes e seus lagos cercados de elevados penhascos, onde se encontra o parque nacional de Gordos Sombrio, um dos principais sítios turísticos da província.
Na costa sudeste existem pequenas aldeias de pesca, ligadas entre si somente por embarcação. As principais comunidades da costa sul são Burgeo e Porto Bretão, que são os pontos de partida dos navios costeiros que asseguram o serviço das comunidades privadas de estrada. A principal estrada da Terra Nova é uma extensão da Estrada Transcanadense. A sua extremidade ocidental encontra-se em Channel-Port aux Basques|Port-aux-Basques e termina em São João da Terra Nova. A partir de Port-aux-Basques, a estrada ruma para o norte, seguidamente volta para o leste para contornar a costa nordeste em direção à península de Avalon. As principais localidades da Terra Nova servidas pela Estrada Transcanadense são: Port-aux-Basques, Stephenville, Corner Brook, Deer Lake, Grand Falls-Windsor, Gander, Clarenville, e St. Jean.
Clima[editar | editar código-fonte]
Geologia[editar | editar código-fonte]
A Época Terreneuviana que se inicia com o período Câmbrico deve o seu nome ao topónimo francês para a ilha.[32]
A Época Terreneuviana que se inicia com o período Câmbrico deve o seu nome ao topónimo francês para a ilha.[32]
Ver também[editar | editar código-fonte]
Notas[editar | editar código-fonte]
- Este artigo foi inicialmente traduzido do artigo da Wikipédia em inglês, cujo título é «Newfoundland (island)».
- Este artigo foi inicialmente traduzido do artigo da Wikipédia em inglês, cujo título é «Newfoundland (island)».
Referências[editar | editar código-fonte]
- ↑ «2016 Statistics Canada National Census». Statistics Canada. 18 de outubro de 2017
- ↑ Ambos os nomes estão neste documento."Ikkarumikluak" significa "lugar de muitos baixios" e "Kallunasillik" significa "lugar de muitas pessoas brancas".
- ↑ Ed Grabianowski. «O perigo dos icebergs» (em inglês). howstuffworks.com
- ↑ ab «The Maritime Archaic Tradition | The Rooms». www.therooms.ca (em inglês). Consultado em 27 de fevereiro de 2017
- ↑ «First Arrivals». www.heritage.nf.ca. Consultado em 27 de fevereiro de 2017
- ↑ Bogucki, Peter I (1999). The Origins of Human Society. [S.l.]: Blackwell. 139 páginas. ISBN 1-55786-349-0. Consultado em 2 de maio de 2011
- ↑ «The Beothuks | The Rooms». www.therooms.ca (em inglês). Consultado em 27 de fevereiro de 2017
- ↑ Canada, Parks Canada Agency, Government of. «l'anse aux meadows national historic site, vinland, viking, norse, aboriginal, native, dorset eskimo, skraeling». www.pc.gc.ca (em inglês). Consultado em 27 de fevereiro de 2017
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- ↑ «The Maritime Archaic Tradition | The Rooms». www.therooms.ca (em inglês). Consultado em 27 de fevereiro de 2017.
An equally puzzling situation exists on the Island of Newfoundland where archaeologists have not been able to find any trace of Indian peoples following the last known Maritime Archaic burials made not long before 3000 years ago. For the following thousand years Indian cultures remain invisible.
- ↑ Gagnon, François Marc (1976). É o cosmógrafo Albert Cantino que numa carta de 1501 dá conta das descobertas de Corte Real na Terra Verde, na qual fala dos 57 cativos indígenas: « J'ai vu, touché et examiné ces peuples, et commençant par leur taille, déclare qu'ils sont relativement plus grands que nous en moyenne, ayant les membres en proportion et bien formés. Les cheveux des hommes sont longs, comme nous les portons nous-mêmes et ils les portent frisés et ils ont la figure marquée de grands signes et ces signes ressemblent à ceux des Indiens [des Indes). ». «Ils se peignent le visage...». Institut d’histoire de l’Amérique française. Revue d'histoire de l'Amérique française. 30 (303)
- ↑ ab Marshall, Ingeborg (1998). A History and Ethnography of the Beothuk. [S.l.]: McGill-Queen's University Press. p. 13. ISBN 0-7735-1774-X
- ↑ ab «Post-Contact Beothuk History». www.heritage.nf.ca. Consultado em 27 de fevereiro de 2017.
When Europeans arrived in Newfoundland in about 1497, the people we would come to know as Beothuk lived all around the island, with the possible exception of the eastern portion of the Avalon peninsula.
