quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

10 Sinais De Que Seus Rins Estão Pedindo Socorro

[4k, 60 fps] Arrival of a Train at La Ciotat (The Lumière Brothers, 1896)

Renée Zellweger - Over The Rainbow (From 'Judy' / Lyric Video)

DO TEMPO DA OUTRA SENHORA - 123 DE FEVEREIRO DE 2020

Do Tempo da Outra Senhora


Posted: 12 Feb 2020 05:10 AM PST

João Fortio (1951- )

João Manuel Pires Fortio nasceu a 12 de Dezembro de 1951 na freguesia de Santo André do concelho de Estremoz. Filho legítimo de Arménio João Marvão Fortio, de 29 anos, bancário, natural de Veiros no concelho de Estremoz e de Aida Leonisa da Graça Pires, de 23 anos, doméstica, natural da freguesia de São Saturnino do concelho de Fronteira, ambos moradores na Rua Brito Capelo, nº 17, em, Estremoz (297). No IADE tirou o Curso de Design de Interiores e na tropa frequentou o Curso de Fotografia e Cinema dos Serviços Cartográficos do Exército. Foi Professor de Educação Visual e de Educação Visual e Tecnológica na Escola Preparatória Sebastião da Gama, funções que desempenhou a partir de 1978 até à sua aposentação, em 2008. Desenhador, Pintor e Ceramista, nele as várias formas de expressão artística surgiram espontaneamente em distintos instantes: Desenho (1961), Pintura (1968), Cerâmica (1982) e hoje completam-se umas às outras. Em qualquer das formas de expressão artística que cultiva, o Artista tem palmilhado diversas fases que se completam e o completam. Na Cerâmica começou por recriar os Bonecos de Estremoz, pois além de executar os “Bonecos da Tradição”, criou muitos outros modelos, o que aconteceu entre 1982 e 1996. Partiu depois para a Azulejaria. O seu ateliê começou por ser na sua residência, na Avenida Dr. Marques Crespo, 31. Dali transitou par o Largo Dom Dinis, 8 e acabou por se fixar na Horta do Forinho em São Bento do Ameixial, onde, depois de um longo interregno na arte bonequeira, resolveu agora retomar a actividade. De salientar a sua participação em múltiplas edições das Feiras de Arte Popular e Artesanato do Concelho de Estremoz, na dupla condição de bonequeiro e de azulejista. Ensinou Cerâmica na Escola Profissional da Região Alentejo, tendo ainda elaborado o programa de Cerâmica para o 2º ciclo do Ensino Básico, visando criar a disciplina de Cerâmica como oferta de Escola. Na condição de Ceramista é membro fundador da Associação de Artesãos do Concelho de Estremoz. Na sua actividade artística, a Pintura é dominante e impõe-se ao Desenho e à Cerâmica, de tal modo que se fosse forçado a expressar-se plasticamente de uma forma única, escolheria a Pintura, que para ele é um modo de dar vida (cor, forma, luz, movimento) e algum sentido ao imaginário que o povoa no quotidiano Para a definição da sua identidade artística muito contribuíram Picasso, Almada Negreiros e E. C. Escher. E Professores como Espiga Pinto e Lima de Freitas. Tem participado em múltiplas exposições colectivas e individuais, com Desenhos, Pinturas e Cerâmica diversa, sendo de salientar os Salões da Primavera do Estoril na década de 70, o Festival de São Lucas de Évora nos anos 80 e a Exposição Retrospectiva de 40 anos de Actividade Artística em 2008 no Centro Cultural Dr. Marques Crespo em Estremoz, numa organização da Associação Filatélica Alentejana. Está representado em muitas colecções particulares e espaços públicos da Europa, Estados Unidos, Argentina, Brasil e Tailândia, entre outros. Além de artista plástico, é escritor. Publicou até hoje: Orvalho do Sol (2008), Demasiado / too much (2008), Promontório da Utopia (2011), Livro dos Prefácios 1 (2011) e Cento e tal Sonetos (2012). Tem diversos livros no prelo. Anteriormente acontecera uma incursão pelo jornalismo nos Brados do Alentejo e no Eco de Estremoz, onde foi repórter desportivo e cobriu acontecimentos mundanos
  
Pastor (1996). João Fortio (1951- ). Colecção e fotografia de Adelino Caravela.
Posted: 12 Feb 2020 11:06 AM PST

Fernanda de Castro

O SACO DE RETALHOS
FERNANDA DE CASTRO (1900-1994)

O Saco de Retalhos

Velho saco, onde estavas? No baú
das coisas mortas,
esquecidas como tu?
Guardado na gaveta
como as sedas, as cassas,
os ramos de violeta,
a poeira e as traças?

