sexta-feira, 30 de agosto de 2024

SANTA MARGARIDA WARD - 30 DE AGOSTO DE 2024

 

Margarida Ward

Santa Margarida Ward
Imagem de Santa Margarida Ward na igreja de Santa Eteldreda em Londres
Mártir
Nascimento1550
Congleton, Cheshire, Inglaterra
Morte30 de Agosto de 1588
Tyburn, LondresInglaterra
Veneração porIgreja Católica
Beatificação1929
por Papa Pio XI
Canonização25 de outubro de 1970
por Papa Paulo VI
 Portal dos Santos

Santa Margarida Ward (c. 1550 - 30 de agosto de 1588), em inglês, Margaret Ward, a "pérola de Tyburn", foi uma mártir católica inglesa que foi executada durante o reinado de Elizabeth I por ajudar um padre a escapar da prisão e se recusar a converter ao anglicanismo. Ela foi beatificada em 1929 e canonizada em 1970, como uma dos Quarenta Mártires da Inglaterra e País de Gales.

Vida

Margarida Ward nasceu em Congleton, Cheshire por volta de 1550. [1] Ela estava morando em Londres a serviço de uma senhora de "primeira linha" quando soube dos graves maus-tratos de Richard Watson, um padre confinado na prisão de Bridewell [2], e obteve permissão para visitá-lo. Foi completamente revistada antes e depois das primeiras visitas, mas aos poucos as autoridades se tornaram menos cautelosas e ela conseguiu contrabandear uma corda para a prisão. Padre Watson escapou, mas se machucou ao fazê-lo e deixou a corda pendurada na janela. O barqueiro que Margarida contratou para conduzi-lo rio abaixo se recusou a cumprir a barganha. Angustiada, Margarida confidenciou a tarefa a outro barqueiro, o Beato John Roche, que, compadecendo-se com a situação. comprometeu-se a ajudá-la. Ele providenciou um barco e trocou roupas com o padre, que conseguiu escapar, mas em seu lugar Roche acabou sendo capturado e preso. Margarida, tendo sido a única visitante do padre também foi presa. [3]

Um dos ícones de Santa Margarida Ward, onde ela é muitas vezes representada segurando uma corda.

Morte

Margarida foi mantida a ferros por oito dias, foi interrogada sob tortura, pendurada pelas mãos e açoitada, mas se recusou terminantemente a revelar o paradeiro do padre. No julgamento, ela admitiu ter ajudado o sacerdote a fugir. O Padre Watson escapou e Margarida se alegrou por "ter libertado um cordeiro inocente das mãos daqueles lobos sangrentos". Foi-lhe oferecido perdão se comparecesse a um culto protestante (anglicano), mas ela se recusou fortemente.[2][3]

"Foi açoitada e suspensa pelos punhos, e só tocou o solo com as pontas dos dedos de seus pés durante tanto tempo, que ficou aleijada e paralisada, porém estes sofrimentos reforçaram em grande medida a gloriosa mártir em sua luta final" relata São Robert Southwell em uma de suas cartas ao Padre Acquaviva[4]

Ela foi enforcada em Tyburn em 30 de agosto de 1588, junto com o Padre Richard Leigh, o barqueiro John Roche, Edward Shelley, Richard Martin e Richard Lloyd, o primeiro por ser padre e os demais por terem ajudado padres a se esconder ou escapar.[5][6]

Veneração

Margarida Ward foi beatificada em 15 de dezembro de 1929 pelo papa Pio XI e canonizada pelo Papa Paulo VI em 25 de outubro de 1970, como uma dos Quarenta Mártires da Inglaterra e País de Gales [7][8]. Segundo o Martirológio Romano, sua festa é celebrada na data de sua morte, 30 de agosto, compartilhando o dia com as outras santas mártires inglesas, Santa Margarida Clitherow e Santa Anne Line [6]. No entanto, sua festa também pode ser celebrada junto dos Quarenta Mártires, no dia 4 de maio na Inglaterra, ou 25 de outubro no País de Gales.

Existem algumas escolas com o seu nome, incluindo a "Saint Margaret Ward Catholic Academy" em Chell, Staffordshire.[9]

Imagem pintada dos Quarenta Mártires da Inglaterra e Gales, onde a bem-aventurada Margarida é representada segurando a corda (primeira da direita para a esquerda).

