sexta-feira, 19 de julho de 2024

CESÁRIO VERDE - POETA - MORREU EM 1886 - 19 DE JULHO DE 2024

 

Cesário Verde

Cesário Verde
Nome completoJosé Joaquim Cesário Verde
Nascimento25 de fevereiro de 1855
Linda a Pastora
Morte19 de julho de 1886 (31 anos)
Lisboa
ResidênciaLinda-a-PastoraOeiras
NacionalidadePortuguesa
Etniacaucasiano
EducaçãoUniversidade de Lisboa
OcupaçãoEscritor, comerciante
Género literárioPoesia
Magnum opusO Livro de Cesário Verde
Carreira musical
Período musicalSéc. XIX
Assinatura

José Joaquim Cesário Verde (LisboaMadalena25 de Fevereiro de 1855 — LisboaLumiar19 de Julho de 1886) foi um poeta português, sendo considerado um dos pioneiros, precursores da poesia que seria feita em Portugal no século XX.

Vida e Obra

Assento de baptismo de José Joaquim Cesário Verde, datado de 2 de Junho de 1855. Paróquia de MadalenaLisboa.

Filho do lavrador e abastado comerciante e ferrageiro José Anastácio Verde (1813-1888) e de sua mulher Maria da Piedade David dos Santos (1821-1890), aos 18 anos de idade Cesário matriculou-se no Curso Superior de Letras, mas apenas o frequentou alguns meses. Ali conheceu Silva Pinto, que ficou seu amigo para o resto da vida. Dividia-se entre a produção de poesias publicadas em jornais, destacando-se o semanário Branco e Negro[1] (1896-1898) e as revistas O Occidente[2] (1878-1915), Renascença[3] (1878-1879) e no periódico O Azeitonense[4] (1919-1922), e as actividades comerciais na Rua dos Fanqueiros herdadas do pai, descendente de comerciantes genoveses de nome Verdi. Era sobrinho-neto de João Baptista Verde e de D. Mariana Benedita Victória Verde, que foi casada com o pintor Domingos Sequeira.

Em 1877 começou a apresentar sintomas de tuberculose pulmonar, doença que já tinha levado a sua irmã Maria Júlia Verde (1853-1872) e posteriormente seu irmão Joaquim Tomás Verde (1858-1882). Estas mortes inspiraram contudo um de seus principais poemas, Nós (1884). Tinha mais um irmão, Jorge dos Santos Verde (1861-1941), que casou com uma das filhas de Manuel Pinheiro Chagas, e uma irmã, Adelaide Eufémia Verde (1856-1859), falecida de anginas.

Tenta curar-se da tuberculose mas, sem sucesso, vem a falecer no dia 19 de Julho de 1886, no lugar do Paço do Lumiar, aos 31 anos, sendo sepultado em jazigo no Cemitério dos Prazeres. No ano seguinte Silva Pinto organiza O Livro de Cesário Verde, compilação das suas poesias publicada em 1901. O seu pai faleceria dois anos depois, em 30 de Setembro de 1888, aos 75 anos, em Linda-a-Pastora, e a mãe em 26 de Janeiro de 1890, aos 68 anos, na Lapa.

No seu estilo delicado, Cesário empregou técnicas impressionistas, com extrema sensibilidade ao retratar a cidade e o campo, que são os seus cenários predilectos. Evitou o lirismo tradicional, expressando-se de uma forma mais natural.

Em 1933 a Câmara Municipal de Lisboa homenageou o poeta dando o seu nome a uma rua na Penha de França.[5]

O Binómio cidade/campo

A supremacia exercida pela cidade sobre o campo leva o poeta a tratar estes dois espaços em termos dicotómicos. O contacto com o campo na sua infância determina a visão que dele nos dá e a sua preferência. Ao contrário de outros poetas anteriores, o campo não tem um aspecto idílico, paradisíaco, bucólico, susceptível de devaneio poético, mas sim um espaço real, concreto, autêntico, que lhe confere liberdade. O campo é um espaço de vitalidade, alegria, beleza, vida saudável… Na cidade, o ambiente físico, cheio de contrastes, apresenta ruas macadamizadas/esburacadas, casas apalaçadas (habitadas pelos burgueses e pelos ociosos) / quintalórios velhos, edifícios cinzentos e sujos… O ambiente humano é caracterizado pelos calceteiros, cuja coluna nunca se endireita, pelos padeiros cobertos de farinha, pelas vendedeiras enfezadas, pelas engomadeiras tísicas, pelas burguesinhas… É neste sentido que podemos reconhecer a capacidade de Cesário Verde em trazer para a poesia o real quotidiano do homem citadino.

