segunda-feira, 11 de setembro de 2023

DIA NACIONAL DO BOMBEIRO - 11 DE SETEMBRO DE 2023

 

Bombeiro voluntário

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Bombeiro Voluntário é a pessoa que, embora tenha recebido treinamento de bombeiro, não exerce esta atividade como profissão, fazendo-a sem remuneração por escolha própria. Por isso são chamados de voluntários e não bombeiros comunitários pois no trabalho comunitário, apesar de também ser feito sem remuneração, seu treinamento é realizado dentro de um programa instituído por uma Organização de Bombeiro Militar, sob a tutela do Estado, seguindo também uma hierarquia militar. Seguindo em suas funções e hierarquia sob a édige de um Regimento Interno.

História

Embora atualmente transcendam a atividade de combate e prevenção de incêndios, atuando também em diversas ações de busca, resgate e salvamento, bem como ações de defesa civil o serviço de bombeiros teve sua origem quando o homem primitivo abandonou as cavernas e passou a formar pequenos núcleos de população, levando consigo o fogo para trazer-lhe segurança, e bem-estar. Contudo o homem passou também a ter que se prevenir ou realizar ações de emergência, pois às vezes o fogo voltava-se contra ele. Dessa forma, o homem primitivo teve de regular o uso do fogo, inclusive tendo de estabelecer vigilância sobre o povoado enquanto se ausentava para buscar alimentos.[1] Tal serviço de vigilância não era remunerado, nem tampouco ligado a qualquer organização, mas decorria da necessidade de todos, dessa forma, pode-se estabelecer que os primeiros a desempenhar funções de serviço de incêndios foram voluntários.

Com o passar dos anos o serviço foi sendo aperfeiçoado conforme novos incêndios iam acontecendo, até que em 22. a.C um grande incêndio devastou a capital do Império Romano levando o Imperador César Augusto a criar um grupo pessoas que seriam responsáveis pela segurança de Roma, os "vigiles" sendo este considerado o primeiro corpo de bombeiros a ser criado[2].

No mundo (não lusófono)

Mais de 90% do serviço de Bombeiro no mundo é civil, maior parte voluntária [carece de fontes]

Alemanha

A grande maioria dos bombeiros alemães são voluntários. Existem cerca de 1,041,978 bombeiros voluntários espalhados em mais de 24 mil volunteer fire departments em toda a Alemanha.

Canada

Segundo a CVFSA existem cerca de 85 mil bombeiros (homens e mulheres) voluntários espalhados em 3 mil volunteer fire departments no Canadá. Voluntários são mais comuns em áreas rurais e remotas do pais.

Chile

Todos os bombeiros do Chile são voluntários. Todos os 40 mil voluntários chilenos têm emprego regular ou são estudantes, 4 mil são mulheres. Há também idosos aposentados que ainda combatem incêndios ou ajudam em questões administrativas. Meninos de até 12 anos podem começar a treinar em brigadas mirins para se tornar plenos Bombeiros ao completar 18 anos. No Chile, país onde foi registado o maior tremor de terra do planeta, com 9,5 graus, 100% dos bombeiros são voluntários e mesmo assim o país tem cerca de 2,2 bombeiros para cada mil habitantes, enquanto no Brasil a proporção é de 0,5 bombeiro para cada mil habitantes.[3]

Estados Unidos

Voluntários compreendem 70% dos bombeiros nos Estados Unidos que somam 1.103.300. Do total de 30.125 Estações de Incêndio do país, 20.480 são totalmente voluntárias.

As comunidades atendidas por bombeiros voluntários dependem destes para atender grande variedade de situações de emergência todos os dias, incluindo incêndios, atendimentos médicos de emergência, ataques terroristas, desastres naturais, HAZMAT, salvamentos na água, emergências em alturas e em espaços confinados e os demais serviços próprios de Bombeiros. Os EUA têm uma das taxas mais elevadas de incêndios com morte no mundo industrializado, com 12,4 mortes por milhão de habitantes em 2007.

