segunda-feira, 3 de maio de 2021

DIA MUNDIAL DA LIBRRDADE DE IMPRENSA - 3 DE MAIO DE 2021

 

Liberdade de imprensa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Liberdade de imprensa[1] é a capacidade de um indivíduo de publicar e dispor de acesso a informação (usualmente na forma de notícia), através de meios de comunicação em massa, sem interferência do estado.[2][3] Embora a liberdade de imprensa seja a ausência da influência estatal, ela pode ser garantida pelo governo através da legislação.[4] Ao processo de repressão da liberdade de imprensa e expressão chamamos censura.[2][5]

A liberdade de imprensa é tida como positiva porque incentiva a difusão de múltiplos pontos de vista, incentivando o debate e por aumentar o acesso à informação e promover a troca de ideias de forma a reduzir e prevenir tensões e conflitos.[3] Contudo, é vista como um inconveniente em sistemas políticos ditatoriais, quando normalmente reprime-se a liberdade de imprensa, e também em um regime democrático, quando a censura não necessariamente se torna inexistente.[6][7][8]

Geralmente, refere-se a material escrito mas, segundo alguns autores,[quem?] o termo "imprensa" pode, por vezes, alargar-se a outros meios de comunicação social. De qualquer forma, a liberdade de imprensa corresponde à comunicação através da mídia, como jornais, revistas ou a televisão enquanto a "liberdade de expressão" se aplica a todas as formas de comunicação como, por exemplo, nas artes.

De acordo com a organização Repórteres sem Fronteiras, o Brasil ocupa a 104.ª posição do ranking de liberdade de imprensa em 2016,[9] dentro de uma lista composta por 180 países. O relatório[6] aponta uma[6] queda no índice em relação ao ano de 2015. Portugal, em 23.º, subiu na lista. Cabo Verde, ficou em 32.º.[10]

Situação mundial

Índice de Liberdade de Imprensa de 2021[9]
  Situação muito séria
  Situação difícil
  Problemas visíveis
  Situação satistória
  Situação boa
  Sem dados
Índice de 2015 da Freedom House[11]
  Não livre
  Parcialmente livre
  Livre
  Sem dados

Repórteres Sem Fronteiras

Ver artigo principal: Índice de Liberdade de Imprensa

Todos os anos, a organização Repórteres Sem Fronteiras estabelece uma classificação de países em termos de liberdade de imprensa. O Índice de Liberdade de Imprensa é baseado nas respostas aos relatórios[12] enviados aos jornalistas que são membros das organizações parceiras do RSF, assim como especialistas afins, tais como pesquisadores, juristas e ativistas dos direitos humanos.[13] A pesquisa faz perguntas sobre os ataques diretos aos jornalistas e meios de comunicação, bem como outras fontes indiretas de pressão contra a imprensa livre, como a pressão sobre os jornalistas ou organizações não governamentais. A RSF é cuidadosa ao observar que o índice classifica apenas a liberdade de imprensa e não mede a qualidade do jornalismo em cada país.

Em 2009, os países onde a imprensa foi mais livre foram a FinlândiaNoruegaIrlandaSuécia e Dinamarca. O país com o menor grau de liberdade de imprensa foi a Eritreia, seguido pela Coreia do NorteTurcomenistãoIrã e Mianmar (Birmânia).

Freedom House

O relatório Freedom of the Press é um estudo anual publicado pela organização não governamental estadunidense Freedom House e que mede o nível de liberdade e de independência editorial apreciado pela imprensa de todas as nações e territórios significativos do mundo. Os níveis de liberdade são pontuados em uma escala de 1 (mais livre) a 100 (menos livre). Consoante os princípios, cada nação é, então, classificada como "Livre", "Parcialmente livre", ou "Não livre".

Em 2009, IslândiaNoruegaFinlândiaDinamarca e Suécia ficaram com as melhores posições, enquanto Coreia do NorteTurcomenistãoMianmar (Birmânia), Líbia e Eritreia, com as piores posições.

