Retorno ao Windows Live Writer - 7 de Março de 2014
Publicado em 1.03.2014
O mundo é mais do que os olhos podem ver. Mas nada que uma ajuda da tecnologia, principalmente no que diz respeito à captação de imagens, não resolva pelo menos um pouco dessa nossa dificuldade de ver o que realmente está acontecendo a nossa volta. Pronto para ficar de queixo caído?
10. Levitação quântica
Quando você esfria certos materiais abaixo de uma temperatura, eles se tornam supercondutores, conduzindo eletricidade com resistência zero. Um pouco menos de metade dos metais conhecidos têm uma espécie de “temperatura de transição”. E uma vez que eles são resfriados abaixo dessa temperatura, tornam-se supercondutores.
Claro que, para esse fenômeno acontecer, as temperaturas tem que cair um pouco mais que o nosso queixo depois ver todos os vídeos desse artigo.
O ródio, por exemplo, precisa ficar a -196,15°C para se tornar um supercondutor e como esse também é o ponto de ebulição do nitrogênio líquido, podemos observar um fenômeno bizarro dos supercondutores em temperatura ambiente, como mostrado no vídeo acima. Quando supercondutores estão perto de um campo magnético fraco, eles criam uma superfície de corrente elétrica que repele as ondas do campo magnético. E quando isso acontece, as ondas do campo magnético prendem o supercondutor, no ar. Aí, quando você o gira em qualquer direção, o supercondutor automaticamente compensa com um campo elétrico para neutralizar o ímã. Esse fenômeno é conhecido como levitação quântica.
9. Bolinhas de Newton
Uma das coisas mais fantásticas a respeito desse fenômeno é que ele pode ser recriado onde você estiver. Basta ter uma longa corrente de Mardi Gras e um pote. Depois, é só pegar uma ponta da corrente, jogar para fora do pote e ver a ciência acontecer. Porque, ao invés de seguir o roteiro padrão de apenas continuar caindo, essa corrente faz movimentos quase inacreditáveis, fazendo o jarro se parecer com uma fonte de pequenas bolinhas de metal.
Simples, porém muito divertido. Mas o que acontece ali?
Três forças diferentes estão em ação. A gravidade, que puxa a primeira bolinha para o chão, é a primeira e mais óbvia. À medida que cada elo da cadeia sucumbe à gravidade e puxa o cordão de trás dele, temos a segunda força em ação. E dentro do pote, temos a terceira força, que é do próprio jarro impulsionando a corrente para fora. Parece loucura, porque o frasco não está se movendo, mas tudo se resume ao fato de que a corrente é fundamentalmente uma cadeia de hastes rígidas ligadas por uma junta flexível – como um trem e seus vagões. Assim, quando cada elo deixa sua posição de repouso porque está sendo puxado pelo “vagão” da frente, o fundo do pote (ou a camada de bolinhas que tem nele) aparece lá no ar, criando um laço que “desafia a gravidade” até que ela tome conta da situação e arraste-o de volta para baixo.
8. Esculturas de Ferrofluído
Quando se junta ferrofluido com um ímã, temos umas das substâncias mais inacreditáveis do planeta. Isso porque o líquido em si é formado apenas por partículas magnéticas suspensas em um fluído – geralmente óleo. E quando ele é colocado perto de um grande ímã, podemos observar o efeito por horas e horas, sem acreditar que aquilo está de fato acontecendo diante de nossos olhos.
O ferro forma picos e vales, o que é o resultado da tentativa de suas partículas de se alinharem ao campo magnético do ímã. Os picos se formam onde o campo é mais forte. Esse efeito é chamado de “campo normal de instabilidade”.
Sem manipulação gráfica, sem efeitos de luz, sem engenhocas. O que você viu no vídeo é ciência pura acontecendo.
7. Aquecimento por indução de um cubo de gelo
O processo de aquecimento por indução é feito por meio de uma corrente de alta frequência que aquece o cubo de gelo com uma intensidade absurda. Para você ter uma ideia, dependendo do tipo de metal da bobina, um aquecedor de indução pode levar um objeto a 871°C em apenas um segundo e meio com 4,1 kw de energia por centímetro quadrado de área de superfície.
Mas por que o gelo não vira uma poça d’água logo de cara?
Porque a matéria só aceita – ou emite – energia em pacotes discretos de energia. Então, quando a energia vem mais forte que escola de samba cruzando a avenida, ela – no caso, o gelo – precisa de um tempo para absorver toda a força, e não derrete logo de cara.
6. Ponte de oxigênio líquido
O ponto de ebulição do oxigênio é de -183°C. Em qualquer temperatura acima disso, ele é o gás que todos nós conhecemos, amamos e respiramos. Mas, uma vez que cai abaixo dessa temperatura, adquiri algumas propriedades interessantes. Mais precisamente, a configuração mais densa de suas moléculas em estado líquido permite que as propriedades naturais mais obscuras de oxigênio venham à tona. E um grande exemplo disso é o paramagnetismo do oxigênio.