Ao ler-se o poema "De Tarde", pertencente a "Em Petiz", é visível o tom irónico em relação aos citadinos, mas onde o tom eufórico também sobressai, ao percorrer os lugares campestres ao lado da sua "companheira". A preferência do poeta pelo campo está expressa nos poemas "De Verão" e "Nós" (o mais longo), onde desaparecem a aspereza e a doença ligadas à vida citadina e surge o elogio ao ambiente campesino. A arte de Cesário Verde é, pois, reveladora de uma preocupação social e intervém criticamente. O campo oferece ao poeta uma lição de vida multifacetada (por exemplo, os camponeses são retratados no seu trabalho diário) que ele transmite com objectividade e realismo. Trata-se, pois, de uma visão concreta do campo e não da abstracção da Natureza.

A força inspiradora de Cesário é a terra-mãe, sendo nela que Cesário encontra os seus temas. É por isto que, habitualmente, se associa o poeta ao mito de Anteu.

A mulher em Cesário Verde

A vendedeira de "Num Bairro Moderno" (1877) representa a mulher do campo, desgraçada, trabalhadora e inocente. ("Rapariga com cesto ao ombro", por Teresa de Saldanha).
Milady de "Deslumbramentos" é um tipo feminino calculista, destrutivo e frívolo, associado com a aristocracia e a sociedade citadina ("Retrato equestre de Ana de Áustria", por Jean de Saint-Igny).

Deambulando pelos dois espaços, depara com dois tipos de mulher, que estão articulados com os locais. A cidade maldita surge associada à mulher fatal, frívola, calculista, madura, destrutiva, dominadora, sem sentimentos. Em contraste com esta mulher predadora, surge um tipo feminino, por exemplo em "A Débil", que é o oposto complementar das esplêndidas aristocráticas, presentes em poemas como "Deslumbramentos" e "Vaidosa". Essa mulher é frágil, terna, ingénua e despretensiosa.

A mulher (desfavorecida) do campo é-nos mostrada numa perspetiva diferente. A vendedora em "Num Bairro Moderno", ou a engomadeira em "Contrariedades" mostram as características da mulher do povo no campo. Sempre feias, pobres e por vezes doentes, ou em esforço físico, as mulheres trabalhadoras são objecto da admiração de Cesário.

"Depois de referir o cenário geral da acção em "Num Bairro Moderno", os olhos do sujeito poético retêm, como uma objectiva, um elemento novo - a vendedeira. A sua caracterização é de uma duplicidade contrastante: ela é pobre, anémica, feia, veste mal e tem de trabalhar para sobreviver, mas aparece envolvida numa força quase épica, de "peito erguido" e "pulsos nas ilhargas", encarnando, pela sua castidade, a força genuína do povo trabalhador, que Cesário tão bem defende."

A poética de Cesário e as escolas literárias

Podemos afirmar a sua aproximação a várias estéticas, embora seja visível a proximidade com Charles Baudelaire, por retratar realidades quotidianas, o que o aproxima dos poetas portugueses do século XX e o fez incompreendido em seu tempo.

Embora Cesário Verde não pudesse ser enquadrado em nenhuma das escolas poéticas dos países de língua portuguesa da época podemos dizer que ele não poderia não estar relacionado às estéticas do seu tempo de alguma forma. Se se tiver em conta o interesse pela captação do real, por exemplo, ao considerarmos o tipo de cena a serem retratadas pelas quais o poeta optou, seus quadros e figuras citadinos, concretos, plásticos e coloridos, é fácil detectar aqui a afinidade ao Realismo. A ligação aos ideais do Naturalismo verifica-se na medida em que o meio surge determinante dos comportamentos. Se considerarmos o facto de o poeta figurar plasticamente uma cena, poderia aproximá-lo, inclusive, do Parnasianismo. Porém, sua obra ainda tem um certo sentimentalismo que remete ao Romantismo e as imagens retratadas, muitas vezes de personagens doentes ou pobres, jamais poderiam ser retratadas por um parnasiano.

