segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Guerra Greco-Turca de 1919–1922 - 9 DE SETEMBRO DE 2024

 

Guerra Greco-Turca de 1919–1922

(Redirecionado de Guerra Greco-Turca (1919-1922))
Guerra Greco-Turca (1919–1922)
Parte da Guerra de independência turca

Ataque grego
Data15 de maio de 1919 – 11 de outubro de 1922
LocalAnatólia ocidental
Casus belliPartilha do Império Otomano
DesfechoVitória turcarevolução de 11 de Setembro de 1922 na Grécia, queda do governo de David Lloyd George no Reino Unido, Tratado de Lausanne.
Mudanças territoriaisTerras cedidas inicialmente à Grécia e que pertenciam ao Império Otomano são devolvidas à República da TurquiaTroca de populações entre os dois países.
Beligerantes
 Reino da Grécia
Apoiado por:
 Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda
 Nacionalistas turcos
Apoiado por:
 RSFS da Rússia[1]
 Reino da Itália[2]
Comandantes
Reino da Grécia Constantino I
Reino da Grécia Konstantinos Nider
Reino da Grécia Konstantinos Miliotis
Reino da Grécia Leonidas Paraskevopoulos
Reino da Grécia Dimítrios Gúnaris
Reino da Grécia Anastasios Papoulas
Reino da Grécia Georgios Hatzianestis
Reino da Grécia Nikolaos Trikoupis
Reino da Grécia Georgios Polymenakos
Reino Unido David Lloyd George
Nacionalistas turcos Kemal Atatürk
Nacionalistas turcos Fevzi Çakmak
Nacionalistas turcos İsmet İnönü
Nacionalistas turcos Fahrettin Altay
Nacionalistas turcos Kemalettin Sami
Nacionalistas turcos Yusuf Izzet Pasha
Nacionalistas turcos Ali Fuat Cebesoy
Nacionalistas turcos Muhittin Akyüz
Nacionalistas turcos Naci Eldeniz
Nacionalistas turcos Ömer Halis Bıyıktay
Nacionalistas turcos Münip Uzsoy
Nacionalistas turcos Rüştü Sakarya
Nacionalistas turcos Şefik Aker
Nacionalistas turcos Kâzım Orbay
Nacionalistas turcos Nihat Anılmış
Nacionalistas turcos Refet Bele
Reino de Itália (1861–1946) Carlo Sforza[3][4]
Forças
Maio de 1919:
15 000
1922:
215 000
Maio de 1919:
35 000
Agosto de 1922:
208 000
Baixas
19 362 mortos em combate
4 878 mortes fora de combate
48 880 feridos
18 095 desaparecidos
~13 740 prisioneiros[5]
9 167 mortos em combate
2 474 mortes fora de combate
31 097 feridos
11 150 desaparecidos
6 522 prisioneiros[6]

Guerra Greco-Turca de 1919–1922, também chamada de Guerra da Ásia Menor ou campanha grega da guerra de independência turca foi uma série de confrontos militares ocorridos entre maio de 1919 e outubro de 1922, durante a partilha do Império Otomano, ocorrida ao término da Primeira Guerra Mundial. A guerra foi travada entre a Grécia e os revolucionários turcos do Movimento Nacional Turco, que posteriormente fundaria a República da Turquia.

A campanha grega foi iniciada depois que os Aliados, especialmente o primeiro-ministro britânico David Lloyd George, haviam prometido à Grécia território que pertencia ao Império Otomano. Ao fim da guerra a Grécia foi forçada a devolver todos os territórios conquistados durante o confronto, e iniciou um processo de troca de populações com a recém-fundada República da Turquia, de acordo com o Tratado de Lausanne - processo que deixou marcas nas sociedades dos países, e acirrou ainda mais as rivalidades já existentes.

Tratado de Paz

Tratado de Lausanne foi negociado depois que as forças aliadas pressionaram pela renegociação do Tratado de Sèvres, após ver os revolucionários turcos vencerem-nas separadamente em três campanhas militares diferentes (além dos gregos, os armênios e os franceses foram derrotados pelos turcos). Este novo tratado reconheceu a independência da república turca e a sua soberania sobre a Trácia Oriental e a Anatólia.

