sexta-feira, 14 de junho de 2019

ALJUSTREL - "WIKIPÉDIA" - FERIADO - 13 DE JUNHO DE 2019

Aljustrel

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Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Aljustrel (desambiguação).
Aljustrel
Brasão de AljustrelBandeira de Aljustrel
Aljustrel.jpg
Vista panorâmica de Aljustrel
Localização de Aljustrel
Gentílicoaljustrelensevispascense
Área458,47 km²
População9 257 hab. (2011)
Densidade populacional20,2  hab./km²
N.º de freguesias4
Presidente da
câmara municipal
Nelson Brito (PS)
Fundação do município
(ou foral)
1252
Região (NUTS II)Alentejo
Sub-região (NUTS III)Baixo Alentejo
DistritoBeja
ProvínciaBaixo Alentejo
OragoSanta Bárbara
Feriado municipal13 de Junho
Código postal7600
Sítio oficialmun-aljustrel.pt
Municípios de Portugal Flag of Portugal.svg
Aljustrel é uma vila portuguesa pertencente ao Distrito de Beja, região do Alentejo e sub-região do Baixo Alentejo, com cerca de 4 600 habitantes,[1]na Freguesia de Aljustrel.
É sede de um município com 458,47 km² de área[2] e 9 257 habitantes (2011),[3][4] subdividido em 4 freguesias.[5] O município é limitado a norte pelo município de Ferreira do Alentejo, a leste por Beja, a sul por Castro Verde, a sudoeste por Ourique e a oeste por Santiago do Cacém.
Aljustrel é bastante conhecida nacional e internacionalmente pelas suas Minas, Património Industrial Mineiro e Geológico, onde é também conhecida pelo seu Santuário da Nossa Senhora do Castelo
Sport Clube Mineiro Aljustrelense é o clube da vila. Dentro deste clube praticam- se 4 desportos
-Futebol
-Futsal Feminino
-Patinagem Artística
-Hoquei em patins

População[editar | editar código-fonte]

Número de habitantes [6]
186418781890190019111920193019401950196019701981199120012011
5 9487 7887 4558 21412 27212 43715 27617 29918 21418 18113 47312 87011 99010 5679 257
(Obs.: Número de habitantes que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)
Por decreto de 18/04/1871 foi desanexada deste concelho a freguesia de Alvalade, tendo passado para o concelho de Santiago do Cacém, distrito de Setúbal.
Número de habitantes por Grupo Etário [7]
190019111920193019401950196019701981199120012011
0-14 Anos2 5854 4364 6685 0975 7225 6315 3643 5702 8052 1451 3701 063
15-24 Anos1 6122 2112 2003 2193 1903 3743 0982 1701 9691 6791 378898
25-64 Anos3 7425 1364 9966 2297 4477 9028 5446 6856 0135 8875 3744 938
= ou > 65 Anos3944774986168531 0231 1751 2802 0832 2792 4452 358
> Id. desconh140283923
(Obs.: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população presente no concelho à data em que eles se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente.)

Freguesias[editar | editar código-fonte]

Freguesias do concelho de Aljustrel.
O concelho de Aljustrel está dividido em 4 freguesias:

Política[editar | editar código-fonte]

Eleições autárquicas[editar | editar código-fonte]

Data%V%V
APU/CDUPS
197658,72335,132
197966,14421,491
198261,57421,621
198561,67531,042
198955,16531,092
199358,05533,482
199760,53429,991
200157,02333,812
200554,15340,112
200946,79249,073
201338,55257,833
201736,57258,933

Eleições legislativas[editar | editar código-fonte]

Data%
PCPPSPSDCDSUDPAPU/CDUADFRSPRDPSNBEPANPàF
197655,6631,484,372,220,99
1979APU22,87ADAD1,7958,8712,05
1980FRS1,3355,5415,7621,69
198327,817,652,341,2457,09
198521,317,881,622,4454,438,04
1987CDU21,4316,181,541,3049,624,04
199128,3821,911,8340,460,430,73
199543,808,542,250,8640,72
199943,518,012,7539,020,181,52
200240,8712,912,4936,252,10
200545,186,511,7337,384,99
200933,736,913,6042,239,62
201131,5213,454,6337,815,220,56
201536,85PàFPàF36,297,840,6411,25

Caracterização[editar | editar código-fonte]

