quarta-feira, 28 de agosto de 2024

NOSSA SENHORA DA CONSOLAÇÃO - 28 DE AGOSTO DE 2024

 

Nossa Senhora da Consolação

Imagem original da Virgem da Consolação, a santa padroeira de Santa Cruz de Tenerife.

Nossa Senhora da Consolação é uma antiga devoção mariana da Igreja Católica Apostólica Romana que se diz vir dos tempos dos Santos Apóstolos. A tradição narra que Santa Mónica de Tagaste, a mãe de Santo Agostinho, recorria a Nossa Senhora nas desolações provocadas por seu marido e depois com a vida desregrada do filho Agostinho[1], de temperamento difícil, que insistia em ficar longe da religião.

Notas

  1.  «Nossa Senhora da Consolação»Arquidiocese São Paulo. 26 de março de 2015. Consultado em 15 de abril de 2021
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Alexandre de Constantinopla - 28 DE AGOSTO DE 2024

 

Alexandre de Constantinopla

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 Nota: Para outros santos de mesmo nome, veja Santo Alexandre (desambiguação).
Alexandre de Constantinopla
Santo Alexandre, à esquerda, acompanhado de São Paulo, o Novo e João, o Jejuador, também patriarcas de Constantinopla
Bispo de Bizâncio
Bispado314/317 ou 325-330[b]
Antecessor(a)Metrófanes
Sucessor(a)Elevação a arcebispo
Arcebispo de Constantinopla
Arcebispado330-336/340[b]
Predecessor(a)Elevação a arcebispo
Sucessor(a)Paulo I
 
Nascimento241/244[a]
Morte336/340[b]
 Constantinopla
PaiJorge
MãeBriena
ReligiãoCristianismo
São Alexandre de Constantinopla
Veneração por
Festa litúrgica
  • 02 de junho
  • 28 de agosto
  • 30 de agosto

Alexandre de Constantinopla foi o 27º bispo de Bizâncio e primeiro arcebispo de Constantinopla. Segundo seu sinaxário, era filho de Jorge e Briena e nativo da Calábria, na Itália. Se dedicou a vida religiosa desde tenra idade, vivendo num mosteiro. Diz-se que tinha o dom das visões após dias em jejum, e que teve problemas com ataques dos sarracenos. Era vigário de Metrófanes (r. 306–314/317), que o designou sucessor no leito de morte, em 314/317, ou 325, dependendo da fonte.

Se envolveu na controvérsia ariana em oposição a Ário e parceria com o papa de Alexandria Alexandre I (r. 313–326). Em 325, foi ao Primeiro Concílio de Niceia que excomungou Ário, mas em 336, recebeu ordens do imperador Constantino (r. 306–337) para readmiti-lo na comunhão da Igreja. Mesmo sob ameaça dos eusebianos, se recusou e se trancou na Igreja de Santa Irene em intensa oração; Ário faleceu no caminho à igreja. Morreu em 337/340 e foi considerado santo, com sua festa primeiro sendo celebrada em 2 de junho e hoje em 30 de agosto, na Igreja Ortodoxa, e 28 de agosto, na Igreja Católica.

Biografia

Não se sabe a data do nascimento de Alexandre. Segundo seu sinaxário, nasceu na Calábria, na Itália, e era filho de Jorge e Briena (Βρυαίνη). Desde tenra idade, se dedicou a Deus e permaneceu num mosteiro, onde cultivou suas virtudes. Tinha o dom das visões quando passava até vinte dias em jejum, ficou nu por quatro anos e teve muitos problemas com ataques de sarracenos. Assim viveu por muitos anos, viajando pela Grécia com seus pupilos Vitálio e Nicéforo.[1] Foi eleito vigário para ajudar o já idoso bispo de Bizâncio Metrófanes (r. 306–314/317), que em seu leito de morte deixou instruções para que fosse eleito bispo;[2] algumas fontes colocam sua morte em 325, após o Primeiro Concílio de Niceia.[3] Alexandre foi bispo por 23 anos, até a sua morte.[b] Sua consagração, em data que varia entre 314 e 317, se realizou quando já tinha 73 anos. Em seu episcopado, se envolveu em debates com filósofos pagãos e combateu heresias. Foi muito elogiado por Gregório de Nazianzo (Or. 27)[4] e Epifânio de Salamina (Panarion, LXIX.10) e Teodoreto o chamou de bispo "apostólico".[5]