- ↑ Haugen. «Was Vinland in Newfoundland?». (Originally published in "Proceedings of the Eighth Viking Congress, Arhus. August 24–31, 1977". Edited by Hans Bekker-Nielsen, Peter Foote, Olaf Olsen. Odense University Press. 1981. Consultado em 21 de junho de 2010. Arquivado do original em 15 de maio de 2001
- ↑ Thomas Hurst, David (2013). Exploring Ancient Native America: An Archaeological Guide. [S.l.]: Taylor & Francis. 187 páginas. ISBN 978-1-136-78589-4
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[…] Vinland was a country, not a place […]
- ↑ Ingstad, Helge; Ingstad, Anne Stinne. The Viking Discovery of America: The Excavation of a Norse Settlement in L'Anse aux Meadows, Newfoundland. [S.l.]: Checkmark Books. ISBN 0-8160-4716-2
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Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- The British Empire: The Map Room
- VisitNewfoundland.ca
- Newfoundland.ws – a Newfoundland and Labrador Directory of NL Websites
- Government of Newfoundland and Labrador.
- Centre for Newfoundland Studies
- Newfoundland and Labrador Heritage (Memorial University of Newfoundland)
- Newfoundland Nature Project
- Newfoundland's Student Portal
- Newfoundland and Labrador Tourism
- Newfoundland and Labrador Provincial Archives
- Terra Nova National Park
- Newfoundland History (Marianopolis College)
- Religion, Society, and Culture in Newfoundland and Labrador
- Guia de atividades na Terra Nova
- The British Empire: The Map Room
- VisitNewfoundland.ca
- Newfoundland.ws – a Newfoundland and Labrador Directory of NL Websites
- Government of Newfoundland and Labrador.
- Centre for Newfoundland Studies
- Newfoundland and Labrador Heritage (Memorial University of Newfoundland)
- Newfoundland Nature Project
- Newfoundland's Student Portal
- Newfoundland and Labrador Tourism
- Newfoundland and Labrador Provincial Archives
- Terra Nova National Park
- Newfoundland History (Marianopolis College)
- Religion, Society, and Culture in Newfoundland and Labrador
- Guia de atividades na Terra Nova
Albert Cushing Read
Albert Cushing Read Nascimento 29 de março de 1887
Lyme Morte 10 de outubro de 1967 (80 anos)
Flórida Sepultamento Cemitério Nacional de Arlington Cidadania Estados Unidos Alma mater Academia Naval dos Estados Unidos Ocupação oficial, aviador Prêmios Medalha de Serviço Distinto da Marinha, Medalha NC-4, legionário da Legião do Mérito, Cruz da Força Aérea, Medalha de Ouro do Congresso, Quadro de Honra da Aviação Nacional, Comendador da Ordem Militar da Torre e Espada
Albert Cushing "Putty" Read ComTE (Lyme, New Hampshire, 29 de Março de 1887 – Flórida, 10 de Outubro de 1967) foi um pioneiro da aviação e contra-almirante da Marinha dos Estados Unidos. Celebrizou-se ao conseguir realizar o primeiro voo transatlântico.
Albert Cushing Read | |
---|---|
Nascimento | 29 de março de 1887 Lyme |
Morte | 10 de outubro de 1967 (80 anos) Flórida |
Sepultamento | Cemitério Nacional de Arlington |
Cidadania | Estados Unidos |
Alma mater | Academia Naval dos Estados Unidos |
Ocupação | oficial, aviador |
Prêmios | Medalha de Serviço Distinto da Marinha, Medalha NC-4, legionário da Legião do Mérito, Cruz da Força Aérea, Medalha de Ouro do Congresso, Quadro de Honra da Aviação Nacional, Comendador da Ordem Militar da Torre e Espada |
Albert Cushing "Putty" Read ComTE (Lyme, New Hampshire, 29 de Março de 1887 – Flórida, 10 de Outubro de 1967) foi um pioneiro da aviação e contra-almirante da Marinha dos Estados Unidos. Celebrizou-se ao conseguir realizar o primeiro voo transatlântico.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Albert C. Read nasceu em Lyme, New Hampshire numa família pertencente aos Boston Brahmin, o grupo de influentes famílias que se reclamam descendentes directos dos fundadores da cidade de Boston. Formou-se na U.S. Naval Academy, em Annapolis, terminando o seu curso no ano de 1907. Em 1915, foi nomeado aviador naval, recebendo o brevê n.º 24.
