sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

OBSERVADOR - DESPORTO - 5 DE FEVEREIRO DE 2021

2021 10:57
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Observador

Desporto

Fotografia de Bruno Roseiro
Bruno Roseiro
Editor de Desporto
Sexta,05 Fev 2021
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Quando estava no PAOK, naquela que foi a primeira experiência fora do país contando também com o percurso que teve como jogador, Abel foi recebendo convites concretos e abordagens exploratórias inclusive de Portugal para saltar para um patamar mais elevado. Nunca aconteceu. Mesmo percebendo que dificilmente poderia fazer frente a um Olympiacos com mais plantel e melhores condições, ficou na Grécia, terminou o Campeonato no segundo lugar e arrancou a nova temporada com um surpreendente triunfo na terceira pré-eliminatória da Champions frente ao Benfica. Na terceira semana de outubro, sem derrotas no plano nacional e na fase de grupos da Liga Europa (dois empates), o telefone voltou a tocar com um desafio diferente. E havia algo naquele contacto que funcionava como um chamamento sem retorno. Estudou o clube, estudou os jogadores, estudou o contexto e estudou a realidade do país deixando até a questão salarial num segundo plano. Estudou, aceitou e assinou pelo Palmeiras.

Em três meses e 26 encontros, numa média inferior a um jogo por cada três dias e meio que influenciou a que não fosse ainda mais longe no Campeonato porque a profundidade do plantel para o qual fez apenas uma contratação não permitia (e algumas exibições que tiveram de apresentar uma qualidade de futebol mais económica), o técnico tornou-se apenas o segundo português a ganhar a Taça dos Libertadores e na edição seguinte ao triunfo do Flamengo de Jorge Jesus, após vencer o Santos no Maracanã com um golo apontado no nono minuto de descontos por Breno, única cara nova e que veio da Série B. Antes e depois, entre a ansiedade pela possibilidade de lutar pelo primeiro título da carreira e a descompressão que o desfez em lágrimas, Abel não esqueceu Portugal, a família, os amigos mais próximos e todos os que lhe deram a mão. Por reconhecimento, gratidão e um pedido de desculpas pelo pouco tempo dispensado desde que foi ao Brasil. O treinador tinha uma missão e cumpriu-a na íntegra.

Houve vários pontos importantes ao longo do caminho comtanto de curto como de conquistador: fazer uma apresentação onde mostrou total conhecimento da história do clube e das características dos jogadores, ter ficado a viver por decisão própria no Centro de Treinos do Palmeiras, fazer ver aos jogadores a necessidade de um novo regime com treinos de manhã para tirar melhor partido do pouco tempo entre jogos (mais uma peça que se juntou a uma europeízação crescente da equipa, dentro e fora de campo), superar um período entre novembro e dezembro onde quase todo o grupo foi infetado por Covid-19 incluindo o próprio e onde foi preciso puxar pela imaginação para ir mantendo a mesma fluência de trabalho, criar um espírito de grupo que moldou a equipa para enfrentar os momentos chave e que teve apenas uma quebra em termos mentais na segunda mão da meia-final da Libertadores com o River Plate no Allianz Parque. Sagrou-se campeão sul-americano e também está na final da Taça do Brasil.

Antes, e este ano ainda mais escondido num calendário internacional diabólico para quem anda na alta roda do futebol, existe um Mundial de Clubes – curiosamente no Qatar e em Al Rayyan, cujo clube chegou a sondar Abel ainda antes de todo este sucesso, no início de dezembro. Depois dos habituais apuramentos e qualificações entre equipas de confederações com menor estatuto, já se sabe que o Palmeiras vai defrontar este domingo os mexicanos do Tigres (18h), enquanto o Bayern joga na segunda-feira à mesma hora com os egípcios do Al Ahly. A final será disputada na quinta-feira às 18h, antecedida três horas antes pelo jogo do terceiro e quarto lugares.

Depois de Jorge Jesus ter chegado e brilhado no Flamengo, Jesualdo Ferreira treinou o Santos, Ricardo Sá Pinto esteve no Vasco da Gama e, já esta semana, André Villas-Boas foi apontado ao São Paulo. Se o agora técnico do Benfica abriu um filão no Brasil, Abel consolidou-o e fez com que não fique circunscrito ao Brasil. Tanto é que foi colocado como uma das principais opções para comandar o Marselha depois da saída do próprio Villas-Boas.

