segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

VIADUTO DE MILLAU - FRANÇA - 14 DE DEZEMBRO DE 2020

 


Viaduto de Millau

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Viaduto de Millau
O viaduto superando o vale do Rio Tarn
Nome oficialLe Viaduc de Millau
Arquitetura e construção
DesignCabos e Estais
Início da construção16 de outubro de 2001
Data de abertura14 de dezembro de 2004
Dimensões
Comprimento total2 460 metros (8 071 pés)
Largura32 m (105 pés)
Maior pilar342 m (1 122 pés)
Geografia
Via4 vias da auto-estrada A75
CruzaO Vale do Rio Tarn
LocalizaçãoMillauFrança

Viaduto de Millau (em francêsViaduc de Millau) é uma grande ponte suspensa por cabos que facilita a travessia do vale do rio Tarn, próximo de Millau, no sudoeste da França. Projetada pelo arquiteto inglês Norman Foster e pelo engenheiro francês especializado em pontes Michel Virlogeux, tem 343 metros de altura. Foi inaugurada em 14 de dezembro de 2004 e aberta ao tráfego dois dias depois.[1]

Localização

Localização do viaduto na França.

A ponte situa-se perto de Millau. Antes da sua construção, o tráfego de veículos entre Paris e Barcelona tinha de descer até o vale do rio Tarn, causando pesados congestionamentos, principalmente na época das férias de verão. A ponte agora atravessa o vale pelo ponto mais alto, formando a última ligação entre Clermont-Ferrand, a região do Languedoc e a Espanha, reduzindo consideravelmente o custo de transitar por esta rota. Muitos turistas indo para o sul da França e/ou Espanha seguem esta rota por ser direta e sem pedágio (portagem), exceto o da própria ponte.[2]

O grupo Eiffage opera um pedágio na ponte, para se ressarcir dos custos da construção, segundo contrato com o governo, que dá a companhia direitos de portagem por 75 anos.

Descrição

Comparação da altura do pilar P2 do viaduto com a Torre Eiffel.

O viaduto Millau é formado por oito trechos construídos em aço, suportados por cabos estaiados escorados em sete pilares de concreto (betão) armado. A pista pesa 36 000 toneladas, e tem 2 460m, com 32 m de largura por 4,2m de altura. Forma a maior pista suportada por cabos do mundo. Os seis vãos centrais medem 342 m cada e os outros dois, nas pontas, 204m cada. A pista de rolagem tem uma declividade de 3% do sul para o norte, com curvas suaves de 20 km de raio, o que dá aos motoristas excelente visibilidade. Comporta duas faixas de tráfego de cada lado.

Os pilares medem de 77 até 246 m, com a seção variando de um diâmetro de 24,5 m na base até 11m no alto. Cada um pesa 2 230 toneladas. Os pilares foram construídos primeiro, juntamente com pilares adicionais e temporários em aço, então as rampas deslizaram por eles a uma velocidade de 600 mm a cada quatro minutos, pela força de macacos hidráulicos guiados por GPS.[3]

Construção

Os pilares do viaduto sendo construídos.

A construção começou em 10 de outubro de 2001, e estava planejada para durar três anos, mas as más condições climáticas atrasaram a inauguração. O viaduto foi finalmente inaugurado pelo presidente Jacques Chirac em 14 de dezembro de 2004 e aberto ao tráfego dois dias depois.

Estudos preliminares

Nos estudos iniciais se examinaram quatro opções:

  • Atravessar Millau pelo leste, em duas largas pontes acima do Tarn e o Dourbie;
  • Atravessar Millau pelo oeste, a 12 km de distância, sendo necessárias quatro pontes;
  • Seguir o traçado da Route Nationale 9, provendo bom acesso a Millau, mas ao custo de dificuldades técnicas e intromissões na cidade; e finalmente:
  • Atravessar o meio do vale.

A quarta opção foi escolhida pelo governo em 28 de junho de 1989. Existiam ainda duas opções, a alta e a baixa, esta consistido em construir uma ponte de 200 metros para cruzar o rio, então um viaduto e um túnel no lado do Lazac. Após longos estudos, esta opção foi abandonada por custar mais, interferir com a cidade e aumentar a distância.

Após a escolha do viaduto alto, cinco equipes de arquitetos e pesquisadores trabalharam na busca de uma solução técnica. O conceito da ponte deve-se ao projetista francês Michel Virlogeux. Os arquitetos foram a equipe da empresa Britânica Foster and Partners. Eles trabalharam com a empresa holandesa de engenharia ARCADIS, responsável pelo desenho técnico da ponte.[4]

Implementação

O piso da ponte foi construído no solo, no final do viaduto e deslocado lentamente de uma torre até a outra, com sete torres temporárias, em aço, provendo sustentação adicional. O movimento era monitorado por um sistema controlado por computador, que acionava atuadores hidráulicos que se moviam numa sequência pré-determinada em um intervalo de 600 mm a cada 4 minutos.