Com o posto de capitão-tenente, entre 8 e 31 de Maio de 1919 Read comandou uma tripulação de 5 militares a bordo do hidroavião NC-4, numa viagem que faria daquele aparelho o primeiro avião a atravessar pelos seus próprios meios o Oceano Atlântico, 8 anos antes do voo sem paragens de Charles Lindbergh. O voo comandado por Read partiu de Rockaway Beach, Long Island e demorou 23 dias - e 6 amaragens - até chegar a Plymouth, na Inglaterra, na costa europeia do oceano Atlântico.
Depois do seu regresso aos Estados Unidos, após o histórico voo de 1919, Read afirmou: Em breve será possível voar um avião à volta do Mundo a uma altitude de 60 000 pés a 1 000 milhas por hora. No dia seguinte, o The New York Times publicou um editorial em que afirmava: Uma coisa é ser uma aviador qualificado, outra bem diferente é ser profeta. Nada do que é hoje conhecido suporta a previsão do Comandante. Um avião a 60 000 pés de altitude estaria a girar as suas hélices num vácuo e nenhum aviador poderia viver por muito tempo no frio enregelante do espaço interestelar.
A 3 de Junho de 1919, foi feito Comendador da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito de Portugal.[1]
Read foi instrutor de voo, formando pilotos navais durante a Segunda Guerra Mundial. Recebeu a alcunha de "Putty Read" porque raramente mostrava qualquer expressão de emoção.[2]
Aposentado, faleceu na Florida em outubro de 1967, tendo sido sepultado no Arlington National Cemetery.
Albert C. Read nasceu em Lyme, New Hampshire numa família pertencente aos Boston Brahmin, o grupo de influentes famílias que se reclamam descendentes directos dos fundadores da cidade de Boston. Formou-se na U.S. Naval Academy, em Annapolis, terminando o seu curso no ano de 1907. Em 1915, foi nomeado aviador naval, recebendo o brevê n.º 24.
Com o posto de capitão-tenente, entre 8 e 31 de Maio de 1919 Read comandou uma tripulação de 5 militares a bordo do hidroavião NC-4, numa viagem que faria daquele aparelho o primeiro avião a atravessar pelos seus próprios meios o Oceano Atlântico, 8 anos antes do voo sem paragens de Charles Lindbergh. O voo comandado por Read partiu de Rockaway Beach, Long Island e demorou 23 dias - e 6 amaragens - até chegar a Plymouth, na Inglaterra, na costa europeia do oceano Atlântico.
Depois do seu regresso aos Estados Unidos, após o histórico voo de 1919, Read afirmou: Em breve será possível voar um avião à volta do Mundo a uma altitude de 60 000 pés a 1 000 milhas por hora. No dia seguinte, o The New York Times publicou um editorial em que afirmava: Uma coisa é ser uma aviador qualificado, outra bem diferente é ser profeta. Nada do que é hoje conhecido suporta a previsão do Comandante. Um avião a 60 000 pés de altitude estaria a girar as suas hélices num vácuo e nenhum aviador poderia viver por muito tempo no frio enregelante do espaço interestelar.
A 3 de Junho de 1919, foi feito Comendador da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito de Portugal.[1]
Read foi instrutor de voo, formando pilotos navais durante a Segunda Guerra Mundial. Recebeu a alcunha de "Putty Read" porque raramente mostrava qualquer expressão de emoção.[2]
Aposentado, faleceu na Florida em outubro de 1967, tendo sido sepultado no Arlington National Cemetery.
Referências e Notas
- ↑ «Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "A. C. Cushing". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 16 de abril de 2015
- ↑ Century of Flight: The Atlantic Challenge
- ↑ «Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "A. C. Cushing". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 16 de abril de 2015
- ↑ Century of Flight: The Atlantic Challenge
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
Curtiss NC-4
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Curtiss NC-4 é a designação oficial de um celebrizado voo operado por uma aeronave Curtiss NC, fabricada pela entretanto extinta Curtiss Aeroplane and Motor Company, que sobrevoou pela primeira vez, o Oceano Atlântico entre Nova Iorque e Lisboa, com paragens nos Açores, logrando assim também a denominação de primeiro voo transatlântico da história da aviação.[1]
Não obstante o feito histórico, alguns meses após e no mesmo ano de 1919 realizou-se o voo de Alcock e Brown que, ao contrario do voo Curtiss NC-4, operou-se na versão non-stop ou seja sem paragens, pelo que é considerado menos controversamente na história da aviação, como o primeiro voo transatlântico.[2][3]
História[editar | editar código-fonte]
No período da Primeira Guerra Mundial uma verdadeira corrida pela travessia aérea do Atlântico teve lugar, graças ao incentivo de periódicos como o londrino Daily Mail, que promoveu um concurso com um prémio de dez mil libras esterlinas ao aviador que conseguisse fazer o primeiro voo sem escalas, em menos de 72 horas, entre os Estados Unidos, o Canadá, ou a Terra Nova e as Ilhas Britânicas.