Sporting CP v SL Benfica - Liga NOS

A primeira volta do Campeonato chega esta sexta-feira ao fim (e a segunda arranca logo no domingo mas já lá vamos). Uma coisa é certa: de forma surpreendente, o Sporting vai acabar na liderança. Uma coisa pode acontecer ainda: de forma ainda mais surpreendente, o Sporting pode dobrar a prova com seis pontos de vantagem. E esse é um dos aliciantes da deslocação dos leões à Madeira para defrontarem o Marítimo, a única equipa que ganhou nas provas nacionais ao conjunto de Rúben Amorim (19h). À mesma hora, o Benfica volta a não contar com o treinador Jorge Jesus no banco na receção ao V. Guimarães e pode igualar o Sp. Braga na terceira posição em caso de vitória.

Essa diferença ficou acentuada no dérbi, com o Sporting a vencer o velho rival com um golo nos descontos de Matheus NunesRúben Amorim relativizou a “estrelinha” de novo triunfo ao cair do pano mas desde os tempos dos Cinco Violinos, há mais de 70 anos, que os leões não tinham tantos pontos nesta fase. João de Deus, que voltou a ir para o banco como técnico principal por ausência de Jorge Jesus (que vai retomar os trabalhos na próxima semana, mostrando nesta fase significativas melhorias), recusa atirar a toalha ao chão mas tem um obstáculo na história – nunca uma equipa conseguiu recuperar nove pontos de diferença. No rescaldo, e depois das palavras duras no balneário de Luisão, Luís Filipe Vieira reuniu com os capitães e Rui Costa veio a público defender uma reação que mostre quem está à altura para defender um clube como o Benfica. Pelo meio, tocou no “caso Palhinha”, que descreveu como “precedente extremamente perigoso”. Que é, acrescente-se: o Conselho de Disciplina castigou o médio pelo quinto cartão amarelo no Bessa e indeferiu o recurso, o Sporting avançou com recurso para o Tribunal Arbitral de Desporto e viu o Tribunal Central Administrativo do Sul suspender essa sanção em tempo recorde.

Antes, o FC Porto tinha ganho no Dragão ao Rio Ave sem grandes dificuldades mas as poupanças promovidas por Sérgio Conceição numa altura mais densa do calendário tiveram o seu peso no empate sem golos no Jamor frente ao Belenenses SAD. No final, o treinador mostrou o seu desagrado com a arbitragem e sobretudo com o lance que marcou todo o encontro, quando na parte final Nanu teve um choque arrepiante com Kritciuk que relegou o jogo em si para segundo plano. O lateral foi retirado de ambulância para o Hospital São Francisco Xavier, onde já chegou estável e consciente, tendo sofrido uma concussão cerebral e traumatismo vértebro-medular com perda de conhecimento, ficando internado sob observação apesar de não se revelarem alterações de gravidade clínica.

Na 18.ª jornada, o FC Porto desloca-se ao Minho no domingo (20h45) para defrontar o Sp. Braga, que ficou apenas a três pontos depois da vitória frente ao Portimonense (2-1), ao passo que o Benfica recebe o Famalicão na segunda-feira (19h) e o Sporting viaja até Barcelos para jogar com o Gil Vicente na terça-feira (21h). Nos dias seguintes, o futebol continua mas para a Taça de Portugal: o Sp. Braga volta a receber o FC Porto na quarta-feira (20h15) e o Benfica vai ao Estoril na quinta-feira (20h15), em jogos a contar para a primeira mão das meias-finais.

