sábado, 17 de agosto de 2019

SANTA BEATRIZ DA SILVA - 17 DE AGOSTO DE 2019

Beatriz da Silva

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Santa Beatriz da Silva
Retrato de Santa Beatriz da Silva do século XVII
Fundadora da Ordem da Imaculada Conceição
Nascimento1424 em Campo MaiorPortugal
Morte9 de agosto de 1492 (68 anos) em ToledoEspanha
Veneração porPortugal e Espanha
Beatificação28 de julho de 1926 por Papa Pio XI
Canonização3 de outubro de 1976 por Papa Paulo VI
Festa litúrgica17 de agosto e 1 de setembro[1]
Gloriole.svg Portal dos Santos
Santa Beatriz da Silva (Campo Maior1424[2] – Toledo9 de Agosto de 1492), nascida D. Beatriz de Menezes da Silva, foi uma nobre portuguesa e santacatólica.

História[editar | editar código-fonte]

Beatriz era a oitava filha de D. Rui Gomes da Silvaalcaide da vila fronteiriça de Campo Maior, e de D. Isabel de Menezes, Condessa de Portalegre, filha de D. Pedro de Menezesconde de Vila Real; assim, por via materna, descendia não só dessa casa senhorial, como também das dos condes de Ourém e Barcelos, linhagens antiquíssimas que tinham no Rei D. Sancho I de Portugal o seu remoto antepassado. Era, ainda, irmã do frade franciscano Beato Amadeu da Silva.
D. Pedro de Menezes teria dado a mão da sua filha Isabel ao cavaleiro Rui Gomes da Silva, após este participar com bravura na tomada de Ceuta, tendo aí permanecido a cumprir o serviço militar. Há quem defenda, por isso, que a jovem Beatriz possa ter nascido naquela praça-forte magrebina e não no Alentejo como é dito por muitos.
A Santa Beatriz da Silva no topo da árvore genealógica da Ordem da Imaculada Conceiçãopor si fundada.
Descendente de reis e neta de senhor tão influente, foi desde cedo foi preparada para a vida na Corte, tornando-se dama da infanta D. Isabel, Rainha de Castela e Leão, filha do infante D. João, o penúltimo dos filhos do Rei D. João I de Portugal, a qual era quatro anos mais nova que Beatriz.
Ao que parece, Beatriz da Silva seria uma jovem de grande beleza, conforme testemunha um relato da época: «além de vir de sangue real, era mui graciosa donzela e excedia a todas em formosura e gentileza».
Em 1447, contava a infanta D. Isabel dezanove anos, o seu tio D. Pedro, Duque de Coimbra, regente do reino, promoveu os seus esponsais com João II de Castela, que então se achava viúvo. Uma vez rainha, Isabel, ambiciosa, começou por afastar a influência do todo-poderoso condestável de Castela, D. Álvaro de Luna, e não tardou a criar intrigas na corte, algumas das quais envolvendo a jovem Beatriz, cuja beleza não passara despercebida. Embora fosse ama e confidente da rainha, tal não impediu que Isabel se enciumasse daquela, maquinando contra a sua própria vida.
Assim, segundo reza a lenda, teria fechado Beatriz num estreito baú, onde eventualmente a falta de oxigénio acabaria por ceifar lhe a vida. Durante três dias andou desaparecida, até que o seu tio, D. João de Menezes, que também se achava na corte, estranhando a sua ausência, teria questionado a rainha sobre o paradeiro da sobrinha, tendo esta conduzido-o ao baú onde a encarcerara, certa de encontrar já um cadáver.
Para seu grande espanto, Beatriz tinha sobrevivido – segundo se diz, por haver invocado a Virgem Maria, tendo esta aparecido-lhe e comunicado que a salvaria, se esta fundasse uma ordem religiosa que celebrasse o mistério da Imaculada Conceição.
Beatriz acabou por perdoar à rainha, que se arrependera, e retirou-se da Corte, ingressando num mosteiro em Toledo. Aí viveu monasticamente, sem contudo tomar as ordens sacras, preparando-se a ela mesma, e a um pequeno grupo de outras monjas, para ingressar na nova ordem que planeava fundar.
Representação da aparição de Nossa Senhora a Santa Beatriz da Silva.
Não foi fácil criar a Ordem, mas com o apoio da rainha Isabel, a Católica, filha da rainha portuguesa D. Isabel, conseguiu enfim estabelecer a Ordem da Imaculada Conceição, trajando de azul e branco (as cores de Nossa Senhora da Conceição), destinado unicamente à contemplação. A bula Inter Universa, que autorizava a constituição das Concepcionistas, foi expedida enfim pelo Papa Inocêncio VIII em 1489.
Túmulo de Santa Beatriz da Silva em ToledoEspanha.
Beatriz faleceu em Toledo três anos mais tarde. Cedo ganhou fama de santa, sendo cultuada pelo povo mesmo antes ainda de a Santa Sé a santificar. De facto, a Igreja Católica só a elevou aos altares já no século XX, quando o Papa Pio XI, em 28 de julho de 1926, lhe reconhece o título de beata e aprova enfim o culto que já lhe era devido, desde há muito, pelos leigos. Por fim, em 3 de outubrode 1976, o Papa Paulo VI canonizou-a, declarando-a santa. É celebrada a sua festa litúrgica no dia 17 de agosto de cada ano,[3]sendo particularmente reverenciada em Campo MaiorPortugal, e em Espanha, onde instituiu a sua obra e faleceu; só aí se situam mais de 90 conventos da Ordem Concepcionista, que conta com cerca de 120 casas monásticas espalhadas pela Europa e América Latina.