Japão

O Japão possui 3.598 Corpos de Bombeiros Voluntários (em japonês: 消防 団) abrigando 920 mil bombeiros voluntários e 155 mil bombeiros profissionais. O Serviço de Combate a Incêndio do Japão foi fundado em 1629 durante a era Edo, e foi chamado Hikeshi (em japonês:. 火消し).

Rússia

A Rússia, país de dimensões continentais com clima completo e assolado por constantes desastres naturais como terremotos e incêndios florestais utiliza largamente os Bombeiros Voluntários em apoio as atividades de emergências.

Portugal

Ver artigo principal: Bombeiros de Portugal

Os Corpos de Bombeiros Voluntários estão espalhados por praticamente todas as cidades e  municípios de Portugal, sendo responsáveis pela grande maioria das operações de socorro no país.

Em Portugal mais de 90% dos 30 mil bombeiros portugueses são voluntários. Estima-se que as associações de bombeiros voluntários surgiram em Portugal há 650 anos. A Liga dos Bombeiros Portugueses declarou em 2016 que o orçamento do Estado para bombeiros é insuficiente para manter corpos de bombeiros profissionais e que, com o orçamento atual, não daria para manter sequer dois deles.[4]

No Brasil

No Brasil o serviço de bombeiros é exercido em grande maioria das vezes por meio de Corpos de Bombeiros Militares ligados ou não às respectivas polícias militares dos estados ou do Distrito Federal, contudo apenas 14% dos 5.570 municípios tem Corpos de Bombeiros Militares [5] com isso algumas cidades optaram pelo serviço de Bombeiros Civis Profissionais ou Voluntários.

O serviço de bombeiro mais conhecido é o militarizado. Porém também existe o brigadista, empregado em locais de público/grandes empresas, que participa de atendimento público como voluntário ou contratado, ou ainda como funcionário municipal. Menos de 350 cidades possuem bombeiros militares empregados, sendo que existem mais de 5.500 municípios no país. A solução, principalmente na região sul do País, tem sido os bombeiros civis, que atuam como voluntários em ONGs. Os projetos de bombeiros comunitários, com parceria entre o Corpo de Bombeiros Militar e os Municípios, cria as condições necessárias para a efetivação do serviço. O projeto se destina aos municípios que possuem índice menor de ocorrências, para dar primeira resposta no combate a incêndio à população destes municípios. Para ser bombeiro voluntário se faz necessário procurar um Corpo de Voluntários e submeter-se a treinamento básico para o desempenho das atividades.

Em São Paulo

Apesar de São Paulo possuir a melhor legislação de prevenção de incêndios do país[6] e de seus bombeiros estarem constantemente entre os melhores, é um estado com poucas unidades de Bombeiro Civil Profissional ou Voluntário.[carece de fontes]

Em São Paulo as associações do Sistema GBCV[7] representam a maior parte das unidades oficialmente instaladas para serviço de Bombeiros Civis Voluntários. O sistema foi fundado em 2012 e permanece em atividade nas unidades:

  • CBCV - Osasco - Instituto de Bombeiros Voluntários do Estado de São Paulo
  • GBCV Várzea Paulista;
  • GBCV Campo Limpo paulista;
  • GBCV Baixa Mogiana;
  • GBCV Alta Sorocabana.

No Espírito Santo

Os Bombeiros Voluntários de Santa Maria de Jetibá, há mais de uma década, exercem atividades de prestação de serviço à comunidade local e às cidades vizinhas.

No Sul do Brasil

Bombeiros Voluntários de Ipumirim
Bombeiros Voluntários de Irani

A Associação Sul Brasileira de Socorristas e Bombeiros Voluntários, atua como uma organização não governamental associativa que reúne diversas organizações de socorristas e bombeiros voluntários, promovendo ações no desenvolvimento deste serviço voluntário no Brasil e no mundo e atuando também em situações de calamidade e catástrofes em parceria com diversas outras organizações e países, promovendo ações voluntárias na área de emergência, através de uma Aliança Internacional de Equipes de Resgate e Ajuda Humanitária, unindo esforços diante de uma situação de calamidade ou catástrofe.

