Silves (Portugal)
Nota: Se procura pelo município brasileiro do estado do Amazonas, veja Silves (Amazonas).
Vista parcial de Silves | |
Gentílico | Silvense |
Área | 680,06 km² |
População | 37 126 hab. (2011) |
Densidade populacional | 54,6 hab./km² |
N.º de freguesias | 6 |
Presidente da câmara municipal | Rosa Palma (CDU) |
Fundação do município (ou foral) | 1266 |
Região (NUTS II) | Algarve |
Sub-região (NUTS III) | Algarve |
Distrito | Faro |
Província | Algarve |
Orago | Nossa Senhora da Conceição |
Feriado municipal | 3 de setembro (Conquista aos Mouros) |
Código postal | 8300 / 8365 / 8375 Silves |
Sítio oficial | CM SILVES |
Municípios de Portugal |
Silves é uma cidade portuguesa no Distrito de Faro, região e sub-região do Algarve, com cerca de 6 300 habitantes.[1]
É sede de um município com 680,06 km² de área[2] e 37 126 habitantes,[3][4] subdividido em 6 freguesias.[5] O município é limitado a norte pelo município de Ourique, a nordeste por Almodôvar, a leste por Loulé, a sueste por Albufeira, a sudoeste por Lagoa, a oeste por Portimão e Monchique e a noroeste por Odemira e a sul tem litoral no oceano Atlântico.
Pertence à rede das Cidades Cittaslow.
Nos últimos anos o número de turistas que visitam o município tem vindo a aumentar de forma substancial, destacando-se nomeadamente como destino de turismo de cultura.[6]
Silves foi, em séculos passados, capital do Algarve, mas perdeu esse estatuto, em parte, devido ao assoreamento do rio Arade, que diminuiu a sua importância económica.[carece de fontes] Silves é uma das cidades mais antigas de Portugal.[1]
Índice
História[editar | editar código-fonte]
O povoamento da região data desde o Paleolítico, sendo esta uma área de assentamento de povos, como os Cónios e os Célticos. Posteriormente, durante o domínio romano, chamar-se-ia Cilpes, nome que surge em algumas moedas romanas cunhadas nesse local no século I a.C.. Um dos espécimes encontrados apresenta no obverso o nome CILPES entre duas espigas deitadas e no reverso um cavalo a galope, para a esquerda. Os vestígios romanos estão presentes um pouco por todo o concelho silvense.[2]
Com a queda do Império Romano, e as invasões dos povos germânicos, Silves foi integrada do reino dos Visigodos, no século V d.C. As primeiras fortificações erguidas no Castelo de Silves podem ter tido origem no período romano, sobre um castro lusitano ou mais tarde pelos Visigodos.
Xelb, Xilb ou al-Shilb era o nome dado à cidade de Silves durante o domínio muçulmano.
O aspeto de Xelb por volta de 1230 foi notavelmente reconstituído pelo artista plástico Victor Borges num conjunto de painéis.
Silves foi reconquistada por D. Sancho I em 1189, com o auxílio de uma frota de cruzados Dinamarqueses e Frísios. No Verão do mesmo ano, com um auxílio de uma nova frota de cruzados, agora de Ingleses e Alemães, D. Sancho I, intenta, a partir da segunda quinzena de Julho, a conquista de Silves, a quem impôs um duro sítio. Silves voltou em 1191 novamente para as mãos dos mouros, sendo que, em 1249, D. Paio Peres Correia a reconquistou definitivamente para os portugueses, no reinado de D. Afonso III.[3]
Em 1266, D. Afonso III concede o foral Afonsino a Silves. Nos séculos seguintes a cidade teve uma relevância acentuada na expansão marítima, Infante D. Henrique foi recebido como alcaide-mor da cidade em 1457, na qual viveu antes de este ter-se mudado para Lagos e depois para Sagres.[7]
Em 1495, D. João II morreu inesperadamente em Alvor, próximo a Silves, e seu corpo foi provisoriamente sepultado na capela-mor da Sé. Em 1499, com a presença de D. Manuel em Silves, os restos de D. João II foram exumados e transladados ao Mosteiro da Batalha, onde foram sepultados definitivamente. Esse evento é recordado por uma lápide com inscrições góticas localizada na capela-mor da Sé e possivelmente pela construção da Cruz de Portugal, situada já fora do centro da cidade.[8] O sismo de 1755 afectou bastante a cidade de Silves.[9] que só no século XIX, começa a recuperar a sua importância graças ao desenvolvimento industrial. No final deste século e principalmente no século XX, devido à construção do caminho de ferro e à abertura de importantes estradas, Silves inicia a sua recuperação e ascensão, tornando-se nessa altura num importante zona agrícola e um centro de produção de frutos secos e de indústria corticeira.[10][11]
População[editar | editar código-fonte]
recolha através da WIKIPÉDIA
por
ANTÓNIO FONSECA
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