Um material paramagnético é aquele que só é magnetizado se estiver próximo a um campo magnético externo. Na forma de gás, as moléculas de oxigênio são muito vagamente espalhadas para serem afetadas por ímãs. Mas como líquido, ele se comporta exatamente como um pedaço de ferro (ferozmente fervente) perto de um ímã. Com dois ímãs frente a frente, então, o oxigênio líquido acaba formando uma ponte, como a que você pode observar no vídeo. Infelizmente, é difícil ver isso acontecer por muito tempo porque oxigênio líquido começa a se transformar em gás assim que entra em contato com a temperatura ambiente.
5. A Reação de Briggs-Rauscher
Se seu queixo não caiu até agora, se prepare que agora vai. Porque você está prestes a ver uma das reações químicas visualmente mais impressionantes de todos os tempos: a Reação de Briggs-Rauscher.
Como o vídeo mostra, fazer a demonstração é bem simples.
Primeiro você deve dissolver uma bola de amido em 3/4 de copo de água;
Depois, coloque no mesmo recipiente 1/2 colher de chá de sulfito de sódio;
Então, pegue outro recipiente e coloque mais 3/4 de copo de água;
Neste, dissolva 1/4 de colher de chá de iodato de sódio.
Misture os líquidos e veja a reação acontecer bem diante de seus olhos.
Depois, coloque no mesmo recipiente 1/2 colher de chá de sulfito de sódio;
Então, pegue outro recipiente e coloque mais 3/4 de copo de água;
Neste, dissolva 1/4 de colher de chá de iodato de sódio.
Misture os líquidos e veja a reação acontecer bem diante de seus olhos.
O líquido muda de translúcido para um âmbar e em um piscar de olhos todo o líquido adquire um tom azul escuro. O líquido permanece mudando de cor a cada poucos segundos.
Por que isso acontece?
Porque a reação no copo que contém a mistura dos líquidos é oscilante. Quando todos os produtos químicos se combinam, o iodato se transforma em ácido hipoiodoso. Uma vez que o ácido está presente no recipiente, uma outra reação acontece e o transforma em iodo livre e iodeto. Isso impulsiona a primeira mudança de cor, criando a âmbar. Em seguida , a solução continua a fazer iodeto. E assim que a solução fica com mais iodeto do que iodo, os dois se combinam e formam um íon triiodeto. Esse íon, por sua vez, reage com o amido e solução adquire a coloração azul escura.
4. Guerreiros da Bobina de Tesla
Nicola Tesla, o prodígio brilhante de inovação elétrica, é naturalmente o responsável pela invenção da Bobina de Tesla, um dispositivo que produz baixa corrente, eletricidade de alta tensão, e quantidades saudáveis – e divertidas – de faíscas coloridas.
Como ela é composta por malhas que distribuem tensão uniformemente ao redor de suas superfícies, qualquer pessoa que ficar em cima dela (como você pode ver no vídeo) pode montar o relâmpago e sair ilesa.
3. Ondas Senoidais
As ondas sonoras têm uma capacidade incrível de fazer outros objetos se corresponderem com sua frequência. Se você já ouviu alguma música com uma batida pesada em seu carro, já deve ter percebido os espelhos ondulando quando as ondas sonoras batem. O que está acontecendo no vídeo acima é essencialmente isso, embora o resultado final seja muito mais dramático.
A onda senoidal viaja a 24 Hz através de um alto-falante com uma mangueira de água. Então, a mangueira começa a vibrar 24 vezes por segundo. Quando a água sai, forma as ondas que correspondem à frequência de 24 Hz.
E aqui está o truque: o verdadeiro herói desta cena é a câmera. Porque se fossemos ver a olho nu, enxergaríamos apenas uma onda indo e vindo. Mas com a câmera filmando a 24 quadros por segundo, o que vemos é que a água parece congelar no ar.
Cada onda de água atinge o mesmo espaço exato, 24 vezes a cada segundo. No filme, parece que a mesma onda fica no ar por tempo indeterminado, quando, na realidade, uma onda diferente tomou o seu lugar em cada quadro.
2. Ímã e tubo de cobre
Você sabe o que acontece quando joga um ímã através de um tubo de cobre? Ele perde velocidade e atravessa o tubo em câmera lenta. Isso acontece porque o cobre interfere no campo magnético do ímã, provocando mudanças em seu comportamento.
1. Serpente de Faraó
O mais estranho ficou para o final. Se por um lado o mercúrio (II) é muito famoso entre os laboratórios, por ser usado em um punhado de sínteses químicas, ele é também um completo exibicionista. Veja no vídeo o que acontece quando ele entra em decomposição no fenômeno apelidado deSerpente de Faraó.
Quando ele começa a queimar, uma reação em cadeia começa a formar nitrato de carbono e vapor de mercúrio, uma mistura altamente tóxica. Já chegou a ser vendido como fogos de artifício até que várias crianças resolveram colocá-lo na boca e acabaram morrendo. Por isso, é melhor desfrutarmos dessa bizarrice só por vídeo mesmo! [listverse, Education]