CAROS AMIGOS. SETEMBRO MOLHADO, FIGO ESTRAGADO
SÃO JOSÉ DE CUPERTINO.
JORGE SAMPAIO - POLÍTICO, PRIMEIRO MINISTRO E PRESIDENTE DE PORTUGAL - NASCEU EM 1939
DIA MUNDIAL DA MONITIRIZAÇÃO DA ÁGUA.
Atingido o número de 2 730 741 VISUALIZAÇÕES. Obrigado. Porto 18 de setembro de 2024. ANTONIO FONSECA
Filho de Alfredo Frassati e Adelaide Ametis, família abastada, dona do jornal La Stampa. Tendo vivido entre 1918 e 1922 em Berlim, onde o seu pai foi embaixador de Itália, Pier Giorgio viveu sobretudo no Piemonte, na cidade de Turim.
Pier-Giorgio era profundamente anti-fascista, chegando a envolver-se em confrontos físicos com adeptos do Partido Social Fascista de Benito Mussolini. Quando aquele dirigente assumiu o poder, em 1922, o seu pai demitiu-se de embaixador e regressou a Itália com a família. Em 1921 Pier Giorgio inscreveu-se no Partido Popular Italiano (Partito Popolare Italiano), dirigido por Luigi Sturzo que se reclamava das ideias da Democracia Cristã.
Dedicou-se desde muito novo a várias obras sociais, de caridade e religiosas. Envolveu-se no seio de vários grupos católicos de juventude, como o Apostolado da Oração e a Sociedade de São Vicente de Paulo, quando adolescente participou dos centros da Juventude Mariana Vicentina em Turim, e mais tarde torna-se membro da Ordem Terceira de São Domingos. Uma da suas máximas de vida era: «A Caridade não é suficiente: precisamos de reformas sociais». Foi um dos fundadores do jornal «Momento», baseado nos ensinamentos sociais do Papa Leão XIII explanados na sua encíclica Rerum Novarum. Estudante de Engenharia Industrial Mecânica na Escola Real Politécnica, entre 1918 e 1925, pretendia vir a dedicar-se integralmente aos mineiros, que ele via como uma das classes profissionais mais sofredoras, seja em termos de dureza profissional, fosse em termos sociais.
Era um desportista, praticando diversas modalidades entre as quais se destacava o montanhismo, mediante o qual aproveitava para se isolar, rezar e reflectir na solidão das montanhas.
Frassati morreu em 1925 de poliomielite e milhares de pessoas participaram no seu funeral. Encontra-se enterrado na Catedral de Turim.
Eis aqui como aparecia o homens das oito Bem-aventurança, que leva consigo a graça do Evangelho, da Boa nova, da alegria da salvação que Cristo nos oferece.
No Mundo que se afastou de Deus falta a Paz, mas também falta a Caridade ou seja, o Amor verdadeiro e perfeito. Não há nada mais belo do que a Caridade. De fato, a fé e a esperança cessam com a nossa morte, mas o Amor dura eternamente, e até creio que será mais viva na outra vida.[6]
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Nós - que, por graça de Deus, somos católicos - não devemos gastar os anos mais belos da nossa vida como desgraçadamente fazem tantos jovens infelizes que se preocupam com gozar os bens terrenos e não produzem nada de bom, mas que apenas fazem frutificar a imoralidade da nossa sociedade moderna.