Aproxima-se dos impressionistas que captam a realidade mas que a retratam já filtrada pelas percepções, o que, definitivamente, o inscreve no quadro dos poetas fundadores da modernidade. Ecos de sua obra podem ser vistos nos poemas de Fernando Pessoa, parecendo Cesário Verde o predecessor do heterónimo Álvaro de Campos de Opiário e sendo citado várias vezes por Alberto Caeiro e Bernardo Soares.

Importância da representação do quotidiano na poesia de Cesário Verde

Cesário Verde por Columbano, reproduzido em O Livro de Cesário Verde.

A observação das situações do quotidiano é o ponto de partida preferencial para os poemas de Cesário Verde. É o mundo real, rotineiro, que é retratado e analisado, servindo de suporte às ideias e sentimentos do poeta.

Os sujeitos poéticos criados por Cesário Verde são atentos ao que se passa. Aquilo que para outro transeunte seria uma banalidade é, na perspectiva do poeta, parte de um quadro do real. Veja-se que antes de se focar numa situação particular, que prenda a atenção, o poeta dá-nos uma visão geral do ambiente: "Dez horas da manhã, os transparentes/Matizam uma casa apalaçada(…)E fere a vista, com brancuras quentes, a larga rua macadamizada" (em "Num bairro moderno"). Mas, apesar de existirem situações particulares, estas poderiam ser integradas no movimento quotidiano de uma rua de uma cidade onde "(…) rota, pequenina azafamada,/Notei de costas uma rapariga" (em "Num bairro moderno"), mas que para o sujeito poético tomam uma nova dimensão. Um processo análogo pode verificar-se em "Cristalizações", onde as primeiras estrofes constituem uma visão panorâmica, para se focar mais à frente nos "calceteiros" ou na "actrizita". É essencialmente destacado o quotidiano urbano, onde o sujeito poético deambula, sendo o poema "O sentimento de um ocidental" aquele em que é mais clara a descrição do dia-a-dia como ponto de partida para a revolta contra a vivência desumana da cidade. Aliás, Cesário Verde está longe de se deixar na passividade da observação casual, e repara naquilo, que tendo-se tornado parte de cada dia, é um factor de animalização e doença. Outras vezes, partindo da realidade, transfigura-a, num impulso salutar, em que tudo parece tomar formas orgânicas e vivas em oposição ao emparedamento das ruas da cidade: "Se eu transformasse os simples vegetais, num ser humano que se mova e exista/Cheio de belas proporções carnais?!".

Linguagem e estilo

Eis algumas das características estilísticas e linguísticas: vocabulário objectivo; imagens extremamente visuais de modo a dar uma dimensão realista do mundo (daí poeta-pintor-calceteiro b ); pormenor descritivo; mistura o físico e o moral; combina sensações; usa sinestesiasmetáforas, comparações, hipálage; emprega dois ou mais adjectivos a qualificar o mesmo substantivo; quadras, em versos decassilábicos ou versos alexandrinos; utilização do "enjambement".

Ver também

Ligações externas

Bibliografia

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
WikiquoteCitações no Wikiquote
WikisourceTextos originais no Wikisource
CommonsImagens e media no Commons


  • O Livro de Cesário Verde, Lisboa: Elzeveriana, 1887.
  • Helder Macedo, Nós, uma leitura de Cesário Verde, Lisboa: Plátano, 1975.
  • Cesário Verde, Obra Completa, Lisboa: Livros Horizonte, 1983.
  • João Pinto de Figueiredo, A vida de Cesário Verde, Lisboa: Presença, 1986.
  • Fernando Cabral Martins, Cesário Verde ou A Transformação do Mundo, Lisboa: Comunicação, 1988.
  • Fátima Rodrigues & Maria Paula Morão, Cesário Verde: recepção oitocentista e poética, Lisboa: Cosmos, 1998.
  • Cesário Verde, Poesia Completa, Lisboa: Dom Quixote, 2001.
  • Helena Carvalhão Buescu & Maria Paula Morão (eds.), Cesário Verde: visões de artista, Porto: Campo das Letras, 2007.

