Ciência confirma a Igreja
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Anjos levaram a casa de Maria de Nazareth a Loreto: única tese que resiste à crítica científica
Posted: 06 Jun 2016 03:12 PM PDT
Numa conferência promovida pelo Centro Cultural “Amici del Timone” de Staggia Senese, Itália, sobre “A santa Casa. História da incrível translação angélica da Casa de Maria de Nazareth a Loreto”, se desenvolveu ainda mais um tema que interroga à engenharia. Com efeito, na cidade de Loreto, região Marche, há séculos se encontra a Santa Casa, onde nasceu Nossa Senhora e onde Ela recebeu o Anúncio da Encarnação pela voz do Arcanjo São Gabriel. Porém, o fato se deu em Nazaré, Terra Santa. E ali se encontram os fundamentos da mesma Santa Casa. Esses, comparados com as dimensões e características Casa de Loreto coincidem perfeitamente. E as afinidades e concordâncias não acabam por ali. Como é que a Santa Casa se descolou, por assim dizer, da sapata e foi aparecer íntegra a perto de 3.000 quilômetros de distância e ali permanece até hoje, também íntegra? A este assunto temos dedicado dois extensos posts do nosso blog: A translação aconteceu no século XIII, segundo provas históricas. Mas, como ela pode ter sido feita considerando a pobreza dos recursos tecnológicos da época? Ela é atribuída a uma ação angélica reconhecida oficialmente por Papas e defendida por santos. Mas, essas autorizadas aprovações não visam explicar o procedimento material que transportou um objeto do tamanho de uma casa de um continente a outro no período máximo de uma noite. Entretanto, essa translação está confirmada com provas históricas, documentais e arqueológicas. A ciência mais uma vez confirma a Igreja para pasmo de muitos. O professor Giorgio Nicolini que consagrou sua vida de estudo e investigação ao caso, falou em dito Congresso. Com argumentos das referidas ciências, ele considera demonstrada a veradicidade histórica do miraculoso traslado. Segundo ele expôs na conferência, existem muitos documentos e testemunhos oculares do traslado, inexplicável à luz das ciências e técnicas humanas. O professor Nicolini estabeleceu uma cronologia da mudança de local.
2. Na noite entre 9 e 10 de maio de 1291 ela percorreu aproximadamente 3.000 quilômetros e chegou a Tersatto, na região da Dalmácia, onde hoje fica a cidade de Fiume. Naquela ocasião, o senhor feudal de Tersatto, Nicolò Frangipane, enviou pessoalmente uma delegação a Nazareth, para constatar se em verdade a Santa Casa tivesse desaparecido de seu lugar original. Os emissários não só constataram a desaparição, mas encontraram a sapata sobre a qual a Casa havia sido construída e de onde as paredes tinham sido tiradas em bloco. Esses fundamentos estão em Nazareth e em torno deles foi construída a basílica da Anunciação. Em Loreto se encontra a Casa desprovida de baseamento e apoiada diretamente no chão. 3. Na noite entre os dias 9 e 10 de dezembro de 1294, a Santa Casa desapareceu de Tersatto e pousou “em diversos lugares” da Itália. Ela ficou durante nove meses numa colina sobre o porto de Ancona, que por isso mesmo passou a ser denominada “Posatora”, do latim “posat et ora”. No local foi edificada uma igreja como lembrança do fato segundo registrou na época um sacerdote que assina don Matteo, provavelmente testemunha ocular. Também duas lápides comemoram o fato. Uma é da mesma época do evento, e está escrita em latim vulgar antigo. A outra está escrita em vernáculo, é do século XVI e é uma cópia da mais velha. A lápide mais antiga de Posatora já falava de “Nossa Senhora de Loreto” ficando claro que a inscrição foi feita após a partida do local. 4. Em 1295, após nove meses em Posatora a Santa Casa foi trasladada a uma floresta que pertencia a uma mulher de nome Loreta, na proximidade da cidade de Recanati. De ali provém o nome Loreto. 5. Entre 1295 e 1296, após permanecer oito meses nesse local, a Santa Casa foi transportada milagrosamente até uma roça que pertencia a dois irmãos da família Antici, sobre o Monte Prodo. 6. Em 1296, após quatro meses na dita roça, a Santa Casa partiu e foi pousar num sendeiro público que ligava Recanati e Ancona, sobre o Monte Prodo, onde ainda se encontra.
