segunda-feira, 1 de junho de 2015

OBSERVADOR - 360º - 1 DE JUNHO DE 2015

360º - O Sporting foi épico, Marco quer ficar. E agora Bruno?‏

360º - O Sporting foi épico, Marco quer ficar. E agora Bruno?

Para: antoniofonseca1940@hotmail.com
 


360º

Por David Dinis, Diretor
Bom dia!
Enquanto dormia 
Foi um Sporting grande e com perlimpimpins, o que venceu ontem a final da Taça: 100 minutos com menos um jogador, quase 70 a perder por dois - e tudo acabou com uma vitória nos penáltis. A crónica do Diogo Pombo conta-lhe como foi esta senhora final, depois de estrearem o novíssimo liveblog do Observador, em três horas de loucura pura
O primeiro título dos leões em sete anos foi ganho com a liderança de Marco Silva, que ontem deixou claro que, por ele, continuará em Alvalade. Ontem foi só festa - não se ouviu Bruno de Carvalho. Mas hoje o presidente do clube tem um grande dilema para resolver.

Não correram bem (outra vez) as negociações de ontem entre a Grécia e a troikaterminando com um telefonema de Alexis Tsipras a Merkel e Hollande. Horas antes, no Le Monde, o primeiro-ministro grego publicava um artigo onde criticava os credores por insistirem em "reformas absurdas". E hoje mesmo o presidente da Comissão Europeia dá outra entrevista, insistindo na necessidade de um acordo“Eu não partilho a ideia de que teremos menos problemas e constrangimentos se a Grécia abandonar o Euro”.

Já em Itália, Mateo Renzi venceu, mas tropeçou nas eleições regionais, com a Liga Norte a ganhar terreno.

Pelos Estados Unidos, Barack Obama acusou o Senado de "irresponsabilidade", depois de este ter aprovado uma nova lei que restringe a acumulação de dados por parte da NSA -limitando a sua capacidade de vigilância. A luta entre democratas e republicanos está, de novo, a aquecer.
Informação importanteA semana vai ser política: PSD e CDS vão dar a conhecer as linhas gerais do seu programa, o PS fará uma convenção para fechar o seu programa. Ontem, foi a vez do Livre entregar algumas propostas ao PCP, Bloco e PSpara tentar uma aproximação de políticas antes das eleições. E no sábado foi o Bloco a lançar as suas ideias-chave - começando pela reestruturação da dívida.

Daqui a pouco, publicaremos aqui no Observador um guia com os nove fatores que ainda podem mexer com as legislativas - mas antes deixo-lhe este trabalho sobre (mais) um problema que o próximo Governo terá à frente. Chama-se assim: Agarre-se - o próximo Governo tem uma bomba nas mãos. E explica-lhe que o corte nos salários da função pública, a sobretaxa de IRS, o congelamento das pensões ou taxa sobre o setor energético podem cair automaticamente logo no início de 2016. Um buraco de muitos milhões nas mãos do próximo Governo, que pedimos a alguns ex-governantes para nos explicarem melhor.

Na política nacional, há mais dois fatores de agitação: apossibilidade de Rui Rio avançar já com uma candidatura a Belém, que deixou preocupado Marques Mendes (e Marcelointrigado com o distanciamento do PSD e CDS); e a recondução de Carlos Costa no Banco de Portugalelogiada por... Teixeira dos Santos, o ex-ministro das Finanças que o escolheu para o cargo em 2010.

Outro dos temas da semana será a privatização da TAP, com as propostas finais de Neeleman e Efromovich a serem esperadas na sexta-feira. Esta manhã, o Dinheiro Vivo diz que o Governo se comprometeu a ajudar o vencedor a renegociar com a banca os prazos de pagamento da dívida que vence este ano, para ajudar a uma aterragem mais suave.
 
