Mário Soares, ex-Presidente da República, deixou bem claro, em entrevista ao Diário de Notícias, o que acha do panorama político actual. Defende que a troika está a “roubar” Portugal e não poupa críticas a Pedro Passos Coelho e ao próprio Presidente da República, Cavaco Silva.
Em entrevista ao jornal Diário de Notícias, Mário Soares, co-fundador do PS, é peremptório na avaliação que faz da actual situação política em Portugal: “Este Governo não tem rei nem roque, nem sabe o que quer, nem sabe para onde vai.”
O ex-Presidente da República criticou fortemente as decisões que o partido social-democrata tem vindo a tomar, apontando que Portugal deveria seguir o exemplo da Argentina e não pagar a dívida. “O que a troika nos faz é um roubo. (…) Um país que fez o que nós fizemos, agora estar sujeitos a uns usurários que (…), com os juros imensos roubam o dinheiro todo de Portugal”, salienta.
Mário Soares acredita que o actual Governo, “é um Governo de delinquentes”. Defende que Rui Machete deveria ter tido a “sensibilidade e inteligência” de se demitir a ele próprio e Pedro Passos Coelho deveria fazer o mesmo: “Como é que é possível que o primeiro-ministro não se demita a ele próprio, depois de saber que é vaiado em toda a parte, que ninguém o toma a sério (…) e continue agarrado ao poder, como uma lapa?”.
O histórico socialista não poupa também Cavaco Silva afirmando que não entende por que o Presidente da República “anda pelo estrangeiro e não diz uma palavra”, concluindo que “é significativo do medo com que está como protector de um Governo que todo o povo odeia”.
Soares acredita que o Governo deveria ter caído na altura em que Paulo Portas se demitiu, assinalando que o seu retorno como vice-primeiro ministro “é de gente que não tem valores, princípio, espírito, nem carácter nem nada” e defende que, caso a actual Governo caísse, “seria a alegria nacional. Porque se isso tivesse acontecido, havia que encontrar uma situação sem delinquentes. (…) Podia haver um Governo de salvação nacional, por exemplo.”
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O Senhor Mário Soares continua a retratar-se a si próprio e a todos aqueles que têm governado Portugal, desde o 25 de Abril de 1974 "a REVOLUÇÃO DOS CRAVOS... ou dos C R A V A S ???..." que puseram o País nesta linda situação.
Diz ele que este Governo (PSD e CDS) e este Presidente da República (Cavaco Silva) - que todos nós sabemos serem INIMIGOS DE ESTIMAÇÃO do Senhor Mário Soares... e companhia, são uns DELINQUENTES e que "que todo o povo odeia".
Concedo-lhe o "BENEFÍCIO DA DÚVIDA", ou seja, não lhe nego razão para que não goste deste Governo nem da maneira como está a agir. Estou inteiramente de acordo, pois eu também não gosto.
Agora quanto ao facto de os designar Delinquentes acho que já está a exceder-se muito no "seu direito à indignação" - frase que o senhor inventou aqui há uns anos atrás, se bem se as pessoas ainda se lembram... - dado que V. Exª e os seus apaniguados também o são, em virtude de ter também culpas no cartório durante o tempo em que governou (ou desgovernou" Portugal).
Ou não se lembra, para não ir mais longe, que foi V. que delapidou o Erário Público e que fez o primeiro pedido de auxílio ao FMI?
E que foi V. que assinou o Acordo com a CEE (de que agora tanto mal diz)?
E que foi V. também que originou o segundo pedido de auxilio financeiro?
E que foram os Socialistas que se viram forçados a pedir para a troika voltar cá 3ª vez em 2011?
Etc., etc., etc..
Não li a entrevista que o DN lhe fez, mas dizem-me que terá afirmado que quando este Governo saísse, deveria ser imediatamente julgado na Justiça pelo mal que tem feito aos portugueses. ESTOU DE ACORDO TOTALMENTE, mas exijo como Português que todos (mas todos, mesmo) os Governantes (e não só) que ali estiveram desde 1974, tenham o direito de ser julgados pelos "crimes" cometidos e castigados, SEM APELO NEM AGRAVO e que sejam obrigados a pagar tudo o que foi delapidado ao Povo Português, POIS SÓ ASSIM É QUE SE FARÁ A DEVIDA JUSTIÇA.
Há ainda uma coisa que eu gostaria de solicitar ao Sr. Dr. Mário Soares:
Cerca de 31 ou 34 por cento dos portugueses, votaram no passado dia 29 de Setembro a favor (ou não foram manifestamente contra) do Governo, ou melhor, nos Partidos que estão representados no Governo (e um deles fui eu, não o nego). O que quer dizer que esse milhares de portugueses NÃO ODEIAM O GOVERNO, podem é não estar de acordo com o que têm feito, mas daí a ODIAR vai uma distância razoável.
Por isso queria informá-lo de que EU e aqueles portugueses que não votaram contra o Governo ou contra os Partidos que lá estão, não lhe demos autorização alguma para falar em nosso nome.
Poderá V. Exª falar em seu nome, em nome da sua família, dos socialistas, comunistas, bloquistas, etc.,, (em suma, em nome de todos os seus apaniguados) mas em MEU NOME, nunca, porque sou Maior e vacinado, sei o que quero e o que não quero, e, além disso, embora não o ODEIE a si, - pois não tenho Ódio a ninguém - NÃO GOSTO DE SI, e ninguém me pode obrigar.
Saudações a todo o Portugal.
ANTÓNIO FONSECA