Devemos treinar-nos, a fim de estarmos prontos para travar as lutas que, seguramente, teremos de combater pela realização do nosso programa e para, assim darmos à nossa Pátria, num futuro não muito longínquo, dias mais alegres e uma sociedade moralmente sã. Mas para tudo isto, é preciso: a oração contínua para obter de Deus a graça sem a qual as nossas forças são vãs; organização e disciplina para estarmos prontos para a ação no momento oportuno e, finalmente ,o sacrifício das nossas paixões e de nós mesmos, porque sem isso não se pode atingir o objetivo.[6]
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É bobo quem anda atrás das alegrias do mundo porque são sempre passageiras e trazem dores, enquanto a única alegria verdadeira é a que nos é dada pela fé.[6]
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Os tempos que atravessamos são difíceis porque a perseguição contra a Igreja torna-se mais feroz e cruel que nunca; mas vós, jovens destemidos e bons, não vos intimidais com este pouco, já que sabeis que a Igreja é uma instituição divina e não pode acabar.[6]
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Infelizmente uma por uma das amizades terrenas produzem dores no nosso coração pelo afastamento. Por isso, queria que fizéssemos um pacto indestrutível que não conhece limites temporais nem fronteiras físicas: a aliança da oração.[6]
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Queremos saber de onde viemos e para onde vamos. Espero com a graça de Deus prosseguir o caminho dos ideais católicos, defendendo e propagando esses verdadeiros e únicos valores.[6]
Isabel teve influência na política: a sua origem aragonesa assegurava a aliança entre Portugal e Aragão. Serviu de mediadora nos conflitos bélicos que surgiram na família.
D. Dinis de Portugal tinha 17 anos quando subiu ao trono e, pensando em casamento que na altura era um complexo evento diplomático, convinha-lhe Isabel de Aragão. As primeiras conversações tiveram por mediador Filipe III de França, em Toulouse, tendo mais tarde enviado diretamente uma embaixada a Pedro de Aragão em novembro de 1280. Formavam-na João Velho, João Martins e Vasco Pires. A embaixada poderá ter encontrado enviados dos reis de França e de Inglaterra, cujos príncipes também eram pretendentes de Isabel. O soberano de Aragão preferiu escolher aquele que já era rei, apesar das desavenças de D. Dinis com o irmão e pretendente ao trono, Afonso de Portugal, Senhor de Portalegre.
A 11 de fevereiro de 1282,[8] com aproximadamente 11 anos, Isabel casou-se então por procuração com o soberano portuguêsD. Dinis na capela de Santa Ágata no Palácio real de Barcelona, tendo Pedro III de Aragão enviado ao Reino de Portugal dois embaixadores cerca de um mês depois para ratificar o Tratado de casamento. Deslocaram-se a Portugal Bertrán de Villafranca, camerário da Sé de Tarragona,[9][10] e Corrado Lancia, almirante da frota real,[11] incluindo a missiva um convite, que foi ignorado, para o rei português se deslocar a Barcelona.
A reunião dos recém-casados teve de aguardar pela estabilização política em Portugal e pelo momento mais oportuno para Isabel e o seu séquito atravessarem terras castelhanas, consideradas inseguras.
Isabel viajou em direção ao Vale do Ebro pela antiga Via Augusta, depois Teruel, Daroca, Calatayud seguindo pelo corredor do vale do Rio Douro até Samora.[12] Entrou em Portugal por Bragança, tendo sido a boda celebrada em Trancoso, a 26 de junho de 1282. Por esse motivo, o rei acrescentou essa vila ao dote que habitualmente era entregue às rainhas (a chamada Casa das Rainhas, conjunto de senhorios a partir dos quais as consortes dos reis portugueses colhiam as prendas destinadas à manutenção da sua pessoa). Os festejos prolongaram-se por vários dias, tendo os reis permanecido na cidade até aos primeiros dias de agosto,[8] altura em que se mudaram para a Guarda. A finais de setembro encontravam-se em Viseu, entrando em Coimbra a 15 de outubro para se estabelecerem no Paço Real da Alcáçova (hoje ocupado pelo Paço das Escolas da Universidade de Coimbra).
