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Enquanto dormiaA temperatura continua quente em Atenas, com a queda abrupta da bolsa, acentuado ontem depois de Alexis Tsipras ter voltado a falar de uma reestruturação da dívida e anunciado areversão de várias medidas da troika - incluindo despedimentos na função pública, até mesmo de empregados de limpeza. Há notícias de que os gregos tiraram 14 mil milhões dos bancos este mês, antecipando a vitória do Syriza. E até rumores de que o governador do banco central está a ser pressionado a sair.
Já voltamos ao tema, porque há mais a dizer sobre o caso.
O Estado Islâmico fez hoje um novo ultimato, ameaçando matar, até ao pôr-do-sol, um piloto jordano, caso a Jordânia não liberte uma ‘jihadista’ iraquiana presa e condenada à morte. As autoridades daquele país questionam-se agora se o EI estará mesmo disposto a libertar algum dos reféns.
Em Israel, a tensão voltou a subir. O primeiro-ministro israelita avisou o movimento xiita libanês Hezbollah que pretende responder pela morte de dois soldados israelitas na zona de fronteira com o Líbano: “Os que estiveram por detrás do ataque de hoje vão pagar caro”. Em 2006, confrontos entre o Hezbollah e Israel, que duraram cerca de um mês, provocaram a morte a mais de mil pessoas.
Xanana Gusmão, informou esta quarta-feira os membros do seu Executivo, durante um jantar em Díli, de que vai deixar a chefia do Governo. Xanana Gusmão escusou-se a confirmar, dizendo que nos próximos dias vai falar ao país. “Vou falar com o Presidente”, disse Xanana, sem mais comentários.
Informação relevanteVoltamos à Grécia, na perspetiva nacional, apenas para lhe dar conta do que disse a ministra das Finanças, sem nunca citar diretamente o caso grego: “Somos ensinados desde pequeninos que não se pode ter tudo e frequentemente achamos que é muito injusto, “que nada se faz sem trabalho e depois curiosamente alguns chegam a adultos e esquecem-se e acham que é possível ter tudo”.
Esta manhã, o presidente da Comissão Europeia dá uma entrevista ao Le Figaro onde diz que está "fora de causa" um perdão da dívida grega - e que também o novo Governo grego terá que respeitar os outros governos democraticamente eleitos da UE.
Ontem na Assembleia, o tema esteve em debate, num conto quevariou entre a "tragédia grega" e o "Ali Babá e os 40 ladrões".
No caso Sócrates, vários jornais dão conta do teor do recurso apresentado pelo ex-primeiro-ministro: alega que as provas sobre o rasto do dinheiro na Suíça não poderão ser usadas em tribunal - porque são "proibidas" -, apontando o dedo ao juiz Carlos Alexandre. Segundo explica o DN, numa correção publicada na edição desta quinta-feira, os advogados baseiam-se também noargumento de que o dinheiro suspeito pertencia ao empresário Carlos Santos Silva e não a José Sócrates.
O jornal i diz, por outro lado, que o MP usa o teor das escutas para argumentar que o motorista de Sócrates sabia que estava a transportar dinheiro - sobretudo pelo desagrado deste quando o ouviu referir valores ao telefone.
Noutro caso judicial, o dos vistos Gold, curioso ler no Público que o ex-presidente do SEF recorreu da decisão do Estado de lhe cortar o salário, argumentando que a prisão preventiva não é argumento para isso.
Há várias novidades também no caso GES:
Uma potencial boa notícia no setor da Saúde: diz o Público, citando o presidente do Infarmed, que nos "próximos dias" poderá haver acordo com a farmacêutica que tem um medicamento inovador no tratamento da hepatite C - que não foi ainda aprovado por custar 42 mil euros (o link ainda não está disponível).
E, já agora, três notas finais:
Os nossos especiaisDuelo na zona euro: Berlim vs Atenas. Quem vai ceder?Governo liderado pelo Syriza força a barra, em confronto flagrante com o programa da troika. O Edgar Caetano perspetivou aqui as cenas dos próximos capítulos de um confronto que lhe fez lembrar uma cena de filme de ação de Hollywood em plena zona euro: "Dois automóveis seguem, a alta velocidade, na direção um do outro, a caminho de um choque frontal."
