sábado, 22 de abril de 2023

DIA DO PLANETA TERRA - 22 DE ABRIL DE 2023

 

Dia Internacional da Mãe Terra

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Dia Internacional da Mãe Terra
Bandeira não-oficial do Dia Internacional da Mãe Terra: O planeta Terra sobre um fundo azul.
TipoInternacional
Data22 de abril[1][2]
Início1970[2]
SignificadoConsciencialização para a proteção ambiental.
FrequênciaAnual
Uma recriação do símbolo da Ecologia usado nos primeiros materiais do Dia da Terra. Desenho original de 1969 do artista e cartunista americano Ron Cobb.

Dia Internacional da Mãe Terra,[1] ou Dia da Terra,[2] cuja finalidade é criar uma consciência comum aos problemas da contaminação, conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais para proteger a Terra, foi criado pelo senador norte-americano Gaylord Nelson, no dia 22 de Abril de 1970.[2]

Desde 2009, é considerado pela ONU como o Dia Internacional da Mãe Terra.[3]

História

A primeira manifestação teve lugar em 22 de abril de 1970. Foi iniciada pelo senador Gaylord Nelson, ativista ambiental, para a criação de uma agenda ambiental. Para esta manifestação participaram duas mil universidades, dez mil escolas primárias e secundárias e centenas de comunidades. A pressão social teve seus sucessos e levou o governo dos Estados Unidos a criar a Agência de Proteção Ambiental (Environmental Protection Agency) e uma série de leis destinadas à proteção do meio ambiente.

  • Em 1972 foi celebrada a primeira conferência internacional sobre o meio ambiente: a Conferência de Estocolmo, cujo objetivo foi sensibilizar aos líderes mundiais sobre a magnitude dos problemas ambientais e que se instituíssem as políticas necessárias para erradicá-los;
  • O Dia da Terra é uma festa que pertence ao povo e não está regulada por somente uma entidade ou organismo, tampouco está relacionada com reivindicações políticas, nacionais, religiosas ou ideológicas;
  • O Dia da Terra refere-se à tomada de consciência dos recursos naturais da Terra e seu manejo, à educação ambiental e à participação como cidadãos ambientalmente conscientes e responsáveis;
  • No Dia da Terra todos estão convidados a participar em atividades que promovam a saúde do nosso planeta. tanto em nível global como regional e local;
  • "A Terra é nossa casa e a casa de todos os seres vivos. A Terra mesma está viva. Somos partes de um universo em evolução. Somos membros de uma comunidade de vida independente com uma magnífica diversidade de formas de vida e culturas. Nos sentimos humildes ante a beleza da Terra e compartilhamos uma reverência pela vida e as fontes do nosso ser...".

Surgido como um movimento universitário, o Dia da Terra converteu-se em um importante acontecimento educativo e informativo. Os grupos ecologistas o utilizam como ocasião para avaliar os problemas do meio ambiente do planeta: a contaminação do ar, da água e dos solos, a destruição de ecossistemas, centenas de milhares de plantas e espécies animais dizimadas e o esgotamento de recursos não renováveis. Utiliza-se esse dia também para insistir em soluções que permitam eliminar os efeitos negativos das atividades humanas. Essas soluções incluem a reciclagem de materiais manufaturados, preservação de recursos naturais como o petróleo e a energia, a proibição de utilizar produtos químicos danosos, o fim da destruição de habitats fundamentais como as florestas tropicais e a proteção de espécies ameaçadas.

Em 2009, o estado da Bolívia levou para a ONU a proposta – que foi aceita – de renomear o Dia da Terra para Dia Internacional da Mãe Terra, para romper com o paradigma de que a Terra pertence à humanidade: na verdade, os humanos pertencem à Mãe Terra.[3][4]

Hino da Terra

Por Abhay K.,[5][6] poeta e diplomata da Índia.

