Vão mais agitados os tempos nos bastidores do acordo de Governo que colocou e tem mantido António Costa no Palácio de São Bento. Em tempo de negociação do próximo Orçamento do Estado, o mito acabou, diz o secretário-geral dos comunistas Jerónimo de Sousa. Arriscam “voltar ao isolamento”, reage o líder parlamentar socialista Carlos César. O primeiro-ministro ensaia a síntese: “Não há dinheiro” para ceder mais aos parceiros, mas a geringonça é “um sucesso” a manter. Se a esquerda romper, Costa prepara-se para lamentar culpas alheias pelo fim de uma ousadia que diz “estar no coração dos portugueses”. O jogo de passa culpas está em marcha. A tentação da crise na geringonça está aí.
EDP processa novamente o Estado para prolongar renda nas renováveis
Elétrica avançou com uma segunda ação contra o Ministério da Economia, reclamando o direito a mais 10 anos de preços garantidos numa pequena central hídrica em Ponte de Lima. A ação deu entrada no Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa a 23 de junho e já chegou aos serviços do Ministério da Economia, sendo em tudo idêntica a uma outra ação que a EDP, através da empresa Pebble Hydro, moveu contra o Estado em abril do ano passado.
Foi explorar “uma gruta muito difícil na Arrábida” e não voltou: há 30 anos que ninguém sabe de Tiago
Não se sabe ao certo o que aconteceu. Dizem que Tiago desapareceu nas grutas da Arrábida, em Setúbal. Mas outras hipóteses foram ponderadas – rapto ou acidente – e depois excluídas. Ao contrário das 12 crianças que esta segunda-feira foram encontradas na Tailândia após nove dias presas numa caverna (e podem ter de lá ficar mais quatro meses), Tiago nunca foi encontrado. Trinta anos depois, permanece o mistério do que lhe terá acontecido.
Costa em Moçambique. Para estreitar relações (e, talvez, evocar o pai e falar do caso Américo Sebastião)
António Costa parte esta quarta-feira para Moçambique para uma visita a este país no âmbito da terceira cimeira bilateral entre os dois países. O primeiro-ministro evocará com certeza o seu pai, o escritor Orlando Costa, nascido em 1929 na então Lourenço Marques (hoje Maputo). E deve também insistir com o “irritante” do rapto de Américo Sebastião – empresário português raptado e desaparecido desde julho de 2016 em Nhamapadza, na província de Sofala –, nomeadamente a falta de vontade moçambicana em receber ajuda das autoridades judiciais e policiais portuguesas para tentar deslindar este caso.
O “rei” da Baviera que sequestrou a Alemanha
Quem é o homem que conseguiu pôr fim à era Merkel? Até esta segunda-feira, a chanceler dominou na Alemanha e na Europa e foi mediadora de crises internacionais. Desde que cedeu ao seu ministro do Interior no aumento das deportações e na devolução à procedência dos candidatos a asilo antes registados noutro Estado-membro, Angela Merkel dificilmente se livrará das exigências de Horst Seehofer.
António Vitorino só decide OPA à EDP se houver assembleia geral antes de 1 de outubro
O advogado António Vitorino, presidente da mesa da assembleia-geral da EDP, vai permanecer nos órgãos sociais da elétrica apenas até 1 de outubro, altura em que abandona a empresa para assumir o cargo de diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações (OIM). Um prazo que dá a Vitorino apenas três meses para ter uma palavra a dizer na oferta pública de aquisição anunciada pela China Three Gorges.
“Não quero ser operado à apendicite pelo senhor que corta os bifes no talho”
É desta forma que no Dia Nacional do Arquiteto o presidente da Ordem reage à lei, aprovada em junho, que cria os alicerces legais para um grupo específico de engenheiros civis poder assinar projetos urbanísticos.
Obrigações do Tesouro só geram ganhos para quem invista pelo menos 5000 euros
Simulações mostram que os novos títulos de dívida pública que começam a ser comercializados na quinta-feira são mais atrativos para o Estado do que para os investidores. Até aos 5000 euros, todos os juros serão “comidos” pelas comissões bancárias. Analistas dizem que há outros produtos mais rentáveis no mercado.
Ozzy, eu sei o que fizeste num verão passado…
Velhos são os trapos. Quando inventaram o heavy metal, Ozzy Osborne estava lá. Esta segunda-feira, 50 anos depois, veio a Lisboa mostrar o que ainda vale.
Nas colunas de Opinião escrevem esta terça-feira Ricardo Costa, Francisco Louçã, Daniel Oliveira e Henrique Raposo.
Boas leituras.
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