sábado, 11 de maio de 2019

DIA EUROPEU DA PREVENÇÃO DO MELANOMA - 11 DE MAIO DE 2019

Melanoma

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
Melanoma
Melanoma de 2,5 por 1,5cm
Especialidadeoncologia
Classificação e recursos externos
CID-10C43
CID-9172.9
ICD-O:M8720/3
OMIM155600
DiseasesDB7947
MedlinePlus000850
eMedicinederm/257 med/1386 ent/27plastic/456
MeSHD008545
A Wikipédia não é um consultório médico. Leia o aviso médico 
Melanoma, também conhecido como melanoma maligno, é um tipo de câncer que se desenvolve a partir dos melanócitos, que são células produtoras de melanina.[1] Esta neoplasia maligna ocorre geralmente na pele, mas pode manifestar-se mais raramente na boca, intestinos ou olhos.[1][2] Em mulheres as lesões desenvolvem-se mais frequentemente nas pernas, enquanto que nos homens a área mais atingida é o tronco.[2][3] As lesões podem evoluir a partir de alterações em nevos melanocíticos, quando sofrem aumento de tamanho e apresentam bordas irregulares, alteração de cor, prurido ou úlceras.[1][3]
A principal causa de melanoma é a exposição à radiação ultravioleta(UV) em pessoas com baixos níveis de pigmento na pele.[2][4] Esse tipo de radiação pode vir da luz solar ou de outras fontes, como dispositivos de bronzeamento. Cerca de 25% das lesões evoluem a partir de nevos.[2] Indivíduos com um número elevado de nevos, aqueles com histórico familiar de melanoma, os imunossuprimidos e os portadores de xerodermia pigmentosa (uma rara desordem genética) tem maior risco de desenvolver melanoma.[1][5] O diagnóstico é confirmado pela biopsia de qualquer lesão de pele suspeita.[1][3]
A prevenção é feita com a utilização regular de filtro solar e evitando-se a exposição prolongada ao sol.[2][3] O tratamento consiste na excisão cirúrgica simples ou com ampliação de margens. Nos pacientes com lesões maiores, pode ocorrer comprometimento dos linfonodosadjacentes. Desde que não haja metástases os índices de cura podem ser maiores que 95%.[3] Para os demais casos, o tratamento com imunoterapiabioquimioterapiaradioterapia ou quimioterapia pode melhorar a sobrevida.[1][3] Nos Estados Unidos, 98% dos pacientes submetidos a tratamento tiveram sobrevida de cinco anos. Todavia, entre os pacientes com lesões metastáticas, esse índice caiu para 17%.[6] A probabilidade de recidivadependerá do estadiamento da lesão, da velocidade da divisão celular e da existência de infiltração.[2][3]

Tipos[editar | editar código-fonte]

Estágios do melanoma.
Existem quatro tipos de melanomas[7]:
  • Superficial: representa 70% dos casos de melanoma, é o menos agressivo dos melanomas e está restrito a epiderme. Mais comum em jovens.
  • Nodular: representa 15% dos casos, é um nódulo invasivo, agressivo, que pode ter diversas cores e é mais comum em idosos.
  • Lentigo maligna: É um carcinoma in situ bem superficial, marrom, formando nódulos elevados em partes muito expostas ao sol. Mais comum em idosos.
  • Acral lentiginoso: o menos frequente em brancos e mais comum entre indivíduos em asiáticos e negros, aumenta primeiro superficialmente antes de invadir outros tecidos, é que cresce mais rápido, ou seja, o mais agressivo. Pode estar oculto embaixo da unha ou na sola do pé.

Sinais e sintomas[editar | editar código-fonte]

Frequência de localização por sexo: pernas (25-56%), cara e pescoço (23-14%), braços (17-17%) ou tronco (5-13%).
Para identificar um melanoma deve-se analisar seu "ABCD"[8][9]:
  • Assimetria: lados esquerda/direita e cima/baixo desiguais.
  • Bordas: Irregulares que se expandem desigualmente a cada mês.
  • Cores: Podem ter mais de uma cor e geralmente são negros ou marrons, mas podem ter partes vermelhas, roxas, rosas ou brancas.
  • Diâmetro: Mais de 6mm e crescendo a cada mês.

