CAROS AMIGOS. SETEMBRO MOLHADO, FIGO ESTRAGADO
SÃO JOSÉ DE CUPERTINO.
JORGE SAMPAIO - POLÍTICO, PRIMEIRO MINISTRO E PRESIDENTE DE PORTUGAL - NASCEU EM 1939
DIA MUNDIAL DA MONITIRIZAÇÃO DA ÁGUA.
Atingido o número de 2 730 741 VISUALIZAÇÕES. Obrigado. Porto 18 de setembro de 2024. ANTONIO FONSECA
O Dia Internacional do Bombeiro (em inglês, International Firefighters' Day (IFFD)) é comemorado em 4 de Maio.
Foi instituído após o recebimento de inúmeros e-mails de todo o mundo em 4 de Maio de 1999 devido a morte de cinco bombeiros em trágicas circunstâncias em um incêndio na Austrália em 2 de dezembro de 1998.[1]
O 4 de Maio é o dia tradicional dos bombeiros em vários países da Europa, porque é o dia de São Floriano, patrono dos bombeiros.
Referências
↑Edmondson, J. J. (5 de fevereiro de 2012). «About IFFD». International Firefighters Day - 4th May (em inglês). Consultado em 1 de maio de 2024
Autor de uma obra multifacetada, Julião Sarmento inicia atividade nos anos de 1970, enquadrando-se nas práticas artísticas mais avançadas desse período. Na década seguinte afirma-se como um dos artistas plásticos portugueses com maior projeção, nacional e internacional, expondo em galerias e museus de grande prestígio.
A sua carreira artística inicia-se na década de 1970. Será marcada por influências culturais predominantemente anglo-saxónicas e por uma lúcida sintonia com correntes avançadas da arte internacional. Em 1977 (o ano seguinte ao da sua primeira exposição individual, realizada na Sociedade Nacional de Belas Artes) participa na Alternativa Zero, exposição que marca "o primeiro balanço dos trabalhos que em Portugal tomaram como referência as atitudes concetuais e congéneres".[3][2]
Nessa primeira etapa utiliza meios de expressão diversificados, "postos à disposição dos artistas da década pela revolução das linguagens técnicas e conceptuais". Vemo-lo realizar pinturas, filmes, colagens de materiais heteróclitos, montagens fotográficas ou encenações de textos onde coloca em jogo elementos que se tornarão "essenciais à caracterização da totalidade do [seu] discurso artístico".[4] Sarmento utiliza dispositivos que vão da apropriação de imagens e citações literárias à fragmentação das formas, pondo-os ao serviço de um discurso plástico onde as noções de tempo, de desejo, ou a pulsão erótica, são determinantes, criando elos que unem as fases sucessivas da sua obra: "Aquilo que faço hoje faz parte do que fiz ontem", disse Sarmento em 1997, "e do que fiz há vinte anos, e do que farei amanhã".[5]
A propósito das obras da década de 1970 (onde se enunciam já alguns dos princípios geradores do seu trabalho futuro), João Pinharanda afirma: "Se numas peças a questão do Desejo é tão evidente que se abstratiza [...] , noutras permanece oculta. Em todas, porém, é axial. Já o Tempo se revela claramente em todas elas. […] As montagens em loop não iludem a radical temporalidade linear do som e da imagem em movimento porque são suficientemente compactas para nos parecerem ações rituais (ou seja, infinitamente repetíveis). Mas são, de facto, as sequências fotográficas […] ou foto-textuais […] e as instalações […] que melhor garantem a convocação dessa dimensão".[4]
No início da década de 1980 Julião Sarmento acompanha a mudança de paradigma – frequentemente associada ao conceito de pós-modernismo –, que determina o «regresso à pintura» (figurativa, de pendor expressionista); e participa na exposição coletiva que, em território nacional, assinala essa inflexão: Depois do Modernismo, SNBA, Lisboa, 1983[2]. A sua pintura torna-se num recetáculo de imagens e modos de pintar heterogéneos (veja-se, por exemplo, Mehr Licht, 1985). Irá gerir "um referencial muito diversificado conjugando citações ora populares ora eruditas. […] O efeito produzido por essa sobreposição remete sobretudo para dois universos, o da literatura e o do cinema, que funcionam como eixos estruturantes da sua obra. […] As suas pinturas confrontam fragmentos, imagens de glamour e de violência, com a palavra que aparece como uma indicação ou aviso, explorando a imagética do inconsciente e o caráter inquietante do intermitente em representação".[6] É nesta fase que participa em duas edições sucessivas da Documenta de Kassel (1982 e 1987), o que terá impacto significativo na sua carreira internacional.
A partir do final da década de 1980 a sua pintura altera-se, "torna-se mais sóbria e contida, adotando uma depuração quase monacal. É o período das Pinturas Brancas, em que predomina o desenho a grafite sobre fundo branco", onde os corpos quase se desmaterializam, reduzindo-se muitas vezes a fragmentos sugeridos por suaves linhas de contorno, e onde o vemos centrar-se na representação do feminino, que transporta agora "para um novo patamar de subtileza e insinuação".[6] Captando instantes e aspetos fragmentários, ocultando e gerindo intermitências, as suas formas genéricas de mulher (ou de outros personagens) evitam o "retrato e qualquer forma de referência direta. […] Julião trabalha a distância entre os corpos, entre as palavras, as imagens e as repetições. O corpo caído, entrevisto, parcialmente descoberto […] , pernas, saias, mesas, braços presos por cordas […] boca amordaçada, auto-estrangulamento, troncos de mulher, rasgões no vestido, um murro na garganta".[7] "A figura quase nunca tem rosto e está quase sempre vestida […]. A sua situação e as suas ações são sempre ambivalentes, muitas vezes violentas; as linhas divisórias entre prazer e dor […] tornam-se indistintas".[8] A 9 de junho de 1994, foi agraciado com o grau de Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.[9] É nesta fase, mais especificamente em 1997, que, nas palavras do crítico de arte Alexandre Melo, se dá a sua "plena consagração nacional ao representar Portugal na Bienal de Veneza".[6]
↑Julião Sarmento, entrevista a Germano Celant (1997). In: Sarmento, Julião – Flashback. Madrid; Lisboa: Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia; Fundação Calouste Gulbenkian, 2000, p. 17. ISBN 972-635-122-7
↑ Ir para:abcMelo, Alexandre – Arte e artistas em Portugal. Lisboa: Bertrand Editora; Instituto Camões, 2007, p. 172.
↑ Ir para:abNazaré, Leonor – "Julião Sarmento". In: A.A.V.V - Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão: Roteiro da Coleção. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2004, p. 210, 212. ISBN 972-635-155-3
↑Lingwood, James – "Flashback". In: Sarmento, Julião – Flashback. Madrid; Lisboa: Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia; Fundação Calouste Gulbenkian, 2000, p. 18.