Pelo meio, houve o fecho do mercado e também aqui com o Sporting a ser superior aos rivais diretos: se nos azuis e brancos não houve mexidas, os encarnados trocaram só o reforço Lucas Veríssimo pelos centrais Ferro e Todibo, ao passo que os leões fizeram a contratação mais cara de sempre com o avançado Paulinho além do defesa Matheus Reis e do lateral João Pereira. O antigo jogador do Sp. Braga, descrito pelo novo técnico Rúben Amorim como “o melhor 9 do país”custou 16 milhões de euros por 70% do passe, existindo ainda uma cláusula que obriga os lisboetas a pagarem 7,5 milhões de euros pelos 30% remanescentes caso recusem uma proposta igual ou acima dos 25 milhões. Além disso, os minhotos receberam ainda Borja a título definitivo com um custo de três milhões de euros e a cedência de Sporar até ao final da época. Nota: o conjunto verde e branco ainda vai pagar parte do salário do colombiano e a totalidade do salário do esloveno. Paulinho mostrou-se satisfeito por chegar onde queria, num último dia com muitas histórias menos comuns à mistura como a viagem num avião-ambulância de Gedson.

epa08625664 (FILE) - FC Barcelona's forward Lionel Messi reacts during the Spanish LaLiga soccer match between FC Barcelona and Real Madrid, in Barcelona, Spain, 18 December 2019, re-issued 25 August 2020. Messi has sent a certified letter to the club on 25 August communicating his intentions to leave the club. EPA/ENRIC FONTCUBERTA *** Local Caption *** 55718616

A semana ficou marcada em termos internacionais com a revelação em vários capítulos do contrato de renovação assinado entre o Barcelona e Lionel Messi, que deu ao jogador 555 milhões de euros entre 2017 e 2021 entre várias cláusulas curiosas que metiam até a possível independência da Catalunha. O argentino vai avançar com um processo não só contra o El Mundo (tal como o clube) mas também contra as outras quatro pessoas com acesso ao vínculo mas ainda hoje, num contexto eleitoral e de grave crise financeira dos blaugrana, se discute a perspetiva dos números como um custo ou como um investimento. No primeiro jogo realizado após a divulgação, o número 10 fez o 49.º golo de livre direto frente ao Athl. Bilbao entre 650 no Barça mas Luis Suárez, que foi dispensado no verão por ter um último ano de contrato a custar 15 milhões, continua a fazer a diferença no líder Atl. Madrid (que não conta agora com João Félix, que contraiu Covid-19), que derrotou o Cádiz no oitavo triunfo seguido na Liga.

Em Itália, depois do triunfo frente à Sampdória na Serie A, Ronaldo, que faz esta sexta-feira 36 anos, contribuiu com mais dois golos para a reviravolta em Milão com o Inter na primeira mão das meias-finais da Taça de Itália, tornando-se o jogador das principais ligas com mais jogos a bisar até ao momento (oito). Em Inglaterra, o City continua a somar vitórias atrás de vitórias, tem como perseguidor direto o rival United que esta semana arrasou o Southampton por 9-0 em Old Trafford com mais um golo e duas assistências de Bruno Fernandes (que cumpriu o primeiro ano nos red devils com uma influência nos golos como mais nenhum na Premier) e beneficia da queda a pique do Liverpool, que voltou a perder em Anfield agora com o Brighton. Também o Tottenham de Mourinho, que há dois meses era líder, desceu para o oitavo lugar com duas vitórias nas últimas dez rondas, três derrotas seguidas e, pela primeira vez na carreira do português, dois desaires consecutivos em casa em… 327 encontrosEm França, a semana ficou marcada pela grotesca invasão de centenas de adeptos ao centro de treinos do Marselha com roubos, agressões e vários atos de vandalismo à mistura na semana em que André Villas-Boas pediu a demissão.

Esta semana, os destaques são os seguintes: esta sexta-feira, Hertha Berlim-Bayern (19h) e Fiorentina-Inter (19h45); no sábado, Schalke 04-RB Leipzig (14h30), Huesca-Real Madrid (15h15), Juventus-Roma (17h) e Manchester United-Everton (20h); no domingo, Tottenham-WBA (12h), AC Milan-Crotone (14h), Wolverhampton-Leicester (14h), Liverpool-Manchester City (16h30), Marselha-PSG (20h) e Betis-Barcelona (20h); na segunda-feira, Atl. Madrid-Celta (20h); na terça-feira, Manchester United-West Ham (Taça, 19h30), Juventus-Inter (Taça, 19h45) e Real Madrid-Getafe (20h); na quarta-feira, Swansea-Manchester City (Taça, 17h30), Atalanta-Nápoles (Taça, 19h45) e Everton-Tottenham (Taça, 20h15); na quinta-feira, Wolverhampton-Southampton (Taça, 17h30).

