segunda-feira, 14 de outubro de 2019

SOARES DOS REIS - ESCULTOR - NASCEU EM 847 - 14 DE OUTUBRO DE 2019

António Soares dos Reis

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Disambig grey.svg Nota: Se procura o largo e jardim homónimos, em Vila Nova de Gaia, veja Largo de Soares dos Reis.
Soares dos Reis
Nome completoAntónio Soares dos Reis
Nascimento14 de outubro de 1847
Vila Nova de GaiaPortugal
Morte16 de fevereiro de 1889 (41 anos)
Vila Nova de GaiaPortugal
NacionalidadePortuguês
OcupaçãoEscultor
António Manuel Soares dos Reis (Vila Nova de GaiaMafamude1847 – Vila Nova de Gaia1889) foi um importante escultor português.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Escultor Soares dos Reis (1882), por Marques de Oliveira
Filho de um tendeiro, nasce na freguesia de Mafamude, Vila Nova de Gaia, Soares dos Reis cursou a Academia Portuense de Belas Artes onde foi aluno de Fonseca Pinto, tendo concluído o curso de escultura em 1866.
Em 1867 foi para Paris, tendo vencido o concurso com um busto, Firmino, com espírito romântico que a escultura portuguesa não conhecera ainda. De Paris, onde foi aluno de Jouffroy, regressou em 1870, por causa da guerra. No ano seguinte parte para Roma, onde estaciona ano e meio sem assumir qualquer professor. De Roma traz, ainda inacabado, O Desterrado, sua obra maior. Obra formalmente clássica, O Desterrado é também a nostalgia da Pátria distante uma «estátua da saudade». De inspiração classicista, a obra (na altura tida como plágio, o que iria angustiar durante muito tempo o escultor) é um notável trabalho dos volumes, permitindo jogos de luz e sombra, a acentuarem o sentido do título. A obra exerceu influência directa sobre obras da subsequente geração de escultores.
Resultado do seu contacto com a escultura europeia da época, a fase seguinte da obra de Soares dos Reis, para além do virtuosismo técnico da sua execução, iria ser marcada pelos valores do realismo, patentes, em várias obras.
Em 1872 regressa ao Porto. É nomeado académico de Mérito da Academia do Porto em 1873. Em 1875, é nomeado Académico de Mérito pela Academia de Belas Artes de Lisboa. E em 1878 recebe uma Menção honrosa na Exposição Universal de Paris.
Contudo, Soares dos Reis será acusado de plagiar a estátua de Ares do Museu das Termas — e mais tarde dir-se-á mesmo que não era ele o autor d’O Desterrado, acusações que atingiram profundamente o artista. A obra é exposta em 1874 na Academia e em 1881 obtém uma medalha de ouro em Madrid sendo agraciado com o Grau de Cavaleiro da Ordem de Carlos III.
Obra revolucionária para a época, revelando qualidade e inspiração pessoal, O Desterrado é bem a expressão de uma certa ideia de Pátria a que os Vencidos da Vida se acordarão. Soares dos Reis fará posteriormente a estátua do conde de Ferreira (1876), de D. Afonso Henriques (1887), de Brotero (1888), os retratos de Hintze Ribeiro, Correia de Barros e Fontes Pereira de Melo e os bustos da viscondessa de Moser (1884) e «da Inglesa» (1887). Aceitou outras encomendas menores, por desespero e falta de outras — santos para confrarias, ornatos para estuques, gravuras para O Ocidente, etc. Em 1880 é um dos criadores do Centro Artístico Portuense, que terá papel de relevo na vida do Porto. Em 1881 é nomeado professor da Escola de Belas-Artes do Porto, onde pretende reformar o ensino da escultura, contando com a oposição obstinada dos seus colegas. Expõe em Paris, em 1881, na Exposição Universal.
O seu ecletismo revelou-se na escultura de temática religiosa, onde também deixou uma marca naturalista (Cristo Crucificado, 1877) ou evocadora de um certo goticismo (São José e São Joaquim, peças esculpidas para a frontaria da capela da família Pestana, no Porto).
Em 1885, casa com Amélia Macedo. Dedicado à divulgação da escultura, leccionou nos cursos nocturnos do Centro Artístico Portuense, de sua iniciativa. Sofrendo, na sua intenção de renovar o ensino da escultura, a oposição de outras figuras ligadas às instituições da época, o escultor, de temperamento depressivo, abandona o Centro Artístico Portuense em 1887 e, dois anos depois, em 1889, suicida-se no seu atelier em Vila Nova de Gaia. É encontrado apoiado à sua mesa de trabalho. Desfechara um tiro de revólver contra a cabeça. Na parede branca atrás da cadeira onde ficou sentado, escrevera: «Sou cristão, porém, nestas condições, a vida para mim é insuportável. Peço perdão a quem ofendi injustamente, mas não perdoo a quem me fez mal».
Impressionante prova de impotência perante as adversidades da vida? Não procuremos julgar a partir da máscara que o próprio suicida legou, pois se o fizéssemos correríamos o risco de cair no moralismo, sem nada saber sobre as condições em que a vida se pode tornar «insuportável» para a pessoa concreta de Soares dos Reis. O que nos interessa é que se tratou de uma morte que se assume como protesto e, ao mesmo tempo, castigadora: «não perdoo a quem me fez mal». Morrer sem perdoar, de propósito, eis o protesto!
Incapaz de se sobrepor à incompreensão e ao descrédito lançados contra o seu valor artístico e de enfrentar a obstrução sistemática aos seus esforços de inovação como docente, recorreu ao suicídio, deixando uma obra ímpar na escultura da segunda metade do século XIX.
«Porto, 16 – Suicidou-se hoje às 08h00 da manhã, na sua casa da Rua de Luís de Camões, em Vila Nova de Gaia, disparando dois tiros de revólver na cabeça, o eminente estatuário Soares dos Reis, lente de escultura na Academia de Belas Artes e autor de verdadeiras obras primas. (…) São desconhecidas as causas que determinaram o suicídio.»
(In “Diário de Noticias ” de 17 Fev. 1889)