É possível ter privacidade na era do cibercrime? Sob pretexto do dia da proteção de dados, a Sónia Simões descobriu que em 2014 só houve 11 condenados por crime informático de acesso ilegítimo em Portugal. E decidiu ir perceber como uma consultora informática, um responsável pela segurança informática de uma empresa, um desenhador de construção e um advogado se protegem na internet.
Notícias surpreendentes
Já voltamos ao tema, porque há mais a dizer sobre o caso.
O Estado Islâmico fez hoje um novo ultimato, ameaçando matar, até ao pôr-do-sol, um piloto jordano, caso a Jordânia não liberte uma ‘jihadista’ iraquiana presa e condenada à morte. As autoridades daquele país questionam-se agora se o EI estará mesmo disposto a libertar algum dos reféns.
Em Israel, a tensão voltou a subir. O primeiro-ministro israelita avisou o movimento xiita libanês Hezbollah que pretende responder pela morte de dois soldados israelitas na zona de fronteira com o Líbano: “Os que estiveram por detrás do ataque de hoje vão pagar caro”. Em 2006, confrontos entre o Hezbollah e Israel, que duraram cerca de um mês, provocaram a morte a mais de mil pessoas.
Xanana Gusmão, informou esta quarta-feira os membros do seu Executivo, durante um jantar em Díli, de que vai deixar a chefia do Governo. Xanana Gusmão escusou-se a confirmar, dizendo que nos próximos dias vai falar ao país. “Vou falar com o Presidente”, disse Xanana, sem mais comentários.
Informação relevanteVoltamos à Grécia, na perspetiva nacional, apenas para lhe dar conta do que disse a ministra das Finanças, sem nunca citar diretamente o caso grego: “Somos ensinados desde pequeninos que não se pode ter tudo e frequentemente achamos que é muito injusto, “que nada se faz sem trabalho e depois curiosamente alguns chegam a adultos e esquecem-se e acham que é possível ter tudo”.
Esta manhã, o presidente da Comissão Europeia dá uma entrevista ao Le Figaro onde diz que está "fora de causa" um perdão da dívida grega - e que também o novo Governo grego terá que respeitar os outros governos democraticamente eleitos da UE.
Ontem na Assembleia, o tema esteve em debate, num conto quevariou entre a "tragédia grega" e o "Ali Babá e os 40 ladrões".
No caso Sócrates, vários jornais dão conta do teor do recurso apresentado pelo ex-primeiro-ministro: alega que as provas sobre o rasto do dinheiro na Suíça não poderão ser usadas em tribunal - porque são "proibidas" -, apontando o dedo ao juiz Carlos Alexandre. Segundo explica o DN, numa correção publicada na edição desta quinta-feira, os advogados baseiam-se também noargumento de que o dinheiro suspeito pertencia ao empresário Carlos Santos Silva e não a José Sócrates.
O jornal i diz, por outro lado, que o MP usa o teor das escutas para argumentar que o motorista de Sócrates sabia que estava a transportar dinheiro - sobretudo pelo desagrado deste quando o ouviu referir valores ao telefone.
Noutro caso judicial, o dos vistos Gold, curioso ler no Público que o ex-presidente do SEF recorreu da decisão do Estado de lhe cortar o salário, argumentando que a prisão preventiva não é argumento para isso.
Há várias novidades também no caso GES:
- O Jornal de Negócios diz que os emigrantes que eram clientes do BES financiaram empresas do GES durante mais de uma década, através de veículos criados pelo Crédit Suisse. E que estas sociedades acabaram por ser usadas já em 2014 num esquema de auto-financiamento do banco que o supervisor classificou de "fraudulento".
- Manuel Fernando Espírito Santo Silva, ex-chairman da Rioforte e ex-membro do Conselho Superior do GES, enviouuma carta à comissão de inquérito onde diz que“nunca” recebeu qualquer valor do “negócio de aquisição dos submarinos” e que, em vez disso, recebeu sim “uma retribuição extraordinária” em 2004 devido às avultadas receitas do grupo. A versão é bem diferente da que lá levaram outros membros da família;
- Ontem, na comissão de inquérito, assistiu-se a uma guerra de consultoras: uma sócia da KPMG desmentiu a PwC, dizendo que não foi transmitida preocupação alguma, em 2002, com as contas do BES;
- No plano dos negócios, e com a venda de alguns hotéis Tivoli na América Latina, o Observador foi fazer contas: o que já foi vendido do universo Espírito Santo rendeu mil milhões de euros - sendo os chineses os principais compradores, com mais de metade do valor pago nas aquisições.
