quarta-feira, 11 de agosto de 2021

SÃO BARNABÉ - 11 DE AGOSTO DE 2021

 

Barnabé (Bíblia)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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São Barnabé Apóstolo
Ícone de São Barnabé.
Apóstolo de Antioquia e Chipre e Mártir
Nascimento em Chipre
Morte61 em Salamina (Chipre)
Nome nascimentoJosé
Veneração portoda a Cristandade
Principal temploMonastério em SalaminaChipre
Festa litúrgica11 de Junho
PadroeiroChipreAntioquia
Gloriole.svg Portal dos Santos

Barnabé (Chipreséculo I – Salaminac. 61) foi um dos primeiros cristãos mencionados no Novo Testamento. Seus pais, judeus helênicos lhe deram o nome de José (em grego bizantino Ιὠσης), mas quando ele vendeu todos os seus bens e deu o dinheiro aos apóstolos em Jerusalém, eles lhe deram um novo nome, Barnabé, que parece originar-se do aramaico בר נביא, que significa "(o filho do) exortação". No entanto, o texto grego do Atos dos Apóstolos 4:36 explica o nome como υἱός παρακλήσεως (hyios paraklēseōs), que significa "filho da exortação/consolação".

Em Atos 14:14, ele está listado à frente de Paulo, "Barnabé e Paulo", e ambos são chamados ἀπόστολοι , translit. apostoloiapóstolos ". Se Barnabé foi um apóstolo ou não tornou-se uma questão política importante, que foi debatida na Idade Média. Ele está listado entre os Setenta Discípulos.

É considerado como santo e apóstolo, tanto pela Igreja Católica como pelas Igrejas Ortodoxas, sendo liturgicamente comemorado em 11 de Junho.

Biografia

Barnabé é um dos primeiros profetas e professores da igreja em Antioquia (Atos 13:1). Lucas fala dele como um "bom homem" (Atos 11:24). Ele nasceu de pais judeus, da tribo de Levi. Sua tia era mãe de João Marcos (Colossenses 4:10), amplamente reconhecido como o autor do Evangelho de Marcos.

Barnabé era natural de Chipre, onde possuía terras (Atos 4:36-37), que vendeu, doando o dinheiro para a igreja em Jerusalém. Quando Paulo regressou a Jerusalém, depois de sua conversão, Barnabé o levou até os apóstolos (Atos 9:27). É possível que eles tenham estudado juntos na escola de Gamaliel.

A prosperidade da igreja em Antioquia levou os apóstolos e irmãos em Jerusalém a enviar Barnabé para lá a fim de supervisioná-la. Ele achou o trabalho tão extenso e pesado que foi para Tarso em busca de Paulo para ajudá-lo. Paulo retornou com ele para Antioquia e trabalhou com ele durante um ano inteiro (Atos 11:25-26). No final deste período, os dois foram enviados até Jerusalém (44) com as contribuições que a igreja de Antioquia havia feito para os membros mais pobres da igreja de Jerusalém (Atos 11:28-30).

Paulo e Barnabé em Listra, por Adriaen van Stalbemt, óleo sobre cobre, século XVII

Pouco tempo depois eles voltaram, trazendo João Marcos com eles, e foram designados como missionários para a Ásia Menor. Visitaram Chipre e algumas das principais cidades da PanfíliaPisídia, e Licaônia (Atos 13:14). Depois da sua conversão, Paulo de Tarso começa a ganhar destaque. A partir daí, ao invés de "Barnabé e Paulo", como até então (Atos 11:30Atos 12:25Atos 13:2,7), agora lê-se "Paulo e Barnabé" (Atos 13:43,46,50Atos 14:20Atos 15:2,22,35). Só em Atos 14:14 e Atos 15:12-25 Barnabé ocupa novamente o primeiro lugar, porque tinha uma estreita relação com a igreja de Jerusalém. Paulo aparece numa pregação missionária (Atos 13:16Atos 14:8-9, 19-20), quando os moradores de Lídia o consideraram como Hermes, e Barnabé como Zeus (Atos 14:12).