Melanomas atípicos[editar | editar código-fonte]

Muitas vezes, os melanomas malignos cutâneos não apresentam estes itens descritos. Além disso, muitas vezes há a concomitância com lesões benignas (alguns especialistas descrevem que melanomas malignos cutâneos podem surgir a partir de lesões benignas pre existentes). Neste caso, ainda mais se a lesão possui grandes dimensões, é possível que na primeira biópsia para o diagnóstico microscópico, tenha sido representada grande parte do espectro benigno da doença. Deve-se dar preferência à biópsia excisional (quando se pretende retirar toda a lesão) para tumores com até 2 cm de extensão na superfície da pele. No entanto, nem sempre isso é possível, ou por vezes a aparência da lesão para o cirurgião ou dermatologista, não é característica e então a representação para o médico patologista (o especialista que avalia a lesão no microscópio óptico) é de apenas parte da lesão. A esse propósito, é interessante notar que a literatura médica descreve um longo histórico de discussões sobre lesões benignas que simulam melanoma maligno, ou o contrário: lesões que pareciam benignas a princípio, e que acabaram por apresentar evolução muito adversa.[10][11] Para ilustrar essa dificuldade, há uma entidade conhecida como "nevo de Spitz", descrita como uma proliferação melanocítica benigna. Descrita em 1948, pela primeira vez, por Sophie Spitz como melanoma da infância, observou-se que esse tipo de lesão não tinha a evolução agressiva dos melanomas cutâneos clássicos. Para piorar essa confusão, essa lesão pode se mostrar eventualmente assimétrica e quando finalmente ela é avaliada pelo microscópio óptico, é comum notar alterações celulares nucleares que podem assustar um médico patologista pouco experiente. Levando em conta que os melanomas malignos eram pouco conhecidos, portanto relativamente pouco estudados, é natural pensar que confusões como esta permaneceram por um certo tempo, até que se deixou de chamar melanoma juvenil (ou da infância), nome que indica comportamento maligno e passou-se ao termo "nevo de Spitz", que indica evolução benigna.[12] É ainda curioso notar que em que pese toda evolução nos conceitos sobre melanomas cutâneos, ainda permanecem como importantes elementos para a traçar um prognóstico dos pacientes, os dados descritos por Clark e Breslow (com respectivo colaboradores), desde há pelo menos algumas décadas. No entanto, ainda há controvérsias sobre como esses critérios devem ser utilizados.[13] Levando em conta que o diagnóstico precoce e a pronta retirada das lesões suspeitas é o principal meio de se evitar a progressão desta doença, é crucial entender que nem sempre o diagnóstico delas é algo livre de dificuldades, pelo contrário: isso significa que ainda teremos muitos estudos populacionais ou do mecanismo como as células tumorais progridem, para que possamos melhorar ainda mais a abordagem das pessoas afetadas por esta enfermidade.

Epidemiologia[editar | editar código-fonte]

É mais comum entre pessoas de pele clara que vivem nos tropicais como Austrália e Nova Zelândia.
A estimativa brasileira do INCA é de 6 mil novos casos por ano, com proporção similar entre homens e mulheres. Isso equivale a cerca de 3,3 casos a cada 100.000 de habitantes ou 0,00003% por ano. A mortalidade é de cerca de 25%, sendo maior em homens. Os melanomas representam apenas 4 a 5% dos casos dos 140 mil casos anuais de câncer de pele. Cânceres de pele são 25% dos cânceres no Brasil. São mais comuns após os 40 anos, em áreas da pele expostas ao sol, em pessoas que se bronzeiam sem filtro solar ou com predisposição genética (histórico familiar).[14]
Em Portugal surgem, anualmente, cerca de 700 novos casos de melanoma maligno, o que equivale a 7 casos por ano a cada 100.000 habitantes.[15] O dobro da incidência no Brasil.

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c d e f «Melanoma Treatment (PDQ®)–Health Professional Version»National Cancer Institute. U.S. Department of Health and Human Services - National Institutes of Health. 2015. Consultado em 16 de Agosto de 2016
  2. ↑ Ir para:a b c d e f International Agency for Research on Cancer (2014). «5.14». World Cancer Report 2014 1ª ed. Genebra: World Health Organization. 512 páginas. ISBN 978-9283204299
  3. ↑ Ir para:a b c d e f g «Melanoma»A.C. Camargo Cancer Center. Fundação Antônio Prudente. Consultado em 16 de Agosto de 2016
  4.  Kanavy, Gerstenblith 2011, p. 222-228.
  5.  Azoury, Lange 2014, p. 945-962.
  6.  «SEER Stat Fact Sheets: Melanoma of the Skin»National Cancer Institute. U.S. Department of Health and Human Services - National Institutes of Health. 2015. Consultado em 16 de Agosto de 2016
  7.  «Types of Melanoma»Skin Cancer Information. Skin Cancer Foundation. Consultado em 17 de Agosto de 2016
  8.  «Melanoma»Skin Cancer Information. Skin Cancer Foundation. Consultado em 17 de Agosto de 2016
  9.  Weigert et al, p. 113.
  10.  Cochran et al 1997.
  11.  Peris et al 2002, p. 259-262.
  12.  Pinheiro et al 2010, p. 555-557.
  13.  Prade et al 1980, p. 159-163.
  14.  «Melanoma»Instituto Nacional do Câncer. Ministério da Saúde do Brasil. Consultado em 17 de Agosto de 2016
  15.  «Melanoma»Liga Portuguesa Contra o Cancro. Consultado em 17 de Agosto de 2016[ligação inativa]

