sábado, 25 de agosto de 2018

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João Vieira Pereira
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Reforma? É melhor esperar sentado
24 de Agosto de 2018
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Reformas Antecipadas O Governo aprovou o fim do fator de sustentabilidade para quem tem 46 anos de contribuições e começou a trabalhar aos 16. A medida entra em vigor a 1 de outubro. Beneficiarão deste alargamento até duas mil pessoas.

Era uma promessa antiga de António Costaque agora é cumprida. É da mais elementar justiça, dirão. E com razão. Não há argumentos contra 46 anos de descontos de quem teve de começar a trabalhar aos 16 anos.

Mas este casos não devem abrir a porta a um facilitismo nas pré-reformas. Já chega o que aconteceu nos primeiros anos deste século. O fator de sustentabilidade foi criado por Vieira da Silva para tentar equilibrar o futuro da Segurança Social. O argumento é simples. À medida que a esperança média de vida aumenta, também a idade da reforma tem de aumentar. Quem quiser sair antes tem de ser financeiramente penalizado.

Há quem defenda que apenas esta medida é suficiente para equilibrar as contas futuras do sistema de pensões. Duvido. Para isso era necessário que a economia continuasse a crescer todos os anos, por muitos anos, e que a taxa de emprego fosse sempre muito alta.

Além da morte e dos impostos, há uma nova certeza na vida. A sua reforma vai ser muito inferior ao que esperava. Se não acredita, veja aqui com que idade se poderá reformar, o que descontou e quanto receberá de pensão. Assusta.

O Bloco de Esquerda não tem medo e diz esta medida não chega, voltando a exigir mais para o próximo Orçamento do Estado, inclusive que quem tenha 60 anos e 40 anos de descontos se possa reformar sem penalizações. Como se paga essa flexibilização? Isso o Bloco não explica. Talvez a solução seja ficar a dever, algo já normal para um partido que acha que as dívidas não são para pagar.
 
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Angola não é Portugal Apesar da intervenção do FMI em Angola, o Presidente João Lourenço considera que “os programas do FMI não são todos iguais. Não estamos a falar de um resgate como o que aconteceu noutros países europeus, como Portugal ou a Grécia”.

Cinco anos de prisão por passar informação Reality Winner, de 26 anos, funcionária da Agência de Segurança Nacional (NSA), foi condenada a cinco anos e três meses na prisão por ter passado um relatório sobre interferências russas nas eleições norte-americanas à “The Intercept”, uma página de jornalismo de investigação. A pena de Winner é a mais longa a ser aplicada a alguém por partilha de documentos oficiais com a comunicação social.

O custo do Brexit Alerta ou chantagem? Para preparar todos para o pior, o Governo britânico publicou os primeiros 25 alertas sobre um cenário de “no deal”, ou seja, um cenário de saída da União Europeia sem um acordo. A listavem com um aviso de que o mais provável até é haver acordo, mas já agora…. Um cenário de “no deal” implica que no dia 29 de março de 2019, às 23h (GMT), o Reino Unido passa a ser um país terceiro em relação à União Europeia, sem um enquadramento que regule as relações futuras com a Europa. A acontecer isso poderá significar, por exemplo, que cidadãos britânicos a residir no estrangeiro possam deixar de ter acesso às suas contas bancárias no Reino Unido. Mas há mais. As empresas exportadores ficarão atulhadas em burocracia, será necessário contratar mais 9000 funcionários públicos, só para lidar com os problemas de não haver acordo, e muitas pequenas empresas terão de fechar por não poderem suportar os custos extra.

Merkel quer Comissão Os esforços de Angela Merkel estão centrados em conseguir que a Alemanha fique com a presidência da Comissão Europeia. Para a chanceler, assegurar este lugar é mais importante do que garantir que um alemão suceda a Mário Draghi na liderança do Banco Central Europeu.

Scott é o novo PM Scott Morrison ganhou a liderança do Partido Liberal, tornando-se assim o novo líder do Governo australiano.

EUA de volta à Coreia Os EUA nomearamum enviado especial para a Coreia do Norte, Stephen Biegun, que se irá deslocar a Pyongyang na próxima semana e liderar a política americana em relação aquele país.

Daesh O líder do autoproclamado Estado Islâmico (Daesh), Abu Bakr al-Baghdadi, apareceu num áudio a pedir aos seguidores que continuem a lutar, afirmando que o “Estado Islâmico está numa ótima situação”. A sua última mensagem tinha sido publicada em setembro do ano passado.