Referências

  1.  Congregatio de Cultu Divino et Disciplina Sacramentorum - Decreto da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos com data de 22 de Fevereiro de 2012 dando conta da transferência da memória litúrgica de Santa Beatriz da Silva do dia 1 de Setembro para o dia 17 de Agosto no Calendário Próprio de Portugal. Desse modo, a memória litúrgica de Santa Beatriz da Silva passará a celebrar-se no dia 17 de Agosto de cada ano conforme consta na Bula de Canonização da fundadora da Ordem da Imaculada Conceição (Monjas Concepcionistas).
  2.  Congregatio de Cultu Divino et Disciplina Sacramentorum - Decreto da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos sobre o local efectivo do nascimento de Santa Beatriz da Silva dirigido a Sua Excelência Reverendíssima o Senhor Dom José Francisco Sanches Alves, Arcebispo Metropolitano de Évora: (Cidade do Vaticano, 12 de Outubro de 2010) Excelência Reverendíssima, A carta de Vossa Reverência, datada de 10 de Dezembro de 2009, chegou a esta Congregação a 12 de Outubro do presente ano, pedindo a menção nos Livros e documentos litúrgicos, depois de investigações históricas confirmando a tradição oral, de que o local do nascimento de Santa Beatriz da Silva é Campo Maior, mereceu a nossa melhor atenção e solicitude. Vimos, pois, por este meio comunicar-lhe que basta no Próprio da Ordem ou da Diocese, assim como na breve biografia da Liturgia das Horas providenciar a referida correcção, uma vez que no Martirologio Romano não se faz referência a essa informação, apenas que morreu em Toledo no ano de 1490. Aproveito a ocasião para lhe apresentar as nossas maiores saudações, com toda a consideração e estima: De Vossa Excelência Reverendíssima, Monsenhor Juan Miguel Ferrer Grenesche (Sub-secretário)
  3.  Secretariado Nacional de Liturgia - Portugal (17 de agosto de 2016). «Liturgia Diária - Santa Beatriz da Silva, virgem e fundadora». Consultado em 11 de fevereiro de 2017

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Commons possui uma categoriacontendo imagens e outros ficheiros sobre Beatriz da Silva

