domingo, 3 de dezembro de 2023

DIA INTERNACIONAL DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA - 3 DE DEZEMBRO DE 2023

 

Deficiência

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Pessoas com deficiência)
Símbolo Internacional de Acesso a Pessoa com Deficiência Física

Deficiência é o termo usado para definir a ausência ou a disfunção de uma estrutura psíquicafisiológica ou anatômica. Diz respeito à atividade exercida pela biologia da pessoa. Este conceito foi definido pela Organização Mundial de Saúde. A expressão pessoa com deficiência pode ser aplicada referindo-se a qualquer pessoa que tenha impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial. Contudo, há que se observar que em contextos legais ela é utilizada de uma forma mais restrita e refere-se a pessoas que estão sob o amparo de uma determinada legislação.

Um aparelho operado com a mão num veículo de câmbio automático permite às pessoas com limitações nas pernas dirigir com normalidade.

O termo deficiente para denominar pessoas com deficiência tem sido considerado por algumas ONGs e cientistas sociais inadequado, pois o termo leva consigo uma carga negativa depreciativa da pessoa, fato que foi ao longo dos anos se tornando cada vez mais rejeitado pelos especialistas da área e em especial pelos próprios indivíduos a quem se refira. Assim, em alguns contextos, tem sido proposto o termo diversidade funcional, enquanto todas as pessoas precisam de ajuda em algum momento de suas vidas, especialmente na infância e na velhice.[1] Muitos, entretanto, consideram que essa tendência politicamente correta tende a levar as pessoas com deficiência a uma negação de sua própria situação e a sociedade ao não respeito da diferença. Atualmente, porém, esta palavra está voltando a ser utilizada,[carece de fontes] visto que a rejeição do termo, por si só, caracteriza um preconceito de estigmatização contra a condição do indivíduo revertida pelo uso de um eufemismo, o que pode ser observado em sites voltados aos "deficientes" é que o termo deficiente é utilizado de maneira não-pejorativa.[carece de fontes]

Capacitismo, é o termo designado para definir quando há discriminação e preconceito contra pessoas com qualquer tipo de deficiência. Cripface (termo é muito utilizado nos EUA, porém, no Brasil, pouco se escreveu sobre ele. Em fatos, existem apenas duas citações deste termo na imprensa nacional, até o momento[2][3] ), é o termo designado para definir quando uma pessoa sem deficiência representa uma pessoa com deficiência em alguma obra teatral, televisiva, cinematográfica, etc.

A pessoa com deficiência geralmente precisa de atendimento especializado, seja para fins terapêuticos, como fisioterapia ou estimulação motora, seja para que possa aprender a lidar com a deficiência e a desenvolver as potencialidades. A educação especial tem sido uma das áreas que tem desenvolvido estudos científicos para melhor atender estas pessoas, no entanto, o que inclui pessoas com deficiência além das necessidades comportamentais, emocionais, ocupacionais e sociais.

Desde a Declaração de Salamanca, surgiu o termo necessidades educativas especiais, que veio a substituir o termo criança especial, anteriormente utilizado em educação para designar a criança com deficiência. Porém, este novo termo não refere-se apenas à pessoa com deficiência, pois engloba toda e qualquer necessidade considerada atípica e que demande algum tipo de abordagem específica por parte das instituições, seja de ordem comportamental, seja social, ocupacional, física, emocional ou familiar.