Uma potencial boa notícia no setor da Saúde: diz o Público, citando o presidente do Infarmed, que nos "próximos dias" poderá haver acordo com a farmacêutica que tem um medicamento inovador no tratamento da hepatite C - que não foi ainda aprovado por custar 42 mil euros (o link ainda não está disponível).
E, já agora, três notas finais:
- Uma sobre a investigação do Ministério Público que levou àdetenção do presidente dos Agentes de execução, agora com novos dados conhecidos;
- Outra sobre os 20 medicamentos genéricos que foram retirados do mercado - aqui identificados, um a um, não vá o caso de ter algum em casa;
- E uma última, chamando a atenção para estes dois trabalhos que publicámos sobre as novas regras da Câmara de Lisboa para a vida noturna, com as dúvidas dos empresários sobre as diferenças entre a "rua" e a "esplanada"; e as queixas dos moradores sobre o consumo de bebidas na rua a partir da uma da manhã.
Os nossos especiaisDuelo na zona euro: Berlim vs Atenas. Quem vai ceder?Governo liderado pelo Syriza força a barra, em confronto flagrante com o programa da troika. O Edgar Caetano perspetivou aqui as cenas dos próximos capítulos de um confronto que lhe fez lembrar uma cena de filme de ação de Hollywood em plena zona euro: "Dois automóveis seguem, a alta velocidade, na direção um do outro, a caminho de um choque frontal."
É possível ter privacidade na era do cibercrime? Sob pretexto do dia da proteção de dados, a Sónia Simões descobriu que em 2014 só houve 11 condenados por crime informático de acesso ilegítimo em Portugal. E decidiu ir perceber como uma consultora informática, um responsável pela segurança informática de uma empresa, um desenhador de construção e um advogado se protegem na internet.
Em 2015, a aldeia de Rameshwarpur, perto de Calcutá, acolheu o primeiro frigorífico. E o frigorífico vai mudar a vida de Santosh Chowdhury: “Eu sonhei com isto durante dez anos. A partir de agora, já não é preciso comprar vegetais todos os dias”, disse à BBC. Na Europa e América do Norte, 99% das casas têm frigoríficos. Na Índia apenas 25%.
Esta é mais uma história com um final feliz, a história de um gato que desafiou a leis da vida e que deu mais sentido ao ditado que diz que esses animais têm sete vidas. Bart foi atropelado na Flórida, encontrado morto e enterrado, ao quinto dia “ressuscitou”. Ninguém consegue muito bem explicar o que aconteceu - mas os donos estão felizes como nunca.
E porque não mais uma? É a história de um roubo falhado, que acaba com a prisão de dois homens em Houston, depois de alegadamente terem roubado um iPad. O curioso desta história é o autor da denúncia: Uma selfie, ou melhor, a iCloud. É que os ladrões usaram o iPad para tirar fotografias a eles próprios e as imagens foram parar automaticamente, e sem saberem, à conta de iCloud do dono do aparelho. Talvez, afinal, a era da internet tenha vantagens.
Despeço-me por aqui. Tenha um dia produtivo e, porque não dizê-lo, divertido.
Aqui estaremos, no Observador, para o manter a par de tudo o que acontece. A avaliar pelos últimos dias, este voltará a ser animado.
Esta é mais uma história com um final feliz, a história de um gato que desafiou a leis da vida e que deu mais sentido ao ditado que diz que esses animais têm sete vidas. Bart foi atropelado na Flórida, encontrado morto e enterrado, ao quinto dia “ressuscitou”. Ninguém consegue muito bem explicar o que aconteceu - mas os donos estão felizes como nunca.
E porque não mais uma? É a história de um roubo falhado, que acaba com a prisão de dois homens em Houston, depois de alegadamente terem roubado um iPad. O curioso desta história é o autor da denúncia: Uma selfie, ou melhor, a iCloud. É que os ladrões usaram o iPad para tirar fotografias a eles próprios e as imagens foram parar automaticamente, e sem saberem, à conta de iCloud do dono do aparelho. Talvez, afinal, a era da internet tenha vantagens.
Despeço-me por aqui. Tenha um dia produtivo e, porque não dizê-lo, divertido.
Aqui estaremos, no Observador, para o manter a par de tudo o que acontece. A avaliar pelos últimos dias, este voltará a ser animado.
Até já!
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ANTÓNIO FONSECA
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