ador, José Manuel Fernandes
Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro começaram há uma semana, para muitos só hoje é que verdadeiramente arrancaram com o início das provas de atletismo, mas a verdade é já produziram figuras maiores e tiveram momentos inesquecíveis. Para os portugueses, o bronze de Telma Monteiro, tão longamente perseguido. Para as audiências de todo o mundo, as prestações de um veterano colecionador de medalhas, Michael Phelps (que na última madrugada bateu um record de vitórias que vinha da Antiguidade Clássica...), e de um prodígio sem par, a ginasta Simone Biles. Mas mesmo que por estes dias apreciemos desportos que não apenas o futebol, e de haver trabalhos magníficos na imprensa nacional e internacional, o Macroscópio, por hoje, apenas sugere que aproveitem o melhor possível as transmissões televisivas, pois temos outro tema para tratar. Por infortúnio, menos agradável: Donald Trump (cartoon de Marian Kamensky).
Regresso à candidatura do magnate nova-iorquino não para dar conta das suas controvérsias mais recentes, ou da forma como tem vindo a cair nas sondagens, mas para destacar as tomadas de posição de políticos e comentadores conservadores, muitos assumidamente republicanos, que em número crescente têm vindo a dizer que não votarão em Trump e a explicar porquê.
O pretexto mais próximo para esta escolha foi a tomada de posição de 50 republicanos que exerceram funções na segurança nacional e que vieram denunciar, numa carta conjunta, a ignorância e incompetência do candidato à Casa Branca. Vale a pena conhecer o conteúdo do documento que pode ser lido no New York Times: A Letter From G.O.P. National Security Officials Opposing Donald Trump. Pequena passagem: “From a foreign policy perspective, Donald Trump is not qualified to be President and Commander-in-Chief. Indeed, we are convinced that he would be a dangerous President and would put at risk our country’s national security and well-being. Most fundamentally, Mr. Trump lacks the character, values, and experience to be President. He weakens U.S. moral authority as the leader of the free world. He appears to lack basic knowledge about and belief in the U.S. Constitution, U.S. laws, and U.S. institutions, including religious tolerance, freedom of the press, and an independent judiciary”.
Entre as figuras de primeira linha do Partido Republicano um dos primeiros a dizer claramente que não apoiaria nunca Donald Trump foi um membro do clã Bush, Jeb, antigo governador da Flórida, que ainda antes da convenção de Cleveland escreveu para o Washington Post um texto intitulado Trump does not represent the future of the country — or the GOP. Nele criticava a forma como o seu partido se tinha oposto à polarização protagonizada pela administração Obama – “a few in the Republican Party responded by trying to out-polarize the president, making us seem anti-immigrant, anti-women, anti-science, anti-gay, anti-worker and anti-common-sense”. Só que isso acarretou consequências pesadas: “The result has been the vanishing of any semblance of compromise or bipartisanship in our nation’s capital. Simple problems don’t get solved. Speeches happen; the important stuff doesn’t. The failure of elected leaders to break the gridlock in Washington has led to an increasingly divided electorate, which in turn has led to a breakdown in our political system. Unfortunately, the understandable anger and fear haven’t given rise to a resurgence of purpose in politics or renewed a debate in our party about how Republicans win back the White House with the power of our ideas. Instead, they have given rise to the success of a candidate who continues to grotesquely manipulate the deeply felt anger of many Americans.”
Esta ideia de que a forma como os republicanos se opuseram a Obama acabou por abrir caminho a Trump é defendida por outros comentadores conservadores. Um deles, Jay Caruso, escreveu mesmo na National Review sobre How Conservative Intransigence Helped Give Us Trump. Eis o essencial do seu argumento: “Just over 20 years ago, a Republican-controlled Congress prepared to send then-president Clinton a welfare-reform bill that would bring sweeping changes to America’s entitlement apparatus. (...) It was an incremental win for the GOP and conservatives were rightly impressed. Nowadays, such an incremental win would spawn a thousand revolts. Rather than cheering the Right advancing the ball, The Faction, as I call them, would tear out their hair. Instead of moving on to the next victory, they would proclaim from their soapboxes that they’d been “betrayed,” and send out e-mails asking for money to stop the dreaded “establishment” from “working with Obama” to “ruin” the country. Today, the small win has become a relic. Egged on by anger, The Faction demands 100 percent fealty and declares anything less to be “failure.”