A organização também promove ações sociais voltadas a comunidade. Alguns pensam que o serviço de Bombeiros Voluntários é só apagar incêndios e atender acidentados, porém vai muito além disso, uma vez que é a comunidade atuando para comunidade participando ativamente de ações sociais e cívicas, da educação de jovens e adultos, em atividades sociais, culturais, ambientais e desportivas. Bombeiro Voluntário é o cidadão exercendo seu verdadeiro papel de cidadania, preocupado com o bem comum e coletivo, com o desenvolvimento social e humano de sua comunidade.

Em Santa Catarina, os Bombeiros Voluntários de Joinville, criado em 1892, são a mais antiga corporação civil de bombeiros no Brasil, com mais de 130 anos.

Referências

  1.  VOLUNTERSUL. «Bombeiros Voluntários»
  2.  ENBC, Esquadrão Nacional de Bombeiros Civis e Voluntários. «Breve História Sobre os Bombeiros»
  3.  EMERGÊNCIA NEWS. «Emergência News entrevista bombeiro chileno»
  4.  OBSERVADOR. «Como é ser bombeiro em Portugal»
  5.  G1, Fantástico. «Reportagem G1»
  6.  GOVERNO DE SÃO PAULO (2015). Lei Complementar 1.257/2015. São Paulo: [s.n.]
  7.  GBCV. «Institucional GBCV»

Ligações externas

ANTERO DE QUENTAL - ESCRITOR - MORREU EM 1891 - 11 DE SETEMBRO DE 2023

 

Antero de Quental

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados, veja Antero de Quental (desambiguação).
Antero de Quental
Antero de Quental, poeta açoreano c. 1887
Nome completoAntero Tarquínio de Quental
Nascimento18 de abril de 1842
Ponta DelgadaAçoresPortugal
Morte11 de setembro de 1891 (49 anos)
Ponta DelgadaAçoresPortugal
NacionalidadePortuguês
Alma materUniversidade de Coimbra
OcupaçãoEscritor
Principais trabalhosSonetos de Antero (1861)
Beatrice e Fiat Lux (1863)
Odes Modernas (1865)
Bom Senso e Bom Gosto (1865)
A Dignidade das Letras e as Literaturas Oficiais (1865)
Defesa da Carta Encíclica de Sua Santidade Pio IX (1865)
Portugal perante a Revolução de Espanha (1868)
Primaveras Românticas (1872)
Considerações sobre a Filosofia da História Literária Portuguesa (1872)
A Poesia na Actualidade (1881)
Sonetos Completos (1886)
A Filosofia da Natureza dos Naturistas (1886)
Tendências Gerais da filosofia na Segunda Metade do Século XIX (1890)
Raios de extinta luz (1892)
Movimento literárioQuestão CoimbrãGeração de 70
Carreira musical
Período musical1861 - 1891
Assinatura

Antero Tarquínio de Quental (Ponta Delgada18 de abril de 1842 – Ponta Delgada11 de setembro de 1891[1]) foi um escritor e poeta português do século XIX que teve um papel importante no movimento da Geração de 70.

Biografia

Nascido na Ilha de São Miguel (Açores, filho do combatente liberal Fernando de Quental Solar do Ramalho — do qual mandou tirar a pedra de armas da família —, 10 de maio de 1814 — Ponta Delgada, Matriz, 7 de março de 1873) e de sua mulher Ana Guilhermina da Maia (Setúbal, 16 de julho de 1811 — Lisboa, 28 de novembro de 1876). O casal teve sete filhos, sendo Antero o quarto, numa família onde proliferavam as mortes prematuras e a loucura.[2]

Durante a sua vida, Antero de Quental dedicou-se à poesia, à filosofia e à política. Deu início aos seus estudos na cidade natal, mudando-se para Coimbra aos 16 anos, ali estudando Direito e manifestando as primeiras ideias socialistas. Fundou em Coimbra a Sociedade do Raio, que pretendia renovar o país pela literatura.