Velho saco, onde estavas? Pendurado
numa daquelas portas
que um dia se fecharam
sobre a infância, o passado,
e nunca mais se abriram?

Ou no sótão,
na trouxa dos farrapos,
misturado com os trapos?

Velho saco dos tempos esquecidos,
nos teus retalhos desbotados
reconheço os meus bibes,
as chitas e os percais dos meus vestidos.

Estes velhos riscados
foram saias, corpetes, aventais
de criadas que então eram meninas.
E estas cambraias, estas sedas finas,
usou-as minha mãe.

Ó velho saco, feito de retalhos,
rever-te fez-me bem.
Este linho desfeito, remendado,
foi lençol de noivado,
e quantas vezes te vi pôr na cama,
ó minha ama,
esta chita vermelha de ramagens.
Meu velho saco, meu livro de imagens,
rever-te fez-me bem.

Não sei, porém,
que travo amargo esta alegria tem,
que tristeza me fez, que nostalgia,
ver surgir na distância
a minha infância,
descosida, em farrapos,
e reencontrar a minha mocidade
remendada e puída
numa saca de trapos.

Ó saco, ó velho saco de farrapos,
já não sei, afinal,
se ver-te me fez bem ou me fez mal.

FERNANDA DE CASTRO (1900-1994)


OBSERVADOR - 13 DE FEVEREIRO DE 2020

360º

Fotografia de Filomena MartinsFilomena Martins
Diretora Adjunta
Quinta-feira, 13 fevereiro 2020
Enquanto dormia…
… a discussão sobre a eutanásia aqueceu e passou a dominar o discurso político, social e religioso nacional.  Entre as muitas divisões, abriu-se um enorme fosso entre os que defendem um referendo e os que apoiam alguma das propostas dos cinco partidos para despenalizar a morte medicamente assistida que dentro de uma semana — na próxima quinta-feira, 20 — vai a votos no Parlamento. A nível mundial, é do coronavírus — agora baptizado covid-19 — que se continua a falar. O surto da doença não dá sinais de abrandar, o último balanço é já de 1.357 mortos e mais de 60 mil infectados, e começam a sentir-se os efeitos colaterais: depois de vários cancelamentos desportivos, tecnológicos e políticos, o Japão garante, para já, a realização dos Jogos Olímpicos, mas criou um grupo de trabalho para acompanhar tudo o que se está a passar. Nota ainda para mais uma notícia do Observador sobre novas coimas a Tomás Correia e ao Montepio por parte do Banco de Portugal. E também para a qualificação do FC Porto para a final da Taça de Portugal: jogará com o Benfica a 24 de Maio.

Eutanásia. As cinco propostas dos partidos detalhe a detalhe e a onda pelo referendo

O Parlamento deu ontem início à discussão sobre a eutanásia e a comissão parlamentar aprovou por unanimidade o parecer sobre as iniciativas legislativas do PS, BE, PEV e PAN sobre a despenalização da morte medicamente assistida. De fora desta reunião ficou apenas o diploma do Iniciativa Liberal, por “falta de tempo útil para ser apreciado”. Mas, depois de uma primeira tentativa em 2018, onde nenhum projeto de lei foi aprovado, o Parlamento vai mesmo levar o tema de novo a votos já na próxima quinta-feira, dia 20. O debate instalou-se, as posições extremaram-se, pelo que importa ir aos detalhes. Foi o que fizeram a Rita Dinis e a Rita Penela:

Coronavírus. Como o surto da doença está a cancelar eventos desportivos, tecnológicos e políticos

As consequências do surto da nova estirpe do coronavírus, o Covid-19, começam a fazer-se sentir-se em várias áreas, económicas, sociais e políticas. Com o número de mortos a atingir os 1.357 (mais 242 vítimas num só dia) e os infectados a ultrapassar os 60 mil em todo o mundo, cientistas e investigadores continuam reunidos para coordenar respostas, mas uma vacina ainda deve demorar um ano e meio a ser desenvolvida e a OMS diz que é muito cedo para prever o fim da epidemia. E nesta corrida contra o tempo, a opção está a ser jogar pelo seguro: várias provas desportivas foram já canceladas, com grande destaque para o Grande Prémio da China em Fórmula 1, marcado para o circuito de Xangai, a 19 de Abril. A Organização dos Jogos Olímpicos em Tóquio também está “preocupada” e criou um grupo de trabalho. O Dalai Lama também decidiu anular todas as aparições públicas que tinha previsto. Seis marcas cancelaram a participação na semana da moda em Paris. E o maior evento de smartphones do mundo, o Mobile World Congress de Barcelona, foi cancelado (não arriscando, como a Samsung fez em S. Francisco). Economicamente falando, em Macau houve menos 80% de passageiros e 57% de voos em 10 dias e a ocupação de hotéis caiu para 16%. E a OPEP prevê um recuo de 19% no consumo estimado de petróleo para 2020. O medo tomou conta da China, onde tudo (mas mesmo tudo) serve de protecção, como pode ver na fotogaleria.

