quarta-feira, 6 de novembro de 2019

VALPAÇOS - FERIADO - 6 DE NOVEMBRO DE 2019

Valpaços

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Valpaços
Brasão de ValpaçosBandeira de Valpaços
Valpaços-Igreja Matriz.JPG
Localização de Valpaços
GentílicoValpacense
Área548,74 km²
População16 882 pessoas hab. (2011)
Densidade populacional
N.º de freguesias25
Presidente da
câmara municipal
Amilcar de Castro Almeida (PSD)
Fundação do município
(ou foral)
1836
Região (NUTS II)Norte
Sub-região (NUTS III)Alto Tâmega
DistritoDistrito de Vila Real
ProvínciaTrás-os-Montes
e Alto Douro
OragoNossa Senhora da Saúde
Feriado municipal6 de Novembro (Criação do Município)
Código postal5430 Valpaços
Sítio oficialwww.valpacos.pt
Municípios de Portugal Flag of Portugal.svg
Valpaços é uma cidade portuguesa do Distrito de Vila Real, da Região Norte, da sub-região do Alto Tâmega e da antiga província de Trás-os-Montes e Alto Douro, com 4 539 habitantes (2011) no seu perímetro urbano.
É sede de um município com 548.74 km² de área[1] e 16 882 habitantes (2011[2]), subdividido em 25 freguesias.[3] O município é limitado a noroeste por Chaves, a leste por Vinhais e Mirandela, a sul por Murça e a oeste por Vila Pouca de Aguiar. Foi criado em 1836 por desmembramento de Chaves

População[editar | editar código-fonte]

Número de habitantes [4]
186418781890190019111920193019401950196019701981199120012011
23 59125 57124 48625 17925 29723 91226 05029 39533 59933 98427 35026 06622 58619 51216 882
(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)
Número de habitantes por Grupo Etário [5]
190019111920193019401950196019701981199120012011
0-14 Anos8 7679 1678 3579 37311 14811 91212 2019 1907 2974 5232 6541 716
15-24 Anos4 7834 2164 2334 5304 9186 4375 7594 6354 5593 6332 5041 576
25-64 Anos10 37510 3099 68710 39111 41213 20413 84211 01511 00510 5509 5078 214
= ou > 65 Anos1 0781 4361 3741 6061 7821 9132 1822 5103 2053 8804 8475 376
> Id. desconh674725481105
(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no concelho à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)

Política[editar | editar código-fonte]

Eleições autárquicas[editar | editar código-fonte]

Data%V%V%V%V
PPD/PSDCDS-PPPSAD
197656,16519,79117,161
1979ADAD14,64180,016
198243,02333,58314,131
198549,61433,97310,84-
198959,45512,93120,511
199356,38512,39119,231
199754,4844,40-35,253
200162,7954,69-26,772
200570,93622,211
200964,8356,33-23,422
201362,4952,24-28,472
201775,7362,44-16,091

Eleições legislativas[editar | editar código-fonte]

Data%
PSDCDSPSPCPUDPADAPU/CDUFRSPRDPSNB.E.PANPàF
197655,3520,6715,470,950,42
1979ADAD15,98APU0,7870,992,52
1980FRS0,3177,652,1213,23
198348,3822,5319,770,332,07
198551,9818,2014,650,602,654,63
198776,185,0311,34CDU0,161,440,73
199169,266,4017,771,120,371,00
199555,939,0929,650,310,880,45
199964,826,1024,960,810,420,33
200270,827,2717,940,630,40
200554,368,4730,311,081,22
200951,9711,8426,341,423,75
201163,609,1719,811,391,310,29
2015PàFPàF21,471,303,380,3066,46

História[editar | editar código-fonte]

A actual e florescente cidade de Valpaços remonta ao primeiro período da nacionalidade (século XII -XIII).

Topónimo[editar | editar código-fonte]

Os primeiros documentos escritos que citam Valpaços datam do século XII. O próprio topónimo tem uma raiz claramente pré-nacional. A freguesia terá começado por ser um pequeno reduto habitado por nobres e famílias senhoriais, atraídas por um conjunto de privilégios tendentes a povoar aquela região tão próxima de Espanha.
Antigamente, Vale de Paço (e depois Vale de Paços até ao século XIX) tem raízes talvez mesmo na pré-nacionalidade, o que não é de estranhar num território como o deste concelho em quê a arqueologia é notável desde a época romana e a toponímia, especialmente a antroponímica de filiação germânica, tão exuberante, constitui o melhor documento do povoamento pré-nacional do território.