Nesse contexto, uma esquadrilha de três hidroaviões quadrimotor da Marinha dos Estados Unidos intentou a primeira travessia do Atlântico Norte, por etapas. Para esse fim partiu de Nova Iorque para a Terra Nova, de 16 para 17 de maio de 1919. Duas das aeronaves (NC-1 e NC-2) necessitaram fazer uma amaragem de emergência na altura na ilha das Flores. A NC-1 acabou por ficar completamente danificada e a NC-2 logrou alcançar o porto de Ponta Delgada, a 19 de maio, mas estava incapacitada para prosseguir o voo. Apenas a NC-4, batizada como "Liberty", sob o comando do capitão-tenente Albert Cushing Read, conseguiu completar o percurso, tendo feito escala na baía da Horta a 17 de maio, seguindo para Ponta Delgada, onde fez escala a 20. Após uma semana de repouso, partiu na madrugada do dia 27 em direção a Lisboa, tendo fundeado nessa noite nas águas do rio Tejo.[4]
Especificações (NC-4)
- Descrições gerais
- Tripulação: 6
- Comprimento: 20,8 m (68 ft)
- Envergadura: 38,40 m (130 ft)
- Altura: 7,40 m (24 ft)
- Área alar: 221 m² (2 380 ft²)
- Peso vazio: 7 260 kg (16 000 lb)
- Peso bruto (carregado): 12 700 kg (28 000 lb) [5]
- Peso de decolagem: 12 420 kg (27 400 lb)
- Motorização
- Número de motores: 4x
- Tipo do motor: Motor a pistão V12
- Fabricante/modelo: Packard Liberty L-12 refrigerado a água
- Potência por motor: 400 hp (298 kW)
- Descrição do propulsor/hélice: 4 x hélices bipás tratoras e 2 x hélices quadripás propulsoras, configuração Push-pull
- Performance
- Velocidade máxima: 156 km/h (96,9 mph)
- Velocidade total em Nó: 84 kn (156 km/h)
- Alcance: 2 352 km (1 460 mi)
- Tecto de serviço: 1 370 m (4 490 ft)
- Carga alar: 56,3 kg/m²
- Armamentos
- Metralhadoras/canhões: Metralhadoras aéreas instaladas no cockpit dianteiro e traseiro
- Bombas: Capacidade para carregar carga de profundidade em tempo de guerra
- Notas:
- Potência/peso: 0.1 kW/kg
Galeria[editar | editar código-fonte]
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- Nevin, David. The Pathfinders (The Epic of Flight series). Alexandria, Virgínia: Time Life Books, 1980. ISBN 978-1-84447-032-7.
- Smith, Richard K. First Across: The U.S. Navy's Transatlantic Fight of 1919. Annapolis, Maryland: Naval Institute Press, 1973. ISBN 978-0-87021-184-3.
- Turnbull, Archibald D., Captain, USNR and Clifford L. Lord, Lt. Commander, USNR. History of United States Naval Aviation. New Haven, Connecticut: Yale University Press, 1949.
- Vance, Jonathan. High Flight. Toronto, Ontário: Penguin of Canada, 2002. ISBN 978-0-14-301345-7.
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Primeiro voo sobre o Atlântico
- Aviadores Esquecidos de 1919
- NC-4 no site do Museu de Aviação Naval Naval
- Fotografias no website Early Aviators
- Artigo no aviation-history.com
- Detetives de História, Investigações, NC-4: O primeiro sobre o Atlântico
Referências
- ↑ Boletim do primeiro voo transatlântico História da Aviação CFPortugal
- ↑ Primeiro voo transatlântico Pintor Lopes Blog
- ↑ Alcock, Homens do Ar, Aviation History
- ↑ ENES, Carlos (coord.). A República: Figuras e Factos. Presidência do Governo Regional dos Açores; Direcção Regional da Cultura, 2010. p. 22-23.
- ↑ Smith, Richard K. First Across: The U.S. Navy's Transatlantic Fight of 1919. Annapolis, Maryland: Naval Institute Press, 1973. ISBN 978-0-87021-184-3.
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