Terror, não terrorismo Um homem matou com uma faca a mãe e a irmã e deixou outra pessoa ferida com gravidade em Trappes, perto de Paris. Acabou abatido pela polícia francesa. O autodenominado Estado Islâmico (Daesh) reivindicou o ataque, mas o Governo francês não está a tratar este caso como terrorismo.

Banidas As empresas chinesas Huawei e ZTE foram impedidas de lançar a rede 5G na Austrália. Em causa estão motivos de segurança nacional.

9 milhões por um jogo de golfe O golfe está longe de ser um desporto de massas ou popular em Portugal. Mas em muitos lados do mundo tem milhões e milhões de seguidores fanáticos. A Ryder Cup, confronto entre jogadores dos EUA e da Europa, cuja próxima edição se realiza em Paris no final de setembro, é um dos eventos desportivos mais vistos em todo o mundo. Mais se Tiger Woods, o jogador que literalmente move multidões, participar. Mas é o pay-per-view que pode revolucionar o desportoTiger Woods e Phil Mickelsonvão defrontar-se em novembro em Las Vegas. Um frente a frente que irá render 9 milhões de dólares ao vencedor (7,78 milhões de euros).

Despedidos oito anos depois Em Londres, o Credit Suisse despediu dois gestores, um deles um banqueiro sénior da instituição, no seguimento de um processo de assédio sexual. Os acontecimentos ocorreram há oito anos, altura em que a alegada vítima, que já não trabalha naquele banco, fez queixa, mas nada aconteceu. Em janeiro último, incentivada pelo movimento #MeToo, voltou a escrever ao atual CEO para que fizesse alguma coisa.

O QUE DIZEM OS NÚMEROS
116 
é o número de migrantes que serão expulsos de Espanha depois de terem saltado a fronteira em Ceuta.

231,2 milhões de euros são os prejuízos do Novo Banco nos primeiros seis meses do ano, menos 20% face a igual período de 2017.

652 páginas foram apagadas pelo Facebook, depois de a empresa ter descobertocampanhas de desinformação, tendo como alvo o Reino Unido e os EUA, com origem no Irão.

4,8 milhões de euros é o valor contratadoem serviços de advogados pelo Banco de Portugal, sem concurso.

JORNAIS DE HOJE
“Caixa distribui prémios em pela guerra laboral”, escreve o “Público”, no dia em que os trabalhadores estão em greve contra a denúncia pela administração do acordo de empresa. O jornal destaca ainda o facto de o Governo ter contratado a Heliportugal para fornecer os substitutos dos Kamov, empresa que tem uma longa história de litigância com o Estado.
“Jornal I”: “A menina da TV”, o destaque vai para Cristina Ferreira e a sua contratação pela SIC. Também o "Correio da Manhã" faz manchete com a apresentadora e escreve que tem “Prémio milionário para ganhar a Goucha”.
“Jornal de Notícias”: “Rede pirata cobrava mensalidade de TV a centenas de clientes”.
“Negócios”: “ADSE incapaz de baixar despesa” e “Deloitte corrige contas de Ricciardi e KPMG no Haitong”
“Jornal Económico”: “Três consórcios que queriam comprar a Comporta voltaram à corrida”

O QUE EU ANDO A LER
Férias rima com romance. Dois. O autor foi recomendado pelo Martim Silva, os livros escolhidos por mim. Joël Dicker é um jovem escritor suíço que tem arrecadado prémios um pouco por todo o mundo. De escrita fácil, com aquela capacidade de agarrar o leitor em casos de crime/mistério, tornou-se uma espécie de fenómeno com o seu segundo livro: “A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert”. Confesso que não foi o meu favorito. O “Livro dos Baltimore”, uma espécie de sequela do primeiro, consegue agarrar melhor o leitor. Li a versão americana dos dois, já que a oferta do Kindle em títulos em português é uma miséria.

Agora de volta ao trabalho, carrego comigo os escritos de Victor Cunha Rego, “Na prática a teoria é outra”. Uma escolha de uma vida de crónicas, publicadas entre 1957 e 1999.

O livro, que me foi oferecido por André Cunha Rego, a quem agradeço a simpatia, tem um prefácio, lindo, de Otavio Frias Filho, diretor da "Folha de S. Paulo" durante 34 anos e que faleceu na passada terça-feira.

Atreva-se e deixe-se levar pelas criticas implacáveis do jornalista, que nos transportam entre décadas a cada virar de página, sempre com a ideia de que por mais páginas que sejam lidas nós estamos a ver no espelho do presente.

Este Expresso Curto fica por aqui. Tenha uma ótima sexta-feira. E se for o caso de estar já a sentir o fim da férias, aproveite o último fim de semana de agosto.
 
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