Desporto
Por Bruno Roseiro, Editor de Desporto
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A crise institucional do Sporting teve um aparente fim com as eleições que colocaram Frederico Varandas como 43.º presidente do clube (pela segunda vez na história eleito com mais votos mas menos votantes, tal como tinha acontecido em 2011), o Campeonato Nacional vai continuar parado em virtude da primeira jornada da fase de grupos da Taça da Liga (além do arranque da Champions a meio da semana) mas nem por isso a guerra aberta entre Benfica e FC Porto acalmou.Pelo contrário, adensou-se por causa de um novo foco. Mas poderá uma manchete fazer esquecer o resto da(s) história(s)?
Resumo: a revista Sábado fez esta quinta-feira manchete com Rui Pinto, o hacker português que alegadamente terá desviado os emails e demais documentos confidenciais do Benfica e que, já antes, através do Football Leaks, tinha tornado públicos uma série de contratos da Doyen, do FC Porto e do Sporting (exemplo: o novo vínculo de Jorge Jesus, depois de ter trocado o estádio da Luz por Alvalade). A partir daí, uma catadupa de reações, reações às reações, respostas às reações às reações e respostas às respostas às reações às reações, em quatro capítulos que por certo terão continuidade.
1) “Alguém acredita que um hacker iria oferecer informação a troco de nada?”, questionou Varandas Fernandes, vice da Direção dos encarnados, numa longa conferência de imprensa;
2) “Claro que lhes custa a acreditar que o FC Porto não tenha pago nada pelos emails. Estás-lhes no sangue, afinal trata-se da única SAD alguma vez acusada de corrupção”, escreveu Francisco J. Marques na sua conta do Twitter;
3) “Aproxima-se a descoberta do circuito do dinheiro e quem pagou ao hacker que roubou o Benfica. Todos sabemos quem exibiu o produto desse roubo em que a célebre reunião do Altis [entre diretores de comunicação de FC Porto e Sporting] foi a face visível do crime organizado”, destacou a conta das águias para a comunicação no Twitter;
4) “O hacker, seja ele quem for, é que ajudou a destruir os esquemas do crime organizado. Agora choram todos os dias, já estão acusados de corrupção e ainda há tantas investigações em curso… Catedráticos no crime ressabiados por lhe terem descoberto a careca”, voltou a responder Francisco J. Marques nas redes sociais (e o FC Porto vai fazer queixa de Varandas Fernandes).
2) “Claro que lhes custa a acreditar que o FC Porto não tenha pago nada pelos emails. Estás-lhes no sangue, afinal trata-se da única SAD alguma vez acusada de corrupção”, escreveu Francisco J. Marques na sua conta do Twitter;
3) “Aproxima-se a descoberta do circuito do dinheiro e quem pagou ao hacker que roubou o Benfica. Todos sabemos quem exibiu o produto desse roubo em que a célebre reunião do Altis [entre diretores de comunicação de FC Porto e Sporting] foi a face visível do crime organizado”, destacou a conta das águias para a comunicação no Twitter;
4) “O hacker, seja ele quem for, é que ajudou a destruir os esquemas do crime organizado. Agora choram todos os dias, já estão acusados de corrupção e ainda há tantas investigações em curso… Catedráticos no crime ressabiados por lhe terem descoberto a careca”, voltou a responder Francisco J. Marques nas redes sociais (e o FC Porto vai fazer queixa de Varandas Fernandes).
A história de Rui Pinto, ou pelo menos aquilo que já se conhece da mesma, vale por si só. E o Benfica, perante uma manchete, reagiu, apontou o dedo aos rivais e exigiu respostas. Com isto, virou o foco. Assim, perdeu espaço o caso e-toupeira, que terá na próxima semana um mais do que provável novo capítulo com a saída de Paulo Gonçalves da SAD, e o próprio conteúdo dos emails que foram roubados de forma ilícita mas que já motivaram, pelo que continham, buscas da PJ na Luz. Mas tudo isso, bem como a operação Cashball (que, neste caso, envolve o Sporting) ou a questão das claques do Benfica que continua a ser levantada pelo antigo presidente do IPDJ, Augusto Baganha, não desapareceram. E durante a semana devem surgir novidades.
Do futebol nacional para o desporto lá fora, houve mais situações onde uma “manchete” secundarizou outras histórias com tanto ou mais relevo. Muito se escreveu sobre a polémica de Serena Williams com Carlos Ramos na final feminina do US Open, com muita divisão de opiniões em relação às críticas da jogadora americana ao árbitro português (que se mostrou particularmente tranquilo no que toca à sua razão no caso), mas passou-se ao lado da história de sonho de Naomi Osaka, que venceu o seu primeiro Grand Slam da carreira aos 20 anos. Também muito se escreveu sobre o gesto de Romano Fenati a travar Stefano Manzi durante o Grande Prémio de São Marino em Moto2, que motivou a irradiação do piloto, mas continua a passar-se ao lado da grande duelo entre Francesco Bagnaia e o português Miguel Oliveira pela conquista do Mundial.
Depois de uma semana que ficou também marcada pela vitória da Seleção de futebol masculino frente à Itália no primeiro jogo na Liga das Nações (e que coincidiu com a quebra de um enguiço com mais de 60 anos com os transalpinos), pelo apuramento da Seleção de futsal feminina para o Europeu (marcado pelo fantástico golo de Jenny de calcanhar na goleada por 12-0 com a Rep. Checa, na primeira jornada da ronda de apuramento) e pela confirmação de Pedro Pichardo nos Mundiais de 2019 como atleta de Portugal, nota agora para o final da Vuelta, para o GP de Singapura em Fórmula 1 e para o regresso da Champions (além do Europeu Sub-20 de hóquei em patins ou do Campeonato do Mundo de judo, entre outros).
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