Referências

papa símaco - 19 de julho de3 2024

 

Papa Símaco

 Nota: Para outras pessoas de mesmo nome, veja Símaco.
Símaco
Santo da Igreja Católica
51° Papa da Igreja Católica
Atividade eclesiástica
DioceseDiocese de Roma
Eleição22 de novembro de 498
Fim do pontificado19 de julho de 514 (15 anos)
PredecessorAnastácio II
SucessorHormisda
Ordenação e nomeação
Papado
AntipapaLourenço
Dados pessoais
NascimentoSardenhaImpério Bizantino
460
MorteRomaImpério Bizantino
19 de julho de 514 (54 anos)
Nome de nascimentoSymmachus
SepulturaBasílica de São Pedro
dados em catholic-hierarchy.org
Categoria:Igreja Católica
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo
Lista de papas

Papa São Símaco (em latimSymmachusSardenha, data de nascimento desconhecido — Roma19 de julho de 514) foi papa de 22 de novembro de 498 até a data de sua morte. Símaco é venerado como um santo na Igreja Católica.[1]

Vida

Vida inicial e eleição para o papado

Ele era nativo de Sardenha e seu pai era chamado Fortunato. Símaco foi batizado em Roma e logo se tornou parte do clero de Roma, sendo ordenado diácono. Imediatamente após a morte do Papa Anastácio II, Símaco foi eleito seu sucessor pela maioria do clero romano em 22 de Novembro de 498. A eleição foi aprovada por uma parte do senado romano e ele foi consagrado papa.[2]

Cisma e o Antipapa Lourenço

Posteriormente uma minoria do clero e do senado, apoiados pelo imperador bizantino Anastácio I Dicoro, reuniram-se na Basílica de Santa Maria Maior e elegeu Lourenço como antipapa. Ambas as partes concordaram que os dois candidatos deviam comparecer à Ravena para que o rei Teodorico, o governante da Itália, decidisse qual de ambos era legítimo, e respeitassem sua decisão. Teodorico se pronunciou a favor da Símaco, baseando-se no fato de que ele foi eleito primeiro e pela maioria do clero, Lourenço se submeteu à decisão. Em um sínodo realizada na Roma em 1 de Março de 499, Símaco foi universalmente reconhecido, e transferiu Lourenço para a Diocese de Nocera na Campânia.

No entanto, o partido do imperador bizantino Anastásio, em 501, apelou para Teodorico contra o papa, acusando-o de heresia em questões relacionadas à celebração da Páscoa.[3] Teodorico convocou o papa Símaco em Rimini, lá Símaco refutou o conteúdo da acusação e, se recusou a reconhecer o rei como seu juiz em questões de ortodoxia, retornando para casa. Seus adversários o acusaram de simonia e solicitaram novamente que o rei convocasse um sínodo para investigar as denúncias, nomeando um visitante para ir à Roma. Símaco concordou com a convocação de um sínodo, mas ele e seus adeptos protestaram contra o envio de um visitante. Teodorico no entanto, enviou como visitante o Bispo Pedro de Uso, para Roma e, contrariamente às ordens do rei, tomou partido dos adeptos de Lourenço, de modo que Teodorico posteriormente o demitiu. Em 502, o sínodo reuniu-se na Basílica de Júlio (Santa Maria in Trastevere). O papa declarou que o sínodo foi convocado com o seu consentimento e que ele estava pronto para responder as acusações, antes disso, o visitante foi removido e o papa foi restabelecido como o administrador da Igreja. A maioria dos bispos concordaram com essa decisão e enviaram uma embaixada ao rei exigindo a execução destes condições. Teodorico no entanto, se recusou, e exigiu, em primeiro lugar, uma investigação das acusações contra o papa.[2]

A segunda sessão do sínodo realizou-se em 1 de Setembro de 502, no Basílica Sessoriana (Santa Cruz em Jerusalém). Quando Símaco se dirigiu ao local para se defender ele foi atacado por seus adversários e maltratado, escapando com grande dificuldade, voltou a Basílica de São Pedro; diversos padres que estavam com ele foram mortos ou gravemente feridos. Os godos enviados por Teodorico prometeram-lhe uma escolta de confiança, mas a papa agora, se recusou a comparecer perante a sínodo, embora tenha sido convidado três vezes. Consequentemente, os bispos declararam na terceira sessão, realizada em meados de setembro, que eles não poderiam julgar o papa, porque não havia precedentes que mostrassem que um papa havia sido submetido ao julgamento de outros bispos. Eles convidaram o clero de Lourenço para se apresentar ao papa, e solicitaram ao rei permitir que os bispos retornassem às suas dioceses. Porém os partidistas de Lourenço exigiram a convocação de uma quarta sessão para por fim a questão definitivamente, que se reuniu em 23 de Outubro de 502, nesta sessão, foi reconhecido que só Deus pode julgar o papa, que Símaco tinha o direito ao pleno exercício de seu episcopado; e quem não o obedecesse devia ser punido. A decisão foi assinada por setenta e cinco bispos.[2] Muitos bispos voltaram para suas dioceses, porém alguns, se reuniram com outros padres na Basílica de São Pedro para uma quinta sessão sob a presidência de Símaco em 6 de Novembro de 502 sobre as propriedades da Igreja. Símaco também estabeleceu que ficaria proibido procurar votos para o futuro pontífice e que na falta de regulamentar a sucessão, seria eleito quem tivesse os votos de todo o clero, ou da maioria. Estas medidas foram fundamentais para deixar a disputa sucessória apenas para o clero e acabar com tumultos.[1]