Países não democráticos

Segundo a organização Repórteres Sem Fronteiras, mais de um terço da população mundial vive em países onde não há liberdade de imprensa. Surpreendentemente, estas pessoas vivem em países onde não existe um sistema de democracia ou onde existem graves deficiências no processo democrático. A liberdade de imprensa é um conceito extremamente problemático para a maioria dos sistemas não democráticos de governo, pois, na Idade Moderna, o controle estrito do acesso à informação é fundamental para a existência da maioria dos governos não democráticos e os seus sistemas de controle e de segurança associados aparelho. Para esse efeito, a maioria das organizações das sociedades não democráticas empregam notícias estatais para promover a propaganda crítica para manter uma base de poder político existente e reprimir (muitas vezes de forma brutal, através da utilização de policiais militares ou agências de inteligência), qualquer tentativa significativa de os meios de comunicação ou dos jornalistas de contestar a linha aprovada pelo governo sobre "questões controversas". Nesses países, os jornalistas operam à margem do que é considerado aceitável, muito frequentemente sendo intimidados por agentes do Estado. Isto pode variar de simples ameaças às suas carreiras profissionais até ameaças de mortesequestrotortura e assassinato. A Repórteres Sem Fronteiras relata que, em 2003, 42 jornalistas perderam a vida e que, no mesmo ano, pelo menos 130 jornalistas foram presos como resultado de suas atividades profissionais. Em 2005, 63 jornalistas e cinco assistentes de mídia foram mortos no mundo inteiro.

De acordo com o Índice de Liberdade de Imprensa de 2009, o Irã foi classificado no lugar 172 entre 175 nações. Apenas três outros países - a Eritreia, a Coreia do Norte e o Turcomenistão - tiveram resultados piores que o do Irã.[14] O governo de Ali Khamenei e do Supremo Conselho de Segurança Nacional tinha 50 jornalistas presos em 2007.[15] A Repórteres Sem Fronteiras (RSF) definiu o Irã a "maior prisão do Oriente Médio para os jornalistas".[16]

Regiões fechadas para jornalistas estrangeiros

Bibliografia

  • BUCCI, Eugênio. A Imprensa e o Dever da Liberdade. São Paulo: Contexto, 2008.
  • CABRAL, Bruno Fontenele. Freedom of the press. Precedentes sobre a liberdade de imprensa no direito norte-americano. Jus Navigandi, Teresina, ano 16, n. 2748, 9 jan. 2011. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/18230/freedom-of-the-press>. Acesso em: 16 ago. 2013.
  • DINES, Alberto. O Papel do Jornal. São Paulo: Summus, 1986
  • KUNCZIK, Michael. Conceitos de Jornalismo: norte e sul. São Paulo, EDUSP, 1997.
  • NUNES Jr, Vidal Serrano. Direito e Jornalismo São Paulo: Verbatim, 2011.

