Ordem Militar de Cristo
Ordem Militar de Cristo | |
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Descrição | |
País | Portugal |
Outorgante | Presidente da República |
Criação | 14 de março de 1319 |
Tipo | Ordem Militar |
Motto | In Hoc Signo Vinces (Com este sinal vencerás) |
Elegibilidade | Destacados serviços prestados no exercício de funções em cargos de soberania ou da Administração Pública, e na magistratura e diplomacia |
Estado | Ativa |
Organização | |
Grão-Mestre | Presidente Marcelo Rebelo de Sousa |
Chanceler | Jaime Gama |
Graus | Grande-Colar (GColC) Grã-Cruz (GCC) Grande-Oficial (GOC) Comendador (ComC) Oficial (OC) Cavaleiro (CvC) |
Agraciados | Relação de Agraciados |
Hierarquia | |
Inferior a | Medalha Militar da Cruz de Guerra |
Superior a | Ordem Militar de São Bento de Avis |
Fita |
A Ordem Militar de Cristo[1] é uma ordem honorífica portuguesa que herdou o nome da extinta Ordem de Cristo (1834), e que é concedida por destacados serviços prestados no exercício das funções em cargos de soberania ou Administração Pública, e na magistratura e diplomacia, que mereçam ser especialmente distinguidos.[2]
O Grão-Mestre da Ordem é, tal como nas demais Ordens Honoríficas Portuguesas, por inerência o Presidente da República, cargo exercido desde 2016 pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa.[3]
História
A Ordem Militar de Cristo foi fundada pelo Rei D. Dinis I de Portugal em 14 de Março de 1319. Tem como motto In Hoc Signo Vinces (com este sinal vencerás).
Insígnias
São insígnias da Ordem Militar de Cristo a banda, a fita, a placa e a medalha. São ainda insígnias da Ordem a miniatura e a roseta.[4]
Distintivo
O distintivo da Ordem Militar de Cristo é uma cruz latina, pátea, de esmalte vermelho, perfilada de ouro, carregada de uma cruz latina de esmalte branco.
A cor da Ordem é o vermelho.
Banda
A banda, reservada ao grau de Grã-Cruz, é de seda vermelha, posta a tiracolo da direita para a esquerda, tendo pendente sobre o laço o distintivo.
Fita
Os Grandes-Oficiais e Comendadores usam o distintivo da Ordem suspenso de fita de seda vermelha pendente do pescoço.
Placa
Aos graus de Grã-Cruz e Grande-Oficial cabe uma placa de ouro esmaltado, formada em raios e tendo ao centro um círculo de esmalte branco carregado da cruz da Ordem, perfilado de ouro e circundado de um festão de louro de ouro.
Aos Comendadores é outorgada uma placa de prata esmaltada, no restante idêntica às dos graus superiores.
Medalha
Os Oficiais e Cavaleiros usam uma medalha com o distintivo suspenso de fita de seda vermelha, com fivela dourada. No caso dos Oficiais dispõe de uma roseta da cor da fita sobre a fivela.
As senhoras agraciadas usam laço em vez de medalha. O laço dispõe de roseta no nó para o grau de Oficial, sendo simples para as Damas.
Miniatura e roseta
São ainda insígnias da Ordem a miniatura e a roseta.
A miniatura, idêntica para todos os graus, consta do distintivo em miniatura suspenso de uma pequena fita de seda vermelha.
A roseta, da cor da Ordem, tem as seguintes diferenças: roseta com galão de ouro para Grã-Cruz, roseta com galão de ouro e prata para Grande-Oficial, roseta com galão de prata para Comendador, roseta singela para Oficial e fita sem roseta para Cavaleiro e Dama.
Graus
O Presidente da República é, por inerência, Grão-Mestre de todas as ordens honoríficas portuguesas.[3]
Tal como nas restantes ordens honoríficas portuguesas, a Ordem Militar de Cristo tem duas categorias de membros: titulares e honorários. São titulares os cidadãos portugueses agraciados com a Ordem, sendo honorários os cidadãos estrangeiros e as instituições e localidades nacionais ou estrangeiras condecoradas.[5]
A Ordem inclui seis graus, em ordem decrescente de preeminência:[6][7]
- Grande-Colar (GColC)
- Grã-Cruz (GCC)
- Grande-Oficial (GOC)
- Comendador (ComC)
- Oficial (OC)
- Cavaleiro (CvC) / Dama (DmC)
Tal como outras ordens portuguesas, o título de Membro-Honorário (MHC) pode ser atribuído a instituições e localidades.[8] Pelo Decreto-Lei n.º 55/2021, de 29 de junho, foi introduzido o grau de Grande-Colar (GColC).[7]
Para além dos cidadãos nacionais também os cidadãos estrangeiros podem ser agraciados com esta Ordem.[9][10]
Conselho
Como Chanceler do Conselho das Antigas Ordens Militares, que inclui a Ordem Militar da Torre e Espada, foi nomeado em 2016 o antigo Presidente da Assembleia da República Jaime Gama,[11] tendo sido reconduzido em 2021.[12] Jaime Gama sucedeu ao General Vasco Rocha Vieira, que exerceu as funções de Chanceler de 2006 a 2016.[13][14]
Grande-Colar
O Grande-Colar é o mais alto grau da Ordem Militar da Cristo. É usado pelo Presidente da República enquanto Grão-Mestre da Ordem. Destina-se a ser outorgado a Chefes de Estado ou a personalidades excepcionalmente equiparadas a este estatuto.