Voltando dessa primeira viagem missionária a Antioquia, eles foram novamente enviados a Jerusalém para consultar com a igreja de lá quanto à relação dos gentios com a igreja (Atos 15:2Gálatas 2:1). Segundo Gálatas 2:9-10, foi feito um acordo entre eles e os apóstolos João e Pedro, ficando decidido que Paulo e Barnabé iriam, no futuro, pregar aos pagãos, não esquecendo os pobres de Jerusalém. Depois da questão ter sido resolvida, voltaram para Antioquia, levando o acordo do que ficaria conhecido Concílio de Jerusalém, segundo o qual gentios poderiam ser admitidos na igreja.

Tendo retornado para Antioquia e passado algum tempo lá, Paulo pediu a Barnabé para acompanhá-lo em outra viagem. Barnabé quis levar João Marcos novamente, mas Paulo não concordou . A disputa terminou com Paulo e Barnabé tomando rotas distintas. Paulo tomou Silas como seu companheiro, e ambos percorreram a Síria e a Cilícia; Barnabé, com seu primo mais novo João Marcos, foram para Chipre (Atos 15).

Barnabé não é mencionado novamente por Lucas em Atos. No entanto, sabe-se que ele continuou a trabalhar como missionário (I Coríntios 9:6).

Quando Barnabé foi à Síria e a Salamina pregando o evangelho, alguns judeus, tendo-se irritado com o seu extraordinário sucesso, caíram sobre ele quando estava pregando na sinagoga, arrastaram-no para fora e apedrejaram-o até a morte. Seu primo, João Marcos enterrou seu corpo em uma caverna, onde permaneceu até a época do imperador Zenão I, em 485. Seus restos mortais foram encontrados em 488. Seu túmulo se encontra no mosteiro construído em seu nome, em Salamina (Chipre).

Barnabé é venerado como o santo padroeiro de Chipre.

Supostos escritos

Tertuliano e outros escritores ocidentais atribuem a Barnabé a autoria da epístola aos Hebreus. Isto pode ser devido ao fato de que, segundo a tradição romana, este teria sido um dos primeiros livros a serem escritos.

De acordo com Fócio (Quaest. Em Amphil. ,123), Barnabé escreveu os Atos dos Apóstolos. O consenso atual atribui o livro a Lucas.

Barnabé também é tradicionalmente associado à chamada Epístola de Barnabé, embora estudiosos modernos achem mais provável que a epístola tenha sido escrita posteriormente em Alexandria, no ano de 130.

Um livro chamado Evangelho de Barnabé está listado em dois catálogos de textos apócrifos. Outro livro com esse mesmo título, Evangelho de Barnabé, sobrevive em dois manuscritos pós-medievais, escritos em italiano e espanhol[1]. Embora o livro seja atribuído a Barnabé, um exame do texto sugere que tenha sido escrito por um italiano do século XIV. Há uma série de indícios que sugerem ser este o Evangelho de Barnabé citado anteriormente. Contrariando os Evangelhos, e em conformidade com o ponto de vista islâmico sobre Jesus, este Evangelho de Barnabé afirma que Jesus não era o filho de Deus, mas um profeta, e chama Paulo de "Enganador." O livro também diz que Jesus ascendeu vivo ao céu, sem ter sido crucificado, e que Judas Iscariotes teria sido crucificado em seu lugar.


Ver também

Referências

SANTA CLARA DE ASSIS - 11 DE AGOSTO DE 2021

 

Clara de Assis

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Clara de Assis
Representação, a fresco, de Santa Clara por Simone Martini (13121320), localizada na Basílica de São FranciscoAssisItália.
Fundadora da Ordem das Clarissas
Nascimento16 de julho de 1194 em Assis
Morte11 de agosto de 1253 (60 anos) em Assis
Veneração porIgreja Católica
Canonização23 de agosto de 1255Catedral de Anagni por Papa Alexandre IV
Principal temploBasílica de Santa Clara
Festa litúrgica11 de agosto
PadroeiraTelevisão
Gloriole.svg Portal dos Santos

Clara de Assis, em italiano Santa Chiara d'Assisi, nascida Chiara d'Offreducci (Assis16 de julho de 1194[1] — Assis, 11 de agosto de 1253), foi a fundadora do ramo feminino da ordem franciscana, a chamada Ordem de Santa Clara (ou Ordem das Clarissas).