Um outro ensaísta da mesma área política, o historiador military Max Boot, um neoconservador, também argumentou no New York Times no mesmo sentido, em How the ‘Stupid Party’ Created Donald Trump. Aí argumenta que, “In recent years, the Republicans’ relationship to the realm of ideas has become more and more attenuated as talk-radio hosts and television personalities have taken over the role of defining the conservative movement that once belonged to thinkers like Irving Kristol, Norman Podhoretz and George F. Will. The Tea Party represented a populist revolt against what its activists saw as out-of-touch Republican elites in Washington.” Disso resultou o que considera ser a presente aberração: “Mr. Trump doesn’t know the difference between the Quds Force and the Kurds. He can’t identify the nuclear triad, the American strategic nuclear arsenal’s delivery system. He had never heard of Brexit until a few weeks before the vote. He thinks the Constitution has 12 Articles rather than seven. He uses the vocabulary of a fifth grader. Most damning of all, he traffics in off-the-wall conspiracy theories”.
Vejamos pois o que pensam os intelectuais que Max Boot gostaria que tivessem sido mais escutados, isto é, figuras como Norman Podhoretz e George F. Will, sendo que tendo já desaparecido Irving Kristol, procuremos conhecer o pensamento do seu filho, William Kristol:
Esta ideia de que Trump não é um conservador nem representa os conservadores tem sido um dos pontos recorrentes na argumentação de publicações como a National Review, sendo disso um bom exemplo o texto de Ben Shapiro Stanger in a strange land: “Because conservatism is a foreign land to Trump, he regularly and unintentionally demeans conservative positions and philosophies. He allows the media to caricature conservatism as everything leftists have always believed conservatism to be: nasty, parochial, violent, and stupid. And thus conservatives have to spend more time re-explaining their positions than Trump spends defending them and promoting them to the American people.”
Depois há a preocupação com a política externa e de segurança, refletida na carta que referimos logo a abrir mas retomada por outras figuras importantes e comentadores influents, mesmo que não directamente identificados com os republicanos. Seleccionámos dois dos exemplos mais notáveis:
Termino esta selecção com o texto mais recente, de hoje mesmo, publicado pela senadora republicana pelo Maine, Susan Collins, no Washington Post, Why I cannot support Trump. É um texto fortemente político com um toque de ultraje quase pessoal: “With the passage of time, I have become increasingly dismayed by his constant stream of cruel comments and his inability to admit error or apologize. But it was his attacks directed at people who could not respond on an equal footing — either because they do not share his power or stature or because professional responsibility precluded them from engaging at such a level — that revealed Mr. Trump as unworthy of being our president.”
Seja lá como for, a verdade é que os republicanos, por múltiplas razões que não cabem no espaço desta newsletter, acabaram por escolher como candidato Donald Trump. As vozes que agora se erguem, mesmo sendo influentes nos círculos políticos e intelectuais, não chegaram nem chegam aos eleitores que votaram nas primárias. Mesmo assim era importante registar que a denúncia de Trump começa naquele que, supostamente, devia ser o seu campo.
E com isto me despeço antes de um fim-de-semana prolongado, com os habituais votos – leiam e descansem – e os mais sazonais votos de boas férias e bons Jogos Olímpicos. Até para a semana.