O nosso oásis cósmico, a pérola cósmica azul
O planeta mais bonito do universo
O nosso oásis cósmico, a pérola cósmica azul
Todos os continentes e oceanos do mundo
Juntos flora e fauna juntos espécies tudos
Preto, castanho, branco, cores diferentes
Somos humanos, a terra é o nosso lar

O nosso oásis cósmico, a pérola cósmica azul
O planeta mais bonito do universo
Todos os povos e todas as nações do mundo
Todos por um, um por todos
Juntos desenrolamos a bandeira azul
preto, castanho, branco, cores diferentes
Somos humanos, a terra é o nosso lar.

"Earth Anthem" por Abhay K[7]

Referências

  1. ↑ Ir para:a b «22 de abril, Dia Internacional da Mãe Terra | As Nações Unidas no Brasil»brasil.un.org. Consultado em 11 de abril de 2023
  2. ↑ Ir para:a b c d «Dia Internacional da Mãe Terra é comemorado neste dia 22 de abril | Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente | Prefeitura da Cidade de São Paulo»www.prefeitura.sp.gov.br. Consultado em 11 de abril de 2023
  3. ↑ Ir para:a b Grondín N., Marcelo; Viezzer, Moema (2021). Abya yala! : genocídio, resistência e sobrevivência dos povos originários do atual continente americano. Ailton Krenak 1a edição ed. Rio de Janeiro: Bambual. OCLC 1350611772
  4.  «Dia da Terra 2013: entenda como surgiu a data e seu significado»Terra. 22 de abril de 2013. Consultado em 23 de abril de 2019
  5.  «Nosso lar na vastidão do espaço»o eco. 22 de abril de 2014. Consultado em 23 de abril de 2019
  6.  «Mais um hino para decorar?»Trip. 17 de março de 2014. Consultado em 23 de abril de 2019
  7.  «Download Earth Anthem» (em inglês). Consultado em 23 de abril de 2019

Ligações externas

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
CommonsImagens e media no Commons
CommonsCategoria no Commons

FRANCISCO MARTINS RODRIGUES - Político - MORREU EM 2008 - 23 DE ABRIL DE 2023

 

Francisco Martins Rodrigues

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Francisco Martins Rodrigues
Francisco Martins Rodrigues intervém nas X Jornadas Independentistas Galegas, decorridas na Galiza, a 18 de Março de 2006.
Conhecido(a) porFundador do Partido Comunista de Portugal (marxista-leninista) e da União Democrática Popular.
Nascimento1927
Moura
Morte22 de abril de 2008 (81 anos)
Lisboa
Nacionalidadeportuguês
OcupaçãoPolítico

Francisco Martins Rodrigues (Moura1927 — Lisboa22 de abril de 2008) foi um político português da esquerda e fundador do PCP(m-l) e da UDP.

Filho de um Oficial do Exército expulso por ser oposicionista ao governo, Francisco Martins iniciou o seu percurso político em 1949 no Movimento de Unidade Democrática (MUD), após a deslocação da família para Lisboa, onde estuda até ao 6.º ano do liceu e trabalha, primeiro numa livraria e depois como aprendiz de mecânico na TAP.

Actividade opositora, primeiras detenções e incorporação ao PCP

É preso pela primeira vez, durante três meses, em 1951 por se manifestar contra a NATO, o que provoca o seu despedimento. Sucessivamente detido em pouco tempo, abandona a casa dos pais, passando a viver na semi-clandestinidade até 1953, quando adere como funcionário no Partido Comunista Português (PCP).

Em 1956 começa a questionar a linha do PCUS, após o XX Congresso, nomeadamente a chamada 'coexistência pacífica'. No ano seguinte, é detido novamente, pela quarta vez, e é conduzido à prisão de Peniche onde estuda e começa a elaborar textos teóricos marxistas. Lá conhece dirigentes como Álvaro CunhalFrancisco Miguel Duarte e Jaime Serra.

Fuga de Peniche

A 3 de Janeiro de 1960, participou na célebre "Fuga de Peniche", juntamente com Álvaro Cunhal, Joaquim Gomes, Francisco Miguel, Pedro Soares, Jaime Serra, Guilherme da Costa Carvalho, José Carlos, Rogério de Carvalho e Carlos Costa. Os chamados "Dez de Peniche" protagonizaram um episódio lendário na história da resistência antifascista portuguesa, que reforça o PCP na luta contra o salazarismo.