Geologia[editar | editar código-fonte]

geologia de Aljustrel é caracterizada por um soco paleozóico da Zona Sul Portuguesa representado pela Formação de Mértola, com cerca de 340 a 330 milhões de anos, e por um complexo Vulcano-Sedimentar da Faixa Piritosa Ibérica, com cerca de 352 a 330 milhões de anos. 
As rochas do soco evidenciam uma orientação noroeste-sudeste e apresentam um forte controlo estrutural manifestado por cavalgamentos vergentes para sudoeste e por falhas tectónicas de orientação norte-sul e nordeste-sudoeste. Estes sistemas são representados, respetivamente, pelos desligamentossubverticais de movimentação direita de Azinhal, Feitais, Represa e Castelo e pela falha da Messejana, de componente normal esquerda. A noroeste da falha da Messejana, o soco Paleozóico encontra-se coberto por sedimentos da Bacia Terciária do Sado, representados por areiasargilasconglomerados e carbonatos.[8]

Clima[editar | editar código-fonte]

A localização do concelho de Aljustrel na região alentejana e a fraca influência atlântica acentua uma situação contrastante típica da região desta região com baixa pluviosidade (564 mm é a pluviosidade média anual), elevadas amplitudes térmicas(16.4 °C é a temperatura média), invernos frescos e verões quentes. Da diferenciação entre a estação seca e estação húmida ressalta o domínio do clima mediterrânico.[9]
A temperatura média mensal varia entre 28 °C e os 30 °C no verão. No inverno, as temperaturas são relativamente baixas, sendo que a temperatura média anual situa-se entre os 15 °C e os 16 °C.
As temperaturas médias do ar são máximas em julho e agosto, com valores médios que variam entre os 19 °C e os 24 °C na zona de Beja, e mínimas em janeiro, variando entre 9 °C e 12 °C.
O número médio de dias no ano com temperatura máxima superior a 25 °C é de aproximadamente 100, não ocorrendo aquelas temperaturas nos meses de dezembro e janeiro. Os maiores valores são atingidos nos meses de julho e agosto. Assim, é relativamente elevado o número médio de dias nos meses de verão com temperaturas máximas superiores a 25 °C.[10]

História[editar | editar código-fonte]

Igreja na freguesia de Messejana
No território que hoje é o concelho de Aljustrel, está documentada a passagem de grupos de caçadores-recoletores do Paleolítico. Contudo, os primeiros registos arqueológicos de início de povoamento remontam a finais do 3º milénio a.C. e situam-se no morro de Nossa Senhora do Castelo, uma comunidade que já se dedicava à extração e metalurgia do cobre. E foi este minério e a riqueza dos seus solos agrícolas que fizeram com que, a partir daí, a ocupação do território se tenha processado de forma ininterrupta, tendo-se recolhido vestígios de todos os períodos pré-históricos.
Com a chegada dos romanos em finais do século I a.C., a exploração mineira sofreu um grande impulso com uma exploração bastante intensiva. Deste período, recolheram-se inúmeros vestígios dessa atividade para além de outros da vida quotidiana das populações. Foram também encontrados dois textos jurídicos gravados em bronze e que representam os mais antigos textos legislativos conhecidos no nosso país que, embora incompletos, foram exaustivamente estudados por investigadores nacionais e estrangeiros, bem como os restos de uma oficina metalúrgica onde se processava o tratamento do minério e também ruínas de habitações da povoação que se denominava Vipasca.
Após o declínio e queda do Império Romano, outros povos por aqui terão passado, embora sem deixar a sua marca, uma vez que aqui não se fixaram. No século IX, com o domínio muçulmano da Península Ibérica, começaram aqui a fixar-se comunidades mouras, vindas principalmente do norte de África, e o lugar passou a denominar-se Albasturil. Construiram um castelo de taipa, no século XI, que se manteve funcional até à reconquista cristã, em 1234. A praça foi conquistada pelos cavaleiros da Ordem Militar de Santiago da Espada, a quem o rei D. Sancho II fez a doação dos territórios conquistados, com exceção dos rendimentos das minas e das termas de S. João do Deserto.
A partir de 1252, o concelho de Aljustrel assume forma jurídica com a atribuição de Carta de Foral, outorgada pela Ordem de Santiago e confirmada pelo rei D. Afonso III, sendo referida nos textos como Aliustre. Em setembro de 1510 recebe nova Carta de Foral atribuída por D. Manuel I.
Em 1836, o concelho de Aljustrel vê aumentada a sua área, com a inclusão da freguesia de Ervidel, e em 1855 sofre nova alteração com a anexação de parte do extinto concelho de Messejana. Mais tarde, em 1871, acaba também por ser extinto o concelho de Aljustrel, embora por um curto período de três anos. Em 1910, Aljustrel adere de imediato à República, tendo sido um membro ilustre de Aljustrel o Dr. Manuel de Brito Camacho, médico, jornalista, político, deputado e ministro. Foi um dos principais líderes do movimento republicano.[11]