Do seu casamento com o rei D. Dinis teve dois filhos:
Constança (3 de janeiro de 1290 - 18 de novembro de 1313), que casou em 1302 com o rei Fernando IV de Castela;
D. Afonso IV (8 de fevereiro de 1291 - 28 de maio de 1357), sucessor do pai no trono de Portugal.
Relatos apócrifos
Segundo uma história apócrifa, D. Dinis não lhe teria sido inteiramente devotado e visitaria as freiras bernardas do Convento de Odivelas (Mosteiro de São Dinis). Ao saber do sucedido, a rainha tê-lo-á seguido com as suas aias à noite, iluminando o caminho com archotes, e ao encontrá-lo apenas terá dito: Ide vê-las, ide vê-las, que estamos a alumiar o caminho".[13] Com os tempos, de acordo com a tradição popular, uma corruptela de ide vê-las teria originado o moderno topónimo Odivelas e alumiar teria passado a Lumiar, a zona onde se teria encontrado o casal real. Estas interpretações, contudo, além de não serem suportadas por relatos históricos, também não são sustentadas pelos linguistas.
A rainha deposita a sua coroa aos pés do Arcebispo de Santiago de Compostela.
Em 1320 visitou o Principado da Catalunha e esteve alojada algum tempo no Panteão Real e Mosteiro de Poblet, onde já teria estado aquando da viagem para se reunir com o rei português em 1282. Voltaria a visitá-lo em 1325, já viúva, o que demonstra o quanto a deve ter impressionado o cortejo fúnebre do seu avô Jaime I de Aragão em 1278 para o Mosteiro de Poblet, dois anos após a sua morte em Valência.[14][15]
Nesta década de 1320, o infanteD. Afonso, herdeiro do trono, sentiu a sua posição ameaçada pelo favor que o rei D. Dinis demonstrava para com um seu filho bastardo, Afonso Sanches.[16] O futuro D. Afonso IV declarou abertamente a intenção de batalhar contra o seu pai, o que quase se concretizaria na chamada peleja de Alvalade. No entanto, a intervenção da rainha conseguiu serenar os ânimos e, com a paz assinada em 1324, foi evitado um conflito armado que traria instabilidade ao reino.
D. Dinis morreu em 1325 e, pouco depois da sua morte, Isabel terá peregrinado ao santuário de Santiago, em Compostela na Galiza, fazendo-o montada num burro, e a última etapa a pé, onde ofertou muitos dos seus bens pessoais. Há historiadores que defendem a ideia que lá se terá deslocado duas vezes.
Recolheu-se por fim no então Mosteiro de Santa Clara-a-Velha em Coimbra, vestindo o hábito da Ordem das Clarissas mas não fazendo votos (o que lhe permitia manter a sua fortuna usada para a caridade). Só voltaria a sair dele uma vez, pouco antes da morte, em 1336.
Nessa altura, Afonso declarou guerra ao seu sobrinho, o rei D. Afonso XI de Castela, filho da infanta Constança de Portugal, e portanto neto materno de Isabel, pelos maus tratos que este infligia à sua mulher D. Maria, filha do rei português. A guerra estalou após o noivado do neto Pedro com Constança Manuel, no ano da morte de Isabel.[17] No entanto, a paz chegaria somente três anos após a morte da rainha, com a intervenção da própria Maria de Portugal, por um tratado assinado em Sevilha em 1339.
Segundo uma história hagiográfica, sendo a viagem demorada, havia o receio de o cadáver entrar em decomposição acelerada pelo calor que se fazia, e conta-se que a meio da viagem debaixo de um calor abrasador, o ataúde começou a abrir fendas, pelas quais escorria um líquido, que todos supuseram provir da decomposição cadavérica. Qual não foi, porém a surpresa quando notaram que em vez do mau cheiro esperado, saía um aroma suavíssimo do ataúde.
Isabel terá sido uma rainha muito piedosa, passando grande parte do seu tempo em oração e ajuda aos pobres. Por isso mesmo, ainda em vida começou a gozar da reputação de santa, tendo esta fama aumentado após a sua morte. Foi beatificada pelo Papa Leão X em 1516, vindo a ser canonizada, por especial pedido da dinastia filipina, que colocou grande empenho na sua canonização, pelo Papa Urbano VIII em 1625. É reverenciada a 4 de julho, data do seu falecimento.