Ver também

Referências

  1. ↑ Ir para:a b Landay, Jonathan S. (20 de março de 2008). «Radical Islamists no longer welcome in Pakistani tribal areas». McClatchy Washington Bureau. Consultado em 6 de setembro de 2008
  2. ↑ Ir para:a b Mark Stevens (25 de junho de 2003). «Freedom of the Press». North Carolina Wesleyan College. Consultado em 7 de maio de 2012. Arquivado do original em 3 de maio de 2012
  3. ↑ Ir para:a b Organization for Security and Co-operation in Europe (2012). «Why Free Media Matters». osce.org. Consultado em 7 de maio de 2012 line feed character character in |autor= at position 30 (ajuda)
  4.  Maria Fátima Vaquero Ramalho Leyser. «Direito à liberdade de imprensa» (PDF). Sem Revisão. Consultado em 7 de maio de 2012
  5.  Editora Melhoramentos Ltda (2009). «censura». uol.com.br. Consultado em 7 de maio de 2012
  6. ↑ Ir para:a b c Felipe Recondo (1º de agosto de 2009). «Justiça censura Estadão». Observatório da Imprensa. Consultado em 7 de maio de 2012
  7.  Agnaldo Martino e Ana Paula Sapaterra. «A Censura no Brasil do Século XVI ao século XIX» (PDF). USP. Consultado em 7 de maio de 2012
  8. ↑ Ir para:a b «India praises McCain-Dalai Lama meeting». Washington, D.C.: WTOPews.com. 27 de julho de 2008. Consultado em 6 de setembro de 2008. Arquivado do original em 17 de dezembro de 2008
  9. ↑ Ir para:a b «2021 World Press Freedom Index»Reporters Without Borders. 2021
  10.  «Data of press freedom ranking 2016». Consultado em 2 de dezembro de 2016
  11.  «Scores and Status Data 1980-2015»Freedom of the Press 2015Freedom House. Consultado em 12 de junho de 2015
  12.  Reporters Without Borders. Questionnaire for compiling the 2009 Press Freedom Index Arquivado em 7 de setembro de 2012, no Wayback Machine.
  13.  Reporters Without Borders. How the index was compiled Arquivado em 7 de setembro de 2012, no Wayback Machine.
  14.  «Eritrea ranked last for first time while G8 members, except Russia, recover lost ground»Worldwide Press Freedom Index 2007. Reporters Without Borders. Consultado em 17 de setembro de 2010. Arquivado do rsf.org original Verifique valor |url= (ajuda) em 17 de outubro de 2007
  15.  Power, Catherine. «Overview of the Middle East and North Africa (MENA): Repression Revisited»World Press Freedom Review 2007. International Press Institute region review. nine journalists remain in prison at year’s end and the opposition press has all but been quashed through successive closure orders [ligação inativa]
  16.  «Iran - Annual report 2008». Reporters Without Borders. Arquivado do original em 30 de outubro de 2008
  17.  «Do journalists have the right to work in Chechnya without accreditation?». Moscow Media Law and Policy Center. Março de 2000. Consultado em 6 de setembro de 2008. Arquivado do original em 9 de outubro de 2008
  18.  «Indonesia: Police Abuse Endemic in Closed Area of Papua»Human Rights Watch. 7 de maio de 2007. Consultado em 6 de setembro de 2008Cópia arquivada em 15 de setembro de 2007

Ligações externas

SÃO TIAGO MENOR ou SANTIQAGOI MENOR - 3 DE MAIO DE 2021

 

Santiago Menor

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Para Tiago, filho de Alfeu, veja Tiago, filho de Alfeu. Para Tiago, o Justo, veja Tiago, o Justo.
São Tiago, o Menor
Tiago Menor, por El Greco, 1595
Apóstolo e Mártir
Nascimentono século I a.C. em Galileia
Morteaproximadamente 62 em Jerusalém
Veneração porIgreja AnglicanaIgreja OrtodoxaIgreja Católica
Festa litúrgica3 de maio
AtribuiçõesLivro que representa sua Epístola
PadroeiroMadeira e Funchal
Gloriole.svg Portal dos Santos

Tiago, filho de Alfeu, também conhecido como Santiago Menor ou São Tiago Menor[1] (para distingui-lo de Santiago Maior), é referido pelos católicos romanos no Novo Testamento como um irmão do apóstolo Judas e filho de Maria de Alfeu. Alguns estudiosos e especialistas consideram que ele (Tiago, o menor) e Tiago, o Justo são a mesma pessoa[2].

Apostolado

Tiago consta da lista dos doze apóstolos, da mesma maneira que Santiago Maior: Mt 10:3, Mc 3:18, Lc 6:15, At 1:13. Também é mencionado quando sua suposta mãe aparece em Mc 15:40, onde lhe é dado o epíteto "o menor" (Almeida RA) ou "o mais jovem" (NVI), dependendo da versão, e em Mt 27:56.

