segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

DIA INTERNACIONAL DA UNICEF - FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA - 11 DE DEZEMBRO DE 2023

 

Fundo das Nações Unidas para a Infância

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Fundo das Nações Unidas para a Infância/
United Nations Children's Fund

Bandeira do Fundo das Nações Unidas para a Infância
TipoAgência da ONU
AcrônimoUNICEF
ComandoCatherine M. Russell
StatusAtiva
Fundação11 de dezembro de 1946 (76 anos)
SedeNova IorqueEstados Unidos
WebsitePágina do UNICEF
OrigemAssembleia Geral das Nações Unidas

Fundo das Nações Unidas para a Infância (mais conhecido pela sigla em inglês UNICEF e originalmente chamado de Fundo de Emergência Internacional para Crianças das Nações Unidas)[1][2] é uma agência das Nações Unidas responsável por fornecer recursos humanitários e de desenvolvimento ajuda a crianças em todo o mundo. A agência está entre as agências de bem-estar social mais difundidas e reconhecidas organizações do mundo, com presença em 192 países e territórios. As atividades do UNICEF incluem o fornecimento de imunizações e prevenção de doenças, administração de tratamento para crianças e mães com HIV, melhoria da nutrição infantil e materna, melhoria do saneamento, promoção da educação e fornecimento de ajuda de emergência em resposta a desastres.[3][4]

O UNICEF é o sucessor do Fundo Internacional de Emergência para Crianças das Nações Unidas, criado em 11 de dezembro de 1946, em Nova York, pela Administração de Reabilitação de Ajuda da ONU para fornecer socorro imediato a crianças e mães afetadas pela Segunda Guerra Mundial. No mesmo ano, a Assembleia Geral da ONU estabeleceu o UNICEF para institucionalizar ainda mais o trabalho de socorro pós-guerra. Em 1950, seu mandato foi estendido para atender às necessidades de longo prazo de crianças e mulheres, particularmente em países em desenvolvimento. Em 1953, a organização tornou-se parte permanente do Sistema das Nações Unidas, e seu nome foi posteriormente alterado para sua forma atual, embora mantenha o acrônimo original.[5][6]

A UNICEF depende inteiramente de contribuições voluntárias de governos e doadores privados. Sua receita total em 2020 foi de US$ 7,2 bilhões; dos quais os parceiros do setor público contribuíram com US$ 5,45 bilhões. É governado por um conselho executivo de 36 membros que estabelece políticas, aprova programas e supervisiona planos administrativos e financeiros. O conselho é formado por representantes do governo eleitos pelo Conselho Econômico e Social das Nações Unidas, geralmente para mandatos de três anos.[7]

Bandeira da UNICEF

Os programas do UNICEF enfatizam o desenvolvimento de serviços comunitários para promover a saúde e o bem-estar das crianças. A maior parte de seu trabalho é no campo, com uma rede que inclui 150 escritórios nos países, sedes e outras instalações e 34 "comitês nacionais" que cumprem sua missão por meio de programas desenvolvidos com os governos anfitriões. Sete escritórios regionais fornecem assistência técnica aos escritórios nos países conforme necessário, enquanto sua Divisão de Suprimentos — com sede nas cidades de Copenhague e Nova York — ajuda a fornecer mais de US$ 3 bilhões em ajuda e serviços críticos.[8]

Em 2018, o UNICEF ajudou no nascimento de 27 milhões de bebês, administrou vacinas pentavalentes a cerca de 65,5 milhões de crianças, forneceu educação para 12 milhões de crianças, tratou quatro milhões de crianças com desnutrição aguda grave e respondeu a 285 emergências humanitárias em 90 países. O UNICEF recebeu reconhecimento por seu trabalho, incluindo o Prêmio Nobel da Paz em 1965, o Prêmio Indira Gandhi em 1989 e o Prêmio Princesa das Astúrias em 2006. Durante a pandemia de COVID-19 de 2020, o UNICEF, juntamente com a Organização Mundial da Saúde e outras agências, publicaram orientações sobre parentalidade saudável.[9][10]

No Brasil

O UNICEF está presente no Brasil desde 1950, apoiando as mais importantes transformações na área da infância e da adolescência no País. Participou das grandes campanhas de imunização e aleitamento materno; da mobilização que resultou na aprovação do artigo 227 da Constituição Federal[11] e na elaboração do Estatuto da Criança e do Adolescente; do movimento pelo acesso universal à educação; dos programas de enfrentamento ao trabalho infantil; entre outros grandes avanços para a garantia dos direitos de meninas e meninos brasileiros.[12]

Em seu programa de cooperação com o governo brasileiro para o período de 2017 a 2021, o UNICEF concentra seus esforços nas meninas e meninos mais vulneráveis e excluídos, com foco especial nas crianças e nos adolescentes que são vítimas de formas extremas de violência. O UNICEF chega a quase 2 000 municípios da Amazônia e do Semiárido e a 17 capitais estaduais, por meio do Selo UNICEF e da Plataforma dos Centros Urbanos.[12]

