quarta-feira, 18 de setembro de 2024

SÃO METÓDIO DE OLIMPOS - 18 DE SETEMBRO DE 2024

 

Metódio de Olimpos

 Nota: Para outros santos de mesmo nome, veja São Metódio.
São Metódio de Olimpos
Decapitação de São Metódio
Bispo de Olimpos (e de Tiro?), MártirPai da Igreja
NascimentoFinal do século III d.C.
Mortec. 311 d.C.
Veneração porIgreja Católica
Igreja Ortodoxa
Festa litúrgica18 de setembro na Igreja Católica
20 de junho (calendário juliano) na Igreja Ortodoxa
 Portal dos Santos

Metódio de Olimpos (m. ca. 311) foi um bispo cristão, autor eclesiástico e um mártir. Ele é considerado um santo e um dos padres da igreja.

Vida

Poucos relatos sobreviveram sobre a vida do primeiro oponente científico de Orígenes e mesmo este pouco que nos restou apresenta muitas dificuldades. Eusébio de Cesareia não o menciona em sua História Eclesiástica, provavelmente porque Metódio se opunha às várias teorias de Orígenes. Assim, ficamos em débito com Jerônimo por seu primeiro relato sobre ele em De Viris Illustribus.[1] De acordo com ele, Metódio foi bispo em Olimpos na Lícia e depois foi bispo em Tiro. Esta última afirmação não é confiável, pois nenhum autor grego jamais citou-o como bispo de Tiro e, de acordo com Eusébio, Tirânio era bispo de Tiro durante as perseguição de Diocleciano e morreu mártir.[2] Após esta perseguição, Paulino foi eleito bispo da cidade. Jerônimo adiciona ainda que Metódio foi martirizado no final da última perseguição, ou seja, sob Maximino Daia (311 d.C.). Embora ele diga que "alguns afirmem" que isto possa ter ocorrido sob o imperador Décio e Valeriano em Cálcis, esta frase (em latimut alii affirmant no original) - que mostra incerteza da parte dele - é indício de que seja improvável. Várias tentativas já foram feitas para tentar decifrar o erro sobre a menção a Tiro como sendo um bispado de Metódio e é possível que o santo tenha sido transportado para lá durante as perseguições, onde teria morrido.[3]

Segundo a tradição cristã, Metódio morreu decapitado.

Obras

Metódio tinha uma educação filosófica muito completa e era um importante teólogo assim como um sofisticado e prolífico autor. Cronologicamente, suas obras podem ser atribuídas de maneira geral ao final do terceiro e começo do quarto século. Ele se tornou especialmente importante na história da literatura teológica por ter combatido os vários pontos de vista do grande Orígenes de Alexandria. Ele atacou particularmente sua doutrina sobre o corpo do homem na ressurreição não ser o mesmo corpo que ele tinha em vida, assim como a sua ideia sobre o mundo ser eterno. De toda forma, ele reconheceu o grande serviço prestado por Orígenes à teologia eclesiástica.[3]

Assim como Orígenes, ele foi fortemente influenciado pela filosofia de Platão e se utiliza constantemente da explicação alegórica das Escrituras. De suas numerosas obras, apenas uma nos chegou completa no original em grego: o diálogo sobre a virgindade, com o título Banquete, ou Sobre a Virgindade (em gregoSymposion he peri hagneias)[4] No diálogo, composto com referências a O Banquete de Platão, ele apresenta um refeição festiva com dez virgens num jardim de Aretê, no qual cada um dos participantes elogia a virgindade cristã e sua sublime excelência. Ele conclui com um hino sobre Jesus como "noivo da Igreja". Fragmentos maiores foram preservados em diversos outros escritos cristãos em grego e sabemos de outras obras de antigas versões em eslavônico, ainda que algumas estejam abreviadas.[3]

As seguintes obras são em formato de diálogo[3]:

  1. Sobre o Livre-Arbítrio (peri tou autexousiou), um importante tratado atacando a visão gnóstica da origem do mal e comprovando a liberdade da vontade humana.
  2. Sobre a Ressurreição (Aglaophon he peri tes anastaseos), no qual ele defende a teoria de que o mesmo corpo que o homem tem em vida será elevado à incorruptibilidade na ressurreição, em oposição às ideias de Orígenes.

Enquanto grandes trechos do original em grego destas duas obras tenham sido preservados, existem apenas versões eslavônicas dos quatro tratados menores listados abaixo[3]:

  1. De vita, sobre a vida e a ação racional, que exorta à satisfação nesta vida e à esperança na vida que virá.
  2. De cibis, sobre o as leis dietárias judaicas, sobre o bezerro que é mencionado no Levítico (Levítico 9:3 e seguintes) como uma explicação alegórica das leis sobre comida do Antigo Testamento e sobre a novilha vermelha do Livro dos Números (Números 19:2 e seguintes).
  3. De lepra, sobre a lepra, para Sistelius, um diálogo entre Eubulius (Metódio) e Sistelius sobre o senso místico das referências aos leprosos do Antigo Testamento (por exemplo, em Levítico 13:1 e seguintes)
  4. De sanguisuga, sobre o sanguessuga no Livro dos Provérbios (Provérbios 30:15 e seguintes) e sobre o texto «O meu escudo, o meu Salvador poderoso, meu alto refúgio» (Salmos 18:2).