Pertencia a uma família nobre e era dotada de grande beleza. Destacou-se desde cedo pela sua caridade e respeito para com os pequenos, tanto que, ao deparar-se com a pobreza evangélica vivida por São Francisco de Assis, foi tomada pela irresistível tendência religiosa de segui-lo.

Enfrentando a oposição da família, que pretendia arranjar-lhe um casamento vantajoso, aos dezoito anos Clara abandonou o seu lar para seguir Jesus mais radicalmente. Para isto foi ao encontro de São Francisco de Assis na Porciúncula e fundou o ramo feminino da Ordem Franciscana, também conhecido por "Damas Pobres" ou Clarissas. Viveu na prática e no amor da mais estrita pobreza.

O seu primeiro milagre foi em vida, demonstrando a sua grande fé. Conta-se que uma das irmãs da sua congregação havia saído para pedir esmolas para os pobres que iam ao mosteiro. Como não conseguiu quase nada, voltou desanimada e foi consolada por Santa Clara que lhe disse: "Confia em Deus!". Quando a santa se afastou, a outra freira foi pegar no embrulho que trouxera e não conseguiu levantá-lo, pois tudo havia se multiplicado.

Em outra ocasião, quando da invasão de Assis pelos sarracenos, Santa Clara apanhou o ostensório com a hóstia consagrada e enfrentou o chefe deles, dizendo que Jesus Cristo era mais forte que eles. Os agressores, tomados de repente por inexplicável pânico, fugiram. Por este milagre Santa Clara é representada segurando o Ostensório na mão.

O corpo de Santa Clara, em Assis (Itália).

Um ano antes de sua morte em 1253, Santa Clara assistiu a Celebração da Eucaristia sem precisar sair do seu leito. Neste sentido é que é aclamada como protetora da televisão.

Diversos episódios da vida de Santa Clara e São Francisco compõem as florinhas de São Francisco.[2] Escritos muitos anos após a morte de ambos, é difícil atestar a correção destes relatos, mas, com certeza, retratam bem o espírito de ambos e os primeiros acontecimentos quando da criação das Ordens Franciscanas.


Eventos importantes da vida de Santa Clara de Assis
1194Nascimento de Santa Clara, na casa paterna da praça de São Rufino, em Assis. Filha mais velha de Hortolana e Bernardino.
1200Estabelecimento da Comuna de Assis. A família de Clara, nobre, refugia-se em Corozano, por causa de uma revolução popular. Depois vai para Perugia onde permanece até 1204.
1210Francisco prega na Catedral de São Rufino, Clara pode estar presente. Neste ano é possível terem-se encontrado.
1211Encontros com Francisco: Clara tem 17 anos e Francisco 29.
121218 de março - Domingo de Ramos - Clara sai de casa e se consagra a Deus na Porciúncula. No dia 19, vai para o mosteiro de São Paulo das Abadessas. Pouco depois vai para ermida de Santo Ângelo de Panço4 ou 5 de abril - Ines, irmã de Clara, se junta a ela em Santo Ângelo de Panço. Pouco tempo depois, Francisco leva-as para São Damião. Em agosto entra Pacífica de Guelfúcio, já em São DamiãoFrancisco dá as irmãs sua primeira forma de vida.
1216Por conselho de Francisco Clara aceita a regra de São Bento e o título de abadessa. Mas consegue o "privilégio da pobreza" de Inocêncio III.
1218O papa, Honório III, concede ao Cardeal Hugolino plenos poderes para cuidar das irmãs pobres.
1219Frei Felipe Longo de Atri se torna visitador das Irmãs Pobres.
1220Clara recebe a carta do Cardeal Hugolino, logo após a Páscoa, em que ele a chama de “Mãe da minha Salvação”.
1224Clara começa a estar habitualmente bastante doente.
1225As monjas de Santo Apolinário adotam a forma de vida de São Damião.
1226Francisco compõe o Audite Poverelle.
1227Publicada a bula "Quoties Cordis” que põe as Clarissas aos cuidados dos frades.
122818 de julho - O cardeal Reinaldo lista oficialmente 24 mosteiros.
1234Inês de Praga entra na Ordem. Clara lhe escreve a primeira carta.
1235O Papa, pela carta 'Cum relicata saeculi", quer que Inês aceite propriedades. O que motiva a segunda carta de Clara.
1237Com a bula "Omnipotens Deus" o Papa Gregório IX revoga a "Cum relicata Saeculi"
1238Clara escreve a terceira carta a Inês. E o Papa concede o privilégio da pobreza a Inês.
1240Com a oração diante do Santíssimo, Clara defende a cidade de Assis do ataque dos sarracenos.
12476 de agosto - o Papa Inocêncio IV concede às Clarissas a regra de São Francisco. Clara pode ter começado a escrever seu testamento (só serve de base jurídica).
124817 de julho - Uma bula confirma Reinaldo de Segni como Cardeal protetor das Damas Pobres e dos menores
1250Agrava-se o estado de saúde de Santa Clara, que começa a escrever sua forma de vida definitiva, na redação que conhecemos.
125216 de setembro - O Cardeal Reinaldo aprova a forma de vida de Santa Clara.
1253Clara escreve sua última carta a Santa Inês de Praga. Após uma visita a Clara moribunda, Papa Inocêncio IV manda apressar a aprovação de sua regra pela bula "Solete Anuere", válida só para São Damião.