18:33
Grupos, Newsletters
Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro começaram há uma semana, para muitos só hoje é que verdadeiramente arrancaram com o início das provas de atletismo, mas a verdade é já produziram figuras maiores e tiveram momentos inesquecíveis. Para os portugueses, o bronze de Telma Monteiro, tão longamente perseguido. Para as audiências de todo o mundo, as prestações de um veterano colecionador de medalhas, Michael Phelps (que na última madrugada bateu um record de vitórias que vinha da Antiguidade Clássica...), e de um prodígio sem par, a ginasta Simone Biles. Mas mesmo que por estes dias apreciemos desportos que não apenas o futebol, e de haver trabalhos magníficos na imprensa nacional e internacional, o Macroscópio, por hoje, apenas sugere que aproveitem o melhor possível as transmissões televisivas, pois temos outro tema para tratar. Por infortúnio, menos agradável: Donald Trump (cartoon de Marian Kamensky).
Regresso à candidatura do magnate nova-iorquino não para dar conta das suas controvérsias mais recentes, ou da forma como tem vindo a cair nas sondagens, mas para destacar as tomadas de posição de políticos e comentadores conservadores, muitos assumidamente republicanos, que em número crescente têm vindo a dizer que não votarão em Trump e a explicar porquê.
O pretexto mais próximo para esta escolha foi a tomada de posição de 50 republicanos que exerceram funções na segurança nacional e que vieram denunciar, numa carta conjunta, a ignorância e incompetência do candidato à Casa Branca. Vale a pena conhecer o conteúdo do documento que pode ser lido no New York Times: A Letter From G.O.P. National Security Officials Opposing Donald Trump. Pequena passagem: “From a foreign policy perspective, Donald Trump is not qualified to be President and Commander-in-Chief. Indeed, we are convinced that he would be a dangerous President and would put at risk our country’s national security and well-being. Most fundamentally, Mr. Trump lacks the character, values, and experience to be President. He weakens U.S. moral authority as the leader of the free world. He appears to lack basic knowledge about and belief in the U.S. Constitution, U.S. laws, and U.S. institutions, including religious tolerance, freedom of the press, and an independent judiciary”.
Entre as figuras de primeira linha do Partido Republicano um dos primeiros a dizer claramente que não apoiaria nunca Donald Trump foi um membro do clã Bush, Jeb, antigo governador da Flórida, que ainda antes da convenção de Cleveland escreveu para o Washington Post um texto intitulado Trump does not represent the future of the country — or the GOP. Nele criticava a forma como o seu partido se tinha oposto à polarização protagonizada pela administração Obama – “a few in the Republican Party responded by trying to out-polarize the president, making us seem anti-immigrant, anti-women, anti-science, anti-gay, anti-worker and anti-common-sense”. Só que isso acarretou consequências pesadas: “The result has been the vanishing of any semblance of compromise or bipartisanship in our nation’s capital. Simple problems don’t get solved. Speeches happen; the important stuff doesn’t. The failure of elected leaders to break the gridlock in Washington has led to an increasingly divided electorate, which in turn has led to a breakdown in our political system. Unfortunately, the understandable anger and fear haven’t given rise to a resurgence of purpose in politics or renewed a debate in our party about how Republicans win back the White House with the power of our ideas. Instead, they have given rise to the success of a candidate who continues to grotesquely manipulate the deeply felt anger of many Americans.”
Esta ideia de que a forma como os republicanos se opuseram a Obama acabou por abrir caminho a Trump é defendida por outros comentadores conservadores. Um deles, Jay Caruso, escreveu mesmo na National Review sobre How Conservative Intransigence Helped Give Us Trump. Eis o essencial do seu argumento: “Just over 20 years ago, a Republican-controlled Congress prepared to send then-president Clinton a welfare-reform bill that would bring sweeping changes to America’s entitlement apparatus. (...) It was an incremental win for the GOP and conservatives were rightly impressed. Nowadays, such an incremental win would spawn a thousand revolts. Rather than cheering the Right advancing the ball, The Faction, as I call them, would tear out their hair. Instead of moving on to the next victory, they would proclaim from their soapboxes that they’d been “betrayed,” and send out e-mails asking for money to stop the dreaded “establishment” from “working with Obama” to “ruin” the country. Today, the small win has become a relic. Egged on by anger, The Faction demands 100 percent fealty and declares anything less to be “failure.”