Em 1861, publicou os seus primeiros sonetos. Quatro anos depois, publicou as Odes Modernas, influenciadas pelo socialismo experimental de Proudhon, enaltecendo a revolução. Nesse mesmo ano iniciou a Questão Coimbrã, em que Antero e outros poetas foram atacados por António Feliciano de Castilho, por instigarem a revolução intelectual. Como resposta, Antero publicou os opúsculos Bom Senso e Bom Gosto, carta ao Exmo. Sr. António Feliciano de Castilho, e A Dignidade das Letras e as Literaturas Oficiais.

Ainda em 1866 mudou-se para Lisboa, onde experimentou a vida de operário, trabalhando como tipógrafo, profissão que exerceu também em Paris, entre janeiro e fevereiro de 1867.

Em 1868 regressou a Lisboa, onde formou o Cenáculo, de que fizeram parte, entre outros, Eça de QueirósAbílio de Guerra Junqueiro e Ramalho Ortigão.

Foi um dos fundadores do Partido Socialista Português.

De 1869 data a sua viagem à América, com partida do Porto, a bordo do patacho Carolina, do seu amigo algarvio Joaquim de Almeida Negrão. Sabe-se que visitou primeiro Halifax, no Canadá, e depois Nova Iorque, onde permaneceu cerca de um mês. Desta viagem, que terá sido atribulada, não ficou nenhum testemunho da autoria de Antero, mas apenas os relatos feitos anos depois por Joaquim Negrão, que alguns hoje consideram parcialmente desmemoriado ou fantasista.[3]

Retrato de Antero

Em 1870, fundou em Lisboa o jornal A República - Jornal da Democracia Portuguesa, com Oliveira Martins.

Na mão de Deus
Na mão de Deus, na sua mão direita,
Descansou afinal meu coração.
Do palácio encantado da Ilusão
Desci a passo e passo a escada estreita.
Como as flores mortais, com que se enfeita
A ignorância infantil, despojo vão,
Depus do Ideal e da Paixão
A forma transitória e imperfeita.
Como criança, em lôbrega jornada,
Que a mãe leva ao colo agasalhada
E atravessa, sorrindo vagamente,
Selvas, mares, areias do deserto...
Dorme o teu sono, coração liberto,
Dorme na mão de Deus eternamente!
Antero de Quental

Em 1871, encontramo-lo a reunir-se em Lisboa com delegados da Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT) para apresentar as ideias anarquistas.[4] Os primeiros contactos com os emissários espanhóis da Internacional são feitos através de José Fontana, Antero de Quental e Jaime Batalha Reis. Este último escreve nas suas memórias os encontros políticos que permitiram a entrada de Portugal na Primeira Internacional. José Fontana, desconfiado que a polícia estava a observar os seus movimentos, acabou por propor que as futuras reuniões fossem realizadas na privacidade de um barco no rio Tejo.[5]

Nessa altura, em Maio do mesmo ano, igualmente participa numa conferência Iberista e aí apresenta um polémico discurso em que tenta explicar as razões do atraso português, e do espanhol, desde o século XVII.[6]

Nos finais de 1871 vai elaborar o panfleto O que é a Internacional? que é alvo de uma tradução para o castelhano pela Comissão de Propaganda do Conselho Local da Federação Madrilena e publicada em 1872 em Espanha.[7]

Antero de Quental, juntamente com José Fontana, em 1872, passou a editar o jornal socialista O Pensamento Social.

Colaborou igualmente em diversas outras publicações periódicas, nomeadamente: A Esperança[8] (1865-1866), Renascença[9] (1878-1879?), O Pantheon[10] (1880-1881), Branco e Negro (1896-1898), Contemporânea (1915-1926), A imprensa (1885-1891), O Thalassa (1913-1915) e, a título póstumo, no periódico O Azeitonense[11] (1919-1920).

Em 1873 herdou uma quantia considerável de dinheiro, o que lhe permitiu viver dos rendimentos dessa fortuna. Em 1874, com tuberculose, descansou por um ano, mas em 1875, fez a reedição das Odes Modernas.

fotografia de Antero quental

Em 1879 mudou-se para o Porto, e em 1886 publicou aquela que é considerada pelos críticos como a sua melhor obra poética, Sonetos Completos, com características autobiográficas e simbolistas.