10 de agosto - A Bula da provação é levada para Clara em seu leito de morte. 11 de agosto - Data da morte de Santa Clara.

125523 de agosto - Canonização de Santa Clara, na Catedral de Anagni. Publicação de sua lenda, escrita por Tomás de Celano. Publicação da bula de Canonização "Clara claris Perclara".
1257Mudança das Irmãs de São Damião para o proto-mosteiro, junto do corpo de Santa Clara. (Ou em 1260?).
1258São Boaventura de Bagnoregio é eleito ministro geral da Ordem dos Frades Menores.
1259Aprovação da Regra de Isabel de Longchamp.

Carta de São Boaventura às Irmãs de São Damião.

12603 de outubro - O corpo de Santa Clara é solenemente trasladado para a basílica que está sendo construída em sua honra ao lado da igreja de São Jorge.

Um decreto do capítulo geral de Barcelona manda frades e irmãs celebrarem a festa da trasladação de Santa Clara, no dia 2 de outubro.

126318 de outubro - Papa Urbano IV promulga uma nova Regra para as Clarissas (nome pelo qual passam a ser conhecidas as “damianitas”), correção da Regra de Isabel de Longchamp.

O capítulo geral dos Frades Menores reconhece como biografia oficial de São Francisco a Legenda Maior, mandando queimar as outras.

1296A bula "Quasdam litteras", do Papa Bonifácio VIII, põe fim às dificuldades de relacionamento, impondo aos Frades Menores que assumam a responsabilidade pelas Clarissas.
185030 de agosto - é descoberto o sarcófago com o corpo de Santa Clara.

23 de setembro - abertura solene do sarcófago.

187230 de outubro - O corpo de Santa Clara é levado para a nova cripta da sua basílica e exposto aos fiéis.
1893Descoberta do original da Regra de Santa Clara no meio de suas roupas.
1915Descoberta das Cartas de Clara a Santa Inês de Praga, na biblioteca de Milão.
1920Descoberta de uma cópia do Processo de Canonização de Santa Clara, na Biblioteca Landau, em Florença.
195814 de fevereiro - Papa Pio XII proclama Santa Clara padroeira da televisão.
1976Descoberta do cântico “Audite Poverelle”, composto por São Francisco para Clara e suas Irmãs.
198212 de novembro - Papa João Paulo II canoniza Santa Inês de Praga.
198711 de abril - Depois de um adequado reconhecimento e de uma nova recomposição, o corpo de Santa Clara volta a seu lugar na basílica para ser venerado por seus fiéis.

Templos em honra de Santa Clara de Assis

Alguns dos templos que foram erigidos em honra de Santa Clara de Assis incluem:

Ver também

Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Clara de Assis

Referências

  1.  Padoan, Paolo (2008). santa clara de assis. São paulo: Paulinas. p. 13
  2.  «Os Fioretti de São Francisco». Consultado em 10 de agosto de 2011

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