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Este fim de semana ficará também marcado por um dos momentos mais altos do desporto todos os anos mas que, devido à pandemia, tem passado sem o grande protagonismo do costume: o Super Bowl, que coloca desta vez em confronto os Tampa Bay Buccaneers de Tom Brady, que procura o sétimo título na primeira final de sempre que uma equipa consegue fazer no seu terreno (o Raymond James Stadium, em Tampa, na Flórida), e os Kansas City Chiefs de Patrick Mahones, os atuais campeões. Da lotação de 25.000 pessoas pelo protocolo sanitário a todas as restrições no entretenimento antes, durante e depois do jogo deste domingo (23h30), serão muitas as diferenças em relação aos últimos anos mas há um troféu por disputar num dos picos anuais de audiência nos EUA.

Este fim de semana marca também o arranque do Torneio das Seis Nações em râguebi, com a campeã Inglaterra a defrontar na jornada inaugural a Escócia que deixou boa impressão no ano passado (só perdeu com a seleção da Rosa e com a Irlanda, ambas por sete pontos, tendo ganho com uma grande exibição à França). O jogo grande deste arranque realiza-se este sábado às 16h45, depois do Itália-França (sábado, 14h15) e antes do Irlanda-Gales (domingo, 15h), curiosamente as formações que ganharam a competição antes do triunfo inglês em 2020.

O Open da Austrália arranca também na segunda-feira. Como, quando e com quem, ainda não se sabe. Mas entre jogadores que perderam a qualificação em Doha por testarem positivo, atletas fechados nos quartos a treinar contra a parede ou um caso positivo detetado num dos hotéis da organização que obrigou a que mais de 500 jogadores que fazem torneios de preparação em Melbourne Park tivessem de ficar em isolamento até testarem todos negativo, aconteceu um pouco de tudo na antecâmara do primeiro Grand Slam da temporada que nem com um atraso de três semanas em relação à data original e cuidados ao extremo parece passar ao lado da pandemia.

Antes, três notas que merecem ser destacadas (duas pelo mérito, outra por ter passado quase ao lado): Filipe Albuquerque deu prolongamento a um ano de sonho em que foi campeão europeu e mundial de Resistência (além de ter ganho as 24 Horas de Le Mans) e ganhou as 24 Horas de Daytona tendo o último e decisivo percurso nas mãos que voltaram a não tremer; a Dinamarca corrigiu da melhor forma o fracasso no último Europeu com a revalidação da vitória no Campeonato do Mundo de andebol que voltou a ter Mikkel Hansen como MVPAuriol Dongmo esteve em grande destaque no meeting de Karlsruhe, na Alemanha, vencendo o concurso do lançamento do peso com melhor registo pessoal, recorde nacional e melhor marca do ano até ao momento.

EU, A TV E UM COMANDO

6 de fevereiro

16h45Torneio das Seis Nações: Inglaterra-Escócia

7 de fevereiro

23h30Super Bowl: Tampa Bay Buccaneers-Kansas City Chiefs

8 a 22 de fevereiro

00h00Ténis: Open da Austrália

O JOGO EM PALAVRAS

PÓDIO

1

Deram uma equipa a Abel. Abel criou uma família

Quando o jogo estava difícil e já se adivinhava o prolongamento, ouviu-se Abel: "Vamos lá, família!". A família do Palmeiras fez história, conquistou a Libertadores e Abel sucede a Jesus.

2

Filipe Albuquerque vence 24 Horas de Daytona

Após conquistar o Europeu e o Mundial de Resistência na classe LMP2, juntando a isso as 24 Horas de Le Mans, Filipe Albuquerque rumou aos EUA e ganhou a aposta, ao vencer as 24 Horas de Daytona.

3

Auriol Dongmo bate recorde com melhor marca do ano

Auriol Dongmo foi um dos grandes destaques esta sexta-feira no meeting de Karlsruhe, na Alemanha: ganhou prova do lançamento do peso com a melhor marca da carreira, recorde nacional e máximo em 2021.

O MERCADO

Fotografia
SPORTING

Como Paulinho se tornou a maior transferência

No verão, Amorim disse "Paulinho ou ninguém". No inverno, Amorim teve Paulinho, que descreveu como "o melhor 9 do país". As negociações foram longas, difíceis e acabaram com mais umas cláusulas.