Os construtores

Quatro consórcios competiram pelo contrato de construção da ponte:

  • empreiteira espanhola Dragados, com a sueca Skanska e a francesa BEC;
  • A Societé du Viaduc de Millau, das empresas ASF, Egis, GTM, Bouygues Travaux Publics, SGE, CDC Projets, Tofinso (todas da França) e Autostrade (Itália);
  • Generale Routiere, com GTI (França), Cintra, Necso, Acciona e Ferrovial Agroman (Espanha); e
  • Os vencedores, liderados pelo Grupo Eiffage, produto da fusão dos grupos Fougerolles-SEA.

A empreita foi assumida por uma empresa chamada Companhia Eiffage do Viaduto de Millau. O consórcio é composto pela empresa Eiffage nas partes de concreto, a Companhia Eiffel para as partes de aço e a ENERPAC para os suportes hidráulicos.

Custos e recursos

A construção da ponte consumiu mais de 394 milhões de euros, com uma praça de pedágio 6 km a norte adicionando mais 20 milhões. Os construtores, Eiffage, financiaram a construção, pela concessão do direito de recolher pedágio por 75 anos, até 2080. Entretanto se a concessão for muito rentável, o governo tem a opção de assumir a ponte em 2044.

A construção consumiu 127 000  de concreto, 19 000 toneladas métricas de aço para a estrutura e mais 5 000 toneladas métricas de aço pré-estirado para o estaiamento. Os construtores afirmam que a ponte tem uma vida útil estimada em 120 anos.

Tráfego

O tráfego previsto no projeto era de 10 000 veículos por dia logo após a inauguração e de projetados 20 000 veículos em média diária no ano de 2010.

O tráfego real foi de 4 353 799 veículos em 2005, média diária de 11 928. Em 2006 foram 4 347 930, média diária de 11 912. Em 12 de agosto de 2006 registrou-se o recorde de 53 795 veículos que passaram sobre o viaduto. A quantidade é 8% maior que as previsões iniciais.

Panorama do Viaduto de Millau e da Vila de Millau à esquerda.

Referências

  1.  David Bennett (1997). The Architecture of Bridge Design. [S.l.]: Thomas. 126 páginas. ISBN 0-7227-2429-7 GB
  2.  Rita de Sousa (27 de abril de 2013). «FOTOS BELÍSSIMAS: no viaduto de Millau, na França». Veja. Consultado em 13 de janeiro de 2014
  3.  Patrice Goulet (2002). Jacques Hondelatte: des gratte-ciel dans la tête. [S.l.]: Norma. 115 páginas. ISBN 2-909283-65-8 GB
  4.  Larry P. Ritzman,Lee Krajewski (2010). Management des opérations: Principes et applications. [S.l.]: Pearson. 73 páginas. ISBN 978-2-7440-7452-3 GB

Ver também

ACORDO DE DAYTON - 14 DE DEZEMBRO DE 2020

 


Acordo de Dayton

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Autoridades assinando os acordos de Dayton.
Estabelecimento na Bósnia e Herzegovina da República Sérvia e da Federação da Bósnia e Herzegovina, segundo o acordo de Dayton

Quadro Geral para a Paz na Bósnia e Herzegovina, também conhecido como Acordo de Dayton ou Protocolo de Paris é o acordo a que se chegou na Base Aérea Wright-Patterson, perto de Dayton, no estado norte-americano do Ohio, em Novembro de 1995 e formalmente assinado em Paris a 14 de Dezembro desse mesmo ano. Este acordo pôs fim ao conflito de três anos e meio na Bósnia e Herzegovina.[1]

Por intermédio do então presidente Bill Clinton, foi dado seguimento do tratado e estipulou-se a formação de duas entidades territoriais na Bósnia, então devastada pela Guerra da Bósnia, tornando-a um Estado dividido. De uma lado, foi criada a Federação Bósnio-Croata ou Federação Muçulmano-Croata, controlada por bósnios muçulmanos e bósnios croatas e, de outro, a República Srpska (República da Sérvia ou República Sérvia da Bósnia), governada por sérvios.

Ver também

Referências

  1.  «Acordo de Dayton»Encyclopædia Britannica Online (em inglês). Consultado em 15 de dezembro de 2019
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EFEMÉRIDES - WIKIPÉDIA - 14 DE DEZEMBRO DE 2020

 

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Ano:2020
Década:2020
Século:XXI
Milênio:3.º

14 de dezembro é o 348.º dia do ano no calendário gregoriano (349.º em anos bissextos). Faltam 17 para acabar o ano.

Eventos históricos

1995: Assinatura do Acordo de Dayton

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