quarta-feira, 26 de agosto de 2015

O NOSSO PRIMEIRO - 26 DE AGOSTO DE 2015

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Não é fácil escrever sobre isto, mas temos de encontrar um lado positivo...
Pode alguém ser quem não é?
A intimidade e a doença devem estar fora das disputas políticas. Devem merecer respeito. A doença da mulher do primeiro ministro não devia ser utilizada por ninguém como arma, nem devia ser trazida à arena da crítica. Passos Coelho tomou a iniciativa de quebrar estes princípios. Porquê? Os fotógrafos não aparecem do nada. Nem os fotografados. Não há acasos. Passos Coelho quis o quê, com esta exposição da sua relação com a mulher doente? Os opinantes adeptos de Passos Coelho garantem que se trata da mais pura demonstração de amor matrimonial. Passos Coelho é um marido exemplar. Os opinantes que entendem Passos Coelho um capaz de tudo, até de vender Portugal, têm afirmado que se trata de um despudorado aproveitamento de uma infelicidade familiar para obter vantagens política e eleitorais, feito num momento pré-eleitoral. As opiniões e os comentários saltam entre o acrisolado amor pela esposa e o truque de telenovela de fazer chorar as pedras da calçada para obter votos. Existe uma terceira via. A minha. Eu entendo que Passos Coelho tem uma real e sincera boa relação com a mulher. E que, fruto disso, ao disponibilizar aos fotógrafos das revistas cor de rosa – revistas del coraçon – a imagem dele junto à mulher debilitada está a transmitir aos portugueses em geral, seus apoiantes ou opositores, uma mensagem completamente distinta. O que ele está a dizer radica no mais fundo da sua nobreza de carácter. Ele está a dizer, exponho-me e á minha mulher, neste momento difícil, porque quero que os portugueses me ajudem a libertar das funções de chefe de governo, de chefe partidário, para poder dedicar a ela todas as minhas energias e capacidades. Por favor, votem na Laura, não votem em mim.
Foi esta nobre mensagem que fez com que Passos Coelho tivesse a coragem, que alguns confundiram com desfaçatez, de chamar os fotógrafos dos famosos a banhos para o verem - inseparável - ao lado da mulher doente, exposta sem artifícios. Em vez de canalhice, temos de ver amor no gesto de Passos Coelho. E corresponder, não votando nele.
António Fonseca
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