Convenção da Deficiência

Um acordo foi celebrado em 25 de agosto de 2006 em Nova Iorque, por diversos Estados em uma convenção preliminar das Nações Unidas sobre os direitos da pessoa com deficiência, o qual realça, no artigo 24, a educação inclusiva como um direito de todos. O artigo foi substancialmente revisado e fortalecido durante as negociações que começaram há cinco anos. Em estágio avançado das negociações, a opção de educação especial (segregada do ensino regular) foi removida da convenção, e entre 14 e 25 agosto de 2006, esforços perduraram até os últimos dias para remover outro texto que poderia justificar a segregação de estudantes com deficiência. Após longas negociações, o objetivo da inclusão plena foi finalmente alcançado e a nova redação do parágrafo 2 do artigo 24 foi definida sem objeção. Cerca de sessenta delegações de Estado e a Liga Internacional da Deficiência (International Disability Caucus), que representa cerca de 70 organizações não governamentais (ONGs), apoiaram uma emenda proposta pelo Panamá que obriga os governos a assegurar que: as medidas efetivas de apoio individualizado sejam garantidas nos estabelecimentos que priorizam o desenvolvimento acadêmico e social, em sintonia com o objetivo da inclusão plena.

A Convenção preliminar antecede a assembleia geral da ONU para sua adoção, que se realizará no final deste ano. A convenção estará então aberta para assinatura e ratificação por todos os países membros, necessitando de 20 ratificações para ser validada. A Convenção da Deficiência é o primeiro tratado dos direitos humanos do Século XXI e é amplamente reconhecida como tendo uma participação da sociedade civil sem precedentes na história, particularmente de organizações de pessoas com deficiência.

Elementos do artigo 24 na instrução do esboço

  • Nenhuma exclusão do sistema de ensino regular por motivo de deficiência;
  • Acesso para estudantes com deficiência à educação inclusiva na sua comunidade local;
  • Acomodação razoável das exigências individuais;
  • O suporte necessário dentro do sistema de ensino regular para possibilitar a aprendizagem.

CIF

A Organização Mundial de Saúde vem desenvolvendo a CIF - Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde cuja versão para crianças e jovens (ICF-CY) foi lançada pela OMS em Outubro de 2007,[4] em Veneza e encontra-se disponível no Centro Colaborador da Organização Mundial de Saúde para a Classificação Internacional de Doenças em Português, ou Centro Brasileiro de Classificação de Doenças – CBCD, como passou a ser conhecido, criado em 1976.[5]

Histórico da Deficiência no Brasil

A deficiência no Brasil foi tratada de várias maneiras no decorrer da história sobre um viés da Cultura Pública. No início, nas populações indígenas, as crianças com alguma deficiência física eram abandonadas e excluídas do convívio social. Entre a população negra que era escravizada no País, a deficiência física e sensorial eram decorridas dos inúmeros castigos físicos aplicados nas fazendas de café e engenhos de cana-de-açúcar. No século XIX, deficiências tornaram-se mais recorrentes por causa dos conflitos militares.

Segundo Vimieiro e Maia (2011) no século XX, principalmente, no período que compreende os anos de 1960 a 1984, a educação, saúde e trabalho eram tidas como as alternativas da época para a questão da deficiência, possuindo um caráter integrativo. A educação era utilizada para que essas pessoas "se educassem para parecerem normais" e o trabalho seria uma forma de voltarem à produtividade.[6] Por outro lado, nos anos pós-1984, a temática entra na perspectiva do direito, remetendo a um caráter de inclusão.[7]

Flávia Piovesan delimita quatro estágios na construção dos direitos humanos da pessoa com deficiência[8]:

Num primeiro estágio de total intolerância tais pessoas eram consideradas impuras, castigadas pelos deuses. Platão em “A República” e Aristóteles em “A Política” fazem referência à eliminação de crianças nascidas com deformidades, seja por abandono seja atirando-as da cadeia montanhosa de Tygetos na Grécia. Famosa foi a cidade grega de Esparta, onde no reinado de Leônidas, os guerreiros deveriam ser perfeitos para defender suas fronteiras, sendo sumariamente executadas as crianças nascidas com qualquer tipo de deficiência[8].

O segundo estágio foi o da invisibilidade. As pessoas eram colocadas em guetos, separadas do resto da humanidade. Como exemplo desta fase tem-se os relatos bíblicos dos leprosos, considerados impuros e segregados por toda a sociedade. Salienta-se a importância da doutrina cristã, principalmente do novo testamento. Com a descrição dos milagres e curas a pessoa com deficiência foi trazida para o centro das atenções. Os preceitos do amor ao próximo, do acolhimento e da universalidade dos direitos humanos foram importantes passos para dar novo enforque a pessoa com deficiência na sociedade[8].

