sexta-feira, 1 de março de 2024

ÁLVARO RIBEIRO - ESCRITOR - NASCEU EM 1905 - 1 DE MARÇO DE 2024

 

Álvaro Ribeiro

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Álvaro Ribeiro
Nascimento1 de março de 1905
Porto
Morte9 de outubro de 1981 (76 anos)
Lisboa
Nacionalidadeportuguês
Ocupaçãoescritor, filósofo e tradutor
Magnum opusO Problema da Filosofia Portuguesa, 1943.

Álvaro Ribeiro (Porto, 1905 – Lisboa, 1981) foi um filósofoescritor e crítico português.

Publicou até ao fim da vida uma vasta obra de prosador, de pedagogo, de hermeneuta e de memorialista, em que pretendeu por um lado actualizar um racionalismo aristotélico muito atento aos problemas da linguagem verbal, no qual via a genuína matriz do pensamento português, desde Pedro Hispano ou de Álvaro Pais (sec. XIV), e por outro magistralizar a tradição esotérica do saber, sobretudo judaico-cabalista, na qual inseria a renovação moderna do pensamento português, começada para ele com Sampaio Bruno[1].

O poeta português que mais vivamente interpelou o Álvaro Ribeiro pensador de enigmas foi Fernando Pessoa. Dele compilou em volume os textos publicados na revista A Águia em 1912, dedicados à poesia saudosista; a recolha, A Nova Poesia Portuguesa (1944), foi a primeira compilação de dispersos do poeta e antecedeu muitas outras iniciativas do género, a primeira das quais a recolha de Jorge de SenaPáginas de Doutrina Estética (1945), que contou com larga e generosa colaboração de Álvaro[1].

Biografia

Álvaro de Carvalho de Sousa Ribeiro, filho único de José de Sousa Oliveira Guimarães Daun e Lorena Ribeiro e de Angélica Cândida de Carvalho de Sousa Ribeiro, nasceu em Miragaia, no Porto no dia 1 de Março de 1905 e morreu em Lisboa no dia 9 de Outubro de 1981.

Entre 1917 e 1919, foi aluno interno num colégio dominicano em Paris, só mais tarde ingressou no Curso Geral dos Liceus no Liceu Rodrigues de Freitas. Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, onde foi discípulo de Leonardo Coimbra e condiscípulo de Adolfo Casais Monteiro e de Delfim Santos.

Foi um dos assinaram em Lisboa, em 1932, a carta de apresentação do Movimento da Renovação Democrática[2].

Fundou em Lisboa o movimento da Filosofia Portuguesa com a publicação, em 1943, do manifesto O Problema da Filosofia Portuguesa, grupo a que logo se juntou o seu amigo José Marinho e também Santana DionísioAntónio AlvimMiguel SummavielleEudoro de Sousa, entre outros. Aquele manifesto foi editado por Eduardo Salgueiro, que fora seu colega anos antes no movimento da Renovação Democrática[3].

Em Lisboa manteve animada tertúlia em torno do seu magistério durante décadas[4], renovando o seu movimento ao longo de sucessivas gerações, vindo a incluir Afonso BotelhoAntónio Braz TeixeiraAntónio QuadrosAntónio TelmoPinharanda GomesOrlando VitorinoCunha Leão (filho)Francisco Moraes Sarmento, entre outros pensadores. Dirigiu a revista Princípio [5] (1930) e colaborou no Diário PopularAcção Republicana, Atlântico, Democracia, jornal 57 [6] (1957-1962), Escola Formal e Ensaio, folha de cultura e opinião. Foi um dos sócios fundadores da Sociedade de Língua Portuguesa.

Um dos seus discípulos mais fieis, António Quadros, escreveria mais tarde: “Marinho era o contemplador do número, do espírito recôndito, na experiência anagógica da visão unívoca. Mas Álvaro Ribeiro era o operário de Deus, o trabalhador que, dobrado sobre a grande máquina do Mundo e sobre o formigueiro dos homens, tentava fazê-los mover, arrolando cada um de nós para uma função própria e levando-nos as instruções deixadas pelo fabricante de origem. A cada pensador português, o seu poeta. Se Junqueiro para BrunoAntero para Sérgio, Pascoaes para Leonardo e MarinhoPessoa para Agostinho, o poeta de Álvaro Ribeiro era José Régio.” (Memórias das Origens Saudades do Futuro).

Encontra-se sepultado no Cemitério de Benfica, em Lisboa.

