ALGUMA VEZ SE SABERÁ A VERDADE DO QUE SE PASSOU EM 11 DE MARÇO DE 1975?
TENHO AS MINHAS DÚVIDAS - PELO MENOS NO MEU TEMPO - DA VIDA QUE ME RESTA.
Onze de março de 1975
Onze de março de 1975
Foi uma tentativa falhada de golpe militar, organizada pelo general António de Spínola, ex-presidente da República.
Este incidente político teve na base o clima de afrontamento que se vivia no interior das estruturas das Forças Armadas: de um lado estava o projeto do general Spínola e seus partidários, que exigiam uma concentração do poder político na Presidência, bem como a reestruturação imediata da hierarquia das Forças Armadas, em moldes tradicionais; do outro lado, a persistência, por parte do grupo de capitães mais vanguardistas que estiveram diretamente envolvidos na revolução de 25 de abril de 1974, em não abdicarem de exercer o controlo sobre o processo de democratização, incluindo a independência das colónias de África.
Este clima de tensão, agudizando-se cada vez mais, resultou na tentativa de execução do golpe por parte das forças políticas mais conservadoras.
No entanto, a movimentação dos partidos políticos (entre eles o PS, o PCP e o MDP/CDE), a atuação do Comando Operacional do Continente (COPCON) e a firmeza dos oficiais da Comissão Coordenadora do Movimento das Forças Armadas (MFA) rapidamente neutralizariam o golpe.
Spínola fugiu para Espanha, juntamente com dezassete outros oficiais implicados, e depois para o Brasil, vindo a fundar o Movimento Democrático de Libertação de Portugal (MDLP), com o intuito de influenciar o decurso dos acontecimentos políticos no País. Só seria de novo autorizada a entrada do general após o triunfo do 25 de novembro de 1975.
Este incidente político teve na base o clima de afrontamento que se vivia no interior das estruturas das Forças Armadas: de um lado estava o projeto do general Spínola e seus partidários, que exigiam uma concentração do poder político na Presidência, bem como a reestruturação imediata da hierarquia das Forças Armadas, em moldes tradicionais; do outro lado, a persistência, por parte do grupo de capitães mais vanguardistas que estiveram diretamente envolvidos na revolução de 25 de abril de 1974, em não abdicarem de exercer o controlo sobre o processo de democratização, incluindo a independência das colónias de África.
Este clima de tensão, agudizando-se cada vez mais, resultou na tentativa de execução do golpe por parte das forças políticas mais conservadoras.
Spínola fugiu para Espanha, juntamente com dezassete outros oficiais implicados, e depois para o Brasil, vindo a fundar o Movimento Democrático de Libertação de Portugal (MDLP), com o intuito de influenciar o decurso dos acontecimentos políticos no País. Só seria de novo autorizada a entrada do general após o triunfo do 25 de novembro de 1975.
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ANTÓNIO FONSECA
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