terça-feira, 3 de março de 2020

OBSERVADOR - 3 DE MARÇO DE 2020

360º

Pedro Jorge Castro
Diretor-AdjuntoTerça-feira, 3 março 2020

Enquanto dormia…

… os hospitais de Santo António e de São João, no Porto, “esgotaram a capacidade” para lidar com casos suspeitos do novo coronavírus. Há dois novos casos positivos em Portugal, dois médicos do norte do país, que aguardam ainda a contra-prova das análises do Instituto Ricardo Jorge. O Papa fez o teste e deu negativo. O vírus pode levar a Liga portuguesa a adiar jogos, mas para já o Benfica perdeu a liderança do campeonato para o FC Porto. Para lá do coronavírus, desvendámos os bastidores da demissão do presidente do Tribunal da Relação (e a sua mensagem de despedida). Hoje é dia de Super Tuesday nas primárias do Partido Democrata nos EUA. E até ao fim da semana, a tempestade Karine vai trazer chuva, vento e frio ao Norte do País: não vale a pena fazer planos a contar com bom tempo antes da primavera.

Coronavírus: novos casos em Portugal; e o que acontece aos suspeitos

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde alerta que as autoridades estão a operar em “território desconhecido” no combate ao novo coronavírus. O Observador tem apostado em explicar o assunto de forma clara. Em manchete temos um especial com 8 respostas sobre os casos suspeitos:

Em caso de suspeita, qual é o processo?
Se houver confirmação, o que acontece?
Como é feita a investigação de outros possíveis infetados?
Quais são os hospitais que já estão preparados para receber doentes?
Que hospitais já fazem análises?
O Estado pode recorrer aos hospitais privados, caso seja necessário?
A quarentena é ou não obrigatória?
E o isolamento?

Na Rádio Observador, criámos um podcast diário, o Explicador Coronavírus, que vai para o ar depois das 17h30. Ontem, explicámos o que muda nas nossas vidas depois de terem sido confirmados os primeiros dois casos em Portugal. Esta manhã, o infecciologista João Farela Neves deu conselhos aos pais sobre a forma como devem explicar às crianças o novo vírus. E disse que devem continuar a ir a festas de anos e manter uma vida o mais normal possível.

Estas são as últimas sobre o tema que continua a dominar a atualidade em todo o mundo:

Os hospitais de Santo António e de São João, no Porto, “esgotaram a capacidade” para lidar com casos suspeitos de coronavírus. Por essa razão, outros quatro hospitais na região norte foram ativados.
Há mais dois casos com resultados positivos para coronavírus no Norte do país, mas as autoridades de saúde aguardam ainda a contraprova para os dar como confirmados, apurou o Observador. A TVI24 avança que os doentes em causa são dois médicos — um homem de 24 anos e uma mulher de Vila Real.
O INEM de Coimbra transportou esta madrugada para o Curry Cabral uma mãe e um filho assinalados como suspeitos por terem sintomas correspondentes aos do COVID–19 e por terem estado em contacto com uma cidadã italiana que está neste momento internada com o novo coronavírus.
Os trabalhadores do Estado e do setor privado vão ter direito a baixas bem diferentes em caso de isolamento graças ao novo coronavírus. Funcionários públicos vão ser pagos a 100%, os outros só a 55%.
O Papa Francisco foi testado para averiguar se teria sido infetado com o novo coronavírus. O teste deu negativo, noticiou o jornal italiano Il Messaggero.
O antigo secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, está isolado em sua casa desde domingo, por ter contactado com o escritor Luis Sepúlveda no festival Correntes d’Escrita.
China e Coreia do Sul têm estado a desinfetar notas bancárias, por receio de que o vírus possa sobreviver na superfície. A Organização Mundial de Saúde não exclui essa hipótese e aconselha uso de tecnologia contactless nos pagamentos.
Ministros e deputados infetados, informação pouco clara e peregrinações que agravam a epidemia. No Irão há, oficialmente, 388 casos. Mas os especialistas suspeitam que podem ser muitos mais.

Ao longo do dia, pode seguir todos os desenvolvimentos sobre o surto no nosso liveblog.

Os bastidores da demissão do presidente da Relação. E a mensagem do adeus

O Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, António Piçarra, pressionou o presidente do Tribunal da Relação a demitir-se, na sequência do escândalo da alegada viciação dos sorteios para a distribuição de processos: ou Orlando Afonso renunciava ao cargo na Relação ou seria suspenso de funções pelo plenário do órgão disciplinar dos juízes. Os bastidores da demissão de Orlando Afonso são contados pelo Luís Rosa, que revelou ainda o email emocionado de despedida aos colegas desembargadores e aos funcionários do Tribunal da Relação: “Fiz o melhor que pude, à vista de todos, sem pin no telemóvel e sem palavra-chave no computador. (…) Não levo nada”. Vale a pena ler na íntegra aqui.

Novo líder na Liga: assobios na Luz; Sérgio Conceição manda beijo grande aos filhos

O Benfica deixou-se ultrapassar pelo FC Porto na liderança da Liga, desbaratando assim uma vantagem que chegou a ser de 7 pontos.

Um gajo pode ter muita alma mas isso não dá uma saúde de Ferro, escreve o Bruno Roseiro na crónica sobre o empate entre Benfica e Moreirense.
Assobios durante, muitos assobios depois mas Samaris não assobia para o lado: “Estávamos com sete pontos, temos de dar a volta”
Depois do anúncio de duas candidaturas contra Pinto da Costa, a Mariana Fernandes escreve na crónica sobre a vitória do FC Porto nos Açores frente ao Santa Clara: o candidato Wilson Manafá apresentou lista às eleições e tem apoios de peso
E a reação de Sérgio Conceição, em modo pai de família: “Isto é uma selvajaria. Um beijo grande aos meus filhos”.

Do futebol para o futsal. Pany Varela, campeão da Europa pelo Sporting e pela Seleção, foi ontem o entrevistado no Nem Tudo o que vai à Rede é Bola, da Rádio Observador, e falou sobre a vida num “meio problemático”, a carreira, o Mundial, o que quer ensinar ao filho e ainda o racismo: “No futsal estão perto, ouvem-se mais coisas do que no futebol”.

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Uma visão em defesa da Dra. Graça Freitas

A evolução do discurso da Diretora da DGS demonstra aprendizagem com os países-exemplo na resposta ao novo coronavírus. Deve o Governo, confiando na DGS, promover a mesma leitura junto da população.

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É no mínimo confrangedor que a cada vez que uma das tranches é pedida ao estado apareça um exército de “magos da finança” a dizer que não se percebe porque é que continuamos a pagar ao Novo Banco.

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