O terceiro estágio, talvez o mais vivenciado no Brasil, foi o assistencialismo, marcada pelos avanços da medicina e a tentativa de curar qualquer limitação. O indivíduo seria o "portador de uma enfermidade" e deveria receber a ajuda assistencial por parte da sociedade, enquanto não houvesse a cura para a sua "doença" (na realidade, deficiência).[8].

A fase atual tem foco nos direitos humanos e na inclusão da pessoa com deficiência de maneira plena em todas os âmbitos sociais. Quem deve ser tratada agora, em que pese a extrema importância da continuidade das pesquisas cientificas que visam minorar limitações, é a sociedade. A deficiência, na expressão pejorativa da palavra, não está mais centrada na pessoa, mas sim na sociedade que tem profundas dificuldades de lidar com as diferenças, com qualquer pessoa que destoe dos padrões vigentes[8].

Ver também

Referências

  1.  Diversidade funcional: a diferença e o histórico modelo de homem-padrão. História, Ciências, Saúde-Manguinhos. 2009
  2.  «'Como eu era antes de você' é criticado por deficientes físicos»Cinema. 6 de junho de 2016
  3.  «Novo filme de Alec Baldwin é rechaçado por grupo de advogados por usar 'cripface'»A Gambiarra. 10 de julho de 2017
  4.  International Classification of Functioning, Disability and Health (ICF) na OMS
  5.  Centro Brasileiro de Classificação de Doenças - Consultado em 30 de julho de 2017
  6.  «trabajo para discapacitados». Consultado em 21 de março de 2019
  7.  VIMIEIRO; MAIA, A.C; R. «Enquadramentos da mídia e o processo de aprendizado social: transformações na cultura pública sobre o tema da deficiência de 1960 a 2008.»Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação. Consultado em 7 de julho de 2016. Arquivado do original em 16 de agosto de 2016
  8. ↑ Ir para:a b c d e Araujo, Elizabeth Alice Barbosa Silva de; Ferraz, Fernando Basto (2010). «O CONCEITO DE PESSOA COM DEFICIENCIA E SEU IMPACTO NAS AÇÕES AFIRMATIVAS BRASILEIRAS NO MERCADO DE TRABALHO» (PDF). Fortaleza: XIX Encontro Nacional do CONPEDI. XIX Encontro Nacional do CONPEDI. Consultado em 5 de dezembro de 2021

Ligações externas

Commons
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ANTÓNIO VARIAÇÕES - CANTOR - NASCEU EM 1944 - 3 DE DEZEMBRO DE 2023

 


António Variações

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
António Variações
Mural a António Variações na Escola de Palmeira, Braga
Informação geral
Nome completoAntónio Joaquim Rodrigues Ribeiro
Nascimento3 de dezembro de 1944
OrigemPilar, FiscalAmares
PaísPortugal Portugal
Morte13 de junho de 1984 (39 anos)
Local de morteLisboa
Género(s)RockPopBluesFadoNew Romantic
Instrumento(s)Voz
Período em actividade1978 - 1984

António Joaquim Rodrigues Ribeiro, conhecido por António Variações ComIH (AmaresFiscal, Pilar, 3 de dezembro de 1944[nota 1] - LisboaSão Domingos de Benfica13 de junho de 1984), foi um cantor e compositor português do início dos anos 1980.[1] A sua curta discografia continuou a influenciar a música portuguesa nas décadas posteriores à sua precoce morte, aos 39 anos, deixando assim um legado para os tempos vindouros.