Bibliografia

DIA MUNDIAL DA MIGRAÇÃO DAS AVES - 11 DE MAIO DE 2019

Migração de aves

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Saltar para a navegaçãoSaltar para a pesquisa
Question book-4.svg
Esta página ou secção cita fontes confiáveis e independentes, mas que não cobremtodo o conteúdo, o que compromete a verificabilidade (desde maio de 2016). Por favor, insira mais referências no texto. Material sem fontes poderá ser removido.
Encontre fontes: Google (notíciaslivros e acadêmico)
Corredores de migração de aves, segundo Thompson D. and Byrkjedal, Shorebirds. Colin Baxter, 2001
Espécime de Ciconia ciconia em voo.
As migrações são fenómenos voluntários e intencionais com carácter periódico com o objectivo de encontrar alimento e boas condições meteorológicas. Este comportamento não deve ser confundido com as deslocações ocasionais ou com os movimentos dispersantes.
Os factores que desencadeiam as migrações são pouco conhecidos. Em muitas aves observa-se o aumento das várias hormonas que iniciam o processo pré-migratório onde se pode observar a engorda e o crescimento das gónadas. Essas alterações das concentrações hormonais podem ser induzidas por modificações externas como a variação do número de horas de dia, a escassez de alimentos ou das modificações climatéricas.
Durante as migrações algumas aves orientam-se principalmente através da capacidade extraordinária de reconhecer características topográficas, como riosarvores ou características do litoral. Noutras espécies a migração, durante o dia, parece ser orientada principalmente pela posição do sol e durante a noite pelo eixo estrelar de rotação. Extraordinariamente ainda existem outras espécies que se orientam principalmente através do campo magnético terrestre (esta capacidade foi comprovada através da desorientação dessas aves quando expostas a campos magnéticos artificiais). Quando as condições climatéricas, ou outras, não são favoráveis as aves podem mudar o modo como se orientam. Sabe-se que as aves juvenis ainda não têm o sentido de orientação muito bom, pelo que não é muito raro observar indivíduos juvenis perdidos, enquanto que os indivíduos mais velhos, mesmo quando recolhidos e soltos em outros locais, conseguem orientar-se, mudar a rota e chegar ao sítio certo. Ainda não se sabe muito sobre a orientação das aves, exemplos como o caso de uma pardela que, nos anos cinquenta, foi deslocada da sua toca numa ilha ao largo do País de Gales para ser libertada a quase 5000 quilómetros do outro lado do Atlântico, perto de Bóston. Em apenas 12 dias regressou para a sua toca, tendo inclusivamente chegado antes da carta que os investigadores tinham enviado para o Reino Unido a avisar da libertação da ave. Para fazer este percurso foi necessário, para além de conhecer o local do seu ninho e a orientação dos pontos cardeais, saber a localização exacta onde estão, mesmo que nunca tenham lá estado; esse mecanismo de localização permanece ainda um mistério.
Para as aves conseguirem finalizar as migrações necessitam, para além do sentido de orientação, de várias estratégias como voar apenas de noite aproveitando o dia para se alimentar, ou voar durante o dia para aproveitar as correntes térmicas diminuindo esforço físico ou, acumular reservas de gordura que permite percorrer grandes percursos sem paragens para se alimentar ou, ainda, como os passeriformes, percorrer pequenas distancias diárias, parando frequentemente para se alimentarem.
Muitas aves nidificam em Portugal durante o tempo mais quente e durante o inverno deslocam-se para o norte de África ou ate à África tropical (também conhecida como África subsaariana), mas também há outras que se deslocam de locais a norte de Portugal e passam o inverno em Portugal.
Em muitas das espécies pode existir uma percentagem de indivíduos que são residentes e outra migradoras, um exemplo é a cegonha-branca (Ciconia ciconia) que possui um comportamento endémico da Costa Vicentina: nidifica em rochedos e falécias litorais.
Muitas aves apenas passam por Portugal. Portugal tem uma localização relativamente periférica, no que toca a migradores terrestres. Mesmo assim, como várias espécies se guiam pela linha de costa, existem locais em que se podem observar grandes números de aves migradoras. As zonas húmidas costeiras são locais particularmente adequados para a observação de aves migradoras, uma vez que estas as utilizam para se alimentarem e repor energias antes de prosseguirem viagem. Pela região da ponta de Sagres passam anualmente alguns milhares de aves migradoras, com destaque para as planadoras, como sejam as aves de rapina ou as cegonhas. Dos cabos podem-se ainda observar as migradoras marinhas.
Dependendo das rotas e do modo como cada espécie aviaria migra, são agrupadas em planadoras, marinhas e passeriformes migradores.
Gansos-de-faces-brancas em migração

