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POR José Cardoso
Editor Adjunto
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Bom dia,
A história (contada pelo próprio) de um herói que há cinco anos salvou
duas dezenas de pessoas numa história de horror. Neste e noutros casos,
até onde se deve mostrar o horror? Sócrates de volta (à Operação
Marquês). O que diz ao Expresso, sobre Trump e não só, um ex-diretor da
CIA. Manual de instruções da máquina de dopar russa. Uma tentativa de
golpe de Estado algo esquisita. Os Jogos Olímpicos e os problemas do
Rio. E, para descontrair, uma viagem por um rio acima. Eis, em versão
curta, os temas das sugestões do editor para este sábado. Vamos a elas:
As buscas desta quinta-feira ao banco de investimento da CGD e ao
ex-BESI trouxeram de novo à tona um assunto que já andava meio
esquecido: a Operação Marquês e o “caso Sócrates”. Foi a segunda vaga de
buscas em poucos dias e tem a “novidade” de envolver o nome da PT e
respetivos negócios. Para quem tem andado mais distraído ou já não se
lembra muito bem de alguns contornos do caso, o Micael Pereira faz no
Expresso Diário de quinta-feira uma boa atualização do que se sabe e do
que foi feito até agora no âmbito deste processo. Um dos
assuntos que dominou a semana noticiosa foi a convenção do Partido
Republicano, que entronizou Donald Trump como candidato do partido às
presidenciais de novembro. Além dos artigos do Ricardo Lourenço, nosso
correspondente nos EUA (“Porque é que ninguém fala do que interessa?”,
na terça-feira), e do Luís M. Faria (sobre os discursos de encerramento
de Trump & família, na sexta-feira), recomendo a entrevista
exclusiva que o general Michael Hayden, que já foi diretor da CIA e da
NSA, deu ao Ricardo Lourenço. Foi publicada na edição de quarta-feira e,
nela, entre outras coisas, o general arrasa Trump mas diz para a Europa
não entrar em pânico. Ainda sobre espiões e serviços secretos,
aconselho a (re)leitura de outro artigo que publicámos na mesma edição:
quem foram os protagonistas e como funcionava o esquema de doping em
larga escala no atletismo russo, cujo escândalo desencadeou uma
investigação que levou agora à proibição de participação de Moscovo nos
Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro (a decisão foi só sobre o atletismo,
mas este domingo poderá ser alargada a outras modalidades). Como conta o
Luís M. Faria, o esquema envolvia agentes dos serviços secretos russos e
amostras de urina trocadas através de buracos na parede. Sobre
os Jogos Olímpicos, não perca também o 2:59 Para Explicar o Mundo desta
quarta-feira, no qual a Christiana Martins explica, no formato habitual
de vídeo em 2 minutos e 59 segundos, tudo o que está a correr mal com
os preparativos dos jogos. “Deus deixou de ser brasileiro?”, é o título
do trabalho, que fala de política, de insegurança, de poluição e de
zika. (ainda sobre Jogos Olímpicos, e também da autoria da
Christiana, leia o tema de capa da revista E que chegou este sábado às
bancas, que é precisamente sobre JO e Rio. A duas semanas da abertura da
competição, o ambiente é de cortar à faca na “cidade maravilhosa” que
vai formosa mas não segura, conta a jornalista.
Outro tema que tem estado na berlinda é o da tentativa de golpe de
Estado na Turquia e respetivas ondas de choque. Um putsch sobre o qual
continua a haver muitas dúvidas por esclarecer e receios crescentes
sobre liberdades e Direitos Humanos. Por exemplo, porque é que a
oposição, incluindo os curdos, que têm sido reprimidos pelo regime do
Presidente Erdogan, vieram para a rua apoiá-lo? Especialistas falaram à
Helena Bento sobre as lições e ilações a retirar da tentativa de golpe,
num artigo que publicámos na edição de terça-feira. Uma
(re)leitura que recomendo igualmente é o depoimento de um homem, chamado
Kasper Ilaug, que salvou sozinho mais de 20 pessoas aquando da chacina
de Utoya, na Noruega, há cinco anos. Ilaug foi um dos voluntários que
ajudaram a resgatar jovens da ilha onde Anders Breivik assassinou 77
pessoas – e a Cátia Bruno recolheu o relato que ele faz, na primeira
pessoa. Publicámo-lo no Expresso Diário de quinta-feira. Também
relacionado com horror, este mais recente, é o artigo da Maria João
Bourbon que publicámos na edição de segunda-feira: até que ponto a
comunicação social deve mostrá-lo? Há limites? Quais? As perguntas, e as
respostas possíveis de quem ela consultou, vêm na esteira do atentado
de Nice, sobre o qual circularam inicialmente imagens chocantes e cuja
cobertura deu azo a algumas acusações (levando, por exemplo, a cadeia de
tv TF1 a pedir desculpa por excessos que tenha cometido). Para
terminar proponho-lhe a (re)leitura – ou melhor, o visionamento, já que
se trata de um vídeo – de um trabalho mais repousante, até porque
estamos em período de férias. Para descontrair, veja ou reveja a
reportagem que o André de Atayde fez por um rio acima – um rio cujo nome
perdeu os acentos e que corre de norte para sul. Boas leituras, um excelente fim de semana e, se for o caso, férias repousantes, em rio, terra ou mar.
(E não se esqueça que, em terra, tem nas bancas nova edição do
semanário, que oferece este sábado “Eusébio Macário”, o segundo de oito
volumes das obras de Camilo Castelo Branco que estamos a distribuir aos
nossos leitores)
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