Sobre outras obras, que não sobreviveram, Jerônimo menciona um grande tratado contra Porfírio, o neoplatonista que publicara um livro atacando o Cristianismo, um tratado sobre a Pythonissa, dirigido contra Orígenes, comentários sobre o Gênesis e sobre o Cântico dos Cânticos. Outros autores lhe atribuíram a obra Sobre os mártires, e um diálogo, Xenon. Neste último, ele se opõe à doutrina de Orígenes sobre a eternidade do mundo.[3]

A obra Apocalipse de Pseudo-Metódio, do século VII, é uma pseudepígrafe. Uma parte de suas obras foi publicada por Combefisius.

Referências

  1.   "De Viris Illustribus - Methodius the bishop", em inglês.
  2.  Eusébio de Cesareia. «13». História Eclesiástica. The Bishops of the Church that evinced by their Blood the Genuineness of the Religion which they preached (em inglês). VIII. [S.l.]: Newadvent.org
  3. ↑ Ir para:a b c d e f  "St. Methodius of Olympus" na edição de 1913 da Enciclopédia Católica (em inglês). Em domínio público.
  4.  Jacques Paul MignePatrologia Graeca (em grego). XVIII. [S.l.: s.n.] p. 27-220

Bibliografia

  • Patterson, L. G. (Lloyd George) (1997). Methodius of Olympus: Divine Sovereignty, Human Freedom, and Life in Christ (em inglês). Washington: Catholic University of America Press

SANTA RICARDA DE SUÁBIA - 18 DE SETEMBRO DE 2024

 

Ricarda da Suábia

Ricarda da Suábia
Ricarda em vitral da Igreja de Santo Wendelin.
Rainha da Frância Ocidental
Reinado12 de dezembro de 884 - 13 de janeiro de 888
Rainha da Frância Oriental
Reinado12 de dezembro de 884 - 11 de novembro de 887
Imperatriz do Sacro Império Romano-Germânico
Reinado12 de fevereiro de 881 – 13 de janeiro de 888
 
Nascimento840
 AlsáciaFrança
Morte18 de setembro de 895 (55 anos)
 Abadia de AndlauAlsáciaFrança
Sepultado emAbadia de Andlau
CônjugeCarlos, o Gordo
DinastiaAhalofingas
Carolíngia
PaiErchanger, conde de Nordgau
ReligiãoCatolicismo

Ricarda da Suábia ou Santa Ricarda de Andlau (em francêsRicharde de Souabe, em alemãoRichardisAlsácia840 – Abadia de Andlau18 de setembro de 895) foi imperatriz do Sacro Império Romano Germânico e rainha dos Frância ocidental e oriental como esposa de Carlos III. Foi canonizada em 1049 e é comemorada no dia é 18 de setembro.

Biografia

Nasceu na Alsácia, filha de Erchanger, conde de Nordgau, da família dos Ahalolfingas. Casou-se com Carlos III em 862 e foi coroada em Roma pelo Papa João VIII em 881. Não tiveram filhos.

Tanto Ricarda como Carlos, segundo se indica em 887, foram acusados de adultério, por isso o seu matrimônio não foi consumado. Nessa crise, o seu esforço por derrocar o poderoso e odiado Liutuardo, grão-chanceler de Carlos, Ricarda e Liutuardo foram acusados ​​por Carlos e seus cortesãos de adultério. Ela foi colocada sob o teste de fogo, no qual passou com êxito.

Posteriormente se retirou para a abadia de Andlau, que ela mesma havia fundado no ano de 880, e onde a sua sobrinha Rotrod era abadessa. Ricarda havia sido previamente abadessa de casas religiosas nas abadias Säckingen e Zurique). Morreu em Andlau em 18 de setembro e foi enterrada ali.

Culto

Ricarda foi canonizada mais tarde pela Igreja Católica Romana e os seus restos foram transladados em novembro de 1049 pelo Papa Leão IX no túmulo mais lustroso na recém reconstruido igreja da abadia. O túmulo actual data do ano de 1350.

Ricarda é padroeira de Andlau, e protetora dos incêndios. Sua iconografia se refere á sua condição de imperatriz, monja e sua prova de fogo.

Bibliografia

  • Ekkart Sauser, Richardis (Richarde, Richgarda, Richkart): hl. Kaiserin|spalten=1141-1142

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