sábado, 23 de julho de 2016

EXPRESSO - 23 DE JULHO DE 2016

As Escolhas do Editor

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23 Jul 2016


José Cardoso
POR José Cardoso
Editor Adjunto

 
As Escolhas do Editor

Bom dia,

A história (contada pelo próprio) de um herói que há cinco anos salvou duas dezenas de pessoas numa história de horror. Neste e noutros casos, até onde se deve mostrar o horror? Sócrates de volta (à Operação Marquês). O que diz ao Expresso, sobre Trump e não só, um ex-diretor da CIA. Manual de instruções da máquina de dopar russa. Uma tentativa de golpe de Estado algo esquisita. Os Jogos Olímpicos e os problemas do Rio. E, para descontrair, uma viagem por um rio acima. Eis, em versão curta, os temas das sugestões do editor para este sábado.

Vamos a elas:

As buscas desta quinta-feira ao banco de investimento da CGD e ao ex-BESI trouxeram de novo à tona um assunto que já andava meio esquecido: a Operação Marquês e o “caso Sócrates”. Foi a segunda vaga de buscas em poucos dias e tem a “novidade” de envolver o nome da PT e respetivos negócios. Para quem tem andado mais distraído ou já não se lembra muito bem de alguns contornos do caso, o Micael Pereira faz no Expresso Diário de quinta-feira uma boa atualização do que se sabe e do que foi feito até agora no âmbito deste processo.

Um dos assuntos que dominou a semana noticiosa foi a convenção do Partido Republicano, que entronizou Donald Trump como candidato do partido às presidenciais de novembro. Além dos artigos do Ricardo Lourenço, nosso correspondente nos EUA (“Porque é que ninguém fala do que interessa?”, na terça-feira), e do Luís M. Faria (sobre os discursos de encerramento de Trump & família, na sexta-feira), recomendo a entrevista exclusiva que o general Michael Hayden, que já foi diretor da CIA e da NSA, deu ao Ricardo Lourenço. Foi publicada na edição de quarta-feira e, nela, entre outras coisas, o general arrasa Trump mas diz para a Europa não entrar em pânico.

Ainda sobre espiões e serviços secretos, aconselho a (re)leitura de outro artigo que publicámos na mesma edição: quem foram os protagonistas e como funcionava o esquema de doping em larga escala no atletismo russo, cujo escândalo desencadeou uma investigação que levou agora à proibição de participação de Moscovo nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro (a decisão foi só sobre o atletismo, mas este domingo poderá ser alargada a outras modalidades). Como conta o Luís M. Faria, o esquema envolvia agentes dos serviços secretos russos e amostras de urina trocadas através de buracos na parede.

Sobre os Jogos Olímpicos, não perca também o 2:59 Para Explicar o Mundo desta quarta-feira, no qual a Christiana Martins explica, no formato habitual de vídeo em 2 minutos e 59 segundos, tudo o que está a correr mal com os preparativos dos jogos. “Deus deixou de ser brasileiro?”, é o título do trabalho, que fala de política, de insegurança, de poluição e de zika.

(ainda sobre Jogos Olímpicos, e também da autoria da Christiana, leia o tema de capa da revista E que chegou este sábado às bancas, que é precisamente sobre JO e Rio. A duas semanas da abertura da competição, o ambiente é de cortar à faca na “cidade maravilhosa” que vai formosa mas não segura, conta a jornalista.

Outro tema que tem estado na berlinda é o da tentativa de golpe de Estado na Turquia e respetivas ondas de choque. Um putsch sobre o qual continua a haver muitas dúvidas por esclarecer e receios crescentes sobre liberdades e Direitos Humanos. Por exemplo, porque é que a oposição, incluindo os curdos, que têm sido reprimidos pelo regime do Presidente Erdogan, vieram para a rua apoiá-lo? Especialistas falaram à Helena Bento sobre as lições e ilações a retirar da tentativa de golpe, num artigo que publicámos na edição de terça-feira.

Uma (re)leitura que recomendo igualmente é o depoimento de um homem, chamado Kasper Ilaug, que salvou sozinho mais de 20 pessoas aquando da chacina de Utoya, na Noruega, há cinco anos. Ilaug foi um dos voluntários que ajudaram a resgatar jovens da ilha onde Anders Breivik assassinou 77 pessoas – e a Cátia Bruno recolheu o relato que ele faz, na primeira pessoa. Publicámo-lo no Expresso Diário de quinta-feira.

Também relacionado com horror, este mais recente, é o artigo da Maria João Bourbon que publicámos na edição de segunda-feira: até que ponto a comunicação social deve mostrá-lo? Há limites? Quais? As perguntas, e as respostas possíveis de quem ela consultou, vêm na esteira do atentado de Nice, sobre o qual circularam inicialmente imagens chocantes e cuja cobertura deu azo a algumas acusações (levando, por exemplo, a cadeia de tv TF1 a pedir desculpa por excessos que tenha cometido).

Para terminar proponho-lhe a (re)leitura – ou melhor, o visionamento, já que se trata de um vídeo – de um trabalho mais repousante, até porque estamos em período de férias. Para descontrair, veja ou reveja a reportagem que o André de Atayde fez por um rio acima – um rio cujo nome perdeu os acentos e que corre de norte para sul.

Boas leituras, um excelente fim de semana e, se for o caso, férias repousantes, em rio, terra ou mar.

(E não se esqueça que, em terra, tem nas bancas nova edição do semanário, que oferece este sábado “Eusébio Macário”, o segundo de oito volumes das obras de Camilo Castelo Branco que estamos a distribuir aos nossos leitores)

Ler o EXPRESSO DIÁRIO


O depoimento impressionante do homem que salvou sozinho mais de 20 pessoas POR KASPER ILAUG

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Quais são os limites para a comunicação social mostrar o horror? POR MARIA JOÃO BOURBON

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PT, PT, PT. A curva apertada que o caso Sócrates está a fazer POR MICAEL PEREIRA

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“Trump é um excelente instrumento de propaganda para o Daesh” POR RICARDO LOURENÇO, CORRESPONDENTE NOS EUA

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Espiões, amostras trocadas, buracos na parede: o fascinante mundo do doping POR LUÍS M. FARIA

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A diferença entre um gesto prudente e uma resposta obediente POR HELENA BENTO

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Jogo Olímpicos: Deus deixou de ser brasileiro? POR CHRISTIANA MARTINS

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Viagem experimental em vídeo: a serenidade e os mistérios do rio que perdeu os acentos POR ANDRÉ ATAYDE

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