Nascido em
1899 em
Budapeste,
[1] na época capital da província húngara do
Império Austro-Húngaro, Guttmann nasceu em uma família judia, seus pais Abraham e Ester, bailarinos de profissão, educaram musicalmente o filho desde pequeno, que ainda muito novo também se dedicou a dança.
[3] Durante sua adolescência apaixonou-se também pelo futebol, um esporte recém chegado na
Europa central proveniente de Inglaterra.
[3] Seus pais insistiram para que ele prosseguisse na dança, e aos dezasseis anos já era professor de dança clássica, mas em
1917 a paixão pelo futebol o levou a abandonar a dança, começando a jogar no Törekvés, onde se tornou profissional.
[4][5]
Como treinador do
Honvéd, enfrentou
Puskás pela substituição de um jogador, tendo nos balneários anunciado a sua renúncia. O seu estilo ofensivo reinou nas duas décadas de
1950 e
1960, em vários países, clubes e em dois continentes. Depois da sua saída da
Hungria, torna o
Enschede holandês (agora
FC Twente) campeão. Assim que chega, leva o
AC Milan à vitória no campeonato em 1954-55. No ano seguinte, vai para o futebol uruguaio, e é campeão com o
Peñarol. Em
1957, faz outra mudança, desta vez no
Brasil, com o
São Paulo Futebol Clube. Lá, Béla Guttmann põe uma condição: contratar
Zizinho, "Mestre Ziza", 35 anos, o jogador que encarnou o "futebol arte" no Brasil, o modelo e ídolo de
Pelé, tendo-se tornado, uma vez mais, campeão.
De regresso à
Europa, o destino foi
Portugal, primeiro no
Porto, onde também foi campeão, e depois para um dos "grandes" de
Lisboa, o
Benfica onde se senta ao lado do técnico brasileiro do
São Paulo,
José Carlos Bauer, ex-jogador dos Mundiais de 1950 e
1954. Este conta-lhe que viu uma grande promessa em
Lourenço Marques,
Moçambique. Béla Guttmann manda um emissário e em dias, no final de
1960,
Eusébio da Silva Ferreira chega a Lisboa.
Final do
Torneio de Paris,
1961. Béla Guttmann, desespera na final contra o
Santos de
Pelé, que vence por 3-0 no intervalo. A 20 minutos do final, coloca para jogar o Pantera Negra, Eusébio, que marca três golos seguidos. Guttmann dizia a Eusébio e aos seus outros jogadores: "Metamos três golos e já veremos". Este marca então três golos na partida, vencendo o Santos o prestigioso torneio por 6 a 3. O Jornal
France Football titula "Eusébio 3 - Pelé 2".
[6] Béla Guttmann e
Eusébio, à parte de ganharem os campeonatos portugueses, fariam do Benfica uma das melhores equipas da Europa nos
anos 60. Foi o apogeu e o final feliz da grande história de Béla Guttmann.
Segundo o
jornalista brasileiro Fabio Lima, ele tinha uma regra para sua carreira de treinador: nunca ficava mais de três anos numa equipe, pois considerava que este era o tempo antes de seus jogadores se desgastarem e perderem a motivação.
[7]
Em 1962, depois de ter conquistado duas Taças dos Campeões Europeus, ele pediu um aumento, que lhe foi negado. A razão pela qual Guttmann saiu de forma tão abrupta de Lisboa teve tudo a ver com a recusa da direção do Benfica em aceitar lhe pagar uma bonificação pela conquista da Copa Europeia duas vezes seguidas. Teorias alternativas afirmam que ele declarou em uma entrevista que precisaria de 100 anos até que outro time português conseguisse conquistar duas vezes uma taça continental. Qualquer que seja a versão que você queira acreditar, todas as previsões de Guttmann - verdadeiras ou ficção - se tornaram realidade. A dívida nunca foi paga e o sucesso europeu abandonou o clube desde então.[8] Ao despedir-se, lançou uma maldição:[9][10]
“ |
Sem mim, nem em cem anos o Benfica vai conquistar outra taça europeia!
|
”
|
A
28 de Fevereiro de
2014, o
Benfica inaugurou na porta 18 do
Estádio da Luz uma estátua de bronze de Béla Guttmann com dois metros da autoria do escultor húngaro Szatmari Juhos Laszlo. O objectivo simbólico é o de "quebrar" a "maldição" lançada pelo ex-treinador húngaro.
[11]
NOTA DE AF:
Nas épocas de 14-15, 15-16, 16-17 participou na Liga dos Campeões com o seguinte palmarés:
14-15 - 1 vitória, 2 empates e 3 derrotas
15-16 - 5 vitórias, 2 empates e 3 derrotas - chegando aos 1/4 final
16-17 - 2 vitórias, 2 empates e 3 derrotas - chegando aos 1/8 final
Na época de 2017/18, o palmarés do BENFICA na LIGA DOS CAMPEÕES foi completamente desastroso.
Em 12 de Setembro de 2017 jogou com o CSKA em Lisboa perdendo por 1-2
Em 27 de Setembro de 2017 jogou em Basileia perdendo por 0-5
Em 18 de Outubro de 2017 jogou em Lisboa com o Manchester United perdendo por 0-1
Em 31 de Outubro de 2017 perdeu em Manchester com o Manchester United por 0-2
Em 22 de Novembro de 2017 perdeu em Moscovo com o CSKA por 0-2
Em 9 de Dezembro de 2017 perdeu em Lisboa com o Basileia por 0-2
6 jogos = 6 derrotas - 1 golo marcado 14 golos sofridos.
Esta época ficou nos oitavos de final como se sabe, embora tenha derrotado o Eintracht na Luz por 4-2 mas perdendo por 0-2 em Frankfurt.
E ESTA, HEM (!!!)
(... SEM MAIS COMENTÁRIOS...)
ANTÓNIO FONSECA