segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

NUNO DE BRAGANÇA - ESCRITOR - NASCEU EM 1929 - 12 DE FEVEREIRO DE 2024

 

Nuno Bragança

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Nuno Bragança
Nome completoNuno Manuel Maria Caupers de Bragança
Nascimento12 de fevereiro de 1929
LisboaPortugal
Morte7 de fevereiro de 1985 (55 anos)
LisboaPortugal
NacionalidadePortugal Português
OcupaçãoEscritor
Magnum opusDirecta (1977)

Nuno Manuel Maria Caupers de Bragança GCSE (Lisboa12 de Fevereiro de 1929 — Lisboa7 de Fevereiro de 1985) foi um escritor português.

Biografia

Nasceu de uma família da alta aristocracia portuguesa, a Casa de Lafões, ramo dos Duques de Bragança , 6.º neto do Rei D. Pedro II de Portugal.

Frequentou o curso de Agronomia, mudando depois para Direito, que completou em 1957.

Era praticante de Boxe e como pioneiro da caça submarina em Portugal foi co-fundador do CPAS (Centro Português de Actividades Subaquáticas).

A partir de 1955, integra a equipa do jornal Encontro (orgão da JUC – Juventude Universitária Católica), onde publicou os seus primeiros textos literários.

Da segunda metade dos Anos 50 datam textos como "A Morte da Perdiz" (peça radiofónica com colaboração de Pedro TamenNuno Cardoso Peres e Maria Leonor), "O Guardador de Porcos" ou "Guliveira e os Liliputos", título dado por Maria Leonor a uma sátira a Salazar escrita com M. S. LourençoLuís de Sousa Costa e Manuel de Lucena. Pela mesma altura escreveu inúmeras críticas cinematográficas fundando e dirigindo o Cine-Clube "Centro Cultural de Cinema" de 1956-59.

Fez parte do movimento chamado "catolicismo progressista" juntamente com João Bénard da CostaAntónio Alçada Baptista e o referido Pedro Tamen, entre outros, tendo sido co-fundador da revista "O Tempo e o Modo", de que foi colaborador assíduo[1]. Logo, foi militante no MAR (Movimento de Acção Revolucionária), por essa altura aproxima-se das Brigadas Revolucionárias de Isabel do Carmo e Carlos Antunes e trava amizade com Manuel Alegre e começa uma atividade clandestina que visava preparar um atentado contra a Pide[2].

Assinou o argumento e diálogos do filme de Paulo Rocha "Os Verdes Anos", de 1963.

Em 1970 co-assinou com Gérdard Castello LopesFernando Lopes e Augusto Cabrita o documentário "Nacionalidade Português" que abordava a questão da emigração, estreado em Portugal em 1973.

Depois do golpe de Estado do 25 de Abril de 1974, Nuno Bragança junta-se ao teatro A Comuna, onde conhece a sua futura mulher, a atriz Madalena Pestana, com quem terá dois filhos. Nesses anos de ressaca revolucionária, escreve para o Jornal de Letras, apoia a candidatura e o governo de Maria de Lourdes Pintassilgo[2].

Morreu em 1985 com apenas 55 anos, depois de ter sofrido décadas de depressão e de dependência de álcool[3].

A 9 de Junho de 1998 foi agraciado a título póstumo com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.[4]

Em 2008, João Pinto Nogueira realizou o documentário "U Omãi qe Dava Pulus", sobre a vida do escritor.

Obras literárias

  • A Noite e o Riso, 1969
  • Directa, 1977
  • Square Tolstoi, 1981
  • Estação, 1984
  • Do Fim do Mundo, 1990 (póstumo)

Em Fevereiro de 2009 reuniram-se num único volume as 5 obras de Nuno Bragança juntamente com a transcrição da peça radiofónica "A Morte da Perdiz", no livro "Obra Completa. 1969-1985", das publicações Dom Quixote.

Dados genealógicos

Casou primeira vez em Estremoz, em Setembro de 1955, com sua parente Maria Leonor da Fonseca de Matos e Góis Caupers (EstremozSanta Vitória do Ameixial, 30 de Agosto de 1926 - Lisboa, 4 de Agosto de 1969), proveniente duma família de ascendência austríaca 6.ª neta do casamento de João Valentim Caupers, médico da rainha D. Mariana de Áustria, mulher de D. João V de Portugal. Com geração.

Casou segunda vez em Lisboa, a 30 de Junho de 1975 com Maria Madalena Batalha Pestana (SintraMontelavar, 9 de Novembro de 1949-15 de junho de 2020). Com geração.