O 10.º FC Porto-Benfica na final da Taça, o candidato portista que afinal não o é, e o relato do agressor de Alcochete

Acabo com desporto, com um resumo alargado do dia de ontem, começando pela vitória do FC Porto frente ao Académico de Viseu por 3-0 que valeu a qualificação dos portistas para a final da Taça pelo segundo ano consecutivo, com a ajuda do sorriso de Nakajima, que até se lesionara no aquecimento. A 24 de Maio jogar-se-á assim o décimo clássico no Jamor (16 anos depois!), com clara vantagem histórica dos encarnados, que ganharam oito dos nove jogos decisivos entre os quais o último, em 2004.
Continuando no FC Porto, ontem apareceu o nome de um candidato a candidato a adversário de Pinto da Costa nas próximas eleições. Começou como rumor, ganhou contornos de certeza, ficou como vontade: João Rafael Koehler foi desafiado por um grupo de sócios para avançar para a presidência do FC Porto mas acabou a dizer que não avança. Koehler é “portista, sócio, adepto, acionista, investidor (ex-Lago dos Tubarões)”, mas não candidato (para já), apesar de achar “saudável mais do que uma lista”.
No Benfica, a notícia é a lesão de Gabriel, que o vai afastar dos relvados por tempo indeterminado. Trata-se de um problema ocular que faz com que o olho não se mexa com normalidade. O nome da doença é complicadíssimo: parésia do VI par craniano esquerdo, com limitação da abdução, que condiciona dipoplia.
Por fim, no Sporting, o jogo continua nos tribunais com o caso das agressões de Alcochete. Ontem foi a vez do primeiro arguido falar: Tiago Neves contou na primeira pessoa os motivos, a bazófia no Whatsapp, o encontro e a fuga (errada). À tarde foi a vez de Bas Dost, a última testemunha, prestar depoimento via Skype, fazendo o relato de um dia de terror: “Fiquei no chão inconsciente. Passaram, viram-me sangrar e não me tocaram. Ainda tenho a cicatriz”.

E agora, se já está bem desperto, óptimo. Caso contrário é melhor preparar-se. Vou escrever devagarinho para não se assustar muito: “Quem matou António Sala?”. Sim, esse, o senhor rádio. Não, também não é caso para ficar devastado. É só uma radionovela. É a fingir. Mas que ele levou muito a sério quando aceitou ter uma participação especial neste novo podcast da Rádio Observador. O melhor é espreitar os bastidores, as críticas que Sala por cá andou a fazer e que terão levado ao seu ‘assassínio’, porque o resto da história da radionovela vai desenvolver-se a partir daí. E depois ouvir o primeiro capítulo que hoje estreamos neste nosso primeiro dia da Rádio.

MAIS NOTÍCIAS IMPORTANTES

OS NOSSOS ESPECIAIS

A NOSSA OPINIÃO

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Dizer não à ida de Centeno para governador do BdP é necessário para a protecção da independência do BdP. Que o líder do PSD não o entenda é uma incompreensível conivência com os interesses do PS.
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Fernando Medina prometeu 6000 casas de renda acessível, mas não produziu uma única. Foi ao baú de velharias e até usa os tarecos do Dr Salazar para mostrar 120 casas como se fossem uma obra inovadora
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É paradoxal que a liberdade com que justificam a eutanásia venha ser deliberada por outros e que a outros seja entregue a sua execução. Toda esta construção é movediça. Muito movediça.
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O PSD joga hoje tudo na tentativa de criar instabilidade entre o PS e os partidos à sua Esquerda, predispondo-se a votar favoravelmente iniciativas que são totalmente desconformes à sua matriz.
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Castiga-se os poucos que ainda sobrevivem onde e do sustento que mais ninguém quer exigindo, impondo, taxando, multando, expropriando, para fazerem as tarefas que nem o Estado faz naquilo que é seu.
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Os nossos avós faziam “policultura” porque tinham famílias numerosas a trabalhar de graça e “moços de lavoura" muito baratos. Muitos eram os vossos pais e avós, que há muito emigraram para a cidade.

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A nossa radionovela: Quem matou António Sala?

No dia da Rádio, o Observador estreia uma radionovela, com a participação especial de António Sala: foi apanhado a dizer mal dos nossos podcasts e alegadamente assassinaram-no. Veja os bastidores.
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