Referências

  1.  «United Nations Children's Fund | United Nations System Chief Executives Board for Coordination»www.unsystem.org. Consultado em 10 de novembro de 2019
  2.  «UNICEF | Definition, History, & Facts»Encyclopædia Britannica (em inglês). Consultado em 12 de fevereiro de 2020
  3.  Luk Van Wassenhove; Joachim Mikalsen; Charles Delagarde (27 de abril de 2017). «Agility Under Pressure». Insead
  4.  «Where we work»www.unicef.org (em inglês). Consultado em 12 de fevereiro de 2020
  5.  «About UNICEF - FAQ»UNICEF. What does the acronym UNICEF stand for?. Consultado em 4 de abril de 2017
  6.  «Learning from experience: 1946–1979»www.unicef.org (em inglês). Consultado em 12 de fevereiro de 2020
  7.  «UNICEF Integrated Budget 2018-2021» (PDF). 23 de junho de 2017
  8.  «About us»www.unicef.org (em inglês). Consultado em 11 de dezembro de 2022
  9.  «Interim Guidance for COVID-19 Prevention and Control in Schools»unicef.org (em inglês). Consultado em 20 de setembro de 2020
  10.  «UNICEF annual report 2018»www.unicef.org (em inglês). Consultado em 12 de fevereiro de 2020
  11.  www.camara.leg.br/ Constituição Federal - artigo 227
  12. ↑ Ir para:a b «Perguntas frequentes»www.unicef.org. Consultado em 11 de dezembro de 2022

Ligações externas

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Precedido por
Martin Luther King Jr.
Nobel da Paz
1965
Sucedido por
René Cassin

DIA INTERNACIONAL DO TANGO - 11 DE DEZEMBRO DE 2023

 

Tango

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados, veja Tango (desambiguação).
Tango
Um espetáculo de tango em Buenos Aires.
Origens estilísticasPolkaHabaneraMilonga
Contexto culturalPor volta de 1850, nos países da Bacia do Prata (Argentina e Uruguai)
Instrumentos típicosAcordeãoBandoneónpianoviolãoviolino e contrabaixo
PopularidadeMuito popular nas áreas urbanas da Bacia do Prata e na França entre 1890 a 1910.
Formas derivadasMaxixeTango Cayengue
Subgêneros
Tango finlandêsnuevo tangotango argentinotango de salão
Gêneros de fusão
Tango eletrônico
Formas regionais
ArgentinaUruguaiEuropa

tango é um estilo musical e uma dança a par. Tem forma musical binária e compasso de dois por quatro. A coreografia é complexa e as habilidades dos bailarinos são celebradas pelos aficionados. Segundo Discépolo, "o tango é um pensamento triste que se pode dançar".

O tango foi integrado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) na lista representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade em 2009, sendo associado aos estados-membros Argentina e Uruguai.[1]

Origem da música

Sua origem encontra-se na área de Rio da Prata, na América do Sul, nas cidades de Buenos Aires e Montevidéu. A música do tango não tem uma origem muito clara. De acordo com estudos que não dispõem de numerosa documentação, o tango descenderia da habanera e se interpretava nos prostíbulos de Buenos Aires e Montevidéu, nas duas últimas décadas do século XIX, com violinoflauta e violão. Nessa época inicial, era dançado por dois homens, daí o fato dos rostos virados, sem se fitar. Depois, já nos anos 1910, com o sucesso em Paris, foi aceito pela aristocracia platina.[2]

O escritor argentino Jorge Luis Borges afirmou que, por suas características, o tango só poderia ter nascido em Montevidéu ou Buenos Aires. O bandoneón, que atualmente caracteriza o tango, chegou à região do Rio da Prata por volta do ano 1900, nas maletas de imigrantes alemães. Não existem muitas partituras da época, pois os músicos de tango não sabiam escrever a música e, provavelmente, interpretavam sobre a base de melodias já existentes, tanto de habaneras como de polcas.

Origem da dança

O tango nasceu nos subúrbios de Buenos Aires, na Argentina, no final do século XIX (SZEGO, 2007, p. 62).[3]

Etimologia

"Tango" é um termo originário das línguas africanas: inicialmente, designava uma espécie de pequeno tambor africano.[4][5]

Características

O tango mescla o drama, a paixão, a sensualidade, a agressividade, e sempre é totalmente triste. Como dança, é "duro", masculino, sem meneios femininos, a mulher é sempre submissa. O ritmo é sincopado, tem um compasso binário. A síncope é de uma nota tocada no tempo fraco que se prolonga até um tempo forte, o que movimenta a música e desloca a acentuação do ritmo; Na maioria das vezes dançada com uma rosa na boca.