Segundo o Evangelho de São Mateus (1) Jesus escolheu doze companheiros para seus discípulos. Simão (que foi chamado de Pedro) e seu irmão André, Tiago e seu irmão João, Filipe, Bartolomeu, Tomé, Mateus, Tiago, Tadeu, Simão Cananeu e Judas Iscariotes. O próprio Jesus os chamou de apóstolos, em Lucas 6: 13, palavra que em grego significa "enviados" e a eles coube a tarefa de iniciar a evangelização do mundo.

Tiago, irmão de João, é conhecido como Tiago Maior e após a crucificação de Cristo, teria saído em direção à Península Ibérica na região da Galiza, para pregar o cristianismo. No entanto, poucos habitantes da região teriam se convertido. Não obtendo o resultado esperado, Tiago teria voltado à Palestina.

No ano de 42 em Cesareia Palestina, Tiago foi perseguido por ordem do rei Herodes Agripa I, que mandou prendê-lo, decapitá-lo e jogar os seus restos para os cães. Diz a lenda que esses restos foram recolhidos por dois de seus discípulos, Atanásio e Teodoro, e levados secretamente à Espanha, local onde Tiago havia manifestado o desejo de ser enterrado. Após sete dias de viagem, de barco, chegaram nas costas galegas de Iria Flávia (2), perto da atual vila de Padrón. Os discípulos de Tiago pediram permissão para a rainha Lupa, uma dama pagã rica e influente, que vivia na vila de Lupariou ou de Francos a pouca distância de Santiago de Compostela, para depositar os restos de seu mestre em seu feudo, mas ela não permitiu que o enterrem em sua propriedade. No entanto, uma onda de milagres atribuídos a Tiago acabaram por convencê-la. Um desses milagres foi presenciado por ela e segundo a tradição foi este o motivo da sua conversão ao cristianismo.

"A chamada rainha Lupa, simulando uma mudança de opinião, levou os dois discípulos ao Monte Iliciano, hoje conhecido como Pico Sacro, e ofereceu-lhes dois bois selvagens que viviam em plena liberdade e mais um carro para transportar os restos do apóstolo Tiago desde Padrón até Santiago. Os discípulos chegaram perto dos animais, que para assombro de Lupa, deixaram que lhes colocassem os arreios mansamente. Frente esta cena, Lupa decide abandonar as suas crenças e converter-se ao cristianismo".(3)

Muitos creem que Tiago foi enterrado num lugar chamado Libredunnum, onde há muito tempo havia um cemitério romano, em 44 d.C.. Com as invasões bárbaras a queda do Império Romano e, posteriormente, com as invasões muçulmanas, o túmulo acabou sendo "esquecido" ou perdido.

Ministério e morte

Flávio Josefo em sua obra Antiguidades Judaicas narra que um certo Tiago tomou para si o encargo de dirigir a Igreja de Jerusalém após a partida de Pedro e que participou ativamente do primeiro Concílio da Igreja, que tratava da questão da circuncisão e da pregação do evangelho para os pagãos, evento este que teria ocorrido por volta de 54 d.C.. De fato, tal tradição é reconhecida e confirmada por Eusébio de Cesareia, que narra ter sido este apóstolo o líder da comunidade cristã daquele local por cerca de dezoito anos e que sua conduta piedosa e atuante provocou a fúria dos sacerdotes judeus, em especial o sumo sacerdote Anás II, que instigaram as turbas a trucidarem o apóstolo, apedrejando-o até a morte. Uma tradição relatada por Eusébio de Cesareia, esta menos confiável, nos conta que por não renegar e tampouco amaldiçoar o nome de Jesus foi atirado do Pináculo do Templo e que sobreviveu à queda, sendo consumado seu martírio com uma pá de pisoeiro.

Identificação de Tiago

Ver artigos principais: Tiago, filho de Alfeu e Tiago, o Justo

Geralmente, Santiago Menor é identificado como sendo o apóstolo Tiago, filho de AlfeuEusébio de Cesareia relata a tradição de identificá-lo como chefe da igreja cristã primitiva em Jerusalém, como Tiago, o Justo.

Epístola de São Tiago

Ver artigo principal: Epístola de Tiago

Ver também

Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Santiago Menor

Referências

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