Biografia

António Ribeiro nasceu no lugar de Pilar, freguesia de Fiscal, no concelho de Amares. Filho dos camponeses Jaime Ribeiro e sua mulher Deolinda de Jesus Rodrigues, Tonito, como a mãe lhe chamava, tinha onze irmãos e irmãs, embora dois deles tenham falecido muito cedo. A sua infância foi dividida entre os estudos e o trabalho no campo, para ajudar os pais. Jaime tocava cavaquinho e acordeão e foi a primeira inspiração de Variações, que desde cedo revelou a sua paixão pela música nas romarias e no folclore locais.

Aos onze anos, teve o seu primeiro emprego, em Caldelas, e em Janeiro de 1956 partiu para Lisboa. Aí, trabalhou como marçano, enquanto à noite tirava o curso comercial na Voz do Operário. Trabalhará depois como caixeiro e empregado de escritório.

Seguiu-se o serviço militar em Angola, numa zona pacífica, do qual regressou em Janeiro de 1970, tendo então conhecido Fernando Ataíde, cabeleireiro no centro de beleza Ayer, onde trabalhou. Viajou até Londres, onde viviam um irmão e uma irmã, e trabalhou num “colégio de computadores”. Em 1972 regressou a Lisboa, tendo ido viver com Fernando Ataíde. Em 1974, pouco antes do 25 de Abril, foi até Amesterdão, tendo ali ficado um ano, a trabalhar como cabeleireiro, e a desenvolver a sua técnica de corte. Gostou muito de lá estar e sentiu-se liberto e consciente do caminho a seguir. Em 1976 juntou-se à equipa do primeiro salão unissexo que abriu em Portugal, dirigido por Isabel Queiroz do Vale. Em meados de 1979, abriu a sua própria barbearia, É Pró Menino e Prá Menina, na Rua de São José.

Busto de António Variações em Fiscal, Amares, da autoria do escultor Arlindo Fagundes.

Entretanto, deu igualmente início aos espectáculos com o grupo Variações, atraindo rapidamente as atenções. Por um lado, o seu visual excêntrico não passava despercebido e, por outro, o seu estilo musical combinava vários géneros, como o rock, o pop, os blues ou o fado. Em 1978, apresentou-se à editora Valentim de Carvalho e assinou contrato.

discoteca Trumps ou o Rock Rendez-Vous foram os locais onde Variações se apresentou ao público. Em 1981, sem ter até aí editado qualquer música, participou no programa de televisão de Júlio IsidroO Passeio dos Alegres, tendo cantado o tema Toma um comprimido, com uma encenação muito extravagante. A sua música e o seu estilo próprio e inconfundível fizeram com que depressa alcançasse uma fama razoável.

Editou o primeiro single com os temas Povo que Lavas no Rio de Amália Rodrigues (a sua maior referência), e Estou Além. De seguida, gravou o seu primeiro LPAnjo da Guarda com dez faixas, todas de sua autoria, onde se destacaram os êxitos É p´ra Amanhã e O Corpo É que Paga.

Em 1984 lançou o seu segundo trabalho, intitulado Dar e Receber, sendo a parte instrumental assegurada por alguns elementos da banda Heróis do Mar. Era Fevereiro e, dois meses depois, a 22 de Abril, Variações daria um concerto, na aldeia de Viatodosconcelho de Barcelos, durante as festas da "Isabelinha". Depois disso, aparece pela última vez em público no programa televisivo "A Festa Continua" de Júlio Isidro. Será a única interpretação no pequeno ecrã das faixas do novo disco, usando o mesmo pijama com ursinhos e coelhinhos que usou na sua primeira aparição televisiva. Variações cantou na Queima das Fitas de Coimbra de 1984, no dia 17 de Maio, na Noite da Psicologia, já gravemente doente, sendo que os seus amigos e familiares deixaram de receber notícias do cantor, que ficou hospedado por alguns dias em casa do seu amigo Ataíde até ter sido levado para o Hospital Pulido Valente, no dia 18 de Maio devido a um problema brônquico-asmático.