Na rua, voltou à militância numa tipografia clandestina em Carnide, perto de Lisboa. Em 1961, incorporou-se ao Comité Local do partido em Lisboa, além de membro suplente do Comité Central. Em 1962, fez parte da Comissão Executiva, encarregando-se do trabalho político relativo à margem sul e arredores da capital do país.

Ruptura com o PCP, prisão, torturas e 25 de Abril

Lutador fervoroso contra o fascismo, foi preso pela PIDE cinco vezes, totalizando doze anos de cárcere. Apoiante da extrema-esquerda, após a sua saída da direcção do Partido Comunista Português em 1963, tornou-se inimigo da teoria cunhalista do 'levantamento nacional', e defensor da independência de classe na luta contra a ditadura.

A ruptura com o Partido Comunista Português veio antecedida de discrepâncias com a linha do partido face à guerra colonial, após ter escrito um manifesto, a pedido do Comité Central, que o secretário-geral considerou "muito vermelhusco" e alheio ao "espírito do partido", e por isso censurado. Martins apoiava no documento a insurreição popular armada como via para a oposição à política colonial da ditadura portuguesa, em apoio aos povos africanos que enfrentavam o colonialismo português naqueles anos.

Seguem-se diferenças sobre a política da URSS, que cristalizam numa viagem a Moscovo em que o comité Central do exterior resolve destitui-lo do posto na Comissão Executiva. Francisco Martins é proposto como secretário de Álvaro Cunhal, mas recusa a proposta.

Foi então enviado para Paris, incorporando-se à organização do partido na capital francesa. Faz críticas à posição em assuntos como a guerra colonial, a passagem pacífica ao socialismo ou a revolução democrática e nacional.

Lidera a primeira ruptura do PCP, no contexto do conflito sino-soviético. O seu abandono do partido levá-lo-á a ser o mais importante ideólogo de extrema-esquerda nacional, participando na criação do Comité Marxista-Leninista Português e da Frente de Acção Popular em 1964, em Paris, apoiado pelo médico João Pulido Valente e por Rui D'Espiney. Nesse mesmo ano, visita a China Maoísta e a Albânia de Hoxha. Voltou em 1965 para fazer trabalho político no CMLP. A identificação de um colaborador da polícia política no interior da organização acaba com a execução do infiltrado, acção reivindicada pela FAP. Francisco Martins é preso pela PIDE, sofrendo torturas violentas, juntamente com os dois outros criadores do CMLP e da FAP.

Martins é condenado a 20 anos de prisão, Pulido Valente a 12 e Rui D'Espiney a 15. Só dois dias depois do 25 de Abril de 1974 foi solto, junto com Rui D'Espinay e Filipe Viegas Aleixo.

Fundação da UDP

Capa da primeira edição de Anti-Dimitrov. 1935-1985 meio século de derrotas da revolução

Após a Revolução dos Cravos participou na fundação do PCR (Partido Comunista Reconstruído) e da UDP, organização de massas que atingiu uma importante influência em sectores à esquerda do PCP. Em 1983 abandona ambas organizações, considerando que caíram nos mesmos desvios atribuídos ao PCP.

Nessa altura, Francisco Martins é já considerado um dos maiores teóricos do marxismo português. Caracteriza o 25 de Abril como sendo uma "crise revolucionária" e atribui a derrota final às fraquezas estruturais das organizações revolucionárias junto ao "reformismo" do PCP, plasmado na sua proposta de "unidade dos portugueses honrados" num "levantamento nacional".

Quanto às organizações à esquerda do PCP, Martins considera que elas não fizeram a necessária ruptura com uma União Soviética que, para ele, não representava um projeto socialista. Daí para a frente, os escritos de Francisco Martins vincarão essa necessidade, marcando a orientação interclassista proposta por Georgi Dimitrov em 1935 como ponto de ruptura com a tradição bolchevique da independência da classe em relação à pequena burguesia. A sua obra Anti-Dimitrov. 1935-1985 meio século de derrotas da revolução recolhe o seu pensamento em relação ao que considera uma deriva reformista no conjunto dos partidos comunistas a partir da década de trinta.