Aves migradoras planadoras[editar | editar código-fonte]

Espécime de Pandion haliaetusem voo
Aves planadoras são aves que utilizam essencialmente o voo planado para se deslocarem. Sob esta definição incluem-se os grous, as cegonhas e as aves de rapina diurnas.
O aproveitamento das correntes térmicas (correntes de ar aquecido pela energia solar que sobem graças a diminuição da densidade) permite a estas aves percorrer grandes distâncias com um dispêndio mínimo de energia, mas implica que as migrações ocorram durante o dia. Sobre as grandes massas líquidas a intensidade das correntes térmicas é bastante menor, daí que estas aves evitem fazer grandes deslocações sobre as águas. A dependência das correntes térmicas varia de espécie para espécie e está relacionada com a superfície alar.
As aves que invernam em África têm de atravessar a barreira natural constituída pelo Mar Mediterrâneo. Para as espécies que não dependem das correntes térmicas a migração é, de forma geral, efectuada segundo uma frente ampla e a travessia pode ser feita praticamente a partir de qualquer ponto da costa. São os casos, por exemplo, da Águia-pesqueira (Pandion haliaetus) ou dos tartaranhões Circus sp.. Para as espécies que dependem das correntes térmicas, as poucas centenas de quilómetros que separam a Europa de África podem constituir uma barreira quase intransponível. Assim, estas espécies tendem a concentrar-se em locais estratégicos onde a distância entre os dois continentes é menor. Os dois locais mais importantes são o estreito de Gibraltar, em Espanha, e o estreito do Bósforo, na Turquia. A importância de Sagres começou a ser reconhecida com os primeiros estudos na zona sobre a migração que decorreram na década de 50. Só depois na década de 90 é que os resultados obtidos em vários estudos provaram sem qualquer dúvida que esta região era e é um importante local de passagem para as aves planadoras.
Estas aves têm como preferência habitats em mosaico, bosquesmatagaisculturas de sequeiro, terrenos lavrados, pastagensáreas florestais como as florestas de sobreiro Quercus suber. Utilizam árvores de grande porte, encostas ou penhascos como poiso para refúgio. Existem também espécies associadas a águas pouco profundas. Outras espécies ainda podem frequentar aterros sanitáriosportos, etc.
As aves migradoras estão abrangidas pela protecção legal da convenção de e Berna e pela de Bona e ainda pela Directiva de Aves, mas apesar disso estão ameaçadas por inúmeras situações entre as quais a destruição e degradação dos habitats, a utilização de químicos mortais na agricultura, a redução da disponibilidade de alimentos, a instalação de parques eólicos (incluindo a construção destes), a colisão e electrocussão em linhas aéreas de distribuição e transporte de energia eléctrica, a contaminação das águas, a perturbação humana e o abate ilegal.

Protecção legal[editar | editar código-fonte]

Estas especies estão sob a protecção legal das transposições da Directiva Aves, da Convenção de Berna e da Convenção de Bona.

Aves migradoras marinhas[editar | editar código-fonte]

Espécime de Alca torda
Aves marinhas são aves que permanecem a maioria, ou a totalidade do tempo nos oceanosilhas ou falésias rochosas.
As aves que vivem apenas nos oceanos são chamadas espécies pelágicas.
A maioria das espécies marinhas migradoras inverna na costa portuguesa e migram para o norte europeu onde nidificam. As outras espécies nidificam apenas no mediterrâneo, e invernam: na costa ibérica, mediterrânica e norte africana. Outras espécies nidificam em zonas transequatoriais e invernam no hemisfério norte.
Existe pouca informação sobre a distribuição na costa portuguesa das espécies de aves marinhas migradoras. Considera-se que algumas espécies podem ser migradoras de passagem e outras, como Alca tordaPuffinus mauretanicusMorus bassanusRissa trydactylaLarus audouiniiLarus melanocephalusLarus minutusCataracta skua e alguns Hydrobatidae, são espécies que existem em grande concentração durante o verão ou são espécies que são observadas durante um período considerável durante o inverno. Não é conhecida a abundância destas espécies ao longo da costa continental portuguesa.
A maioria destas espécies migradoras, mesmo as pelágicas, pode ser encontrada junto a costa. Geralmente nidificam em ilhas e ilhéus isolados, falésias rochosas, cavidades no solo ou em rochas. As espécies pelágicas tendem a ter como áreas de alimentação zonas marinhas pouco conhecidas. O resto das espécies tende a utilizar zonas costeiras, assim como junto de barcos de pesca. As dietas são geralmente constituída por peixescefalópodes e crustáceos.