Quando Canção de Engate invadiu as rádios, já António Variações se encontrava internado no hospital. Transferido para a Clínica da Cruz Vermelha, morreu às 6h30 de 13 de Junho, vítima de uma broncopneumonia grave, decorrente de SIDA, segundo declaração posterior da sua agente artística da época.[2] Foi sepultado no cemitério da terra natal, em Fiscal, Amares.

Vinte anos após a sua morte, em Dezembro de 2004, foi lançado um álbum em sua homenagem, com canções da sua autoria que nunca tinham sido editadas; sete conhecidos músicos portugueses formaram a banda Humanos e gravaram 12 músicas seleccionadas de um conjunto de cassetes "perdidas" no património de Variações administrado pelo irmão, Jaime Ribeiro.

Em entrevista, António Variações explicou o nome escolhido: "Variações é uma palavra que sugere elasticidade, liberdade. E é exactamente isso que eu sou e que faço no campo da música. Aquilo que canto é heterogéneo. Não quero enveredar por um estilo. Não sou limitado. Tenho a preocupação de fazer coisas de vários estilos."[3]

Vida pessoal

Apesar da sua imagem excêntrica, Variações era um homem tímido, simples e afável. Era de baixa estatura, 1,60 m, mas atlético, praticava diariamente cultura física e natação. Gostava de boa comida portuguesa: filetes com arroz, por exemplo. Não bebia álcool, nem fumava, nem se drogava. «A única compulsão era o sexo, que vivia de forma intensa, feroz, muitas vezes emocionalmente desligado. É a “aventura dos sentidos”, de que a sua Canção do Engate é paradigmática.» — escreve Manuela Gonzaga num artigo.[4] Variações viveu alguns anos com Fernando Ataíde (falecido em 1985) e no final com Jelle Balder, actor holandês.[5]

Homenagens

Biografia de António Variações publicada em livro.

Ao longo dos anos têm sido várias as homenagens a título póstumo a António Variações, além do busto colocado em Fiscal, a sua terra natal, na toponímia; desde 1998, António Variações encontra-se perpetuado na cidade de Lisboa, numa rua localizada na actual freguesia do Parque das Nações[6], também em Amares o artista é homenageado, dando o seu nome a uma rua da freguesia de Ferreiros, ainda em Fiscal, o nome do conhecido filho da terra, é a designação da principal artéria da freguesia, a Avenida António Variações.

Dia 31 de Maio de 2014, o Palco Mundo do Rock in Rio Lisboa, abriu com uma homenagem a António Variações. Os músicos que participam nesta homenagem foram: Linda MartiniGisela JoãoRui Pregal da Cunha e Deolinda, recordando os 30 anos de morte do cantor e compositor que marcou a história da música portuguesa. A direção artística esteve a cargo do cantor e compositor Zé Ricardo e teve planeamento do jornalista Nuno Galopim. A elaboração do espetáculo foi acompanhada pela família do cantor.

Segundo o músico Zé Ricardo, Director Artístico desta homenagem; “ A influência da música de Variações perdura até aos dias de hoje, e ele continua a ser recordado, com carinho, por todos os portugueses, como uma figura excêntrica que criou um estilo de música muito próprio.”[7]

Em 2014, por ocasião dos trinta anos após a sua morte e 70 do seu nascimento, a Banda Filarmónica de Idanha-a-Nova prestou tributo a António Variações, o evento contou com a contribuição da família do artista, e a participação de Lena D'Água.

O tributo teve a participação de cerca de 90 intervenientes, entre os quais, estiveram os músicos da Filarmónica Idanhense que foram acompanhados vocalmente por Jaime Ribeiro e Luís Ribeiro (irmãos de António Variações), Jaime Rafael Ribeiro (sobrinho), Lena D'Água, (amiga pessoal e colega) e Rui Aziago, também cantor.[8]

Em 2019, ano em que o cantor celebraria os 75 anos de vida, assinalaram-se várias iniciativas de celebração.