Na literatura e nas artes

Referências

  1.  Jelavich, Barbara (1983). History of the Balkans: Twentieth century. [S.l.]: Cambridge University Press. p. 131. ISBN 978-0-521-27459-3
  2.  The Place of the Turkish Independence War in the American Press (1918-1923) by Bülent Bilmez: "...the occupation of western Turkey by the Greek armies under the control of the Allied Powers, the discord among them was evident and publicly known. As the Italians were against this occupation from the beginning, and started "secretly" helping the Kemalists, this conflict among the Allied Powers, and the Italian support for the Kemalists were reported regularly by the American press."
  3.  Mütareke Döneminde Mustafa Kemal Paşa-Kont Sforza Görüşmesi, Mevlüt Çelebi (em turco)
  4.  Mustafa Kemal Paşa – Kont Sforza ve İtalya İlişkisi (em turco)
  5.  Επίτομος Ιστορία Εκστρατείας Μικράς Ασίας 1919–1922 [Abridged History of the Campaign of Minor Asia] (em grego), Athens: Directorate of Army History, 1967, Table 2
  6.  Sabahattin Selek: Millî mücadele - Cilt I (engl.: National Struggle - Edition I), Burçak yayınevi, 1963, pag. 109 (em turco)

Bibliografia

Ligações externas

SANTO ANTOINE FREDERIC OZANAM - 9 DE SETEMBRO DE 2024

 

Antoine Frédéric Ozanam

Frederico Ozanam
Nascimento23 de abril de 1813
Milão
Morte8 de setembro de 1853 (40 anos)
Marselha
Veneração porIgreja Católica
Beatificação22 de agosto de 1997
Paris
por Papa João Paulo II
Festa litúrgica9 de setembro
 Portal dos Santos

Antoine Frédéric Ozanam (Milão23 de Abril de 1813 — Marselha8 de Setembro de 1853), também conhecido por Frédéric Ozanam, foi um intelectual e activista católico, fundador da Sociedade de São Vicente de Paulo (inicialmente conhecida por Conferência da Caridade). Foi beatificado pelo papa João Paulo II em 1997.[1]

Biografia

Ozanam nasceu em Milão, a 23 de Abril de 1813, o quinto filho de entre os catorze filhos do casal Antoine Ozanam. O pai tinha servido no exército de Napoleão Bonaparte, tendo, após o fim da República, trabalhado como comerciante, preceptor e a exercer medicina. A sua família tinha raízes judias, vivendo na região de Lyon há várias gerações. O seu bisavô, Jacques Ozanam (1640-1717), fora um importante matemático.

Quando tinha dois anos (1815) mudou-se com a família de volta para Lyon, onde inicia a sua educação. Aí foi fortemente influenciado por um dos seus professores, o abade Noirot, o qual despertou nele um conservantismo católico que o acompanharia por toda a vida. Logo em 1831 publicou um panfleto contra as ideias simonistas defendidas por Claude Henri de Rouvroyconde de Saint-Simon, o qual atraiu a atenção de Alphonse de Lamartine.

No ano seguinte partiu para Paris para estudar Direito, tendo aí gozado do apoio da família de André-Marie Ampère, e, através dela, travado conhecimento com François-René de ChateaubriandJean-Baptiste Henri LacordaireCharles Forbes René de Montalembert e outros intelectuais ligados ao neo-catolicismo francês.

Enquanto ainda estudante colaborou em vários jornais, particularmente no Tribune Catholique, que a partir de 1 de Novembro de 1833 se passou a designar L'Univers.

Em conjunto com outros seis jovens, fundou em Maio de 1833 a Conferência da Caridade, a qual a partir de 1835 passaria a ser oficialmente designada por Sociedade de São Vicente de Paulo, uma das maiores organizações católicas da actualidade.[1]

Recebeu o grau de doutor em Direito no ano de 1836 e em 1838 o de doutor em letras com uma dissertação sobre Dante, a qual seria o embrião de uma das suas melhores obras.

Um ano depois foi nomeado professor de Direito Comercial em Lyon e em 1840 foi nomeado professor auxiliar de literatura estrangeira na Universidade de Sorbonne, fixando-se em Paris e iniciando aí uma intensa carreira académica e jornalística.

Casou em Junho de 1841, com Amélie Soulacroix, de Lyon, tendo visitado a Itália na sua lua-de-mel. Deste casamento nascerá uma filha em 1845.

Após a morte de Charles-Claude Fauriel, ocorrida em 1844, foi nomeado catedrático de literatura estrangeira da Sorbonne. Apesar de muito ocupado, face às exigências académicas do lugar que ocupava, manteve as suas visitas regulares como confrade da Sociedade de São Vicente de Paulo.

Durante a Revolução de 1848, à qual se opôs, voltou durante um curto período ao jornalismo, sendo um dos fundadores do jornal Ere Nouvelle e de outros periódicos.

Fez diversas viagens, estando em Inglaterra durante a Exposição Universal de 1851.

Caindo doente, demitiu-se das suas funções universitárias e partiu para Itália em busca de alívio. Faleceu em Marselha durante a viagem de regresso, aparentemente de um problema renal.

Parte importante da sua obra foi publicada postumamente. Foi feito beato da Igreja Católica Romana pelo papa João Paulo II, em cerimónia solene realizada em Paris a 22 de Agosto de 1997.