Um outro ensaísta da mesma área política, o historiador military Max Boot, um neoconservador, também argumentou no New York Times no mesmo sentido, em How the ‘Stupid Party’ Created Donald Trump. Aí argumenta que, “In recent years, the Republicans’ relationship to the realm of ideas has become more and more attenuated as talk-radio hosts and television personalities have taken over the role of defining the conservative movement that once belonged to thinkers like Irving Kristol, Norman Podhoretz and George F. Will. The Tea Party represented a populist revolt against what its activists saw as out-of-touch Republican elites in Washington.” Disso resultou o que considera ser a presente aberração: “Mr. Trump doesn’t know the difference between the Quds Force and the Kurds. He can’t identify the nuclear triad, the American strategic nuclear arsenal’s delivery system. He had never heard of Brexit until a few weeks before the vote. He thinks the Constitution has 12 Articles rather than seven. He uses the vocabulary of a fifth grader. Most damning of all, he traffics in off-the-wall conspiracy theories”.
Vejamos pois o que pensam os intelectuais que Max Boot gostaria que tivessem sido mais escutados, isto é, figuras como Norman Podhoretz e George F. Will, sendo que tendo já desaparecido Irving Kristol, procuremos conhecer o pensamento do seu filho, William Kristol:
- Norman Podhoretz continua ligado à revista Commentary, de que é editor. Sobre o desastre da campanha de Trump recomendo que oiçam o podcast The GOPocalypse, sendo que sobre as suas propostas e discursos as palavras de Podhoretz dificilmente podiam ser mais duras do que num texto como The Last Worst Hope of Earth, no qual critica o discuta o discurso de aceitação da nomeação proferido por Trump em Cleveland: “It was a blast of anti-American sentiment and Spenglerian despair that might fit his own political marketing plan but is nothing less than a repellent slander against these United States. I could be fancy and find myself a quote from Tocqueville, but it’s really the philosopher Merle Haggard who said it best: “When you’re running down my country, Hoss, you’re walking on the fighting side of me.” Trump spent nearly 77 minutes running down my beloved country, and I don’t take kindly to it.”
- George F. Will mantém uma coluna bi-semanal no Washington Post onde tem fustigado regularmente o candidato escolhido pelos republicanos. Num dos seus textos mais recentes, Trump’s shallowness runs deep, analisa a forma como Trump pode estar a provocar intencionalmente ultraje atrás de ultraje para que uns se vão anulando aos outros e, sobretudo, algumas das suas afirmações mais graves – nomeadamente enquanto candidato a comandante supremo do mais poderoso exército do mundo – acabem por passer despercebidas. Eis o seu argumento: “In the 1870s, when Boss Tweed’s Tammany Hall controlled New York City, and in the 1950s and 1960s, when Chicago’s Democratic machine was especially rampant, there was a phenomenon that can be called immunity through profusion: Fresh scandals arrived with metronomic regularity, so there was no time to concentrate on any of them. The public, bewildered by blitzkriegs of bad behavior, was enervated. (…) [Trump] speeches are, of course, syntactical train wrecks, but there might be method to his madness. He rarely finishes a sentence (“Believe me!” does not count), but perhaps he is not the scatterbrain he has so successfully contrived to appear. Maybe he actually is a sly rascal, cunningly in pursuit of immunity through profusion.”
- William Kristol é editor da Weekly Standard e defendeu, numa entrevista ao Observador, que poderia fazer sentido uma terceira candidatura independente para que os verdadeiros conservadores tivessem alguém em quem votar. Pequeno extracto de “Nunca imaginei ver a América transformada numa espécie de Argentina”: “Donald Trump é alguém que eu diria ser uma espécie de mistura de Berlusconi com Marine Le Pen, ou com Nigel Farage, para citar alguns exemplos europeus. A sua agenda mistura o nacionalismo com o populismo. É alguém que explora o espírito do tempo mas que não tem um posicionamento político muito claro. Não é um candidato de convicções nem um candidato com uma agenda política coerente, sequer com uma agenda política bem definida. O que ele faz é apanhar no ar o que inquieta as pessoas e explorar essas inquietações. Como todos os populistas, é alguém que segue, não é alguém que lidera. Para mim isto é extraordinariamente preocupante.”