Obras

  • O problema da filosofia portuguesa (Lisboa, 1943)
  • Leonardo Coimbra: apontamentos de biografia e de bibliografia (Lisboa, 1945)
  • Sampaio Bruno (Lisboa, 1947)
  • Os Positivistas: subsídios para a história da filosofia em Portugal (Lisboa, 1951)
  • Apologia e Filosofia (Lisboa, 1953)
  • A Arte de Filosofar (Lisboa, 1955)
  • A Razão Animada: sumário de Antropologia (Lisboa, 1957)
  • Escola Formal (Lisboa, 1958)
  • Estudos Gerais (Lisboa, 1961)
  • Liceu Aristotélico (Lisboa, 1962)
  • Escritores Doutrinados (Lisboa, 1965)
  • A Literatura de José Régio (Lisboa, 1969)
  • Filosofia e Filologia (Braga, 1972)
  • Uma coisa que pensa: ensaios (Braga, 1975)
  • Memórias de um Letrado (três volumes - Lisboa, 1977)
  • Cartas para Delfim Santos 1931 - 1956 (Lisboa, 2001)
  • Correspondência com José Régio (Lisboa, 2008)

Traduções

  • Kant, de Émile Boutroux (Lisboa, 1943)
  • Do Hábito, de Félix Ravaisson (Lisboa, 1945)
  • Elogio da Loucura, de Erasmo (Lisboa, 1951)
  • Ensaios, de Francisco Bacon (Lisboa, 1952)
  • A Cidade do Sol, de Campanella (Lisboa, 1953)
  • O Banquete, de Kierkegaard (Lisboa, 1953)
  • A Origem da Tragédia, de Nietzsche (Lisboa, 1954)
  • A Verdade do Amor, de Vladimir Soloviev (Lisboa, 1958)
  • Os Heróis, de Tomás Carlyle (Lisboa, 1956)
  • Estética, Arquitectura e Escultura, de Hegel (Lisboa, 1962)
  • Estética, Pintura e Música, de Hegel (Lisboa, 1974)
  • Reorganizar a sociedade, de Augusto Comte (Lisboa, 1977)
  • Lucinda, de Schlegel (1979).

Bibliografia passiva

  • AAVV. O Pensamento e a Obra de José Marinho e de Álvaro Ribeiro. Lisboa: INCM, 2005.
  • RÉGIO, José. Correspondência com Álvaro Ribeiro. Lisboa: INCM, 2008.
  • TEIXEIRA, António Braz. "Ribeiro (Álvaro Carvalho de Souza)", Logos - enciclopédia Luso-Brasileira de Filosofia, Lisboa / São Paulo: Editorial Verbo, 1992, vol. IV, pg. 758-768.
  • TEIXEIRA, António Braz. "Álvaro Ribeiro", in: Pedro Calafate (organizador), História do pensamento filosófico português, Vol. V, tomo 1 - O século XX. Lisboa: Editorial Caminho, 2000, pg. 179-209.

Referências

Ligações externas

SANTO ALBINO DE ANGERS - 1 DE MARÇO DE 2024

 

Albino de Angers

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Santo Albino de Angers
Estátua de Santo Albino
Bispo de Angers
Nascimentoc. 470
VannesBretanha
Morte1 de março de 550
AngersFrança
Veneração porIgreja CatólicaIgreja Anglicana
Festa litúrgica1 de março
 Portal dos Santos

Albino de Angers (em latimAlbinus; em francêsAubin d'Angers) foi um santo católico francês, abade e quinto bispo de Angers.[1]

Vida e obra

Nasceu em 469, em Vannes, França, de uma família nobre inglesa que se estabeleceu na Bretanha.[2]

Foi monge aos 20 anos no mosteiro de Cincillac (Tintillant), perto de Angers, mais tarde chamada Saint-Aubin em sua honra. Indicado abade do mesmo em 504, foi bispo de Angers em 529.[3]

Lutou contra costume do incesto, fazendo vários inimigos em muitas famílias poderosas que praticavam o casamento consanguíneo. Convocou o Terceiro Concílio de Orleães, em 538, o qual condenou esta prática e várias outras ofensas morais.[4]

Faleceu no dia 1 de março de 549 e o seu túmulo logo se converteu em local de peregrinação e vários milagres foram creditados a sua intercessão.[5]

Referências

  1.  «San Albino - O bispo» (em espanhol). Vidas de los Santos. Consultado em 18 de outubro de 2022Cópia arquivada em 27 de fevereiro de 2009
  2.  «Saint Aubin, Évêque d'Angers (469-549) - Vie des saints» (em francês). Réflexion Chrétienne. Consultado em 18 de outubro de 2022
  3.  Port, 1965, p. 196.
  4.  Rosemary Hampton. «SAINT AUBIN - BISHOP OF ANGERS (470 to 550 A.D.)» (em inglês). Consultado em 18 de outubro de 2022
  5.  Venantius Fortunatus. «THE LIFE OF ST AUBIN» (em inglês). Consultado em 18 de outubro de 2022

Bibliografia

  • Célestin Port, Dictionnaire historique, géographique et biographique de Maine-et-Loire et de l'ancienne province d'Anjou : A-C, t. 1, Angers, H. Siraudeau et Cie, 1965, 2e éd. (em francês)

Ligações externas

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