Revista comunista Politica Operária

Em 1984 tornou-se o fundador da Organização Comunista Política Operária e director da revista do mesmo nome, que continua a publicar-se na actualidade.

Na última década da sua longa vida de luta revolucionária, estreitou laços de solidariedade com o movimento independentista galego, participando habitualmente nas manifestações do Dia da Pátria Galega (25 de Julho), nas Jornadas Independentistas Galegas organizadas pela organização comunista galega Primeira Linha e noutros eventos em apoio da autodeterminação da Galiza e das outras nações sem Estado da Península Ibérica (País Basco e Catalunha).

Faleceu em 2008, aos 81 anos, após uma grave doença. Foi cremado no Cemitério do Alto de São João, em Lisboa, a 23 de Abril. Publicado postumamente, o seu livro Os anos do silêncio contém notas autobiográficas, uma descrição das práticas de tortura do sono a que foi submetido e a sua defesa num julgamento de 1970.

Obras

  • 1985 - Anti-Dimitrov. 1935-1985, meio século de derrotas da revolução. Obra teórica que analisa a evolução do movimento comunista internacional durante o século XX, a partir do 7º Congresso da Internacional Comunista em que Georgi Dimitrov propôs a incorporação dos partidos comunistas a plataformas conjuntas com a social-democracia. Para o autor, essa orientação rompe com o princípio leninista da independência de classe e marca o inevitável declínio do movimento revolucionário, pois, como afirma a sentença marxista, "se a classe operária não puder contar consigo própria, não poderá contar com mais ninguém".
  • 1988 - A revolução cultural e o fim do maoísmo. Artigo publicado no número correspondente a Janeiro/Fevereiro da revista comunista Política Operária, e reeditado como caderno separado de 40 páginas em 2005. Nele, Francisco Martins analisa a divisão sino-soviética e a influência no movimento comunista internacional, bem como o alcance histórico do maoísmo e do modelo chinês, com uma exposição dos factos e significado da que ficou conhecida como Grande Revolução Cultural Proletária chinesa.
  • 1994 - O futuro era agora. O movimento popular do 25 de Abril. Nesta obra, Francisco Martins recolhe meia centena de testemunhos de um outro 25 de Abril, "vivo, audacioso, criador, que não tem nada a ver com a caricatura que nos é servida em versão oficial e que a jovem geração com razão rejeita, porque lhe tresanda a hipocrisia paternalista".
  • 1999 - Abril traído. Recolha de artigos previamente publicados em revistas de menor circulação, tem como objectivo declarado ir "contra a mistificação, hoje quase obrigatória, de que existiria um grande consenso nacional em torno do 25 de Abril". Como exemplo da falsidade de tal argumento, refere as importantes diferenças existentes quanto ao significado do movimento popular de 1974-75, em função das posições políticas de quem faz a análise.
  • 2004 - O comunismo que aí vem. Conjunto de artigos publicados em revistas como a portuguesa Política Operária e a galega Abrente, entre os anos 1985 e 2004. Incorpora uma entrevista inédita realizada por Carlos Morais.
  • 2008 - Os anos do silêncio (edição póstuma). Testemunho em primeira pessoa dos anos da ditadura e da repressão salazarista, junto a textos históricos recuperados. Martins narra a tortura do sono que lhe foi aplicada pela polícia política.
  • 2008 - Anti-Dimitrov. 1935-1985, meio século de derrotas da revolução (edição póstuma). Reedição da obra de 1985, que incorpora às suas 'Notas sobre Staline', escritas posteriormente à publicação da primeira edição.
  • 2009 - História de uma vida (edição póstuma). Autobiografia construída a partir de textos fragmentários previamente publicados ou ainda inéditos do próprio Francisco Martins.

Obras disponíveis on line

Ver também

Ligações externas

Ícone de esboçoEste artigo sobre um político português é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.

Etiquetas

Seguidores

Pesquisar neste blogue