A 29 de junho, num palco instalado nos jardins da Torre de Belém, o espetáculo "António & Variações" encerrou o programa das Festas de Lisboa. Acompanhados pela Orquestra Metropolitana de Lisboa, subiram ao palco Ana BacalhauConan Osiris, Lena d´Água, Manuela Azevedo, Paulo Bragança e Selma Uamusse, para interpretarem 24 temas de António Variações. O concerto teve direção artística de Luís Varatojo, orquestrações de Filipe Melo, Filipe Raposo e Pedro Moreira e contou ainda com a participação do coro Gospel Collective e do acordeonista João Gentil.

A 22 de agosto estreou o filme Variações, com realização e argumento de João Maia, com Sérgio Praia a encarnar o personagem.[9][10].

A 23 de agosto foi lançada a banda sonora do filme, um disco de 10 temas de António Variações com arranjos de Armando Teixeira.

Em 17 de novembro de 2020, o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa condecorou, no Palácio de Belém, António Variações, a título póstumo, com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, por alvará de 8 de novembro de 2019.[11][12]

Em 2023 foi anunciado que a escola primária de Fiscal, onde António Variações estudou nos anos 50, vai ser transformada num centro interpretativo em homenagem ao cantor. A obra estará concluída em 2025.[13]

Discografia

Singles

  • 1982 - Povo que lavas no rio/Estou além
  • 1983 - É p'ra amanhã…/Quando fala um português…
  • 1997 - Canção de engate [Póstumo]
  • 1997 - O corpo é que paga (remistura de Nuno Miguel) [Póstumo]
  • 1998 - Minha cara sem fronteiras - entre Braga e Nova Iorque [Póstumo]

Maxi-singles

  • 1982 - Povo que lavas no rio/Estou além
  • 1983 - É p'ra amanhã…/Dar e receber (promo)

Álbuns

  • 1983 - Anjo da guarda
  • 1984 - Dar & Receber
  • 1998 - Anjo da guarda [Póstumo. Remasterizado, inclui faixa extra "Povo que lavas no rio"]
  • 2000 - Dar & receber [Póstumo. Remasterizado, inclui três versões (duas remisturas) do inédito "Minha cara sem fronteiras"]

Compilações

  • 1997 - O melhor de António Variações [Compilação/best-of]
  • 2006 - A história de António Variações - entre Braga e Nova Iorque [Compilação. Inclui temas inéditos]

Versões

CançõesAutores
Anjo da GuardaRAMP (2005); André Sardet (2008)
CançãoOcto Records - Nyvs Edit (2023)
Canção de EngateDelfins (1987); Tayti (2008); Ar de Rock (2010); Tiago Bettencourt (2012); Madalena Trabuco (adaptação em francês – Se Donner, 2015); Phill Kay (adaptação em inglês - The Coupling Song, 2015); Filipe Catto (2017); União das Tribos com Miguel Ângelo (2017); The Beheaded (2017); Starshine and the Everlost (2019); Zeca Baleiro (2020); Almanave (2020); Digital Ghost (2020)
Dar e ReceberMDA (1996); Funkoffandfly (2004)
Deolinda de JesusIsabel Silvestre (1997)
É P’ra AmanhãTim (2012)
Estou AlémLena D’Água (1987); Amarguinhas (1995); IRIS (1995); MDA (1996); Donna Maria (2004); Laura Wrona (2016)
O Corpo É Que PagaTayti (2011); Judge Rui Flip (2019)
Toma o ComprimidoTV Rural (2012)
Visões Ficções (Nostradamus)Dead Combo & Márcia (2013); DaFonseca (2021)
Voz, Amália de NósLina e Raül Refree (2020)

Álbuns

  • 1994 - Variações - As canções de António [álbum tributo]
  • 2019 - Variações (banda sonora do filme com o mesmo nome, com orquestrações de Armando Teixeira)

Inéditos gravados por outros músicos

Álbuns

  • 1989 - Lena d'Água - Tu Aqui [inclui 5 inéditos de Variações]
  • 2004 - Humanos - Humanos [12 inéditos de Variações, 4 deles já gravados por Lena D’Água]
  • 2006 - Humanos - Humanos ao Vivo [formato CD com dois DVD, letras e músicas por António Variações]