TERCEIRO TEMPO

GOLPE DE ESTADO NO HAITI - 2004 - 5 DE FEVEREIRO DE 2021

 


Golpe de Estado no Haiti de 2004

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Golpe de Estado no Haiti de 2004 que aconteceu na sequência de conflitos que ocorreram durante várias semanas no Haiti em fevereiro de 2004. Isso resultou no fim prematuro do segundo mandato do presidente Jean-Bertrand Aristide, em que deixou o Haiti em um avião dos Estados Unidos acompanhado por militares norte-americanos. Existem controvérsias quanto à extensão do envolvimento dos Estados Unidos na partida de Aristide, e se a partida foi voluntária ou não. Aristide afirma que sua partida foi um seqüestro. Um governo interino liderado pelo primeiro-ministro Gérard Latortue (trazido dos Estados Unidos) e o presidente Boniface Alexandre foi instalado.

Tropas norte-americanas em Port-au-Prince em 2004.

História

A crise no Haiti de 2004, surge como uma revolta armada contra Jean-Bertrand Aristide. Este ganhou a presidência do Haiti em fevereiro de 2001, em uma eleição que muitos acusam de não serem livres e justas. Logo foi severamente criticado por não conter a corrupção e nem melhorar a economia do país que estava moribunda.

Devido às acusações da oposição, as eleições não puderam ser realizadas como planejado no final de 2003. Por conseguinte, a validade da maioria dos legisladores expirou em janeiro de 2004, forçando Aristide a governar baseado em decretos. Em dezembro de 2003, sob a pressão crescente, Aristide prometeu novas eleições dentro de seis meses. Ele rejeitou os apelos da oposição para a sua renuncia imediata.

Os protestos anti-Aristide em janeiro de 2004 levaram a confrontos violentos em Port-au-Prince, com várias mortes.

Tropas brasileiras da MINUSTAH no Haiti

Em 5 de fevereiro de 2004, motins eclodiram na cidade de Gonaives. O principal instigador foi um grupo chamado Exército Canibal (que mudou seu nome para Frente pour la Libération et la Nationales Reconstrução), que anteriormente havia apoiado Aristide, e que ficou contra ele, quando seu líder foi morto a tiros em setembro de 2003 alegadamente a mando de Aristide. Os rebeldes tomaram o controle de Gonaives r , e expulsaram a polícia mal-equipadas da cidade. A revolta começou a se espalhar, engordadas por ex-soldados exilado e pelos líderes da milícia (como Louis-Jodel Chamblain), da República Dominicana.

Em 22 de fevereiroCap-Haitien, segunda maior cidade do Haiti, caiu para os rebeldes. No mesmo dia, uma equipe de mediadores, constituído por diplomatas dos Estados UnidosFrançaCanadá e Bahamas apresentou um plano destinado a reduzir o poder de Aristide, mas permitindo-lhe manter a posição até o final do seu mandato constitucional, para um novo governo que inclua a oposição. Apesar de Aristide aceitar o plano, foi rejeitado pela oposição, que continuou a exigir a renúncia de Aristide.

Quando os rebeldes começaram a marchar para o sul da estrada de Port-au-Prince, Aristide cedeu às suas exigências (29 de Fevereiro), renunciou e deixou o país. Seu sucessor foi o presidente do Supremo Tribunal Boniface Alexandre, o que serviu como presidente interino até 2006, quando René Préval foi eleito presidente.

Caricom, que estava apoiando o processo de paz, acusou os Estados Unidos, a França e a comunidade internacional de falhar no Haiti, para permitir a expulsão pela força das armas de um presidente R O democraticamente eleito. O presidente da JamaicaPercival James Patterson, Adisse que o incidente A representava um mal precedente para o mundo, e que mostrou a hipocrisia dos Estados Unidos, que ficaram satisfeitos em ver que um presidente relativamente de esquerda ser retirado do poder (um possível precedente para a Venezuela ou Cuba), embora agindo no interesse da democracia.i

O governo dos Estados Unidos declarou que a crise foi motivada por Aristide, que não estava agindo no melhor interesse do seu país, e que seu afastamento foi necessário para a futura estabilidade do país. As Nações Unidas e a OEA não fizeram nenhuma declaração sobre esse fato.

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