sexta-feira, 7 de setembro de 2018

EXPRESSO


1268
06 SET 2018
Paulo Luís de Castro
POR PAULO LUÍS DE CASTRO
Jornalista
 
Com ou sem bolha o preço das casas não pára de subir. E como a Eurovisão está a inflamar Israel
Boa tarde.
Há uma bolha especulativa no sector imobiliário ou não? A generalidade dos operadores do mercado garantem que ainda é cedo para o dizer, mas enquanto a procura for maior do que a oferta os preços das casas vão continuar a subir. O centro de Lisboa estará perto de atingir o limite, porque foi onde os valores mais cresceram até agora, mas no Porto ainda há margem para aumentar, porque “o interesse começou mais tarde”. O mesmo se passa nas periferias das duas maiores cidades e noutras do país, onde a procura se tem intensificado, como dá conta a Ana Baptista, que ouviu agentes do mercado imobiliário, economistas e entidades financeiras.
Esta sexta-feira à tarde, depois de almoço, a plataforma que reúne 10 organizações sindicais de professores volta a sentar-se à mesa com o Governo na enésima ronda de negociações sobre a contagem do tempo de serviço prestado durante os anos em que as carreiras da Função Pública estiveram congeladas. Quanto à questão do fundo – vai ou não o Governo recuperar todo o tempo de serviço como exigem os sindicatos – é impossível antecipar cenários. Mas a Isabel Leiria assinala que a discussão não pode arrastar-se por muito mais tempo, até porque estamos a pouco mais de um mês da apresentação do Orçamento do Estado para 2019.
A vitória de Netta Barzilai no Festival da Eurovisão realizado em Lisboa está a revelar-se um presente envenenado para Israel. Uma delegação da União Europeia de Radiodifusão quer garantias por parte do Governo de Benjamin Netanyahu de que opiniões políticas, de religião ou de orientação sexual dos visitantes não serão obstáculo à obtenção de visto, e exige ainda que se trabalhe durante o “shabat”, o dia de descanso dos judeus. A Margarida Mota conta-lhe tudo sobre o desconforto político e social que o evento está a causar no interior do Estado judaico.
Uma conferência organizada por um grupo de negacionistas das alterações climáticas autodenominado “Independent Committee on Geoethics”, agendada para esta sexta-feira e sábado na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, motivou que mais de 60 cientistas nacionais enviassem uma carta aberta ao reitor. Na missiva, a que a Carla Costa teve acesso, apelam a António Sousa Pereira para que a universidade que dirige “escrutine os eventos que organiza e promova o conhecimento baseado em ciência”.
O jornal “The New York Times” publicou um artigo de um alto funcionário da Administração Trump, que, a coberto do anonimato, se afirma “parte da resistência” contra as posições “irascíveis” do Presidente dos EUA. A Casa Branca funciona “não porque Donald Trump é Presidente mas apesar de ele o ser”, escreveu. O jornal justificou a publicação anónima do artigo por ser “a única forma de dar uma perspetiva importante” do interior da Casa Branca aos seus leitores. As críticas ao novo “garganta funda” em Washington não se fizeram esperar, a começar pelo próprio Trump, e tudo isto numa altura em que faltam dois meses para as intercalares que poderão mudar a configuração política nos Estados Unidos.
Porque hoje é quinta-feira, não perca mais um texto ficcionado do escritor Bruno Vieira Amaral sobre acontecimentos irrelevantes, condições atmosféricas e pessoas interrompidas. Título da crónica: “A fotografia”.
Na Opinião temos esta quinta-feira três textos: Ricardo Costa acha que Joana Marques Vidal deve continuar como PGR de modo a que o trabalho executado neste mandato seja “totalmente consolidado”, Daniel Oliveiradefende que “não segregar os ciganos é assumir que a escolaridade obrigatória os inclui” e, finalmente, Henrique Raposo escreve sobre Francisco, o Papa “cool” que se tem remetido ao silêncio “porque não responde diretamente a mentiras”.
Boas leituras.
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LER O EXPRESSO DIÁRIO
IMOBILIÁRIO
Preço das casas vai continuar a subir nos próximos três anos
BOLHA OU NÃO? Perto de atingir o limite no centro de Lisboa, a procura de habitação está a estender-se para a periferia tanto da capital (Amadora ou Odivelas) como do Porto (Gaia ou Matosinhos) e a aumentar até no interior do país. Face aos alertas de que está a criar-se uma bolha imobiliária que pode rebentar a qualquer momento, as empresas do sector dizem que não… pelo menos por agora
POLÍTICA E ESPETÁCULOPorque é que o próximo Festival da Eurovisão está a tornar-se num grande problema
POLÍTICA E ESPETÁCULO Porque é que o próximo Festival da Eurovisão está a tornar-se num grande problema
Conferência no Porto
“Não vão discutir ciência, vão discutir profissões de fé”
Ricardo Costa
Joana Marques Vidal deve ficar. Mas a PGR e o país já mudaram para sempre
 
Daniel Oliveira
Não segregar os ciganos é assumir que a escolaridade obrigatória os incluir
 
Henrique Raposo
A calma de Francisco
 
ESTADOS UNIDOS
Trump e as revelações no NYT. “Isto não é um novo Watergate. É pior”
ENSINO
Sindicatos e Ministério da Educação retomam negociações ainda sem acordo à vista
OS VIVOS E OS MORTOS
A fotografia. Um conto de Bruno Vieira Amaral
HOMENAGEM
Cinemateca amplifica com “O Silêncio” a vida e obra de Loja Neves
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