Com a invasão progressiva do convento de Santa Clara-a-Velha de Coimbra pelas águas do rio Mondego, houve necessidade de construir o novo convento de Santa-Clara-a-Nova no século XVII, para onde se procedeu à trasladação do corpo da Rainha Santa.
No dia 27 de Outubro de 1677, ocorreu a trasladação do corpo da Rainha Santa Isabel do túmulo de pedra, onde jazia desde 1336, para o túmulo de prata mandado fazer por D. Afonso de Castelo Branco, 41.º Bispo de Coimbra, 6.º Conde de Arganil, que chegou a ser vice-rei de Portugal.
No dia 29 de Outubro de 1677, ocorreu a trasladação do corpo da Rainha Santa Isabel, já no túmulo de prata, desde o velho Mosteiro (Santa Clara-a-Velha) para o novo Mosteiro (Santa Clara-a-Nova)[18].
O seu túmulo, bem como o Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, está confiado à guarda da Confraria da Rainha Santa Isabel.
A lenda do milagre das rosas
A história mais popular da Rainha Santa Isabel é sem dúvida a do milagre das rosas. Segundo a lenda portuguesa, a rainha saiu do Castelo de Leiria numa manhã de Inverno para distribuir pães aos mais desfavorecidos. Surpreendida pelo soberano, que lhe inquiriu onde ia e o que levava no regaço, a rainha teria exclamado: São rosas, Senhor! Desconfiado, D. Dinis terá inquirido: Rosas, em Janeiro? D. Isabel expôs então o conteúdo do regaço do seu vestido e nele havia rosas, ao invés dos pães que ocultara.
A época exacta do aparecimento desta lenda na tradição portuguesa não está determinada. Não consta de uma biografia anónima sobre a rainha escrita no século XIV, mas circularia oralmente pelo país nas últimas décadas desse século. O mais antigo registo conhecido é um retábulo quatrocentista conservado no Museu Nacional de Arte da Catalunha.
O primeiro registo escrito do milagre das rosas encontra-se na Crónica dos Frades Menores:
levava uma vez a Rainha santa moedas no regaço para dar aos pobres (…) Encontrando-a el-Rei lhe perguntou o que levava, (…) ela disse, levo aqui rosas. E rosas viu el-Rei não sendo tempo delas.
— Crónica dos Frades Menores, Frei Marcos de Lisboa, 1562
Também reza-se a história nos Açores que pela sua bondade ao alimentar os pobres se criou as tradicionais Festas de Espírito Santo que ocorrem nas ilhas dos Açores entre Maio e Setembro de cada ano.
Biografia
A primeira biografia de Isabel de Aragão foi escrita logo após a sua morte, por alguém próximo à rainha, talvez o seu confessor Frei Salvado Martins, bispo de Lamego, ou uma das aias de Santa Clara. É geralmente conhecida por Lenda ou Relação, mas apesar do original se ter perdido, o Museu Machado de Castro conserva uma cópia quinhentista, manuscrita e iluminada, com o título: Livro que fala da boa vida que fez a Rainha de Portugal, Dona Isabel, e seus bons feitos e milagres em sua vida, e depois da morte.
Esta obra, de natureza hagiográfica, serviu de base às biografias e crónicas posteriores, incluindo a Crónica de 1419 e as Crónicas de D. Dinis e de D. Afonso IV, de Rui de Pina. Foi publicada no século XVII por Frei Francisco Brandão, na parte VI da Monarquia Lusitana.
Referências
↑"Normas para o Ano Cristão". Igreja Episcopal Anglicana do Brasil. 27 de novembro 2014. Disponível em: [1]Arquivado em 3 de março de 2016, no Wayback Machine.. Página visitada em 20 de julho de 2015.