Referências

  1.  Borrelli, Antonio. "Santa Margherita Ward"Santi e Beati, 12 April 2003
  2. ↑ Ir para:a b "St. Margaret Ward", Diocese of Shrewsbury
  3. ↑ Ir para:a b Burton, Edwin. "St. Margaret Ward." The Catholic Encyclopedia Vol. 15. New York: Robert Appleton Company, 1912. 29 May 2016
  4.  Hall, Arnold B. (novembro de 1912). «Corporations and the State. By Theodore E. Burton. (New York: D. Appleton and Company, 1911. Pp. xvi, 248.)»American Political Science Review (4): 629–630. ISSN 0003-0554doi:10.2307/1944661. Consultado em 31 de agosto de 2020
  5.  Martin, Patrick H. Elizabethan espionage : plotters and spies in the struggle between Catholicism and the crown. [S.l.: s.n.] ISBN 9781476623597OCLC 949258284
  6. ↑ Ir para:a b Martirologio, Vatican, 2005
  7.  "Saint Margaret Ward: Firm in the Faith", Dioceses of Westminster
  8.  Kelly-Gangiand, Carol. 365 Days with the Saints, Wellfleet Press, 2015 ISBN 9781627889636
  9.  «St Margaret Ward Catholic Academy |» (em inglês). Consultado em 6 de junho de 2021

Ligações externas

https://stmargaretward.co.uk/

SANTA NARCISA DE JESUS - 30 DE AGOSTO DE 2024

 

Narcisa de Jesús

Narcisa de Jesús
Santa Narcisa
Virgem
Nascimento29 de outubro de 1832
NobolGuayasEquador
Morte8 de dezembro de 1869 (37 anos)
LimaPeru
ProgenitoresMãe: Josefina Morán
Pai: Pedro Martillo
Veneração porIgreja Católica
Beatificação25 de outubro de 1992
Roma
por Papa João Paulo II
Canonização12 de outubro de 2008
por Papa Bento XVI
Principal temploSantuário de Santa Narcisa de Jesús Martillo y Morán
Festa litúrgica30 de agosto
 Portal dos Santos

Narcisa de Jesús Martillo y Moran foi uma equatoriana declarada santa pela Igreja Católica.

Vida e obras

Os seus pais foram Pedro Martillo e Josefina Morán, que eram camponeses. Sendo muito pequena perdeu a sua mãe. Ela teve de se encarregar da educação dos seus irmãos mais novos. Dessa época da sua vida é lembrada a sua especial caridade, a sua alegria, o seu grande amor pela oração e a grande importância que atribuía à direcção e aconselhamento espiritual.

Quanto tinha 18 anos faleceu o seu pai e ela muda-se para Guayaquil. Ali trabalha como costureira e começa a trabalhar com Luís Tola, que depois se tornará bispo de Portoviejo. Dedicou muito tempo ao apostolado, especialmente dirigido às crianças, a quem ensinava o catecismo. Trabalhou também com jovens abandonadas e refugiadas na Casa de Acolhimento e visitava doentes e moribundos.[1]

Nunca professou votos religiosos solenes, mas tornou-se leiga dominicana, ingressando na Ordem Terceira de São Domingos (ramo leigo da Ordem dos Pregadores). Depois de sua morte soube-se que fez votos particulares de virgindade perpétua, pobrezaobediênciaclausuravida eremítica, jejum a pão e água, comunhão quotidiana, confissãomortificação e oração.

Há testemunhas de que entrava frequentemente em estado de êxtase. Entregava-se a formas de devoção e mortificação do corpo de severa austeridade, como o uso de coroas de espinhos, uma alimentação exígua e várias horas por dia dedicadas à oração.[2] Faleceu no convento dominicano de Patrocínio em Lima.

Manteve-se trabalhando como costureira doando parte do ganhava aos pobres e doentes. Manteve sempre um caráter alegre, divertido e amável e não deixava transparecer as privações pelas quais passava e que se submetia livremente. Foi beatificada pelo papa João Paulo II em 25 de outubro de 1992.