Gastronomia[editar | editar código-fonte]

A gastronomia regional alentejana é extremamente rica e variada. Condicionada pela escassez de meios, os alentejanos tiveram de ser criativos: a base da gastronomia sul-alentejana são o pão, a água e os temperos.
A diferença está no bom pão alentejano, com fermento da massa e cozido em forno de lenha; nos condimentos e ervas aromáticas, dos quais se destacam a hortelã da ribeira, os orégãos, os coentros, a hortelã e a salsa; na qualidade dos ingredientes e, sobretudo, na velha arte da confeção que passa de geração em geração. Estes fatores completam um todo que produz resultados conhecidos: os gaspachos, as migas, as açordas, os cozidos de grão e de feijão e as sopas e ensopados são alguns dos pratos mais característicos da cozinha tradicional de Aljustrel.[12]

Património[editar | editar código-fonte]

  • Castelo de Aljustrel e Santuário de Nossa Senhora do Castelo
  • Cerro da Magancha
  • Igreja Matriz (Aljustrel)
  • Igreja Nossa Senhora das Dores (Aljustrel)
  • Casa De Dr. Manuel Brito Camacho (Aljustrel)
  • Pelourinho de Messejana
  • Ermida de Nossa Senhora da Assunção de Messejana / Igreja de Entre Vinhas
  • Igreja da Misericórdia de Messejana (Prisão e Torre)
  • Moinho de Vento (Moinho do Maralhas) em Aljustrel
  • Estádio Municipal de Aljustrel
  • Pavilhão Municipal Dos Desportos Armindo Peneque
  • Piscina Olímpica de Aljustrel (Ar Livre)
  • Parque da Vila- Jardim 25 de Abril (Aljustrel)

Cultura[editar | editar código-fonte]

  • Museu Municipal de Aljustrel
  • Museu da Mina de Aljustrel, transformado em núcleo museológico em finais da década de 1990
  • Central Compressor De Algares
  • Núcleo Rural de Ervidel (Museu Rural de Ervidel)
  • Núcleo do Moinho de Vento (Moinho do Maralhas) em Aljustrel
  • Biblioteca Municipal de Aljustrel
  • Cementação das Pedras Brancas
  • Teleiras das Pedras Brancas
  • Malacate Poço de Viana
  • Malacate de São João do Deserto
  • Malacate Vipasca
  • Chaminé Transtagana
  • Casa do Procurador
  • Barragem do Roxo
  • Parque Mineiro de Aljustrel (Brevemente Aberto ao Público)

Feiras e eventos[editar | editar código-fonte]

  • Feira do Campo Alentejano (Aljustrel)
  • Vin&Cultura (Ervidel)
  • Comemoração Do 25 de Abril no Concelho (Aljustrel).
  • Noite Branca em Aljustrel
  • Dia Europeu sem Carros
  • Festas de Santa Maria (Messejana)
  • Festicante (Aljustrel)
  • Aniversário do Moto Clube de Aljustrel em Maio
  • Aniversário dos Bombeiros de Aljustrel em Fevereiro
  • Conferências de Aljustrel

Heráldica[editar | editar código-fonte]

AJT.png
Brasão: Escudo a negro, fonte de ouro repuxada a prata. Em chefe, um crescente de ouro acompanhado de duas cruzes de Santiago, perfiladas a ouro. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com a legenda a maiúsculas a negro: "VILA DE ALJUSTREL".[13]
Pt-ajt1.png
Bandeira: Esquartelada de púrpura e branco, cordões e borlas de prata e púrpura. Haste e lança de ouro.[13]

Geminações

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