Algumas Obras[editar | editar código-fonte]

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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domingo, 13 de outubro de 2019

DIA INTERNACIONAL DE REDUÇÃO DE CATÁSTROFES - 13 DE OUTUBRO DE 2019

Dia Internacional para a Redução de Catástrofes

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Dia Internacional para a Redução de Catástrofes (International Day for Disaster Reduction - IDDR) (em inglês), deliberado em 1989 pela Assembleia Geral das Nações Unidas pretende chamar a atenção de todos os Estados para a necessidade de adoptarem políticas que visem a prevenção e a redução de danos humanos e materiais, directamente causados pela ocorrência de desastres naturais. É uma forma de promover uma cultura global de redução dos danos causados por desastres e de como as pessoas e comunidades estão a se preparar para reduzir este riscos.
O dia era celebrado originalmente na segunda quarta-feira do mês de outubro. Em 2009, a Assembleia Geral das Nações Unidas decidiu adoptar o dia 13 de outubro como a data fixa da comemoração.[1]
O tema de 2014 para o Dia Internacional para a Redução do Risco de Desastres (Resilience is for Life ou "Recuperação é para a Vida") foi parte de uma iniciativa que começou em 2011. Esta iniciativa centra-se em ter um grupo diferente de participantes a cada ano, como uma forma de preparar a 3ª Conferência Mundial para a Redução do Risco de Desastres, que acontece em março de 2015 na cidade de Sendai, no Japão.[2]