Grão-Mestre
Grandes-Colares Honorários (presentes)
- Grão-Duque Henri do Luxemburgo (2022)
Membros Titulares e Honorários
Categorias da Wikipédia | Artigos |
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Grandes-Colares da Ordem Militar de Cristo | 1 |
Grã-Cruzes da Ordem Militar de Cristo | 445 |
Grandes-Oficiais da Ordem Militar de Cristo | 112 |
Comendadores da Ordem Militar de Cristo | 171 |
Oficiais da Ordem Militar de Cristo | 81 |
Cavaleiros da Ordem Militar de Cristo | 58 |
Membros-Honorários da Ordem Militar de Cristo | 28 |
Total de artigos | 895 |
Entre 1919 e 2017, foram registados quase 7400 membros nesta Ordem.[9][10] Entre os 3511 membros de nacionalidade portuguesa há 475 Grã-Cruzes, 316 Grandes-Oficiais, 921 Comendadores, 898 Oficiais e 875 Cavaleiros ou Damas, para além de 26 entidades como Membros-Honorários.[9]
Entre os 3883 agraciados estrangeiros encontramos 877 Grã-Cruzes, 507 Grandes-Oficiais, 1043 Comendadores, 824 Oficiais e 632 Cavaleiros ou Damas, para além de 2 entidades como Membros-Honorários.[10]
Ver também
- Ordens honoríficas de Portugal
- Ordem de Cristo, para uma contextualização histórica da Ordem militar medieval
- Imperial Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo, ordem brasileira criada a partir da antiga ordem real portuguesa
Notas
- ↑ Actualize para obter valores mais recentes. Poderá haver na Wikipédia ainda mais distinguidos do que os incluídos nestas categorias. No entanto, nos seus artigos não estão colocadas as respectivas categorias.
Referências
- ↑ "Mercês Honoríficas do Século XX (1900-1910)", Jorge Eduardo de Abreu Pamplona Forjaz, Guarda-Mor, 1.ª Edição, Lisboa, 2012, p. 112
- ↑ Chancelaria das Ordens Honoríficas Portuguesas. «História da Ordem Militar de Cristo»
- ↑ ab Chancelaria das Ordens Honoríficas Portuguesas. «Grão-Mestre»
- ↑ Chancelaria das Ordens Honoríficas Portuguesas. «Insígnias da Ordem Militar de Cristo»
- ↑ Chancelaria das Ordens Honoríficas Portuguesas. «Membros das Ordens»
- ↑ «Lei n.º 5/2011 : Lei das Ordens Honoríficas Portuguesas.» (pdf). Diário da República Electrónico, 1.ª série — N.º 43. 2 de março de 2011. pp. 1251–1252. Consultado em 19 de março de 2017
- ↑ ab Decreto-Lei n.º 55/2021, de 29 de junho - Diário da República n.º 124/2021, Série I de 2021-06-29
- ↑ «Membros Honorários». Sítio oficial da Presidência da República Portuguesa. Consultado em 13 de agosto de 2011
- ↑ ab c «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado das buscas dos nomes indicados depois de seleccionada "Liberdade" na opção "Ordem". Sítio oficial da Presidência da República Portuguesa. Consultado em 23 de maio de 2014
- ↑ ab c «Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado das buscas dos nomes indicados depois de seleccionada "Liberdade" na opção "Ordem". Sítio oficial da Presidência da República Portuguesa. Consultado em 5 de maio de 2014
- ↑ Manuel Carlos Freire (14 de março de 2016). «Jaime Gama nomeado chanceler das ordens militares». Diário de Notícias. Consultado em 18 de março de 2017
- ↑ Alvarás 18/2021, 19/2021 e 20/2021, de 16 de setembro
- ↑ Maria Luiza Rolim; Agência Lusa (18 de julho de 2011). «Ferreira Leite nova chanceler do Conselho das Ordens Nacionais». Consultado em 19 de março de 2017. Cópia arquivada em 8 de outubro de 2012
- ↑ «Os novos chanceleres». Correio da Manhã. 13 de abril de 2006. Consultado em 31 de julho de 2024
Ligações externas
- Secção da Ordem de Cristo no Sítio oficial da Presidência da República Portuguesa