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Chang'e 5-T1 foi uma missão lunar experimental chinesa que foi lançada com sucesso no dia 23 de outubro de 2014 às 18h00 UTC, por meio de um veículo Longa Marcha 3C/G2 a partir do Centro Espacial de Xichang,[1][2] pela Administração Espacial Nacional da China (CNSA) para a realização de testes da cápsula de reentrada projetada para ser usada na missão planejada Chang'e 5.[1][3][4][5] Como parte final do Programa Chinês de Exploração Lunar, a Chang'e 5, prevista para 2017, será uma missão lunar de retorno de amostras.[6] Assim como suas antecessores, a sonda recebeu o nome da deusa da Lua chinesa Chang'e.
A cápsula de reentrada da Chang'e 5-T1, depois de atravessar 840 mil quilômetros durante sua missão de oito dias, retornou à Terra e aterrissou com sucesso em Bandeira de Siziwang, na Mongólia Interior, China, no dia 31 de outubro de 2014, às 22h42 UTC.[7]
Essa sonda teve como missão testar as tecnologias que são vitais para o sucesso da futura missão Chang'e 5 que irá recolher amostras da superfície lunar e trazê-las para a Terra. A Chang’e-5-T1 foi lançada numa órbita de transferência lunar e após realizar uma passagem (fly-by) em torno da Lua, reentrando posteriormente na atmosfera terrestre após um voo com duração de 8 dias.[8]
Essa missão de testes teve como objetivo demonstrar se o equipamento corresponderia à precisão dos cálculos necessários para a trajetória de retorno livre, e se a cápsula resistiria à reentrada atmosférica, que ocorre em uma velocidade muito superior do que as cápsulas de reentradas comum usadas para missões em órbita terrestre baixa.[8]
A missão foi concluída com sucesso, a Chang'e 5-T1 pousou como o previsto em um ponto da Mongólia Interior, com uma precisão de 40 metros, foi localizada pela equipe de busca em menos de 5 minutos.[8]
Ela consistia em uma nave espacial DFH-3A "do tipo Chang'e 2" com a cápsula de retorno Chang'e 5, lançada por um foguete Longa Marcha 3C/G2 em uma trajetória de retorno livre lunar. Ela fez um loop por trás da Lua e retornou à Terra, testando a alta velocidade da reentrada atmosférica.[9]
A Chang'e 5-T1 também levava uma carga privada chamada de missão 4M[12] (Manfred Memorial Moon Mission) para a empresa de tecnologia espacial alemã, a OHB-System, em homenagem ao fundador da empresa, Manfred Fuchs, que morreu em 2014. A gestão técnica da missão 4M será realizada pela LuxSpace. A carga pesa 14 kg e contém dois instrumentos científicos. O primeiro instrumento é um sinal de rádio para testar uma nova abordagem para a localização de naves espaciais. Radioamadores serão incentivados por meio de distribuição de prêmios a quem receber as transmissões e enviar os resultados de volta para a LuxSpace.[13][14] O segundo instrumento, um dosímetro fornecido pela empresa espanhola iC-Málaga, irá medir continuamente os níveis de radiação ao longo caminho circunlunar do satélite.[15][16]
A missão 4M completou o seu fly-by lunar no dia 28 de outubro de 2014. Os sinais enviados pela carga de rádio-amador foram recepcionados em várias localidades do planeta, tais como Europa, China, Japão, Austrália, Nova Zelândia, Argentina, Brasil, Malásia, México, Índia e Rússia.[17]
A sonda também transportava experimentos sobre efeitos de radiação em bactérias e plantas.[18]