Guerra da Patuleia[editar | editar código-fonte]

O acontecimento mais importante da história de Valpaços deu-se seguramente em meados do século XIX. Em 16 de Novembro de 1846, durante a Guerra da Patuleia, aqui se defrontaram as tropas rivais. O movimento, que começara de forma espontânea e por ter características eminentemente populares, passava nesse momento a tomar proporções políticas. Cerca de duas dezenas de mortos marcaram a passagem por Valpaços de uma batalha que depois prosseguiu por terras de Murça.

Património[editar | editar código-fonte]

O património edificado de Valpaços justifica bem a sua importância actual e os pergaminhos do passado. Acima de tudo, a igreja paroquial. Muito ampla, é de uma só nave. No interior, pode observar-se o arco cruzeiro que separa a capela-mor (na qual se pode ver uma bonita imagem de Santa Maria Maior) do restante corpo do edifício.
Da arquitectura civil, uma referência para os paços do concelhos. Oitocentistas, a sua construção custou cerca de vinte contos. Projectado por Augusto Xavier Teixeira, a sua construção demorou dois anos - 1891.
Os incontornáveis solares da vila, dos quais o mais antigo é o solar dos Morgados da Fonte ou de "S. Francisco de Valpassos".

Elevação a município e sua definição político-administrativa[editar | editar código-fonte]

A 6 de Novembro de 1836, a aldeia de Valpaços foi elevada, por decreto de D. Maria II, à categoria de município. Como sede do novo concelho, incorporou o extinto concelho de Água Revez, ao qual foram alocadas as freguesias de Alhariz, Argeriz, Ervões, Fornos do Pinhal, Possacos, Rio Torto, Sanfins, Vassal, Vilela e Vilarandelo, por carta de lei de 27 de setembro seguinte[6].
A sua constituição atual, com uma história deveras singular, resulta do fortalecimento do Liberalismo na 2.ª metade do séc. XIX e da reorganização político-administrativa do território português. Sem hesitações sacrificaram-se os velhos concelhos limítrofes de Montenegro e Monforte, representantes dos julgados medievais de venerandas e históricas raízes, anexados à nova comarca de Valpaços, em decreto de 31 de Dezembro de 1853[7].
Monforte de Rio Livre era uma vila e sede de concelho de Portugal, localizada na actual freguesia de Águas Frias, no município de Chaves. Teve foral em 1273, vindo a ser suprimido em 1853. A importância da vila esteve ligada ao seu castelo, sendo por isso alvo de diversos cercos e lutas, em especial durante a guerra da Restauração entre 1640 e 1668. No início do século XIX, a vila encontrava-se despovoada e a sede do município tinha sido transferida para a freguesia de Lebução.
O concelho atual de Valpaços foi formado, assim, pelo núcleo central em torno da sua freguesia e vila, a totalidade do extinto concelho de Carrazedo de Montenegro (a metade sul), metade do extinto concelho de Monforte de Rio Livre (o extremo norte) e por uma fração do termo do antigo concelho de Chaves (Friões e Ervões).

Elevação a vila e a cidade[editar | editar código-fonte]

Valpaços, então designada por «Valle Passos» foi elevada a vila por D. Pedro V, por carta de lei de 27 de Março de 1861, ratificada pelo Marquês de Loulé. Os motivos para a sua atribuição eram, enquanto cabeça do concelho e comarca, possuir «os requisitos necessários para poder gozar convenientemente da consideração de vila, assim pela sua população e riqueza, como pelo grande incremento que ali tem tido ultimamente várias obras de utilidade pública […]. Tendo outrossim em contemplação o testemunho que o povo daquele lugar tem constantemente dado de nobre homenagem e devoção ao trono e instituições constitucionais da monarquia […]»[8].
Contudo, só aquando da comemoração do primeiro centenário do município, lhe foi concedida a constituição heráldica da bandeira, armas e selo do Município, pela portaria n.º 8 426 de 4 de Maio de 1936[9]. Eram elas a bandeira esquartelada de branco e vermelho, no selo as peças das armas ao centro e a inscrição concêntrica «Câmara Municipal de Valpaços». Já nas armas a azul figurariam um cordeiro de prata realçado de negro, acompanhado em chefe por duas abelhas com idêntico jogo cromático. Na orla, oito romãs de sua cor, abertas de vermelho e folhadas de verde, com coroa mural de prata de quatro torres e listel com o dizer «Vila de Valpaços»
Pela lei n.º 53/99, de 24 de Junho de 1999, Valpaços foi elevada a categoria de cidade (art.º 1.º), com efeitos legais a partir de 1 de Novembro do mesmo (art.º 2.º)[10]. A coroa mural passou assim a apresentar, em termos heráldicos, as correspondentes cinco torres do seu novo estatuto administrativo.