Obra publicada

Ozanam foi um dos principais intelectuais do movimento neo-católico em França durante a primeira metade do século XIX, distinguindo-se como um crítico literário e historiógrafo de referência. Era mais culto, mais genuíno e mais lógico nas suas asserções do que François-René de Chateaubriand e menos partidarizado e menos sentimentalista que Charles de Montalembert (1810-1870).

Envolvido nos principais movimentos sociais da sua época, era um defensor consciencioso da democracia cristã, pugnado para que a Igreja Católica Romana se adaptasse às condições sociais e políticas que tinham emergido da Revolução Francesa.

Nos seus escritos expõe as importantes contribuições históricas do cristianismo na formação da sociedade europeia, defendendo a posição de que a Igreja Católica, continuando a tradição romana, fora o mais importante factor na absorção dos povos bárbaros que invadiram a Europa nas grandes migrações dos povos bárbaros que marcaram o fim do Império Romano e na subsequente manutenção da organização social e da cultura greco-latina durante a Idade Média.

Confessava que o seu objectivo era provar a tese contrária à de Edward Gibbon. Apesar de ser certo que qualquer historiador que aborde o seu trabalho com a ideia pré-concebida de provar uma tese em geral se engana, Ozanam teve um sucesso relativo no combate à ideia de que a Igreja Católica ao longo dos tempos tinha feito muito mais para escravizar o espírito dos povos do que para o elevar.

O seu conhecimento de literatura medieval, em especial francesa e italiana, e a forma como encarava a organização social e a vida quotidiana na Idade Média dão à sua obra uma qualidade excepcional, fazendo que ainda mantenha actualidade mais de 150 anos após a sua publicação.

A sua obra completa foi publicada em 11 volumes (Paris, 1862-1865). Nela se inclui:

  • Deux chanceliers d'Angleterre, Bacon de Verulam et Saint Thomas de Cantorbury (Paris, 1836);
  • Dante et la philosophie catholique au XIIIeme siècle (Paris, 1839; 2.ª ed., revista pelo autor, em 1845);
  • Études germaniques (2 vols., Paris, 1847-1849);
  • Documents inédits pour servir a l'histoire de l'Italie depuis le VIII.eme siècle jusqu'au XIIeme (Paris, 1850)
  • Les poètes franciscains en Italie au XIII.me siécle (Paris, 1852);
  • A sua epistolografia está editada em várias línguas (a primeira edição em inglês é de A. Coates, London, 1886).

Cronologia

  • 1813 - Frédéric Ozanam nasce em Milão, a 23 de Abril, filho de Jean-Antoine e Marie Ozanam.
  • 1815 - A família Ozanam muda-se para Lyon.
  • 1829 - Experimenta uma fase de crise de fé com dúvidas constantes.
  • 1831 - Ingressa na Universidade de Sorbonne, em Paris, para estudar Direito.
  • 1833 - Funda com outros estudantes da Sorbonne a Conferência da Caridade, antecessora das Conferências Vicentinas.
  • 1834 - Encabeça uma petição ao arcebispo de Lyon exigindo sermões mais relevantes.
  • 1835 - A Conferência da Caridade é oficialmente redesignada Sociedade de São Vicente de Paulo.
  • 1836 - Recebe o grau de doutor em direito com a tese Deux chanceliers d'Angleterre, Bacon de Verulam et Saint Thomas de Cantorbury (Paris, 1836).
  • 1837 - Publica a obra As Origens da Lei Francesa; o pai falece.
  • 1839 - Doutora-se em Literatura.
  • 1840 - Nomeado professor de Direito Comercial em Lyon; falece a mãe.
  • 1841 - Casa com Amélie Soulacroix, em Lyon.
  • 1842 - Representa a Igreja Católica Romana em negociações com o Estado francês.
  • 1844 - Nomeado para a cadeira de Literatura Estrangeira na Sorbonne.
  • 1845 - Nasce a sua filha Marie. A Sociedade de São Vicente de Paulo é oficialmente reconhecida pelo papa Gregório XVI.
  • 1847 - Publica a obra Estudos Alemães I.
  • 1848 - Está entre os fundadores do jornal Ere Nouvelle, com Henri Dominique Lacordaire.
  • 1849 - Publica a obra Estudos Alemães II.
  • 1852 - Actua como mediador durante motins estudantis na Sorbonne.
  • 1853 - Falece em Marselha, a 8 de Setembro, devido a doença renal
  • 1855 - A obra Civilização no Quinto Século é publicada postumamente.
  • 1989 - A Sociedade de São Vicente de Paulo americana funda a St. John's University, na cidade de New York.
  • 1997 - Frédéric Ozanam é beatificado em Paris, no dia 22 de Agosto, pelo papa João Paulo II.

Referências

  1. ↑ Ir para:a b «Antoine Frédéric Ozanam | French lawyer»Encyclopædia Britannica (em inglês). Consultado em 13 de julho de 2019

Ligações externas

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