Época de ouro

O tango

Par dança tango
País(es) Argentina
 Uruguai
DomíniosArtes cénicas
Técnicas artesanais tradicionais
Tradições e expressões orais
Usos sociais, rituais e atos festivos
Referência00258
RegiãoLCA
Inscrição2009 (4.ª sessão)
ListaLista Representativa
 

O tango argentino, ou rio-platense, começou a ultrapassar fronteiras já no início do século XX, quando marinheiros franceses levaram, ao seu país natal, o tango do uruguaio Enrique Saborido, La morocha, isso por volta de 1907. Paris se apaixonou pelo tango, uma dança exótica e sensual para os parisienses, o que fez com que muitos artistas argentinos e uruguaios viajassem e até se radicassem na capital francesa.

Os pesquisadores do gênero identificam duas fases de ouro do tango: a primeira, nos anos 1920, quando várias figuras do ambiente artístico de Buenos Aires e Montevidéu, inclusive muitos literatos como José Gonzalez Castillo e Fernán Silva Valdez, canalizaram seus esforços no fomento da música popular rio-platense e, em especial, do tango. Nos anos 1920, cantores como Carlos GardelIgnacio Corsini e Agustín Magaldi, e cantoras como Rosita Quiroga e Azucena Maizani, venderam muitos discos na florescente indústria discográfica argentina e difundiram o tango para fora da Argentina.

Os anos 1940 marcaram a segunda época de ouro do tango, quando novos valores do tango como Aníbal TroiloAstor Piazzolla e Armando Pontier se juntaram a nomes consagrados como Francisco Canaro e Carlos di Sarli, isso sem contar o fenômeno de popularidade que foi Juan D'Arienzo.

O tango foi considerado um Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura[2] em 30 de setembro de 2009, em Dubai.

Existiu também o tango brasileiro, muito em voga no início do século XX no Rio de Janeiro.

Estilo do tango

Dançarinos de tango em Buenos Aires

Há diferentes tendências em seu estilo, como o tango-canção, o tango canyengue, o tango milonga, o tango romanza e o tango jazz. Hoje em dia, é possível até se encontrarem estilos como o tango rock e o electrotango, ou tango eletrônico.

Compositores

Programa internacional (syllabus)Alguns compositores tradicionais do tango:

Programa internacional (syllabus)

O programa padrão de danças utilizado em competições internacionais é chamado de syllabus, sendo a sequência de passos principais e oficiais para um determinado ritmo, escolhidos por uma entidade superior, neste caso a Imperial Society Teachers of Dance (ISTD).[6][7]

Os syllabus dos ritmos são divididos em vários níveis – Bronze, Prata (Silver), Ouro (Gold) – em alguns casos os níveis podem ser divididos em subníveis – por exemplo Bronze 1 (básico), 2 (intermediário), 3 (completo) - que equivalem a um grau de exames.[7] No entanto existem níveis superiores, como o Gold Stars, Imperial Awards, Supreme Award, onde é necessário ter o domínio das cinco danças (latinas ou clássicas).[7]

Sylabus de passos principais e oficiais do tango:[8]

Bronze

Pré-bronze
  1. Walk
  2. Progressive Side Step
  3. Progressive Link
  4. Closed Promenade
  5. Rock Turn
  6. Open Reverse Turn, Partner Outside
  7. Back Corté
BRONZE
  1. Open Reverse Turn, Partner in Line
  2. Progressive Side Step Reverse Turn
  3. Open Promenade
  4. LF and RF Rocks
  5. Natural Twist Turn
  6. Natural Promenade Turn

Prata

  1. Promenade Link
  2. Four Step
  3. Back Open Promenade
  4. Outside Swivels
  5. Fallaway Promenade
  6. Four Step Change
  7. Brush Tap

Ouro

  1. Fallaway Four Step
  2. Oversway
  3. Basic Reverse Turn
  4. The Chase
  5. Fallaway Reverse and Slip Pivot
  6. Five Step
  7. Contra Check

Notas e referências

  1.  UNESCO. «El tango». Consultado em 21 de janeiro de 2019
  2. ↑ Ir para:a b Tango Conf. Marcelo Copello - Revista Gosto Nº7 Fev. 2010 - Editora Isabella
  3.  SZEGO, Thais. Entre na dança. Revista Saúde! é vital. Março, 2007, pp. 62-64.
  4.  CUNHA, A. G. Dicionário etimológico Nova Fronteira da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1996. p. 754.
  5.  FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 647
  6.  MOORE, Alex (2021). Ballroom Technique. ASSIN: B000PH46KI. [S.l.]: Routledge. ISBN 9780367545338OCLC 1289243761Resumo divulgativo – Worldcat
  7. ↑ Ir para:a b c Capela, João (26 de outubro de 2012). «Syllabus da Valsa Inglesa Internacional - Passos da Valsa Inglesa»Academia João Capela - Escola de Dança em Barcelos. Consultado em 22 de dezembro de 2022
  8.  Capela, João (2 de novembro de 2012). «Syllabus do Tango Internacional - Passos do Tango»Academia João Capela - Escola de Dança em Barcelos. Consultado em 22 de dezembro de 2022
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