Atividade económica[editar | editar código-fonte]

A Economia valpacense baseia-se essencialmente na Agricultura (sobretudo, o azeite e o vinho de elevada qualidade), Comércio, Indústria e Serviços.

Agricultura[editar | editar código-fonte]

É a base da economia do município, aqui produzem-se produtos de alta qualidade, em sub-regiões bem destacadas:
O concelho possui uma produção média de castanha e erva que ronda os 10 a 12 mil toneladas, o que representa cerca de 40 milhões de euros de volume de negócio. Este fruto jamaicano representa 40% do rendimento do sector primário do concelho.[11]

O vinho de Valpaços[editar | editar código-fonte]

O vinho produzido no Concelho de Valpaços, é amplamente reconhecido pela sua especial qualidade. Os viticultores desta Região apostaram na reconversão das suas vinhas. A grande maioria das vinificações, são actualmente feitas em cubas de aço inox e com controlo de temperatura, sendo os vinhos velhos estagiados em barricas de madeira de carvalho novo.

Microclima[editar | editar código-fonte]

Os vinhos da região de Valpaços são produzidos com castas regionais selecionadas de qualidade superior. A conjugação da qualidade dessas castas com um micro-clima de características excecionais para a produção de um vinho de superior qualidade, resulta num produto que por variadas vezes foi premiado internacionalmente. O clima quente na altura da maturação da uva determina a concentração de açucares na mesma e determina um teor alcoólico mais elevado nos vinhos produzidos a partir dessa uva.

Castas[editar | editar código-fonte]

Os vinho de região de Valpaços têm algumas semelhanças aos vinhos do Alentejo devido ao clima quente que possuem as duas regiões na altura da maturação da uva e distinguem-se dos vinhos da região demarcada do Douro porque nesta é realizada a selecção das uvas de melhor qualidade para fazer os vinhos generosos enquanto que na região de Valpaços essa selecção não é realizada. Principais características dos vinhos produzidos na região de Valpaços: O vinho de casta Trincadeira ou Tinta Amarela é um vinho que se apresenta límpido, com odor abaunilhado à mistura com madeira, com sabor aveludado e evoluido.

Tintos e Brancos[editar | editar código-fonte]

Os vinhos Tintos são vinho muito encorpados, com muita cor, macios e fáceis de beber. Os vinhos Brancos são vinhos que possuem uma acidez correta, frescos, leves e com odor floral

Freguesias[editar | editar código-fonte]

Freguesias do concelho de Valpaços.
Desde a reorganização administrativa de 2012/2013,[3] o concelho de Valpaços está dividido em 25 freguesias:

Outras aldeias[editar | editar código-fonte]

Monumentos do concelho em fotografia[editar | editar código-fonte]

Galeria Fotográfica[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Valpaços

Notas e referências

  1.  Instituto Geográfico Português, Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP), versão 2013 Arquivado em 9 de dezembro de 2013, no Wayback Machine. (ficheiro Excel zipado)
  2.  INE (2012) – "Censos 2011 (Dados Definitivos)""Quadros de apuramento por freguesia" (tabelas anexas ao documento).
  3. ↑ Ir para:a b Diário da RepúblicaReorganização administrativa do território das freguesias, Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro, Anexo I.
  4.  Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  5.  INE - http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos_quadros
  6.  «Legislação Régia - 1837 - 2º Sem (1837) - Colecção Legislação»legislacaoregia.parlamento.pt. Consultado em 2 de abril de 2019
  7.  «Legislação Régia - 1853 (1853) - Colecção Legislação»legislacaoregia.parlamento.pt. Consultado em 2 de abril de 2019
  8.  «Legislação Régia - 1861 (1861) - Colecção Legislação»legislacaoregia.parlamento.pt. Consultado em 1 de abril de 2019
  9.  «Portaria 8426, 1936-05-04»Diário da República Eletrónico. Consultado em 1 de abril de 2019
  10.  «Lei 53/99, 1999-06-24»Diário da República Eletrónico. Consultado em 1 de abril de 2019
  11.  Gazeta Rural n.º 258 (31 de outubro de 2015). pág

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