CORUCHE - FERIADO - 17 DE AGOSTO DE 2019

Coruche

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Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Coruche (desambiguação).
Coruche
Brasão de CorucheBandeira de Coruche
Coruche, Portugal 1995.jpg
Coruche vista do Castelo
Localização de Coruche
GentílicoCoruchense
Área1 115,72 km²
População19 944 hab. (2011)
Densidade populacional17,9  hab./km²
N.º de freguesias6
Presidente da
câmara municipal
Francisco Oliveira (PS)
Fundação do município
(ou foral)
1182
Região (NUTS II)Alentejo
Sub-região (NUTS III)Lezíria do Tejo
DistritoSantarém
ProvínciaRibatejo
OragoNossa Senhora do Castelo
Feriado municipal17 de Agosto
Código postal2100
Sítio oficialcm-coruche.pt
Municípios de Portugal Flag of Portugal.svg
Coruche é uma vila portuguesa pertencente ao Distrito de Santarém, no Ribatejo, com cerca de 9 000 habitantes.[1]
É sede de um dos maiores municípios de Portugal, com 1 115,72 km² de área[2] mas apenas 19 944 habitantes (2011),[3][4] subdividido em 6 freguesias.[5] O município é limitado a norte pelos municípios de Almeirim e Chamusca, a nordeste por Ponte de Sor, a leste por Mora, a sueste por Arraiolos, a sul por Montemor-o-Novo e pela fracção secundária do Montijo, a oeste por Benavente e a noroeste por Salvaterra de Magos.
Desde 2002 que Coruche integra a região estatística (NUTS II) do Alentejoe na sub-região estatística (NUTS III) da Lezíria do Tejo; continua, no entanto, a fazer parte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, que manteve a designação da antiga NUTS II com o mesmo nome. Pertencia ainda à antiga província do Ribatejo, hoje porém sem qualquer significado político-administrativo, mas constante nos discursos de auto e hetero-identificação.

História[editar | editar código-fonte]

A presença humana ao longo de todo o vale do rio Sorraia está testemunhada pelos inúmeros vestígios arqueológicos que, dados os recursos naturais disponíveis, confirmam a fixação humana de forma continuada desde o Paleolítico.
Datável entre o 5.º e o 3,º milénios a.C., o conjunto megalítico de Coruche, localizado no extremo sudeste do concelho, é composto por cerca de três dezenas de monumentos, intervencionados na década de 30 do século XXpelo Professor Manuel Heleno, à data director do Museu Nacional de Arqueologia. Associado às antas ou dólmenes, antelas e cistas foram encontrados inúmeros objectos, directamente relacionados com o culto funerário do período Calcolítico.
Igualmente os romanos deixaram marcas no vale do Sorraia, sugerindo um povoamento concentrado junto ao rio e uma ocupação rural intensa entre os séculos I e V. Uma vez mais o rio Sorraia assume uma importância primaz como via de comunicação por excelência, permitindo o escoamento e recepção de mercadorias de vários pontos do Império.
No período de domínio islâmico, Coruche, dada a sua posição geográfica, assume uma importância estratégica entre as cidades de Xantarîn(Santarém) e Yâbura (Évora), daí a construção de uma fortificação que, posteriormente, durante o processo da Reconquista teve um papel de grande relevo.
D. Afonso Henriques chega a Coruche em 1166, sendo que entrega a manutenção deste espaço, em 1176, à Ordem militar dos freires de Évoraou Ordem militar de S. Bento. O primeiro foral da vila de Coruche foi outorgado por D. Afonso Henriques em 26 de Maio de 1182, segundo o modelo do foral de Évora, confirmado por D. Sancho I, em 1189, e por D. Afonso II, em 1218, mantendo-se até D. Manuel, quando este, no século XVI, procede à reforma dos forais.
Toureiros de Coruche
  • Joaquim Casimiro Marques - Matador de Toiros ( Leon - México 13/3/1955)
  • José Simões - Matador de Toiros (Badajoz - Espanha 24/6/1963)
  • Parreirita Cigano - Matador de Toiros ( Almonaster la Real - Espanha 15/8/1992)
  • António Badajoz - Bandarilheiro (Campo pequeno 9/9/1949)
  • Manuel Badajoz - Bandarilheiro ( Moita do Ribatejo 15/9/1953)
  • António Sacramento - Bandarilheiro
  • João Carlos Lorena - Bandarilheiro (Vila Franca Xira 7/10/1994)
  • David R. Telles - Cavaleiro (Campo pequeno 18/5/1958)
  • Joao R. Telles - Cavaleiro (Santarém 5/6/1980)
  • António R. Telles - Cavaleiro (Campo pequeno 21/7/1983)
  • Joao R. Telles Jr - Cavaleiro (Campo pequeno 4/8/2008)
  • António Luís Lopes - Cavaleiro (Campo pequeno 3/5/1923)
  • Alberto Luís Lopes - Cavaleiro (Campo pequeno 12/7/1942)
  • Jorge Nunes - Bandarilheiro
  • José Alexandre - Bandarilheiro
  • Roberto Sacramento - Bandarilheiro
  • Manuel Filipe - Bandarilheiro (Figueira da Foz 9/8/1981)
  • João Neves Ribeiro " Curro" - Bandarilheiro
  • José Traquete - Bandarilheiro
  • Carlos Biscainho - Bandarilheiro