Canções

  • 2014 - Parei na Madrugada - OqueStrada
  • 2016 - Ao passar por Braga abaixo - Telmo Pires
  • 2019 - Quero das nas vistas - Sérgio Praia & Armando Teixeira [banda sonora do filme Variações]
  • 2022 - Guerra Nuclear - Marisa Liz
  • 2022 - Quero é Viver (estreada pelos Humanos) - Sara Correia

Bibliografia

  • GONZAGA, Manuela, António Variações: Entre Braga e Nova Iorque. Lisboa: Âncora, 2006. ISBN 972-780-174-9./ 2ª edição, Lisboa: Bertrand, 2018. ISBN 978-972-25-3386-7.
  • MARQUES, Paulo, António Variações: Um Homem Além do Tempo. Lisboa: Parceria A.M. Pereira, 2008. ISBN 978-972-8645-48-9.
  • LIMA, Daniel (banda desenhada), António Variações. Coleção "BD Pop*Rock Português", A Bela e o Monstro, Edições Lda., 2011. ISBN 978-989-8508-05-8.
  • HORTA, Bruno (texto); SOARES Helena (ilustração), António Variações - Uma Biografia. Lisboa: Suma de Letras, 2020. ISBN 9789896659325.
  • PINTO, Teresa Couto (fotografias); GONZAGA, Manuela (texto), António Variações. Lisboa: Oficina do Livro, 2020. ISBN 9789896608088.
  • SANTOS, Inês Fonseca (texto) MANTRASTE (ilustrações), António Variações - Fora de Tom, Coleção Grandes Vidas Portuguesas, INCM/Pato Lógico, 2021, ISBN 9789722729048.

Filmes

  • O Bôbo (1987) [1]
  • Variações (2019) [2]

Ver também

Notas

  1.  Registado como tendo nascido a 6 de Janeiro de 1945.

Referências

  1.  António Variações. no IMDb.
  2.  Maria João Rocha (1 de dezembro de 1996). «Variações». arquivos.rtp.pt. Consultado em 13 de agosto de 2023
  3.  MP2000:. «A origem dos nomes»SAPO. Mp2000.no.sapo.pt. Consultado em 12 de Maio de 2013. Arquivado do original em 21 de janeiro de 2011
  4.  Manuela Gonzaga (21 de setembro de 2019). «António Variações: história de uma vida curta mas cheia». visao.pt. Consultado em 13 de agosto de 2023
  5.  Elsa Garcia. «Entrevista a João Maia – Variações "A voz era o seu instrumento"». david-golias.com. Consultado em 13 de agosto de 2023
  6.  Núcleo de Toponímia da C.M. de Lisboa:. «Na véspera de Santo António, a Rua de Variações»Toponímia de Lisboa. toponimialisboa.wordpress.com. Consultado em 5 de dezembro de 2015
  7.  RFM:. «ROCK IN RIO LISBOA 2014 - ANTONIO VARIAÇÕES»SAPO. rfm.sapo.pt. Consultado em 11 de Dezembro de 2015
  8.  blitz:. «Filarmónica de Idanha homenageia António Variações»SAPO. blitz.sapo.pt. Consultado em 5 de Dezembro de 2015[ligação inativa]
  9.  Group, Global Media (17 de julho de 2018). «▶ Vídeo: Variações, o homem cheio de mundos que foi ″a metáfora de uma época″»TSF Rádio Notícias
  10.  «Vem aí um filme sobre a vida e obra de António Variações»Magg
  11.  «Marcelo condecorou António Variações a título póstumo»
  12.  «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "António Joaquim Rodrigues Ribeiro". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 20 de novembro de 2020
  13.  «Amares: Escola onde Variações aprendeu a escrever vai ser museu em sua homenagem»

Ligações externas

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