A sua canonização ocorreu em 12 de outubro de 2008, sendo a quarta pessoa oriunda da América Latina a ser canonizada pelo papa Bento XVI[3][4] e a terceira santa equatoriana. Bento XVI referiu-se a Narcisa com as seguintes palavras:

Santa Narcisa de Jesus nos mostra um caminho de perfeição cristã. Oferece-nos um testemunho atraente e um exemplo acabado de uma vida totalmente dedicada a Deus e aos irmãos.
 
Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Narcisa de Jesús

Referências

  1.  «Bl. Narcisa de Jesus Martillo Moran». Biografia por ocasião da sua canonização
  2.  «Bl. Narcisa de Jesus Martillo Moran». Catholic Online
  3.  L'Osservatore Romano, pg.2, 18.X.2008, edição semanal em português, n. 42
  4.  «Papa Bento XVI canonizou hoje quatro novos santos». Diário Digital
  5.  «Bento XVI 

SÃO PAMÁQUIO DE ROMA - 30 DE AGOSTO DE 2024

 

Pamáquio de Roma

São Pamáquio
São Pamáquio
Senador romano
Nascimentoséculo IV
Morte409
RomaImpério Romano?
Veneração porIgreja Católica
Festa litúrgica30 de agosto
 Portal dos Santos

Pamáquio de Roma (em latimPammachius) foi um senador romano venerado como santo.

História

Pamáquio era um nobre e senador, membro da gente Fúria. Era primo de Marcela e parente de Melânia e Piniano.[1] Quando jovem, frequentou escolas de retórica com São Jerônimo, que seria seu amigo por toda vida. Em 385, se casou com Paulina, a segunda filha de Santa Paula e Júlio Toxócio.[2] Ele provavelmente estava entre os viri genere optimi religione praeclari que em 390 denunciaram Joviano ao papa Sirício (segundo Santo Ambrósio). Quando ele atacou o livro de Jerônimo contra Joviano por razões de prudência, Jerônimo enviou-lhe duas cartas (48-49) agradecendo-o. A primeira, reabilitando o livro, provavelmente já fora escrita com a intenção de ser publicada.[3]

Pamáquio é descrito por este tempo como um procônsul. Não é certo se esse título foi honorífico, ou se de fato ocupou tal ofício, mas se a segunda opção for verdadeira, os autores da PIRT sugerem que foi procônsul da África. Em 396, sua esposa faleceu sem crianças e deixou sua propriedade para ele.[4] Com sua morte, Pamáquio, tornou-se monge, ou seja, dedicou-se à vida consagrada e praticou obras de caridade (Jerônimo, ep. lxvi; Paulino de Nola, ep. xiii).[1] Em 399, escreveu com Oceano a Jerônimo pedindo que traduzisse a obra De Principiis de Orígenes e repudiando a insinuação de Rufino de que Jerônimo concordava com as opiniões de Orígenes. O santo respondeu no ano seguinte (ep. lxxxiii-iv).[3]

Em 401, Pamáquio recebeu os agradecimentos de Santo Agostinho (ep. lviii) por uma carta que escrevera ao povo da Numídia, onde tinha terras, exortando-os a abandonar o cisma donatista. Muitos dos comentários de Jerônimo sobre as Escrituras foram dedicados à Pamáquio. Dentre as obras de caridade de Pamáquio está a construção, em parceria com Santa Fabíola, do hospício ou xenodóquio (caravançarai) em Porto[1] para imigrantes pobres (Jerônimo, ep. lxvi, lxxvii). O sítio foi escavado e as escavações revelaram o plano e organização desse edifício singular. Salas e salões para os doentes e pobres estavam agrupados em torno dele. A Igreja de São João e Paulo em Roma foi fundada ou por Pamáquio ou por seu pai e, por isso, era conhecida como Titulus Pammachii. Após sua morte em 409, Pamáquio passou a ser celebrado como santo e sua festa ocorre em 30 de agosto.[3]

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c Martindale 1971, p. 663.
  2.  Martindale 1971, p. 675.
  3. ↑ Ir para:a b c Bacchus 1913.
  4.  Martindale 1971, p. 663; 675.

Bibliografia

  • Bacchus, Francis Joseph (1913). «St. Pammachius»Enciclopédia Católica. Nova Iorque: Robert Appleton Company

Etiquetas

Seguidores

Pesquisar neste blogue