Papa Francisco telefona para jovem
vítima de pedofilia
Mídia espanhola publica uma possível conversa telefônica entre
Francisco e um jovem espanhol
Catholic Church England
Numerosos meios de comunicação espanhóis divulgaram esta semana uma suposta ligação do PapaFrancisco a um jovem de Granada (Espanha) que sofreu abusossexuais quando era menor de idade, e em cujo caso estaria envolvido um grupo de sacerdotes.
Segundo o site Religión Digital, Francisco teria feito a ligação à vítima no mês de agosto, para pedir-lhe perdão em nome da Igreja, e teria se comprometido a acompanhar o caso até o final, para fazer justiça. Por enquanto, o arcebispado de Granada afastou do exercício do ministério alguns sacerdotes envolvidos neste caso.
Diversos meios publicaram a suposta conversa do Papa com o jovem, a quem foi dado o nome fictício de Daniel. Este é o relato:
- Alô, quem fala?, atende Daniel.
- Falo com Daniel? – responde, do outro lado da linha, uma voz estranhamente conhecida.
- Sim, é ele. Quem fala?
- Boa tarde, filho, sou o padre Jorge.
- Desculpe-me – responde Daniel –, deve ter sido engano. Não conheço nenhum padre Jorge.
O jovem escuta, assombrado:
- Bem, é o PapaFrancisco.
Durante vários segundos, Daniel não consegue dizer nada. Do outro lado, seu interlocutor acha que ele desligou e pergunta:
- Você continua na linha, Daniel?
Sem tom de voz é inconfundível: é o Papa!
- Filho, fique em paz. Li sua carta várias vezes. Só pude me emocionar e sentir uma dor imensa ao ler seu relato. Quero lhe pedir perdão, em nome de toda a Igreja de Jesus. Perdoe este gravíssimo pecado e gravíssimo delito que você sofreu. Perdoe, meu filho, tanta dor e tanto sofrimento que você sofreu. Estas feridas fazem que a Igreja inteira sofra também.
As lágrimas escorrem pelo rosto de Daniel, que não consegue parar de chorar nem dizer uma só palavra.
A ligação do PapaFrancisco foi uma resposta a uma longa carta, em cujas cinco páginas Daniel explicou seu caso. A vítima enviou sua carta à Secretaria de Estado e foi o próprio Santo Padre quem lhe respondeu.
- Meu filho, você conta com todo o meu apoio e com o apoio de toda a Igreja. Eu vou viajar em breve à Coreia, mas há pessoas trabalhando para que tudo isso seja resolvido. Agradeço a Deus por você conservar a fé e continuar na Igreja. Reze por mim, filho, assim como eu, sem dúvida alguma, rezarei por você, pela sua família e pelas outras vítimas deste grave delito cometido por sacerdotes. Eu lhe dou minha bênção e o apoio da Igreja inteira. Um grande abraço, filho.
Neste momento, o caso de Daniel e o de outras vítimas estão sendo investigados pela polícia judicial de Granada.
Não é a primeira vez que o PapaFrancisco mostra, pública e privadamente, gestos de proximidade às vítimas de abusossexuaispor parte de padres. No último mês de julho, por exemplo, ele recebeu Peter Saunders, fundador da National Association for People Abused in Childhood (NAPAC).
Segundo o site Religión Digital, Francisco teria feito a ligação à vítima no mês de agosto, para pedir-lhe perdão em nome da Igreja, e teria se comprometido a acompanhar o caso até o final, para fazer justiça. Por enquanto, o arcebispado de Granada afastou do exercício do ministério alguns sacerdotes envolvidos neste caso.
Diversos meios publicaram a suposta conversa do Papa com o jovem, a quem foi dado o nome fictício de Daniel. Este é o relato:
- Alô, quem fala?, atende Daniel.
- Falo com Daniel? – responde, do outro lado da linha, uma voz estranhamente conhecida.
- Sim, é ele. Quem fala?
- Boa tarde, filho, sou o padre Jorge.
- Desculpe-me – responde Daniel –, deve ter sido engano. Não conheço nenhum padre Jorge.
O jovem escuta, assombrado:
- Bem, é o PapaFrancisco.
Durante vários segundos, Daniel não consegue dizer nada. Do outro lado, seu interlocutor acha que ele desligou e pergunta:
- Você continua na linha, Daniel?
Sem tom de voz é inconfundível: é o Papa!
- Filho, fique em paz. Li sua carta várias vezes. Só pude me emocionar e sentir uma dor imensa ao ler seu relato. Quero lhe pedir perdão, em nome de toda a Igreja de Jesus. Perdoe este gravíssimo pecado e gravíssimo delito que você sofreu. Perdoe, meu filho, tanta dor e tanto sofrimento que você sofreu. Estas feridas fazem que a Igreja inteira sofra também.
As lágrimas escorrem pelo rosto de Daniel, que não consegue parar de chorar nem dizer uma só palavra.
A ligação do PapaFrancisco foi uma resposta a uma longa carta, em cujas cinco páginas Daniel explicou seu caso. A vítima enviou sua carta à Secretaria de Estado e foi o próprio Santo Padre quem lhe respondeu.
- Meu filho, você conta com todo o meu apoio e com o apoio de toda a Igreja. Eu vou viajar em breve à Coreia, mas há pessoas trabalhando para que tudo isso seja resolvido. Agradeço a Deus por você conservar a fé e continuar na Igreja. Reze por mim, filho, assim como eu, sem dúvida alguma, rezarei por você, pela sua família e pelas outras vítimas deste grave delito cometido por sacerdotes. Eu lhe dou minha bênção e o apoio da Igreja inteira. Um grande abraço, filho.
Neste momento, o caso de Daniel e o de outras vítimas estão sendo investigados pela polícia judicial de Granada.
Não é a primeira vez que o PapaFrancisco mostra, pública e privadamente, gestos de proximidade às vítimas de abusossexuaispor parte de padres. No último mês de julho, por exemplo, ele recebeu Peter Saunders, fundador da National Association for People Abused in Childhood (NAPAC).
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ANTÓNIO FONSECA
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