Referências

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DIA MUNDIAL DOS CUIDADOS PALIATIVOS - 13 DE OUTUBRO DE 2019

Paliativismo

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Paliativismo ou cuidados paliativos é o conjunto de práticas de assistência ao paciente incurável que visa oferecer dignidade e diminuição de sofrimento mais comum em pacientes terminais ou em estágio avançado de determinada enfermidade [1].
São cuidados providos por uma equipe multidisciplinar composta por médico, equipe de enfermagempsicólogofarmacêutico, algum profissional ligado ao campo religioso como um padre ou pastorfisioterapeutaterapeuta ocupacionalfonoaudiólogo. A equipe deve ter como finalidade o alívio da dor, e maximização das habilidades funcionais remanescentes, fazendo com que assim o paciente tenha a maior autonomia e dignidade possíveis, para que ele possa, ao seu modo, se preparar para a morte.
Os cuidados paliativos, baseados nos conceitos da Ortotanásia, se concentram em amenizar os sintomas da doença e dar apoio físico e psicológico ao paciente e à família, integrando diferentes profissionais da área médica, havendo ou não possibilidade de cura. A prática é menos conhecida e utilizada em países subdesenvolvidos.[2][3]

História[editar | editar código-fonte]

O cuidado paliativo se confunde historicamente com o termo hospice, que definia abrigos destinados a receber e cuidar de peregrinos viajantes. O relato mais antigo remonta do século V, quando Fabíola, discípula de São Jerônimo, cuidava de viajantes provindos da Ásia, África e dos países do Leste no Hospício do Porto de Roma. [4]Uma ordem religiosa, no século XIX, os resumiu a locais destinados a moribundos na Irlanda e em Londres. O hospice moderno é um conceito relativamente recente que surgiu no Reino Unido após a fundação do St. Cristopher's Hospice, em 1967. Foi fundado por Cicely Saunders, amplamente conhecida como fundadora do movimento do hospice moderno.
O paliativismo tem crescido intensamente nos últimos anos. No Reino Unido, nos anos de 2003 e 2004, cerca 250 mil pessoas foram pacientes da prática nos hospices ou em outros locais de atendimento. Hoje, o tratamento é gratuito e sustentado através de caridade, apesar de já ter sido financiado pela National Health Service.
Nos Estados Unidos, o movimento passou de voluntário, melhorando os cuidados a pessoas que morriam sozinhas, isoladas ou em hospitais, para um significante componente do sistema de saúde. Em 2005, mais de 1,2 milhão de pessoas e suas famílias receberam tratamento paliativo. Esse é o único tratamento cujos benefícios do Medicare inclui remédios, equipamento médico e assistência em tempo integral. A maioria dos cuidados é feita na casa do paciente. É também disponível em diversos ambientes como, casas de enfermagemprisões, hospitais. Na década 1970, o encontro de Cicely Saunders com Elisabeth Klüber-Ross, nos Estados Unidos, fez com que o Movimento Hospice também crescesse naquele país. [5]Desde então, tem havido um intenso aumento no número de programas, mais de 1200 atualmente. Aproximadamente, 55% dos hospitais com mais de 100 leitos possuem um programa. Nos hospitais, o funcionamento dos cuidados paliativos pode ser caro. Requer tempo e integração de vários profissionais. Além disso, os pacientes podem não ter seguro adequado ou quantia em dinheiro suficiente para cobrir os custos. Assim, estratégias para financiamento de programas de cuidados paliativos se concentram em cortar custos hospitalares, garantindo renda.[6]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1.  Tempo de envelhecer: percursos e dimensões psicossociais/ organização Ligia Py...[et al.]. - Rio de Janeiro: NAU Editora, 2004.
  2.  Prática Hospitalar, 2006.[ligação inativa]
  3.  Comunidade virtual de antropologia.
  4.  CORTES, C. C. Historia y desarollo de los cuidados paliativos. In: Marcos G. S. (ed.). Cuidados paliativos e intervención psicossocial em enfermos com cáncer. Las palmas: ICEPS, 1988.
  5.  PESSINI, L. Distanásia: até quando investir sem agredir? Bioética, v. 4, p. 31-43, 1996.
  6.  Wikipédia inglesa

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