Ligações externas

Referências

  1.  «Efemérides». Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 15 de Abril de 2014 Texto " O Tempo e o Modo, 50 anos depois " ignorado (ajuda)
  2. ↑ Ir para:a b "Nuno Bragança? Não conheço nenhum escritor com esse nome", por Joana Emídio Marques, Observador, 5 jan 2020
  3.  "Noah é bisneto do escritor Nuno Bragança, aventureiro, aristocrata e revolucionário", por Joana Emídio Marques, Visão, 18.06.2021
  4.  «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Nuno Bragança". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 14 de fevereiro de 2017
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SANTA EULÁLIA DE BARCELONA - 12 DE FEVEREIRO DE 2024

 

Eulália de Barcelona

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Se procura outros significados, veja Santa Eulália.
Santa Eulália de Barcelona
Santa Eulália de Barcelona na Catedral de Barcelona
VirgemMártir
Nascimento290
BarcelonaHispânia (Espanha)
Morte303 (13 anos)
BarcelonaHispânia (Espanha)
Veneração porIgreja CatólicaIgreja Ortodoxa
Beatificação633
Principal temploCatedral de Barcelona, em Barcelona
Festa litúrgica12 de fevereiro na Igreja Católica22 de agosto na Igreja Ortodoxa
AtribuiçõesCruz em forma de X; Estaca e uma pomba
PadroeiroBarcelona, Espanha; marinheiros; invocada contra a seca[1]
 Portal dos Santos

Eulália de Barcelona (finais do século III - inícios do século IV) é uma santa cristã, considerada virgem e mártir, sendo festejada a 22 de agosto pelas Igrejas do Oriente e a 12 de fevereiro pela Igreja Católica. É com frequência confundida com a homônima Santa Eulália de Mérida, cuja hagiografia é semelhante.

Martírio

Por se recusar a abjurar o cristianismo durante a perseguição de Diocleciano, os romanos a submeteram a treze tipos de torturas, incluindo:

  • Colocaram a santa num barril com facas (ou vidro) e o rolaram ladeira abaixo (de acordo com a tradição, a rua hoje chamada de Baixada de Santa Eulália;[2]
  • Cortaram seus seios;
  • A crucificaram numa cruz em forma de X. Ela é muitas vezes representada com esta cruz na arte, o instrumento de seu martírio;
  • Finalmente, ela teria sido decapitada.

Uma pomba voou de seu pescoço após a decapitação e este é um dos pontos de similaridade com a história de Santa Eulália de Mérida, na qual a pomba teria voado da boca da garota no momento de sua morte. Além disso, as torturas de Eulália de Mérida são, por vezes, enumeradas entre os mártires de Barcelona e a história das duas garotas são muito similares, tanto na idade quanto na época em que morreram.

Devoção

Procissão em Hospitalet de Llobregat com Eulália de Barcelona e Roque de Montpellier.

Eulália é comemorada com estátuas e nomes de rua por toda Barcelona.[2] Seu corpo havia sido originalmente enterrado na Igreja de Santa Maria de les Arenes (atual Santa Maria de Mar). Ele foi escondido em 713 durante a conquista omíada da Hispânia e só foi recuperado em 878. Em 1339, ele foi transladado para um sarcófago de alabastro na cripta da recém-construída Catedral de Santa Eulália.[3]

O festival de Santa Eulália é realizado em Barcelona na semana de sua festa litúrgica, em 12 de fevereiro.[4]

Ela também é particularmente venerada na Catalunha e Aragão, bem como no Sul da França (vários municípios catalães e aragoneses e várias comunas do Midi francês são chamadas em sua honra de Santa Eulalia ou Sainte-Eulalie — veja-se sua lista em Santa Eulália).

É a santa padroeira da catedral de Barcelona (a catedral de Santa Eulália), e por conseguinte também da arquidiocese barcelonesa.

Referências

  1.  «St. Eulalia of Barcelona» (em inglês). Catholic Forum. Consultado em 16 de julho de 2012. Arquivado do original em 19 de outubro de 2006
  2. ↑ Ir para:a b Vázquez Montalbán, Manuel (1992). BarcelonasLondon: Verso. p. 42. ISBN 0-86091-353-8
  3.  Santa Maria del Mar Arquivado em 5 de fevereiro de 2006, no Wayback Machine. from New York Times travel guide.
  4.  Festes de Santa Eulàlia from Barcelona municipal website
Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Eulália de Barcelona

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