quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

OBSERVADOR - 360 º - 18-12-2014

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Por David Dinis, Diretor
Bom dia!
Enquanto dormiaO Presidente cubano, Raul Castro, começou já a pressionar os EUA para que seja posto um fim ao embargo comercial a Cuba, depois de os dois países terem ontem anunciado um acordo histórico para retomar as relações diplomáticas - com a ajuda de vários líderes mundiais, incluindo o Papa Francisco. Alguns especialistas ontem ouvidos pelo Observador concordam que é preciso dar novos passos, para que o acordo tenha concretização.

Pelo meio, quem ficou praticamente isolado no discurso anti-imperialista americano foi Nicolas Maduro, Presidente da Venezuela, que viu já a oposição interna exigir-lhe que aprenda a "lição" e se aproxime da Administração norte-americana.

Numa noite agitada do ponto de vista diplomático, os EUA implicaram esta noite a Coreia do Norte nos ataques informáticos à Sony Pictures, alegadamente motivados pela estreia de um filme que conta a história de dois jornalistas são recrutados pela CIA para assassinar Kim Jong-Un. A estreia de "The Interview" foi esta noite cancelada pela Sony, uma decisão que lhe causará fortíssimos prejuízos.

Mas há uma boa notícia que se destaca desta noite: as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia anunciaram um cessar-fogo unilateral, "por tempo indeterminado", no quadro das negociações de paz em curso. Razões para ter esperança.

Informação relevanteadministração da PT pediu dois pareceres que abrem a porta ao fim da fusão com a Oi, contam esta manhã o DN e o Jornal de Negócios. Os textos legais alegam que a brasileira violou o acordo de fusão com o anúncio da venda da portuguesa aos franceses da Altice, pondo fim ao "negócios mais amplo" que estava na base do acordo assinado.
Ontem, como já saberá, a CMVM disse não à proposta alternativa que está em cima da mesa, obrigando Isabel dos Santos a dizer hoje se aceita subir o preço da sua OPA à PT SGPS.

Daqui para o caso BES, contando-lhe as palavras de Durão Barroso sobre o que lhe disse Ricardo Salgado (ontem apontado como pior executivo do mundo em 2014) quando este lhe pediu ajuda: “Estava muito alarmado com a situação no banco. Deu-me a entender que queria pedir ajuda ao Governo, queria mais tempo e um programa especial do Governo." Barroso disse tê-lo incentivado a falar com Passos Coelho, mas também ter estranhado o alarme, já que o BES foi o único banco grande a não pedir ajuda ao Estado.
Se ontem a audição a Mosqueira do Amaral serviu para juntar a palavra "falsificação" ao inquérito, hoje é dia de ser ouvidoÁlvaro Sobrinho, ex-presidente do BESA. O Negócios fez o seu perfil e acrescentou duas perguntas a que terá de responder; o Económico junta um "mistério" a outros por esclarecer: em Setembro de 2011 o BESA prestou uma garantia de 253 milhões de dólares para que o BES concedesse um financiamento a uma sociedade falida; e o Público garante que as perdas em Angola continuaram depois da saída de Sobrinho.
A audição acontece no momento em que o BCE obriga os bancos portugueses a cortar o "cordão umbilical" com Angola, nas palavras escolhidas pelo Negócios. O BPI, por exemplo, terá de comprar o Novo Banco ou vender o BFA para se manter por lá (razão para que tenha tido a maior queda diária de sempre em bolsa: 13%)

A talhe de foice, fica outro dado relevante das últimas horas: o Ministério Público decidiu não levar a julgamento nem deduzir acusações contra os arguidos do “Caso dos Submarinos”,avançou a Visão, explicando que não existem indícios de corrupção passíveis de acusação.

No outro caso mediático destes dias, o Público e Correio da Manhã dizem hoje que José Sócrates chegou a pedir para ser ouvido horas antes de ter sido detido, quando ainda estava em Paris. Objetivo: mostrar que não queria fugir à investigação e tentar evitar a prisão preventiva. O Diário Económico acrescenta a isto que o Ministério Público está a passar a pente fino 159 contratos das empresas de Carlos Santos Silva com municípios.
Hoje será de novo ouvido o motorista de Sócrates, que alegou a existência de novas circunstâncias para ser levado ao juiz.

Também hoje, teremos notícias sobre o que decidiu o Governo no que respeita à TAPavança com uma requisição civilcomo fez o Governo de Guterres?  Ontem explicámos-lhe com detalhe o que os sindicatos exigiram para suspender a greve, recordando também a tal privatização falhada de 1997, em plena governação socialista. Só uma atualização de dados: há já 20 mil voos cancelados. 

Finalizo com o aviso de Passos Coelho, ontem feito num jantar de Natal com deputados do PSD: há incertezas no caminho de 2015, "internas e externas".

Os nossos especiaisXeque-mate a Putin? O ano de 2014 começou com o mundo a questionar-se até onde é que Vladimir Putin iria avançar. O mesmo ano termina com todos a questionarem-se até onde a Rússia pode cair. O Edgar Caetano foi juntar as peças para lhe explicar este imprevisível puzzle russo, numa crise financeira que muitos equiparam à crise de 1998, aqui recuperada pelo Nuno Martins.

Quem são e o que querem os tubarões do investimento? A Ana Pimentel foi ouvir os cinco que levarão 2,5 milhões para o Sharktank português e ouviu-os garantir que não têm limite máximo para investir, querem acrescentar valor aos negócios e procuram pessoas a quem não falte honestidade, capacidade de trabalho e paixão. Nas palavras de um deles: "Eu nunca tive uma oportunidade destas, portanto sugiro: não estraguem tudo”.

Notícias surpreendentesComeçando com uma provocação: será que trair adoça as épocas festivas? Segundo um site de relacionamentos extraconjugais, as épocas festivas podem potenciar as traições - mais o ano novo do que o Natal, claro. “Numa manhã de segunda-feira é fácil alguém acordar e chegar à conclusão que não quer voltar a ter um fim de semana repleto de discussões", diz Noel Biderman, do mesmo site. Fica só uma pergunta: isto é ciência ou marketing doce?

Agora uma história quase saída de um filme de Natal, mas bem real: uma jovem que tinha perdido o cartão multibanco foi salva por um mendigo que lhe emprestou três libras. Ela, sensibilizada, lançou uma campanha para lhe comprar um apartamento, recolhendo doações de três libras - e já conseguiu juntar 21.000.

Uma última: Um cidadão francês que é procurado há seis anos pelas autoridades espanholas (por alegado homicídio) mandou postais a vários juízes espanhóis provocando uma certa dose de inveja: os postais, nos quais o homem em fuga apresenta os seus cumprimentos, foram enviados de duas ilhas das Caraíbas, ilha Margarita e ilha Guadalupe. Seria uma boa ideia para a passagem de ano, havendo dinheiro - e, claro, não havendo greve na TAP.

Por aqui fico esta manhã, na certeza de que o dia nos trará muita agitação noticiosa. Conte com o Observador, sempre por aqui, para o manter a par de tudo.

Até já!





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