Controvérsia ariana

Igreja de Santa Irene, em Istambul, onde se trancou para não receber Ário
Ver artigo principal: Controvérsia ariana

Quando a controvérsia ariana começou, o papa de Alexandria Alexandre I (r. 313–326) requisitou sua cooperação para combater o que achava ser heresia; a requisição foi feita em longa carta preservada na História Eclesiástica (I.3) de Teodoreto. Na História Eclesiástica (II.29) de Sozomeno se afirma que esteve no Primeiro Concílio de Niceia de 325,[5] talvez como delegado de Metrófanes.[2] Nele, Ário e seus ensinamentos foram condenados.[6] Anos depois, em duas ocasiões, Ário quis ser recebido de volta na comunhão da Igreja. Na segunda, em 336, o imperador Constantino (r. 306–337), tendo sido convencido pelos eusebianos, exigiu que Alexandre recebesse-o formalmente de volta. Mesmo sob ameaça de deposição e banimento pelos eusebianos, persistiu em sua recusa de admiti-lo de volta na Igreja e se trancou na Igreja de Santa Irene (à época, catedral de Constantinopla), onde permaneceu em fervorosa oração para que Deus o levasse antes que fosse forçado a receber em comunhão alguém que temia estar fingindo arrependimento.[1][2][5] Ário, porém, faleceu quando caminhava com seus apoiantes em direção a igreja.[7]

Morte

Alexandre faleceu em 337 (ou 340 segundo outra fonte[2]). No leito de morte, diz-se que nomeou Paulo seu sucessor e o alertou sobre Macedônio, futuro arcebispo e inspirador do macedonianismo.[5] Após sua morte, Gregório de Nazianzo mencionou-o num encômio ao povo de Constantinopla. É tido como santo e seu serviço (celebração de atos religiosos) foi impresso em Veneza em 1771. De acordo com alguns antigos manuscritos, sua festa era celebrada em 2 de junho, mas hoje é celebrado anualmente em 30 de agosto, junto em conjunto com seus colegas patriarcas João IV (r. 582–595) e Paulo IV (r. 780–784), pela Igreja Ortodoxa,[2] e 28 de agosto, pela Igreja Católica, segundo os Martirológios Romano e Jeronimiano.[8][9] Sua vida e feitos, para alguns autores modernos, está envolta em muitos fatos inventados.[10]

Ver também

Alexandre de Constantinopla
(314/317 ou 325 - 336/340)
Precedido por:

Patriarcas ecumênicos de Constantinopla

Sucedido por:
Metrófanes27.ºPaulo I

Notas


[a] ^ Segundo as fontes, tinha 73 anos quando se tornou bispo, em 314/317. Subtraindo os valores, se chega a data de nascimento aproximada de 241/244, no reinado do imperador Gordiano III (r. 238–244).


[b] ^ Francesco Saverio Pericoli Ridolfini, admitindo que a data de 325 à morte de Metrófanes seja correta, corrige os alegados 23 anos de seu bispado para 11, para coincidir sua morte com a ascensão de Paulo I em 336.[9] A questão, porém, não é consensual entre os historiadores, que se dividem sobre a datação.

Referências

Bibliografia

  • Gregório de Nazianzo (1894). «Oração XXVII». In: Schaff, Philip; Wace, Henry. From Nicene and Post-Nicene Fathers, Second Series, Vol. 7. Traduzido por Browne, Charles Gordon; Swallow Edward. Bufalo, Nova Iorque: Christian Literatura Publishing Co.
  • Kazhdan, Alexander Petrovich; Talbot, Alice-Mary (1991). «Constantinople, Patriarcate of». In: Kazhdan, Alexander Petrovich. The Oxford Dictionary of Byzantium. Nova Iorque e Oxônia: Oxford University Press. ISBN 0-19-504652-8
  • Monges de Ramsgate (1921). «Alexander (St.) Bp.». The Book of Saints - A Dictionary of Servants of God Canonised by the Catholic Church> Extracted From the Roman and Other Martyrologies. Londres: A & C Black, LTD

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