População[editar | editar código-fonte]

Número de habitantes [6]
186418781890190019111920193019401950196019701981199120012011
6 7597 8968 3589 63413 03114 02318 31723 35226 13627 43724 80025 27823 63421 33219 944
(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste concelho à data em que os censos se realizaram.)
Número de habitantes por Grupo Etário [7]
190019111920193019401950196019701981199120012011
0-14 Anos3 5955 0895 2666 4558 2877 7016 8065 4255 0063 5982 4992 388
15-24 Anos1 8662 6053 0113 6244 2585 2014 9453 5603 3513 1822 5361 684
25-64 Anos3 8534 9515 5227 3569 48211 79413 65813 27513 15512 47310 97410 007
= ou > 65 Anos3104775597771 0271 4492 0282 5403 7664 3815 3235 865
> Id. desconh1416511129
(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no concelho à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)

Política[editar | editar código-fonte]

Eleições autárquicas[editar | editar código-fonte]

Data%V%V%V%V%V
APU/CDUPSPPD/PSDADPRD
197649,63427,59213,521
197959,45511,41-AD26,432
198258,06517,83119,611
198554,41428,74212,211
198942,98328,11224,672
199352,50421,88220,661
199750,27426,21216,081
200139,69342,45312,151
200538,40345,08410,46-
200924,90257,1455,32-
201325,80253,77411,751
201723,00256,95415,271

Eleições legislativas[editar | editar código-fonte]

Data%
PCPPSPSDCDSUDPAPU/CDUADFRSPRDPSNBEPANPàF
197644,2129,3910,906,570,73
1979APU18,52ADAD0,9347,7026,44
1980FRS0,6245,4028,7018,94
198324,7416,525,630,4946,48
198513,1916,874,231,0438,9521,21
1987CDU15,6828,852,770,6335,4711,19
199126,2835,972,5527,271,071,14
199543,4119,515,730,7526,290,23
199943,4618,976,4125,970,291,28
200241,8824,677,7620,981,48
200549,5815,754,0321,484,73
200936,4816,249,1521,2810,89
201130,7826,509,7320,944,450,66
201537,43PàFPàF20,488,650,7324,91

Freguesias[editar | editar código-fonte]

Freguesias do concelho de Coruche.
O concelho de Coruche está dividido em 6 freguesias:

Património[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1.  INE (2013). Anuário Estatístico da Região Alentejo 2012 (PDF). Lisboa: Instituto Nacional de Estatística. p. 31. ISBN 978-989-25-0214-4ISSN 0872-5063. Consultado em 5 de maio de 2014
  2.  Instituto Geográfico Português (2013). «Áreas das freguesias, municípios e distritos/ilhas da CAOP 2013»Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP), versão 2013. Direção-Geral do Território. Consultado em 28 de novembro de 2013. Arquivado do original (XLS-ZIP) em 9 de dezembro de 2013
  3.  INE (2012). Censos 2011 Resultados Definitivos – Região Alentejo (PDF). Lisboa: Instituto Nacional de Estatística. p. 102. ISBN 978-989-25-0182-6ISSN 0872-6493. Consultado em 27 de julho de 2013
  4.  INE (2012). «Quadros de apuramento por freguesia» (XLSX-ZIP)Censos 2011 (resultados definitivos). Tabelas anexas à publicação oficial; informação no separador "Q101_ALENTEJO". Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 27 de julho de 2013
  5.  Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro: Reorganização administrativa do território das freguesias. Anexo I. Diário da República, 1.ª Série, n.º 19, Suplemento, de 28/01/2013.
  6.  Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  7.  INE - http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos_quadros

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