Em 1880, adoptou as duas filhas do seu amigo, Germano Meireles, que falecera em 1877. Em setembro de 1881 foi, por razões de saúde e a conselho do seu médico, viver em Vila do Conde, onde residiu até maio de 1891, com pequenos intervalos nos Açores e em Lisboa. O período em Vila do Conde foi considerado pelo poeta o melhor da sua vida: "Aqui as praias são amplas e belas, e por elas me passeio ou me estendo ao sol com a voluptuosidade que só conhecem os poetas e os lagartos adoradores da luz".[12]

Em 1886 foram publicados os Sonetos Completos, coligidos e prefaciados por Oliveira Martins. Entre março e outubro de 1887, permaneceu nos Açores, voltando depois a Vila do Conde. Devido a essa sua estadia, foi fundado nesta cidade, em 1995, o "Centro de Estudos Anterianos"

Local do suicídio de Antero de Quental junto ao Convento de Nossa Senhora da Esperança em Ponta Delgada, na ilha de S. Miguel, nos Açores.

Em 1890, devido à reacção nacional contra o ultimato inglês, de 11 de janeiro, aceitou presidir à Liga Patriótica do Norte, mas a existência da Liga foi efémera. Quando regressou a Lisboa, em maio de 1891, instalou-se em casa da irmã, Ana de Quental. Portador de distúrbio bipolar, nesse momento o seu estado de depressão era permanente. Após um mês, em junho de 1891, regressou a Ponta Delgada, cometendo suicídio no dia 11 de setembro de 1891, com dois tiros, num banco de jardim junto ao Convento de Nossa Senhora da Esperança, onde está na parede a palavra "Esperança", no Campo de São Francisco, cerca das 20h00.

Os seus restos mortais encontram-se sepultados no Cemitério de São Joaquim, em Ponta Delgada.[13]

Foi impressa uma nota de 5.000$00 Chapas 2 e 2A de Portugal com a sua imagem.

Análise da obra


Properly speaking there has been no Portuguese literature before Antero de Quental;
before that there has been either a preparation for a future literature,
or foreign literature written in the Portuguese language.
Fernando Pessoa[14]

A poesia de Antero de Quental apresenta três faces distintas:

  • A das experiências juvenis, em que coexistem diversas tendências;
  • A da poesia militante, empenhada em agir como “voz da revolução”;
  • E a da poesia de tom metafísico, voltada para a expressão da angustia de quem busca um sentido para a existência.

A oscilação entre uma poesia de combate, dedicada ao elogio da acção e da capacidade humana, e uma poesia intimista, direcionada para a análise de uma individualidade angustiada, parece ter sido constante na obra madura de Antero, abandonando a posição que costumava enxergar uma sequência cronológica de três fases.

Antero atinge um maior grau de elaboração em seus sonetos, considerados por muitos críticos uns dos melhores da língua e comparados aos de Camões e aos de Bocage. Há, na verdade, alguns pontos de contato estilísticos e temáticos entre esses três poetas: os sonetos de Antero têm inegável sabor clássico, quer na adjetivação e na musicalidade equilibrada, ou na análise de questões universais que afligem o homem.

Obras

  • Sonetos de Antero, 1861
  • Beatrice e Fiat Lux, 1863
  • Odes Modernas, 1865 (na origem da polémica Questão Coimbrã). Reeditadas em 1875.
  • Bom Senso e Bom Gosto, 1865 (opúsculos)
  • A Dignidade das Letras e as Literaturas Oficiais, 1865 (na origem da polémica Questão Coimbrã)
  • Defesa da Carta Encíclica de Sua Santidade Pio IX, 1865
  • Portugal perante a Revolução de Espanha, 1868 (eBook)
  • Causas da decadência dos povos peninsulares, 1871
  • Primaveras Românticas, 1872
  • Considerações sobre a Filosofia da História Literária Portuguesa, 1872 (eBook)
  • A Poesia na Actualidade, 1881
  • As Fadas, 1883 (incluído em Tesouro Poético da Infância)
  • Sonetos Completos, 1886 (eBook)
  • A Filosofia da Natureza dos Naturistas, 1886 (eBook)
  • Tendências Gerais da filosofia na Segunda Metade do Século XIX, 1890
  • Raios de extinta luz, 1892 (eBook)
  • A Bíblia da Humanidade (eBook)
  • Leituras Populares (eBook)
  • Liga Patriótica do Norte (eBook)
  • Prosas