Teodorico, não satisfeito com a decisão do sínodo, embora maioria do episcopado italiano apoiava o legítimo papa, ordenou que Lourenço fosse novamente para Roma. Ele residia no Palácio de Latrão, sob controle de seus adeptos, enquanto Símaco residia próximo a Basílica de São Pedro. O cisma continuou durante quatro anos, durante os quais ambas as partes, disputaram ferozmente em Roma. Posteriormente Teodorico ficou contra o partido de Lourenço, devido a seu apoio a Constantinopla. Ele ordenou que os senadores reconhecessem Símaco como papa. Lourenço foi obrigado a sair de Roma, e retirou-se para uma fazenda pertencente ao senador Festo, seu protetor. Apenas uma pequena parte do clero ainda apoiava Lourenço e se recusou a reconhecer Símaco como papa, posteriormente esta facção reconciliou-se com o Papa Hormisda, o sucessor de Símaco.[2]

Ações como papa

Símaco zelosamente defendeu os partidários da ortodoxia durante os distúrbios do cisma acaciano. Ele defendeu, porém sem sucesso, a reconciliação entre católicos e monofisistas em uma carta ao Imperador Anastácio I. Posteriormente, muitos bispos orientais perseguidos se dirigiram ao papa com uma confissão de fé.

Em uma carta datada de 8 de Outubro de 512, dirigida ao bispos da Ilíria, o papa alertou o clero de que sua província que não devia entrar em comunhão com hereges. Logo após o início de seu pontificado, Símaco se interpôs na disputa entre o Arcebispos de Arles e Vienne quanto aos limites das suas respectivas jurisdições. Ele anulou o decreto emitido pelo Papa Anastácio II em favor da Arcebispo de Vienne e em 6 de Novembro de 513 confirmou os direitos do arcebispo metropolitano Cesário de Arles, como haviam sido definidos pelo Papa Leão I. Além disso, ele concedeu a Cesário o privilégio de usar o pálio. Numa carta de 11 de Junho de 514, nomeou Cesário para representar os interesses da Igreja tanto na Gália quanto na Hispânia e para convocar sínodos.

Basílicas de Roma e instituições de caridade

Na cidade de Roma, Símaco construiu a Basílica de Santa Inês na Via Aurélia, adornou a Basílica de São Pedro, e reconstruiu a Basílica dos Santos. Reformou as catacumbas de Jordani na Via Salária. Ele também construiu asilos para os pobres perto das três igrejas de São Pedro, São Paulo, e outros fora das muralhas da cidade. O papa contribuiu com grandes somas para o apoio dos bispos na África que foram perseguidos pelos vândalos seguidores do arianismo. Libertou todos os escravos de Roma. Ele também ajudou os moradores das províncias da Itália que sofreram com a invasão dos bárbaros.[1] Após sua morte, ele foi enterrado na Basílica de São Pedro.

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c «São Símaco, papa». Consultado em 19 de janeiro de 2010. Arquivado do original em 9 de fevereiro de 2010
  2. ↑ Ir para:a b c d «Pope St. Symmachus (498-514)»Catholic Encyclopedia; New Advent. Consultado em 19 de janeiro de 2010
  3.  O Papa Símaco comemorava a Páscoa em 25 de Março, seguindo o ciclo romano, enquanto os bizantinos e outros, observavam o festa em 22 de Abril, de acordo com um novo ajuste de contas.


Precedido por
Anastácio II

Papa

51.º
Sucedido por
Hormisda
Ícone de esboçoEste artigo sobre um papa é um esboço. Você pode ajuda

Etiquetas

Seguidores

Pesquisar neste blogue