Outro negócio difícil de fechar é o da compra da PT Portugal pela Altice. O DN diz que os franceses querem mais garantias - o que implicará menos dinheiro em caixa para os brasileiros da Oi. A data para fechar tudo é terça-feira, mas ainda pode derrapar. Sobre isto, vale a pena ler a reportagem do Económico na assembleia-geral de sexta-feira, onde ficou decidida a mudança de nome e de gestão, entre a nostalgia e a tensão: Agora, a PT SGPS chama-se Pharol
Ainda neste capítulo, o Negócios lança uma polémica: ainda faz sentido a PT estar cotada em bolsa? Ao que parece, as respostas não são unânimes.

E vai mais um negócio difícil: o Económico diz que os bancos portugueses estão a ficar mais confiantes num bom negócio com a venda do Novo Banco - e com a possibilidade deos prejuízos possíveis serem pagos num longuíssimo prazo de 20 anos. Não há, porém, confirmação oficial.
O Financial Times diz, esta manhã, que a luta está entre chineses - confirmando o que se tem dito e escrito aqui em Portugal.

Esta manhã contam-se alguns problemas adicionais no Estado: o IEFP continua a anular a inscrição de desempregados sem aviso prévio, impedindo-os de aceder a estágios e apoios ao emprego; e há 7.500 professores ligados à Fenprof que vão ter que trabalhar mais horas - por ausência de acordo entre o sindicato e os colégios privados.

Fecho este bloco com uma boa notícia, uma má e uma... notícia. Por ordem: o Banco Alimentar recolheu mais alimentos na ação deste fim de semanaa Quercus diz que as nossas praias estão a perder qualidade; e os norte-americanos descobriram na Cidade do Cabo os restos de um navio português do século XVIII, usado para transportar escravos.

Os nossos especiais

Dez mitos sobre a Segurança Social. Com a sustentabilidade da Segurança Social a marcar o debate político, a Helena Matos decidiu revisitar os principais dados sobre o nosso sistema de pensões, alertando para os mitos que vão enchendo o discurso público - de ambos os lados da barricada. 

Do “default” à saída da zona euro quantos dias são?Incumprimento na dívida grega é sinónimo da saída do euro? Vários responsáveis dizem que não, mas os especialistas – e, agora, o FMI – avisam que um "default" deixaria a Grécia com um pé fora do euro. O Edgar Caetano dedicou-se à questão que ninguém acreditava ser possível, mas que é melhor encararmos de frente.

A musa que Saramago apagou (da sua) história. Conta-nos a Joana Emídio Marques que não era apenas uma das mais belas mulheres da Lisboa dos anos 50 e 60, era também uma promessa literária. Ela foi à procura da história de Isabel da Nóbrega, para lá dos homens que a contaram.

Notícias surpreendentes
Será assim o trabalhador ideal em 2020: Um funcionário polivalente, de mentalidade elástica, muito assertivo e com forte inteligência emocional. Os melhores estudos nos EUA indicam que é assim que deve ser o homem ou mulher que quiser ter um (bom) lugar no mercado em 2020. Aqui no Observador,chamámos-lhe Rafael - e fomos perceber como vai ele ser.

Este é um nome real: Evgeni Morozov é o homem que detesta a Google – e a Apple e a Amazon e o Facebook e, enfim, tudo isso que nós adoramos e consumimos. Para ele a internet é um problema, porque ela tem impacto em todas as áreas da sociedade – e pode e deve ser moldada, em vez de ser ela, a internet, a ditar o rumo das mudanças. O Diogo Queiroz de Andrade explica-lhe porquê.

E se alguém vender as suas fotos no Instagram? Foi o que aconteceu numa exposição em Nova Iorque: Richard Prince colocou à venda fotografias publicadas por outras pessoas no Instagram pelo valor unitário de 90 mil dólares. A resposta foi uma chapada de luva branca.

E porque hoje é dia da criança, deixo-lhe só mais duas sugestões: estes programas vêm do fim de semana e se prolongam pelo dia de hoje, para comemorar com quem mais merece; e estesquatro livros que ajudam as crianças a ter menos olhos que barriga.

Com isto, resta-me desejar-lhe um dia feliz, com um regresso produtivo ao trabalho (e muito mimo às crianças).
Dia fora, vá passando por aqui: o Observador está pronto a contar-lhe tudo, esteja onde estiver, a que horas quiser.

Até já!
 
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