Ver também

Referências

  1.  Carlos Loures. Antero de Quental - www.vidaslusofonas.pt. [S.l.: s.n.] Arquivado do original em 27 de junho de 2012
  2.  Revista COLóQUIO/Letras N.º 123/124 (Jan. 1992). A doença de Antero: Influência da relação Mãe-Filho, pág. 53.
  3.  Antonio Arroyo, em A Viagem de Antero de Quental á América do Norte (Porto: Renascença Portuguesa, 1916), baseia-se nos relatos feitos por Joaquim Negrão a Bulhão Pato e a ele próprio; Ana Maria Almeida Martins, em Antero de Quental e a Viagem à América. Remando contra a Maré (Lisboa: Tinta-da-China, 2011), questiona vários pontos da história de Negrão e do livro de Arroyo, mas não acrescenta novas informações sobre a estadia de Antero na América.
  4.  «Anarquismo em Portugal, Carlos Fontes, afilosofia.no.sapo.pt». Consultado em 21 de julho de 2013. Arquivado do original em 7 de março de 2014
  5.  Lázaro, João (2019). «Associação Internacional dos Trabalhadores em Portugal (1871–1873).». Associação Nacional de História. "Revista Mundos do Trabalho" (11): 4. Consultado em 5 de junho de 2022
  6.  «O Portal da História - Discurso do mês: Antero de Quental»www.arqnet.pt. Consultado em 9 de setembro de 2022
  7.  Lázaro, João (2020). O Movimento Operário na Monarquia Constitucional: do debate público à mobilização política (1865-1877). Lisboa: ISCTE-IUL. p. 114
  8.  Helena Roldão (26 de fevereiro de 2016). «Ficha histórica: A esperança : semanario de recreio litterario dedicado ás damas» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 11 de abril de 2016
  9.  Helena Roldão (3 de outubro de 2013). «Ficha histórica: A renascença : orgão dos trabalhos da geração moderna» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 31 de março de 2015
  10.  Helena Roldão (25 de Maio de 2013). «Ficha histórica: O pantheon: revista de sciencias e lettras (1880-1881)» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 9 de Fevereiro de 2015
  11.  Jorge Mangorrinha (1 de abril de 2016). «Ficha histórica:O Azeitonense: orgão independente defensor dos interesses de Azeitão (1919-1920)» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 18 de setembro de 2016
  12.  Quental, Antero (1881), "Carta a Jaime Batalha Reis", em: Martins, Ana Maria Almeida ([1989) "Antero de Quental, Cartas, Volumes I e II", Ponta Delgada: Universidade dos Açores / Ed. Comunicação.
  13.  "Homenagem Antero de Quental 1841-1891". Correio dos Açores, ano 91, nº 26.928, 10 set 2011. p. 32.
  14.  Fernando Pessoa, Carta a William Bentley, 1915.in Correspondência 1905-1922, ed. Manuela Parreira da Silva, Lisboa, Assírio & Alvim, 1999, p. 197, ISBN 972-37-0505-2.

Bibliografia

  • LÁZARO, J. Associação Internacional dos Trabalhadores em Portugal (1871–1873). Revista Mundos do Trabalho, Florianópolis, v. 11, p. 1-19, 2019.
  • Carvalho, J. L. C. D. de. O Movimento Operário na Monarquia Constitucional: do debate público à mobilização política (1865-1877) [Tese de doutoramento, Iscte - Instituto Universitário de Lisboa], 2021.
  • SÁ, Victor de. Antero de Quental. Braga, ed. do autor, 1963. Coleção Cultura e Ação, n.º 8.
  • Literatura Portuguesa no Mundo "Dicionário Ilustrado"(vol. 10) ISBN 972-0-01251-X
  • VÁRIOS (2000). Nova Enciclopédia Barsa. [S.l.]: Encyclopædia Britannica do Brasil. Volume 12, ISBN 85-7026-492-5

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