Fazendo jus ao slogan “Por um envelhecimento ativo”, que tem o seu
expoente máximo no Prof João Silva, pela dinâmica que imprime às suas
aulas e pela energia que dele emana, partimos para mais uma Visita de
Estudo, organizada por ele.
Mais uma vez, o destino foi a Cidade Invicta.
É sempre bom revisitar lugares e gentes, onde deixamos um pouco de nós, e
trouxemos um pouco, das pessoas que conhecemos e das experiências que
vivemos. Devo confessar, sem desprimor para ninguém, que tive alunos
brilhantes na Invicta. E os pais? Alguns mereciam um cantinho no Quadro
de Honra e Excelência. O Aslam Sadrudrine Jamal, o menino persa, ocupa
esse lugar, na minha memória…
Começamos por visitar o Porto Canal, um canal de televisão português dedicado a todo o território nacional, com uma
programação diversificada em diversas áreas: informação, desporto e entretenimento. De facto, embora detenha
conteúdos relativos ao FC Porto,
é um canal generalista, que trata temas de todas as áreas, abrangendo
todas as matérias. Estas são transmitidas, ao público, através de uma
programação de qualidade, sendo a única estação televisiva com
praticamente 100% de produção portuguesa própria.
Atualmente possui dois estúdios: na
Senhora da Hora (Matosinhos) e no
Estádio do Dragão.
No centro de produção, na Senhora da Hora, é emitida a maioria dos
programas de informação. Entre diversas melhorias, o estúdio de
Matosinhos foi recentemente dotado de vários cenários virtuais e
requalificado com as mais modernas tecnologias. No novo estúdio,
localizado entre o Estádio do Dragão e o Dragão Caixa, são emitidos os
programas de entretenimento e os espaços relacionados com o universo FC
Porto.
O Porto Canal inicia as suas emissões a 29 de setembro de 2006, com uma
programação que contempla uma forte aposta na informação de interesse
específico, para concelhos que integram o
Grande Porto.
Em janeiro de 2012,
Júlio Magalhães é nomeado por
Jorge Nuno Pinto da Costa, para diretor-geral do canal.
Numa nova fase, em 2016, depois
de adquirido pelo FC Porto, a estação televisiva aposta ainda em novos programas de entretenimento, informação e desporto.
Numa visita guiada, fomos conduzidos por vários corredores e observamos
os meandros de uma estação televisa: a sala de produção, a sala de
maquilhagem, a régie, os malabarismos que acontecem no estúdio, com os
vários cenários que mudam num ápice, graças às avançadas
tecnologias.
Seguiu-se a visita ao Estádio do Dragão, localizado na freguesia de
Campanhã, sendo neste recinto que a
equipa de futebol joga as suas partidas em casa.
Por imperativos da modernidade tornou-se necessário o enriquecimento
patrimonial do FC Porto, dotando-o de um estádio funcional, mais cómodo e
mais bem ajustado às exigências do futebol de mais alto nível e da
excelência do historial portista.
A realização do Euro 2004 proporcionou a mudança do Estádio das Antas e o
Dragão, obra da autoria do arquiteto Manuel Salgado, nasceu, localizado
um pouco abaixo daquele que, com respeito pelo passado e orgulho no
presente, substituiu enquanto palco da distinção azul e branca.
O Dragão tem capacidade para 50.035 espectadores e é dotado de valências
únicas que, enriquecidas pela colocação de espaços verdes e pela
reestruturação das vias anexas ao complexo desportivo, residencial e
comercial, materializam uma nova centralidade no Porto. O Dragão
afirma-se como ponto de referência desportivo e cultural da cidade e da
região. Para muitos tripeiros, é o ícone da sua cidade.
A cerimónia inaugural ocorreu a 16 de Novembro de 2003, tendo como ponto
alto, o encontro particular, entre o FC Porto e o convidado de honra FC
Barcelona, terminando com vitória azul e branca por 2-0.
Posteriormente, o Estádio do Dragão acolheu o jogo de abertura do Euro
2004, disputado entre as seleções de Portugal e da Grécia e foi palco da
deslumbrante caminhada portista, rumo à conquista da Europa, na época
2003/04.
O glorioso FCP que alimenta o bairrismo exacerbado de uma multidão de
portuenses e ainda mais de portistas, absorve de tal modo a
atenção/energia dos adeptos ferrenhos do desporto-rei, que estes
esquecem momentaneamente, a crise, o défice…e toda a corrupção que
grassa neste país. O ópio do povo, no dizer de Carl Marx?
Como parte integrante do “Dragão”, está o Museu do FCP, visitado
exatamente, no Dia Internacional dos Museus, em que a entrada gratuita.
Reúne um acervo de 120 anos de vida, indo para além de uma exposição de
troféus (171 taças expostas, de uma coleção de milhares em reserva). Com
todos os truques das TIC, proporciona ao visitante uma experiência
sensorial, numa viagem pelos tempos do clube, feita com memórias vivas e
com uma apresentação inovadora em multimédia.
Inaugurado a 28 de Setembro de 2013 , dia do 120.º aniversário do FC
Porto, o Museu corporiza uma nova centralidade no Estádio do Dragão. A
descoberta da história do clube é um caminho que se inicia antes da
entrada na área de exposição permanente, prolongando-se por 27 áreas
temáticas. A chegada ao Museu causa um impacto imediato, pela exibição
de uma enorme estrela azul que, anuncia o espaço e pela área de receção,
dominada pela Valquíria Dragão. A obra é da artista-plástica, Joana
Vasconcelos, na qual se destacam mais de 300 troféus e muitos outros
elementos associados ao FC Porto.
Perante esta demonstração de fausto, ostentação, direi mesmo de
megalomania, o português comum, que não se deixa ofuscar pela glória,
nem se deixa arrastar pela psicologia das multidões, interroga-se com
perplexidade: _Este país, que está nas ruas da amargura, terá motivos
para tanto fogo de artifício?
18.05.2016