Protecção legal[editar | editar código-fonte]

Estas espécies estão sob a protecção legal das transposições da Directiva Aves e da Convenção de Berna.

Passeriformes migradores[editar | editar código-fonte]

Os passeriformes são de modo geral aves de pequeno a médio porte terrestres embora possam viver próximo de água. Grupo que inclui a maior diversidade aves e ocupa uma maior diversidade de habitats, este grupo é mais representado no hemisfério norte. Regimes alimentares normalmente insectívorosfrugivorosgranívoros e raramente omnívoros.
Estas aves distribuem-se genericamente por toda a região paleártica. Invernam na sua maioria em Africa e no sul da Europa, sobretudo na Península Ibérica. Em Portugal ocorrem quer no litoral quer no interior do país.
Estas espécies frequentam uma grande variedade de habitats, como montados abertos, matos esparsos com árvores, dunas arborizadas, olivais e mesmo mosaicos de zonas agrícolas e bosques, e ainda existe um grande número de espécies que prefere zonas húmidas.

Protecção legal[editar | editar código-fonte]

Estas especies estão sob a protecção legal das transposições da Directiva Aves, da Convenção de Berna, da Convenção de Bona e da Convençao de Washington (CITES).

Ameaças das Aves Migradoras[editar | editar código-fonte]

  • A intensificação da agricultura através de monoculturas cerealíferas em detrimento de outros usos.[1][2][3][4]
  • O fogo intenso, pode ter efeitos devastadores sobre as espécies de vertebrados e invertebrados.[1][2][3][4]
  • O aumento da utilização de agro-químicos.[1][2][3][4]
  • O sobre-pastoreio afecta a composição e estrutura da vegetação, reduzindo quer a disponibilidade alimentar quer a protecção para nidificar.[1][2][3][4]
  • A drenagem e destruição de zonas húmidas e caniçais para aproveitamento agrícola e pecuário.[1][2][3][4]
  • A destruição das galerias ripícolas por limpeza desordenada das margens dos ribeiros;[1][2][3][4]
  • A colisão com linhas aéreas de transporte de energia é um importante factor de mortalidade quando aquelas estruturas são colocadas perto das áreas utilizadas pelas espécies ou nas suas rotas de migração;[1][2][3][4]
  • A instalação de parques eólicos em corredores importantes para a migração e dispersão de aves pode constituir um importante factor de mortalidade destas espécies através da colisão nas pás dos aerogeradores. A instalação de parques eólicos é igualmente considerada como uma ameaça importante devido à perturbação provocada quer durante a fase de construção.[1][2][3][4]
  • A poluição marinha (hidrocarbonetos, pequenos plásticos). Nas espécies que passam a maior parte do tempo no mar, o crescente aumento da poluição marinha por hidrocarbonetos e o aparecimento de pequenos plásticos despejados pelas embarcações são factores de ameaça a considerar.[1][2][3][4]
  • A contaminação das águas com efluentes urbanos, industriais e agrícolas.[1][2][3][4]
  • O desconhecimento das ameaças a que as espécies estão sujeitas.[1][2][3][4]
  • O afogamento acidental em artes de pesca (nomeadamente redes de emalhar e espinheis) pode ser grave em algumas zonas onde as espécies ocorrem e a densidade de redes no mar é elevada;[1][2][3][4]
  • A destruição de áreas florestais autóctones maduras, através da elevada frequência de fogos florestais, ou a sua substituição por espécies de rápido crescimento como o eucalipto, resulta na perda de habitat disponível.[1][2][3][4]
  • A perturbação humana provocada por algumas actividades agro-silvicolas, cinegéticas, turismo e lazer, entre outras, que afectam os locais de alimentação e descanso das espécies.[1][2][3][4]
  • O abate ilegal ocorre sobretudo por caçadores furtivos, durante a época de caça;[1][2][3][4]
  • O envenenamento de iscos e carcaças para controlo ilegal de predadores.[1][2][3][4]

Etiquetas

Seguidores

Pesquisar neste blogue