Esta ideia de que Trump não é um conservador nem representa os conservadores tem sido um dos pontos recorrentes na argumentação de publicações como a National Review, sendo disso um bom exemplo o texto de Ben Shapiro Stanger in a strange land: “Because conservatism is a foreign land to Trump, he regularly and unintentionally demeans conservative positions and philosophies. He allows the media to caricature conservatism as everything leftists have always believed conservatism to be: nasty, parochial, violent, and stupid. And thus conservatives have to spend more time re-explaining their positions than Trump spends defending them and promoting them to the American people.”
Depois há a preocupação com a política externa e de segurança, refletida na carta que referimos logo a abrir mas retomada por outras figuras importantes e comentadores influents, mesmo que não directamente identificados com os republicanos. Seleccionámos dois dos exemplos mais notáveis:
- The Isolationist Temptation, um longo ensaio no Wall Street Journal de Richard N. Haass, que foi conselheiro do secretário de Estado Colin Powell, onde defende que “With the rise of Trump and Sanders, the U.S. foreign-policy debate is now about whether to engage at all with the wider world”. Ou seja, há uma propensão para defender que os Estados Unidos se fechem sobre eles mesmos, o que o preocupa: “Isolationists must not prevail in this new debate over foreign-policy fundamentals, one which I had never imagined would take place in my lifetime. Turning away from global engagement would mean not just opportunities lost: in jobs reliant on exports, the chance to invest overseas, the ability to travel without fear. It also would bring conflict and nuclear proliferation. As the world unraveled, Americans would be more vulnerable to terrorism, illegal immigration, climate change and disease.”
- Why we need a President Clinton, da jornalista e historiadora Anne Applebaum no Washington Post onde ela manifesta todo o seu horror com a manifesta proximidade entre Trump e Putin, dois líderes que se têm elogiado mutuamente: “Vladimir Putin is not a Bond villain, the Kremlin is not Spectre and, in the real world, we don’t need Daniel Craig to push back against Russia’s hybrid foreign policy. But we do need to elect Hillary Clinton for president. If we don’t, as we learned in recent days, we’ll be led by a man who appears bent on destroying the alliances that preserve international peace and American power, a man who cheerfully approves of hostile foreign intervention in a U.S. election campaign. And please remember: If that’s how he feels about Russia, there’s no guarantee that he’ll feel any different about China or Iran.”
Termino esta selecção com o texto mais recente, de hoje mesmo, publicado pela senadora republicana pelo Maine, Susan Collins, no Washington Post, Why I cannot support Trump. É um texto fortemente político com um toque de ultraje quase pessoal: “With the passage of time, I have become increasingly dismayed by his constant stream of cruel comments and his inability to admit error or apologize. But it was his attacks directed at people who could not respond on an equal footing — either because they do not share his power or stature or because professional responsibility precluded them from engaging at such a level — that revealed Mr. Trump as unworthy of being our president.”
Seja lá como for, a verdade é que os republicanos, por múltiplas razões que não cabem no espaço desta newsletter, acabaram por escolher como candidato Donald Trump. As vozes que agora se erguem, mesmo sendo influentes nos círculos políticos e intelectuais, não chegaram nem chegam aos eleitores que votaram nas primárias. Mesmo assim era importante registar que a denúncia de Trump começa naquele que, supostamente, devia ser o seu campo.
E com isto me despeço antes de um fim-de-semana prolongado, com os habituais votos – leiam e descansem – e os mais sazonais votos de boas férias e bons Jogos Olímpicos. Até para a semana.
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