Acresce que em Forìo, na Ilha de Ischia, os pescadores da ilha que comerciavam com Ancona voltaram narrando dos fatos que tinham se dado em 1295. O relato moveu os habitantes da cidade a erigir uma Basílica consagrada a “Santa Maria di Loreto”. Eles também viram com seus próprios olhos a Santa Casa em Ancona. O culto das milagrosas translações foi aprovado por diversos bispos da região. As aprovações dos Papas foram sendo renovadas durante séculos até a instituição da Festa da Translação no dia 10 de dezembro de todo ano, definitivamente estabelecida por Urbano VIII em 1624. A translação foi reconhecida por diversos Sumos Pontífices, entre os quais Paulo II, Júlio II, Leão X, Pio IX, Leão XIII e Pio XI. Os respectivos documentos em que os Papas reconhecem o fato como sobrenatural além de seu valor religioso têm reconhecido o valor de documento pela ciência histórica. O professor Nicolini apontou a mentalidade materialista, ora agnóstica e ateia, ora protestante envolvida em papel Bíblia, que pretende desacreditar a autenticidade da Santa Casa venerada em Loreto. Em certo sentido, essa oposição estimulou um aprofundamento dos estudos que demonstraram ser originária da Terra Santa. Provam isso a composição química da massa com que foi construída a casa, sua forma e muitos pormenores arquitetônicos. Contra a translação angélica, forjou-se até a novela de que uma fantasiosa família principesca de Epiro chamada “Angeli” teria desmontado a Casa e a teria transportado tijolo por tijolo a pedido dos Cruzados que estavam vendo o avanço destrutor dos muçulmanos. Tal família teria depois reconstruído a casa em Loreto. Nas condições de transporte do século XIII tal operação teria sido uma façanha mais miraculosa de que a translação angélica. As pedras e tijolos estão unidos com uma massa cuja composição físico-química só se encontra na Palestina. E precisamente na região de Nazareth, inexistindo em qualquer parte de Marche e ou de qualquer outro lugar da Itália.
Tampouco teria sido possível que ninguém percebesse que a Casa estava sendo desmontada e depois reconstruída, e ainda no breve lapso de uma noite no centro do santuário de Nazareth e depois na Itália. Mais inexplicável ainda é o fato de a Santa Casa ter sido finalmente depositada cortando uma velha estrada de terra. Nessa estrada a passagem dos animais e das charretes abriu naturalmente valetas no centro da estrada, elevou as margens que, por sua vez geraram canaletas em ambos os lados.
Acresce que a Prefeitura de Recanati já naquela época havia proibido construir casas nas estradas públicas e ordenou demolir todos os prédios que fossem feitos em violação da norma. Como é que então poderia ter sido refeita uma casa cortando a estrada sem que ninguém percebesse? Outra grade dificuldade provém da ausência de meios naquela época para transportar uma casa inteira, ainda que desmontada tijolo por tijolo e Pedro por pedra. Tratar-se-ia de algumas toneladas. O transporte por terra teria sido ímprobo pela demora e pela quantidade de charretes, animais e homens necessários. Por mar, embora mais factível, teria sido também demorado e sujeito a perdas pelas tempestades. Mais complicado ainda seria cortar os muros em partes e leva-las sem desmanchar numa viagem de 3.000 quilômetros e depois recolá-las sem deixar sinais dos pontos de junção. Esses fatores materiais, explicou o prof. Nicolini, postulam a impossibilidade de um transporte com os meios técnicos da época.
O Prof. Andrea Nicolotti, da Universidade de Estudos Históricos de Turim, após aprofundado exame, concluiu ser uma “falsidade histórica” a interpretação do “Chartularium Culisanense” de onde se pretende tirar a ideia de um transporte por obra de homem. Na única linha desse documento que fala da Santa Casa está escrito textualmente: “As Santas Pedras tiradas da Santa Casa de Nossa Senhora a Virgem Madre de Deus”. Fica evidente que o documento não fala de toda uma Casa, mas só de algumas pedras de uma casa cuja localização não é mencionada. Acontece que Nossa Senhora residiu em outras casas. Por exemplo, os Evangelhos mencionam a casa de São João, depois da crucificação de Jesus: “Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa” (João, 19, 27). E também a casa de Éfeso, hoje na Turquia, onde é visitada por inúmeros romeiros, onde Nossa Senhora se refugiou com São João para fugir da perseguição da Sinagoga. Por isso é razoável concluir que dito documento – se for verdadeiro – não se refere nem mesmo à Casa de Nazareth. Da longa e detalhada demonstração do professor Nicolini se deduz que é muito mais razoável supor a translação angélica resultante de uma obra maravilhosa de Deus, para quem nada é impossível e que tem operado milagres bem maiores do que esse. Uma translação operada por mãos humanas deveria ser considerada um evento ainda mais milagroso do que a efetivada por obra dos anjos. |
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